Fernando Moraes, de 28 anos, investiu R$ 220 mil em duas unidades da rede Salgado Mania
Fernando Moraes, ao lado de quiosque da Salgado Mania: unidades na zona sul de São Paulo e em GuarulhosArquivo Pessoal
Nascido numa família de padeiros, o professor de português Fernando Moraes, de 28 anos, aprendeu ainda criança que é preciso acordar cedo para ganhar o pão de cada dia.
A rotina de Moraes inclui hoje trabalhar 16 horas e percorrer mais de 80 km todos os dias na maior metrópole do País, entre sua residência, as salas de aula e o negócio que mudou sua vida: vender salgados.
Mas as mudanças na vida desse "superprofessor" começaram há pouco tempo, em setembro passado.
Insatisfeito com o salário como docente, o paulistano morador de Santana (zona norte de São Paulo) resolveu diversificar: recorrendo a empréstimos do banco (R$ 130 mil) e do franqueador (R$ 90 mil), levantou R$ 220 mil para investir em duas lojas da franquia Salgado Mania.
— Eu escolhi uma [franquia] que já funcionava no shopping Largo 13 (zona Sul de São Paulo), por R$ 130 mil. Abri outra no shopping Bonsucesso (Guarulhos, na grande São Paulo) por R$ 90 mil. Escolhi as localidades pelo fato de serem extremos e, assim, reduzir a concorrência.
— Eu escolhi uma [franquia] que já funcionava no shopping Largo 13 (zona Sul de São Paulo), por R$ 130 mil. Abri outra no shopping Bonsucesso (Guarulhos, na grande São Paulo) por R$ 90 mil. Escolhi as localidades pelo fato de serem extremos e, assim, reduzir a concorrência.
Salgado Mania: franquia de fast food a partir de R$ 69 mil
Para ele, a maior dificuldade é o deslocamento entre as franquias, por causa do trânsito. Apesar disso, a rotina puxada não o impediu de conciliar as aulas com sua nova paixão.
— Eu dou aulas de manhã e à noite; aí tenho a tarde livre para tomar conta dos quiosques. Eu costumo dizer que sou um cara muito feliz, pois consigo unir duas profissões e ter prazer com elas.
O esforço do professor, que sai de casa às 6h e só volta após as 22h, também vale a pena por outro motivo: os ganhos são altos.
Atualmente, Moraes gasta R$ 4.500 no aluguel e R$ 3.500 na folha de pagamento de cada um dos quiosques, cada um deles com seis funcionários (custos fixos negociados pela própria franqueadora).
Além disso, gasta parte dos rendimentos para pagar os empréstimos junto ao banco e ao franqueador — com este último, ainda está pagando as nove parcelas de R$ 10 mil.
Sem contar, por fim, que 42% do faturamento bruto vai para o CMV (Custo de Mercadoria Vendida), ou seja, o valor gasto com a produção — no caso dos salgados, R$ 1,25 para cada cinco unidades vendidas a R$ 2,99.
Com isso, o lucro mensal do professor fica entre 17% a 20% do que obtém nas franquias — em torno de R$ 60 mil, no shopping Largo 13, e entre R$ 30 mil e R$ 35 mil no shopping Bonsucesso. Na ponta do lápis, ele fatura até R$ 18 mil por mês só com as franquias.
Caso os ganhos sejam somados aos salários das aulas (são 50 aulas semanais, com o valor da hora/aula entre R$ 17 e R$ 50), os rendimentos mensais do docente ficam, na média, em R$ 25 mil.
Moraes comenta que está servindo de inspiração para outros professores — que buscam uma atividade paralela para engordar o lado financeiro. Ele aponta a franquia como opção para quem busca o negócio próprio.
— É possível ser franquiado e ter uma atividade paralela, pois é diferente de abrir um negócio do zero e levar adiante uma franquia estruturada. Eu creio que só é professor quem realmente gosta, então, se você consegue outra atividade, provavelmente terá até mais prazer ao lecionar.
Moraes comenta que está servindo de inspiração para outros professores — que buscam uma atividade paralela para engordar o lado financeiro. Ele aponta a franquia como opção para quem busca o negócio próprio.
— É possível ser franquiado e ter uma atividade paralela, pois é diferente de abrir um negócio do zero e levar adiante uma franquia estruturada. Eu creio que só é professor quem realmente gosta, então, se você consegue outra atividade, provavelmente terá até mais prazer ao lecionar.