Soldado é acusado de explodir equipamento em Ilha Comprida
SÃO PAULO - O soldado da Polícia Militar Ricardo
Reginaldo Pereira, de 35 anos, foi preso na madrugada do último sábado,
28, acusado de explodir um caixa eletrônico, em um posto de gasolina em
Ilha Comprida, na Baixada Santista. Além do PM, outros cinco suspeitos
que formavam a quadrilha junto com Pereira foram presos em flagrante.
Segundo
a polícia, o bando estava com R$ 53.128 em dinheiro, três fuzis, duas
pistolas calibre .380 e 9 mm, munições para as armas, quatro coletes à
prova de balas, quatro toucas-ninja, uma mira laser, um rádio para ouvir
a frequência da Polícia Militar e 15 celulares.
Por volta das
4h, a quadrilha explodiu uma caixa eletrônico de um posto de
combustível. Após a ação, as Polícias Civil e Militar montaram uma
operação com cerca de 100 homens e um helicóptero Águia da PM. Com as
informações de testemunhas, os policiais encontraram um dos carros
utilizados pelo bando, que fugiu por um matagal às margens da Rodovia
Prefeito Casemiro Teixeira.
Houve uma troca de tiros, uma viatura
da PM foi atingida e um PM foi atingido por estilhaços no rosto. No
meio da mata, o soldado da PM foi preso. O policial estava desarmado e
portava algumas notas chamuscadas pela explosão do caixa eletrônico.
Na
sequência, outros dois criminosos foram detidos: um vendedor de 22 anos
e um pizzaiolo de 30 anos. A dupla estava com todo as armas, coletes,
toucas, celulares e o dinheiro.
Levados para a Delegacia de
Iguape, os assaltantes disseram que estavam uma casa na cidade de Ilha
Comprida, também na Baixada Santista. Na residência, os policiais
detiveram dois mecânicos, de 27 e 20 anos, e o operador de máquinas, de
32. A polícia ainda apreendeu duas bananas de dinamite, estopin, um
sistema de acionar explosivos e ferramentas. Os bandidos também
mantinham uma Hyundai Tucson preta, roubada e com placadas adulteradas.
Um atleta de MMA morreu durante
um torneio no Azerbaijão. De acordo com a reportagem do site "Sportbox",
Ramin Zeynalov, de 27 anos, participava de uma luta em seu país no
início desta semana quando recebeu duros golpes e sofreu com uma
hemorragia cerebral. Ainda segunda a publicação, o lutador chegou a ser
atendido dentro do ringue, mas os médicos não conseguiram reanimá-lo e
ele foi rapidamente declarado morto.
Aliabbas
Zeynalov, pai do atleta, informou ao "Sportbox" que seu filho
participou da luta sem a aprovação da família, que acreditava que ele
não estaria preparado para uma disputa profissional de MMA.
"Meu
filho competiu sem a minha permissão. Nós éramos conta isso. Não dei
permissão, ele não me ouviu e esse é o resultado. Está morto", lamentou o
pai.
Rahman Zeynalov, irmão
de Ramin, revelou que o lutador era faixa-preta de Tae-Kwon-Do, medalha
de prata no torneio nacional de kickboxing e tinha experiência no muay
thai, Mesmo assim, Rahman também considerava que seu irmão não estava no
nível profissional de MMA.
"Ele
não estava muito bem preparado profissionalmente, mas era um atleta de
verdade que tinha 11 medalhas. Eu assisti o vídeo do momento da morte e
não tem quem culpar. Ele voluntariamente fez parte da competição, apesar
de os pais não concordarem. Ramin era o irmão mais novo da família",
contou o irmão.
"Ele não
contou a ninguém que iria participar de uma luta sem regras. Descobrimos
por acidente. Tentamos impedí-lo dizendo que ele tinha família, que não
precisava, mas ele não nos ouviu. Ele não precisava do dinheiro, fez
por paixão", completou.
Uma
investigação foi instaurada para apurar as causas da morte de Ramin. Seu
adversário ofereceu condolências à família. O lutador deixa uma filha.
Incidente ocorre a menos de uma semana depois da tragédia com a aeronave da Germanwings, que matou 150 pessoas
Um avião da Turkish Airlines, que tinha como destino o Brasil,
aterrissou em Casablanca, no Marrocos, após um alarme de bomba a bordo,
informou o portal "Hurriyet". O voo TK15 saiu de Istambul e ia para São
Paulo.
Incidente ocorre a menos de uma semana depois da tragédia com a aeronave da Germanwings, que matou 150 pessoas.
Equipes
de segurança já estão procurando por algum artefato explosivo no avião.
Segundo a companhia aérea, 256 pessoas estavam a bordo da aeronave.
As
buscas estão sendo realizadas após os pilotos do Boeing 777 informarem
que o voo seria alvo de um ataque. De acordo com a "CNN" local, o alerta
foi encontrado por uma das comissárias, que viu um bilhete escrito
"bomba" no banheiro.
Ao verem o documento, eles informaram a
situação de emergência para os controladores que pediram a aterrissagem
no aeroporto de Casablanca, o mais próximo no momento.
Segundo as
autoridades do país, foram tomadas todas as medidas de precaução
necessárias e todas as bagagens passarão por investigação. A viagem só
deve ser retomada após toda a análise tanto da aeronave como da carga.
Ontem,
um avião da mesma companhia fez uma viagem inaugural na linha
Istambul-Tóquio e precisou voltar ao aeroporto por problemas no banheiro
da aeronave.
Em entrevista ao iG, Juliana Isen, musa da
direita, conta que votou no Aécio Neves e diz que gostaria de ver
Joaquim Barbosa, "um cara porreta", no lugar da presidente Dilma
Roussef; confira também o ensaio fotográfico
No
meio de milhares de pessoas, ao menos seis carros de som e diversos
gritos de protesto contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT),
no último dia 15, na Avenida Paulista, região central de São Paulo, a
empresária baiana Juliana Isen, de 36 anos, encontrou outra maneira de
chamar a atenção de todos que estavam ao seu redor.
Juliana colocou dois adesivos nos mamilos e tirou a
camiseta diante de dezenas de policiais, que olharam impassíveis. Aos
gritos de “Fora Dilma, Fora PT, quero um País melhor, sem corrupção”,
ela caminhou seminua pela mais icônica avenida da principal cidade do
País, posou para fotógrafos e curiosos e ainda hoje, duas semanas após a
manifestação, fatura com a atitude incomum.
A
empresária diz que ficar semi-nua na Avenida Paulista foi uma decisão
totalmente passional, impulsiva, nada programada. Quando pequena,
Juliana conta que era tímida. Mas não foi o que se viu no protesto da
empresária. “Me deu aquela coisa... vi os policiais, coloquei os
adesivos [nos mamilos] e tirei [a blusa]. Quando olhei ao redor, vi um
monte de fotógrafos, um monte de gente e pensei: 'é agora que vou mandar
meu recado'. Gritei que queria liberdade, um país melhor, fora PT, fora
Dilma, fora Lula. Chega, já deu'". Ela garante que não premeditou a
nudez em busca de fama. "Fui movida pelo calor da emoção. Não achei que
ia causar polêmica. Minha aureola estava totamente coberta pelo adesivo.
Tirei a blusa, comecei e papapá. Nem imaginei aquele monte de
fotógrafos. Fui verdadeira, expontânea. E faria de novo", conta.
Debaixo
de uma leve garoa e no meio da empolgação, os adesivos de Juliana
descolaram e por alguns minutos ela ficou sem a proteção nos seios. O
jeito foi usar novos adesivos. Além dos novos seguidores nas redes
sociais, de programa de TV e ensaio nu, Juliana teve de administrar a
avó, por quem foi criada, que ficou dois dias de cama.
Surge uma neocelebridade
A
empresária, que é sócia do ex-marido em uma revenda de suplementos para
atletas, virou neocelebridade e conquistou o posto de musa dos atos
anti-governo. E nas últimas duas semanas, diz ter visto sua vida mudar,
com direito a pedidos de casamento pelo Facebook, cantadas de homens e
mulheres e até convite (já aceito) para posar nua para uma revista
masculina. No dia seguinte ao protesto, foi preciso contratar um
assessor de imprensa e um empresário – Cacau Oliver, o mesmo da
ex-vice-miss bumbum, Andressa Urach. Agora o sonho é ser apresentadora
de TV.
Em entrevista
ao iG, a empresária, que rechaça o título de socialite e se define como
de direita por ser “contra o PT”, diz que aquela foi a segunda
manifestação da qual participou. A primeira foi em junho de 2013, quando
se juntou a outras milhares de pessoas também na avenida Paulista para
pedir a revogação do aumento de R$ 0,20 nas tarifas de ônibus, metrô e
trem de São Paulo.
“Eu
não pego ônibus, mas eu tenho uma secretária. Não é porque não pego
ônibus que não vou lutar pelos direitos que eu acredito. Fui em nome do
povo”, diz Juliana. Mas no último dia 15, diz ela, a motivação era
também pessoal.
“Eu fui [no dia] porque não só eu, como todo
mundo, estamos insatisfeitos. Eu fui por mim, por todo mundo, dar um
grito de misericórdia. Fui pela insatisfação de tudo que vem sucedendo
no dia a dia, como por exemplo, o escândalo na Petrobras, criminalidade,
essa roubalheira incrível que tem no nosso País, a falta de
oportunidade, de escolas, de hospitais”, diz.
Sobre a avaliação feita por alguns de que os manifestantes
que saíram às ruas no dia 15 seriam da chamada “elite branca”, ela
rebate: “As pessoas têm mania de dizer que o PT é o partido de pobre,
que outros partidos são de rico, que as pessoas que estão contra a Dilma
são os ricos. Acho que não. Tinha porteiro, tinha zelador, tinha
taxista. Independente de classe, de grana, estava todo mundo unido
contra o PT, contra a Dilma”.
Direita X esquerda
Eleitora
do tucano Aécio Neves no primeiro e no segundo turno nas eleições do
ano passado, Juliana se define como uma pessoa alinhada com os ideais
pregados pela ala direita da política.
Ainda que pontuado por uma
confusão na hora de se explicar, o entendimento de Juliana sobre direita
e esquerda derruba qualquer teoria política vigente. "Ser direita é não
gostar do PT, se enquadra assim?", pergunta com ar de dúvida durante a
entrevista. "Ser esquerda é não gostar do PT", responde novamente,
titubeando. Ela tenta refletir melhor e corrige: "Não gostar do governo
do PT é gostar de qualquer partido que não seja o PT”.
A musa da
direita diz que nunca teve esperança em um bom governo de Dilma - por
quem diz sentir repulsa - credita a grande votação da atual presidente à
distribuição do programa federal de transferência de renda Bolsa
Família.
“Fiquei frustrada [quando soube que Dilma tinha sido
eleita]. Não acreditei, desliguei até a televisão de raiva. Nunca tive
esperança nenhuma em um governo melhor da Dilma e nem tenho. Nenhum dos
meus amigos votou na Dilma. Nem minha secretária votou. Como essa mulher
ganhou, gente? Nem vizinhos, porteiros, nem taxista. Ninguém votou”.
A
presidente Dilma Rousseff foi eleita por uma pequena diferença de votos
– 51,64% para a petista contra 48,36% de Aécio Neves. “Acho que [os
eleitores da Dilma] são as pessoas que recebem Bolsa Família. No
Nordeste, a Dilma ganhou disparada porque a maioria da população são
pessoas de baixa renda”, diz.
Apesar de ter votado no tucano,
Juliana Isen diz que fez uma escolha baseada nas opções que tinha à
mesa. Mas o seu maior desejo é outro. Fã do ex-ministro do Supremo
Tribunal Federal Joaquim Barbosa, ela diz que ele seria o presidente
ideal para o País. “Acho ele um cara sensato, honesto, digno. [Fiquei fã
dele] porque fala a verdade, não se corrompe, não se prostitui, por
tudo que falam e o que eu leio sobre ele, acho ele um cara porreta, como
diz minha avo", define.
"Sou bem nascida, mas sobrenome não paga as contas"
Apesar
de dizer pertencer a uma família tradicional de Salvador, Juliana
garante que “só ter um sobrenome não faz pagar as contas”.
“Vim de
berço, sou bem nascida, tenho um sobrenome de peso, mas precisei
trabalhar aos 17 anos em shopping”, diz. Ela conta que teve uma infância
tranquila com os avós realizando todos os seus desejos, mas a morte do
avô quando ela tinha 13 anos mudou a situação financeira da família
começou a piorar. De lá para cá, conta, sempre trabalhou. Primeiro no
shopping, depois com o primeiro ex-marido em uma loja de artigos de
informática.
Foi com o primeiro ex-marido, ainda em Salvador, que
Juliana se aproximou da política. O companheiro foi candidato a vereador
pelo Democratas. Na hora de explicar, Juliana se confunde e chama o
DEM, a sigla do partido, de "Demo". Antes, tem a lembrança da campanha
presidencial de 1989. Cita o slogan de Guilherme Afif Domingos ("Juntos
chegaremos lá"), Fernando Collor de Mello e Ronaldo Caiado, "fazendeiro,
um gato".
Para manter o corpo em forma, a empresária diz não
abrir mão de uma alimentação saudável, além de malhar 1h30 todos os
dias. “Adoro correr na esteira”. Juliana entrega ter recorrido a duas
lipoesculturas, ter colocado 325 ml de silicone nos seios “porque não
tinha nada” e ainda fez as maças do rosto, por meio de intervenção
cirúrgica. Mesmo assim, está insatisfeita com o corpo que exibe. “Quero
fazer mais uma lipo. Meu médico diz que sou louca”.
Planos para o futuro
Quando
questionada se não seria uma boa opção para assumir um cargo público,
caso apareça o convite de algum partido, ela refuta com veemência. “Não
quero me corromper”. O sonho é mesmo ser apresentadora de TV, assim como
a musa inspiradora, Hebe Camargo (1929-2012).
“[Eu gostaria de]
apresentar um programa jovem, com músicas. Queria muito ser
apresentadora. Se eu falar Hebe, vou estar sendo muito..? Ah, a Hebe
para mim é tudo. Quando eu era pequena, sempre sonhava em ir ao programa
Hebe Camargo. Achava ela chiquíssima”.
Apesar de ter certeza de
que a publicação do ensaio nu na "Sexy" vai potencializar essa virada
radical, Juliana diz não ter grandes expectativas destes momentos de
fama repentina.
“Tenho uma cabeça muito boa. Estou nessa, estou
aproveitando, estou usufruindo tudo que está acontecendo. Se não der,
vou continuar a minha vida como sempre vivi, sendo feliz”, diz.
Marcela afirma ainda que tem recebido o apoio da família e dos amigos
para seguir uma eventual carreira artística.
Mas enquanto a
verdadeira fama não chega, ela que é solteira segue na companhia de boas
taças de champanhe – sua bebida preferida – e do cachorro da raça
shitzu Francisco (em homenagem a São Francisco de Assis, protetor dos
animais), que mora com ela em um apartamento em Moema, bairro nobre da
zona sul de São Paulo.
O que é a direita e esquerda, afinal?
Os
termos direita e esquerda foram usados pela primeira vez na Assembleia
Nacional durante a Revolução Francesa, em 1789, para determinar a
localização dos que eram simpáticos à revolução, que ficavam à esquerda
do presidente da reunião, e os apoiadores do rei, que ficavam à direita.
Ao longo da história passaram a designar ideologia política, associada,
essencialmente à liberdade individual e ao bem coletivo, como explica o
professor de história contemporânea da Universidade Presbiteriana
Mackenzie Alexandre Hacker.
“Esquerda são todos aqueles discursos e
projetos que pretendem instituir a ideia de igualdade, que pretendem
derrubar as barreiras entre os grupos sociais. Direita é aquele grupo
que admite diferenças profundas na sociedade e aposta mais na liberdade
individual do que na igualdade social”.