Santa Catarina vive onda de ataques desde a última quarta-feira (30) Cardozo prometeu ainda um plano de enfrentamento com auxílio federal.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informou nesta quarta-feira (6) que colocou 300 vagas em presídios federais à disposição do governo de Santa Catarina para a transferência de detentos, com a finalidade de conter a violência no estado, que sofre uma onda de ataques há uma semana."Não há que se falar ainda em número e nem em nome [de quem será transferido]. Há que se falar apenas que as vagas estão à disposição. Há 300 vagas em aberto", disse o ministro em coletiva de imprensa após reunião com o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo.
De acordo com o ministro, está sendo feita uma avaliação técnica sobre se a transferência de presos será necessária e, caso seja, quantos serão transferidos. Ele acrescentou que esse processo será sigiloso em razão da manutenção da segurança pública.
Desde o último dia 30, quando foi iniciada uma onda de violência em
Santa Catarina, a Polícia Militar do estado registrou 61 ataques em 20
cidades. Joinville é o município mais atingido, com 13 casos. Os
atentados ocorreram após denúncias de maus-tratos em presídios e
transferências de presos. Segundo o governador Raimundo Colombo, 24
ataque relacionados estão confirmados.
Ainda de acordo com Cardozo, será traçado um plano de enfrentamento aos
ataques após uma visita que será feita por integrantes do governo
federal, ainda sem data definida, a Santa Catarina. Segundo Cardozo,
órgãos de inteligência federal e estadual se reunirão para definir
medidas a serem tomadas, como, por exemplo, o envio de tropas federais
para o estado.
“Decidimos em comum acordo fazer uma reunião técnica de nossos órgãos
para avaliar a necessidade de mandar equipe para esses locais. Se for
necessário, o governo encaminhará essas forças policiais."
O ministro disse o governo federal disponibilizou o efetivo da Força
Nacional de Segurança, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária
Federal.
Em vídeo filmado dentro de um presídio em Joinville, que foi divulgado pela imprensa no último sábado (2), agentes penitenciários mandam presos se sentarem no chão sem roupas e o atingem com balas de borracha e spray de pimenta.
O governador Raimundo Colombo voltou a afirmar que foi aberta uma sindicância para investigar o caso e oito agentes penitenciários foram afastados após a divulgação das imagens, que teriam sido feitas em 18 de janeiro.
De acordo com o governador catarinense, desde o início dos ataques 32
pessoas foram presas. Nesta quarta, uma operação do Grupo de Atuação
Especial de Combate ao Crime (Gaeco) prendeu três homens suspeitos de
terem envolvimento nos ataques criminosos. Durante toda a manhã, cerca
de 30 policiais cumpriam cinco mandados de prisão e de busca e apreensão
em cidades da região. Um dos detidos é apontado como chefe da
organização criminosa responsável pelos atentados no Norte catarinense,
segundo a Polícia Civil.
Entenda o caso
A segunda onda de atentados em Santa Catarina começou na noite de quarta-feira (30), no Vale do Itajaí. Até as 2h desta quarta-feira (6), a Polícia Militar confirmou 60 ataques. Veículos foram incendiados e foram disparados tiros e jogados coquetéis molotovs contra prédios públicos. As ocorrências foram registradas em 20 municípios: Navegantes, São José, Florianópolis, Criciúma, Itajaí, Palhoça, Camboriú, São Francisco do Sul, Laguna, Araquari, Gaspar, Joinville, Balneário Camboriú, Jaraguá do Sul, Maracajá, Ilhota, Tubarão, Chapecó, Indaial e Blumenau.
A segunda onda de atentados em Santa Catarina começou na noite de quarta-feira (30), no Vale do Itajaí. Até as 2h desta quarta-feira (6), a Polícia Militar confirmou 60 ataques. Veículos foram incendiados e foram disparados tiros e jogados coquetéis molotovs contra prédios públicos. As ocorrências foram registradas em 20 municípios: Navegantes, São José, Florianópolis, Criciúma, Itajaí, Palhoça, Camboriú, São Francisco do Sul, Laguna, Araquari, Gaspar, Joinville, Balneário Camboriú, Jaraguá do Sul, Maracajá, Ilhota, Tubarão, Chapecó, Indaial e Blumenau.
O policiamento foi reforçado em todas as regiões. De acordo com a
Secretaria de Segurança Pública, a suspeita é que as ordens sejam
comandadas por uma facção criminosa e partam de dentro dos presídios. As
autoridades investigam a relação dos ataques com denúncias de
maus-tratos no Presídio de Joinville e com transferências de detentos no
sistema prisional do estado. Em Joinville e Florianópolis, são feitas
escalas especiais de escolta para os ônibus do transporte coletivo.
Em novembro de 2012, quando aconteceu a primeira onda de atentados,
durante sete dias foram confirmados 58 atentados em 16 municípios
catarinenses. Os ataques cessaram depois do anúncio da saída do diretor
da Penitenciária de São Pedro de Alcântara.
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