terça-feira, 8 de março de 2016

Comissão libera testes com "pílula do câncer" em humanos

Centro de polêmicas, substância desenvolvida no Instituto de Química da USP será testada em pacientes com câncer.

Substância usada no tratamento do câncer foi produzida no Instituto de Química de São Carlos
divulgação/Usp
Substância usada no tratamento do câncer foi produzida no Instituto de Química de São Carlos
O protocolo de pesquisa com a fosfoetanolamina sintética, substância conhecida como "pílula do câncer", foi aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa do Conselho Nacional de Saúde (Conep/CNS). A substância se apresenta com potencial para curar o câncer, mas ainda não foi testada em seres humanos e não tem liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser usada como medicamento.
A aprovação do órgão é necessária para a realização de testes em seres humanos utilizando a fórmula. Segundo a Conep, a liberação foi feita no último dia 4, e, após a análise de todo o protocolo de análises clínicas, a comissão sugeriu apenas que "não haja limitação de ressarcimento ao participante da pesquisa", referindo-se à verba utilizada para transporte e alimentação dos pacientes.
A Secretaria Estadual da Saúde informou que "não foi notificada sobre a aprovação e aguarda o parecer da Conep, inclusive, para saber se todos os requisitos para o desenvolvimento do protocolo de pesquisa foram atendidos".
Testes
Desenvolvida pelo professor aposentado Gilberto Chierice, do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos, a fosfoetanolamina sintética tem sido o centro de polêmicas após relatos de que seria capaz de curar pacientes com câncer. Durante anos, foi distribuída gratuitamente, mas, até o momento, não há comprovação científica de que tenha eficácia.
Em dezembro do ano passado, a Secretaria Estadual de Saúde anunciou que os testes com a substância seriam realizados em quatro hospitais de referência, entre eles o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), com a participação de até 1 mil pacientes. O investimento informado na época foi de R$ 2 milhões.
Na fase inicial do estudo, dez pacientes serão submetidos ao teste de segurança de dose. Caso eles não apresentem efeitos colaterais, grupos de 21 pacientes para cada tipo de câncer selecionado vão tomar a pílula. Dez tipos de câncer serão submetidos ao tratamento com a substância: cabeça e pescoço, mama, colo uterino, próstata, estômago, fígado, pulmão, pâncreas melanoma, cólon e reto.
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2016-03-08/comissao-libera-testes-com-pilula-do-cancer-em-humanos.html 

 

Governo está pronto para discutir o impeachment, afirma líder

José Guimarães declarou que governo aguarda a instalação da comissão especial do impeachment pelo presidente da Câmara.

Postura de querer discutir impeachment não é consenso entre os líderes da base aliada
Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Postura de querer discutir impeachment não é consenso entre os líderes da base aliada
Mesmo sem consenso entre os líderes da base aliada, o governo passou a defender a celeridade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O líder do governo, José Guimarães (PT-CE), disse após reunião com a base e com o ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) que o Planalto está "pronto para discutir esta matéria". O início dos trabalhos depende da resposta do Supremo Tribunal Federal (STF) ao recurso apresentado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
"O governo, desde o ano passado, tem dito que está pronto para discutir o impeachment. Já existe uma decisão mais que clara. Cabe ao presidente (Cunha) colocar a comissão para funcionar. Estamos prontos para discutir esta matéria", afirmou Guimarães ao deixar a reunião.
Guimarães deu a entender que não é necessário aguardar uma resposta aos embargos de declaração que questionam, entre esses pontos, o veto à chapa avulsa. Eleita no final do ano passado, ela tem viés mais oposicionista. "Para nós, o Supremo já decidiu", afirmou Guimarães.
A postura do governo não foi consenso na reunião. Há líderes que entendem o encaminhamento como um erro, pois a sociedade pode interpretar mal, entendendo que o governo jogou a toalha ou que a própria base aliada defende o impedimento da presidente.
Na reunião, a avaliação do Planalto foi de que a morosidade do processo é culpa da oposição e do presidente da Câmara, responsável por deflagrar o impeachment. Para os governistas, a oposição arrasta o processo para fazer o governo "sangrar". "A gente não tem que ter medo do impeachment. Se não tiver 170 votos para barrar o impeachment, não vai ter os 250 votos que precisa para aprovar os projetos necessários para governar", disse Berzoini, segundo um participante da reunião.
Planalto avalia que a morosidade do processo é culpa da oposição e do presidente da Câmara
Lula Marques/ Agência PT - 03.03.16
Planalto avalia que a morosidade do processo é culpa da oposição e do presidente da Câmara
O ministro também afirmou que o objetivo do governo é não aumentar a instabilidade. "A instabilidade política não pode sufocar, emparedar a retomada do crescimento", afirmou Guimarães negando haver crise institucional no País. "O País tem governo" disse.
Criticando a oposição, Guimarães voltou a condenar a estratégia do "ou tudo ou nada". Apesar de o governo avaliar que a votação de matérias polêmicas, como a que aumenta as despesas obrigatórias da União com a Saúde e a que trata da dívida de Estados e municípios, pode ser arriscada em uma semana dominada pela tensão política, o líder voltou a criticar a estratégia oposicionista de obstruir as votações na Câmara, no Senado e na sessão do Congresso, marcada para esta noite.
Manifestações
Ao tratar das manifestações antigoverno marcadas para o próximo domingo, 13, Guimarães disse que os atos têm que ser encarados com normalidade e alegou que o governo quer evitar confrontos. O apelo foi feito também por Berzoini durante a reunião.
Questionado se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não estimulava violência ao conclamar que sua militância fosse às ruas, Guimarães esquivou-se. "Teve violência maior que a que fizeram com o Lula?", questionou, fazendo alusão à condução coercitiva do petista para prestar depoimento à Polícia Federal, na última sexta-feira (4) no âmbito da Operação Lava Jato.

http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2016-03-08/governo-esta-pronto-para-discutir-o-impeachment-afirma-lider.html

Dilma pede que grupos pró-governo cancelem atos marcados para domingo

Presidente fez apelo para que grupos evitem manifestações no domingo a fim de evitar confronto entre militâncias contrárias.


Objetivo do apelo de Dilma é evitar violência e graves confrontos entre militâncias contrárias
Leonardo Benassatto/Futura Press - 17.2.15
Objetivo do apelo de Dilma é evitar violência e graves confrontos entre militâncias contrárias
A presidente Dilma Rousseff aproveitou a reunião de coordenação política, nesta terça-feira (8) para apelar a todos os ministros e aos partidos que eles representam, especialmente o PT, que cancelem os eventos marcados para o próximo domingo, pelo menos nas cidades onde já existem eventos agendados, a fim de evitar violência e graves confrontos. Principal preocupação da presidente é com a segurança neste tipo de manifestação. O governo não quer que ocorra "de jeito nenhum" um confronto direto entre militâncias contrárias porque teme um desfecho trágico de episódios como este.
Dilma diz estar "muito preocupada" com esta possibilidade, dado aos acirramentos dos ânimos, desde a última sexta-feira, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi levado coercitivamente à Polícia Federal para depor, e convocou a militância para ir para às ruas defendê-lo. A presidente apela aos partidos e às centrais sindicais, embora reconheça que não tem controle direto sobre elas, para que evitem as manifestações no domingo e escolham outro dia para protestarem.
Seguindo a orientação da presidente, o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoíni, reuniu-se logo após o encontro com os líderes da base aliada e replicou o apelo de Dilma. Pediu a todos que conversem com suas bases para que cancelem as manifestações, não aceitem provocações e evitem o enfrentamento. O Planalto teme que o governo e o próprio PT possa ser responsabilizado, caso haja conflitos, prejudicando ainda mais a imagem de ambos.
O governo age para "evitar a "exacerbação de conflitos" e "segurar as rédeas", inclusive da militância que, em muitos casos não admite não ocupar espaço para se defender neste momento de grave crise política. Também procura os governadores dos Estados para pedir que acompanhem as manifestações e que as Polícias Militares sejam empregadas o quanto antes, para garantir a segurança de todos e evitar os conflitos. Na última segunda-feira, 7, Berzoini e Jaques Wagner já haviam conversado com o presidente do PT, Rui Falcão, no Planalto, sobre esta preocupação.
União
Na reunião de coordenação política, a presidente e os ministros da Casa deixaram transparecer para os demais que a preocupação com o impeachment aumentou e este é um momento em que é preciso união da base para enfrentar este problema. Dilma disse que o momento "é grave" e, por isso, insistiu com ministros, parlamentares e ligados a partidos que ajudem a manter a unidade para evitar defecções, neste "momento delicado e difícil". Dilma quer evitar a "divisão do País" e salientou que o governo precisa de "paz" para enfrentar a crise. Reiterou ainda que a crise econômica só será resolvida quando a crise política for contornada.
Na avaliação do Planalto, a semana transcorrerá mais em função das mobilizações de domingo e de evitar maiores problemas, do que de trabalhar para conseguir aprovar medidas. Mais ainda porque, no sábado, 12, a reunião do PMDB poderá ser um novo fator de desgaste, caso a maioria seja favorável ao desembarque da base. O Planalto trabalha para evitar isso, a qualquer custo. Todos no governo trabalham para evitar que se coloque em votação na reunião do PMDB as moções a favor da saída da base. Não há previsão de encontros ou conversas de Dilma com o vice-presidente Michel Temer, mas há quem defenda que essa aproximação precisa ser feita antes da convenção do partido. A presidente ainda não se convenceu disso.
O apelo aos parlamentares da base em relação ao impeachment, que muitos integrantes do governo consideram mais próximo, é para que se enfrente esta discussão política e esta "guerra política" na defesa do governo Dilma. Para dar munição, a presidente voltou a falar sobre a sua defesa em relação ao que foi dito pelo senador Delcídio Amaral (PT-MS), em negociação de delação premiada. Ela defendeu ponto por ponto para municiá-los e insistiu que o momento é de "compreensão", "união" e "unidade".
http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2016-03-08/dilma-pede-que-grupos-pro-governo-cancelem-atos-marcados-para-domingo.html

 

Moro intima Lula para depor na defesa de Bumlai

A oitiva do ex-presidente será feita por meio de videoconferência, na Justiça Federal em São Paulo, no dia 14 de março, às 9h30.

   

O juiz federal Sérgio Moro intimou na última sexta-feira (4) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que irá depor como testemunha de defesa do pecuarista José Carlos Bumlai. A decisão foi anexada hoje (7) na ação penal sobre Bumlai na Justiça Federal em Curitiba.O pecuarista José Carlos Bumlai 

O pecuarista José Carlos Bumlai

A oitiva de Lula será feita por meio de videoconferência, na Justiça Federal em São Paulo, no dia 14 de março, às 9h30. Para o mesmo dia, Moro marcou depoimentos de outras testemunhas que também foram arroladas pela defesa do pecuarista.

Os depoimentos ocorrem na ação penal em que Bumlai e mais dez investigados na Operação Lava Jato foram denunciados pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.De acordo com a acusação do Ministério Público Federal (MPF), Bumlai usou contratos firmados com a Petrobras para quitar empréstimos com o Banco Schahin.

Segundo os procuradores, depoimentos de investigados que assinaram acordos de delação premiada revelam que o empréstimo de R$ 12 milhões se destinava ao PT e foi pago mediante a contratação da Construtora Schahin como operadora do navio-sonda Vitória 10.000, da Petrobras, em 2009.

Desde o surgimento das primeiras denúncias, o PT sustenta que todas as doações obtidas pelo partido foram feitas de forma legal e declaradas às autoridades. A Schahin afirma que o modelo de contratação dos navios-sonda foi o mesmo praticado pela Petrobras com todas as concorrentes que prestaram o mesmo serviço. 

http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/lava-jato/moro-intima-lula-para-depor-como-testemunha-de-defesa-de-bumlai,d81ffa7590b8e0be48b638c43ddd15d8amdu4vmu.html

Agora famoso, 'Japonês da PF' já foi preso pela própria Polícia Federal

Uma das figuras que mais ganhou destaque nas fases recentes da operação Lava Jato é Newton Ishii. Você pode não conhece-lo pelo nome, mas com certeza sabe quem é o “Japonês da Federal”.

Ishii ganhou até marchinha de carnaval por conta de sua atuação na operação. O agente da Polícia Federal está presente em todas as prisões efetuadas pela Lava Jato e, por isso, tornou-se símbolo de luta contra a corrupção. Mas nem sempre foi assim.

Presente em prisões importantes como as de José Dirceu, Marcelo Odebrecht e João Vaccari Neto, Ishii já foi ele próprio alvo da PF. Em 2003, o agente foi um dos cinco presos pela própria Polícia Federal durante a chamada Operação Sucuri.

À época, Ishii foi preso suspeito de integrar uma organização criminosa acusada de contrabandear mercadorias do Paraguai. No ano da prisão, o Tribunal Regional Federal (TRF) ainda negou o pedido de habeas corpus feito pelos agentes.

Segundo informações da revista Época, ainda por conta desse episódio, Ishii responde até hoje a processos criminais e civis, além de uma sindicância. A publicação afirma que sua reintegração à Polícia Federal se deu por conta de confiança da direção.

Ainda sobre Ishii, além da prisão em 2003, surgiram fatos citados pelo senador Delcídio do Amaral (PT-MS) em audio divulgado na última semana. Nas gravações, o senador teria supostamente afirmado que um agente da PF conhecido como “japonês bonzinho” venderia informações sigilosas para veículos de comunicação.

Não houve manifestação nem do agente e nem da corporação sobre tais acusações.

https://br.noticias.yahoo.com/agora-famoso-japon%C3%AAs-da-pf-j%C3%A1-foi-preso-pela-180125608.html