O Cremesp autorizou médicos de SP a prescrever o canabidiol em casos específicos
O canabidiol depende de autorização da Anvisa para ser importada
Divulgação
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ainda não tem
previsão de quando irá discutir novamente a processo que prevê liberação
nacional, embora controlada, do uso do canabidiol (CBD), medicamento
derivado da maconha. Na semana passada, o
Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo) publicou uma
resolução que autoriza médicos com registro profissional do Estado a
prescrever o CBD para o tratamento específicos de bebês e crianças.
Em maio deste ano, a Agência chegou a discutir o enquadramento da
substância na lista de produtos controlados, mas um dos diretores pediu
vista do processo e ainda não o colocou na pauta novamente.
Entre abril e agosto deste ano, a Anvisa autorizou 37 dos 54 pedidos de
importação de CBD feito por famílias que não tem outra opção de
tratamento para epilepsias severas.
O assunto teve repercussão nacional a partir da divulgação de um documentário que mostra a história de um casal de Brasília (DF) que importava de forma ilegal o medicamento dos EUA.
Eles usam o CBD para o tratamento da filha portadora da síndrome CDKL5.
O casal conseguiu autorização da Anvisa para comprar o remédio.
Atualmente, o canabidiol é considerado uma substância proscrita (uso
proibido no Brasil) e por isso o seu uso depende de autorização da
Agência para a importação. Na última quinta-feira, o
Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo) publicou uma
resolução que autoriza médicos com registro profissional do Estado a
prescrever o CBD para o tratamento específicos de bebês e crianças.
Em junho, uma criança de um ano e quatro meses que esperava a liberação do remédio morreu no DF. Ele sofria da Síndrome de Dravet, doença que provoca crises epilépticas.
http://noticias.r7.com/saude/anvisa-ainda-nao-tem-prazo-para-discutir-a-liberacao-nacional-de-medicamento-derivado-da-maconha-14102014