sábado, 6 de setembro de 2014

Lula diz que quem cometer erro no PT deve ser punido

Sem citar casos de corrupção, ex-presidente pediu que militantes tenham orgulho do partido

 
Lula pediu que Padilha defenda a honra do partidoAlice Vergueiro/Futura Press/ Estadão Conteúdo
Em discurso no qual pediu mais empenho de lideranças do PT nas campanhas da presidente Dilma Rousseff e de Alexandre Padilha ao governo de São Paulo, na noite desta sexta-feira (5), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu punição aos membros do partido que cometerem erros.

— Já vivemos tantas vezes em adversidades. Se entre nós, alguém por ventura cometer erro, que pague. Isso vale para o PT, vale para a casa da gente, vale na igreja da gente, vale para o clube da gente, vale em qualquer lugar. O que a gente não pode é deixar de ter orgulho e autoestima por ser petista.

Ontem, a imprensa divulgou que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa deu nomes de dezenas de parlamentares e um governador que teriam recebido pagamentos de comissão sobre contratos da estatal. Mas Lula não fez referência direta ao caso. Apenas pediu que as lideranças passem informações aos militantes para o que ele chamou de “argumento de mesa de bar”.

— Alguém tem que dar argumento para a gente se defender. O nosso militante que está no bar e chega outro e fala: “partido de ladrão”, esse cara tem que levantar a cabeça e dizer quem é ladrão.  Esse cara precisa de informação.  Nós somos seremos humanos, nós temos limitações. Se a gente não tiver informado, não sabe como se defender.

O discurso foi feito durante plenária na capital paulista convocada por Lula para cobrar lideranças do Estado pelo fraco desempenho das campanhas petistas em São Paulo. Ele fez um apelo à Padilha para estimular a autoestima dos correligionários.

— Nem que seja por um segundo, o teu programa tem que defender a honra deste partido.

Volta Lula
Dirigentes do partido que também discursaram na plenária deram sinais de que há um movimento para nova candidatura do ex-presidente em 2018. Após um ato falho em que fala sobre distribuição de material de campanha de Lula, o deputado Emídio de Souza, presidente estadual do PT em São Paulo, afirmou que "o caminho mais curto para Lula voltar a ser presidente é a Dilma ser reeleita". 
Rui Falcão, presidente nacional da legenda, também falou sobre o projeto.

— Preparar a volta de Lula em 2018 é também uma grande reponsabilidade.

http://noticias.r7.com/eleicoes-2014/lula-diz-que-quem-cometer-erro-no-pt-deve-ser-punido-06092014

Escola é condenada por demitir funcionária apontada como “macumbeira”

Mulher, que era coordenadora, vai receber indenização de R$ 15 mil

 
Funcionária foi demitida sem justa causa, em julho do ano passado.
 
O Tribunal Regional do Trabalho do Distrito Federal e Tocantins condenou uma escola do DF a pagar indenização de R$ 15 mil por discriminação religiosa a uma coordenadora. Ela foi demitida sem justa causa, em julho do ano passado.

funcionária da escola afirmou que sua demissão foi motivada por um boato difundido, que partiu de uma colega de trabalho, que teria dito que ela era macumbeira e mãe-de-santo.  Já a escola sustentou que o motivo da dispensa seria o desempenho profissional da coordenadora.

Após ouvir os depoimentos das testemunhas, o juiz responsável pelo caso, Luiz Fausto Marinho de Medeiros, considerou caracterizada a discriminação. Segundo ele, ao alegar que a motivação da rescisão contratual teve por fundamento o desempenho profissional da obreira, o empregador “atraiu para si o encargo de comprová-la”. Mas, a comprovação não foi feita.

O colégio recorreu da decisão, mas o tribunal manteve a condenação. 

http://noticias.r7.com/distrito-federal/escola-e-condenada-por-demitir-funcionaria-apontada-como-macumbeira-05092014

Homem provoca aborto em mulher e é condenado a quatro anos de prisão

O condenado vai cumprir pena em regime aberto e pode recorrer

TJDFT condena homem que agrediu mulher e provocou a perda do bebê que ela esperava
 
O TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal) condenou um homem a quatro anos de prisão por provocar um aborto em sua companheira depois de uma agressão física.   

Segundo o Ministério Público, em novembro de 2012, Deusdete José de Oliveira bateu na mulher dentro de casa com a intenção de provocar a perda do bebê que ela esperava.   

Um laudo médico comprovou que a mulher sofreu aborto depois da agressão. A defesa do agressor chegou a pedir à justiça a absolvição do réu alegando que ele agiu sob influência de uma emoção violenta. Apesar da condenação, o homem vai cumprir pena em regime aberto e pode recorrer da sentença.

 http://noticias.r7.com/distrito-federal/homem-provoca-aborto-em-mulher-e-e-condenado-a-quatro-anos-de-prisao-05092014

Depois de vida de luxo em mansão paraguaia, Abdelmassih come 'prato feito' em cela de 14 m²

Ex-médico tinha vida de luxo no Paraguai e agora tem duas horas e meia para banho de Sol

Depois de morar três anos e sete meses em uma mansão de 700 m² com a mulher, Larissa Sacco, de 37 anos, e com os dois filhos. no Paraguai, o ex-médico Roger Abdelmassih, 70, divide chuveiro, vaso sanitário e uma cela de 14 m² com outros cinco presos na Penitenciária de Tremembé, interior de São Paulo.

A situação atual de Abdelmassih é bem diferente daquela vivida na cidade de Assunção, capital paraguaia, quando era vizinho do presidente do país, Horacio Cartes (confira a arte completa comparando as situações no final desta reportagem).

Cercado de luxo e conhecido na região como "Ricardo", nome falso, o ex-médico condenado a 278 anos por estuprar suas pacientes andava tranquilamente pelas ruas e frequenta restaurantes de alto padrão, onde costumava pedir pratos típicos da culinária italiana — nhoque e penne, acompanhados de espumante rosé.

Na mansão alugada por US$ 5 mil por mês, equivalente a R$ 11 mil, o criminoso vivia no mais alto conforto. Tinha motorista particular, trocava de empregada doméstica a cada dois meses para não levantar suspeita e levava os filhos, gêmeos de três anos, para um dos principais colégios paraguaios.

Agora, na penitenciárea de Tremembé, Roger Abdelmassih segue regras rígidas. Não pode mais escolher suas vestes: tem de usar o uniforme da prisão — camisa branca e calça bege. Tem hora certa para sair para o pátio e hora certa para voltar para cela. E, nos dias de visita, sempre aos finais de semana, pode receber até duas pessoas. Seu cardápio também mudou. O ex-médico, almoça o mesmo que é oferecido a todos os presos: carne, arroz, feijão e uma sobremesa simples.

A Penitenciária de Tremembé já foi endereço de Abdelmassih em 2009, quando ficou preso por cinco meses, entre agosto e dezembro. Ele, porém, foi solto por decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF (Superior Tribunal Federal), que considerou que o ex-médico poderia recorrer em liberdade a sentença de 278 anos de condenação.

Dois anos mais tarde, em 2011, Abdelmassih teve a prisão decretada novamente por pedir a renovação de seu passaporte — a Justiça entendeu a atitude como evidência de tentativa de fuga, o que se confirmou e o tornou o homem mais procurado do país.

http://noticias.r7.com/sao-paulo/depois-de-vida-de-luxo-em-mansao-paraguaia-abdelmassih-come-prato-feito-em-cela-de-14-m-06092014

Marina empataria com Dilma em 1º turno, diz Sensus


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Candidata do PSB continua em alta nas pesquisas
Pesquisa do Instituto Sensus, realizada entre 1 e 4 de setembro e publicada pela revista IstoÉ, mostra que a candidata Marina Silva (PSB) soma 29,5% das intenções de voto no primeiro turno. Está empatada tecnicamente com a presidenta Dilma Rousseff (PT), com 29,8%, e em caso de segundo turno, Marina venceria Dilma, com 47,6% contra 32,8% dos votos válidos. Aécio Neves, do PSDB, tem 15,2% das intenções de voto, contra 21,4% na pesquisa anterior, realizada entre 9 e 12 de agosto, quando ainda havia disputa com o candidato do PSB Eduardo Campos, morto em acidente aéreo. Em cenário de segundo turno entre Dilma e Aécio, os índices seriam de 39,3% e 35,4%.
 
Quanto a rejeição, 31,5% dos eleitores não votariam em Aécio, de 26% anteriormente. O número sobe para 44,3% para Dilma Rousseff e Marina Silva tem índice de 22,3%. A pesquisa também mediu o nível de aprovação do governo Dilma, que aumentou de 40,5% entre 9 e 12 de agosto para 46,3% na primeira semana de setembro. No mesmo período a intenção de voto na candidata do PT caiu quase 4% e sua rejeição cresceu 2%.
 
O levantamento aponta que 44,4% dos brasileiros aptos a votar admitem a possibilidade de mudar o voto até a eleição. Segundo a pesquisa realizada em 136 municípios de 24 Estados, quase 20% do eleitorado não conhece o senador mineiro. Já a presidenta Dilma é conhecida por 90,8% dos eleitores e Marina Silva por 89%.
 
A pesquisa foi realizada com dois mil eleitores, registrada na Justiça Eleitoral sob o número 00541/2014.
 
 Estadão Conteúdo

Apenas quatro estados atingem metas do Ideb para o ensino médio


Apenas quatro estados atingiram as metas individuais de qualidade do ensino médio, estipuladas para 2013, de acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado nesta sexta-feira (5), enquanto 13 estados tiveram queda de desempenho em relação à pesquisa de 2011 e os demais melhoraram, mão não o suficiente para alcançar as metas individuais.

O Amazonas, tinha a projeção de desempenho mais baixa, de apenas 3 pontos, e alcançou 3,2; Pernambuco ficou com 3,8 e superou a meta de 3,6; Rio de Janeiro e Goiás ficaram com nota 4, enquanto suas metas eram 3,8.

A exemplo das outras 23 unidades da federação, a nota nacional de 2013 não atingiu a meta estipulada pelo Ministério da Educação (MEC) para o ensino médio, que era 3,9 pontos. A média ficou nos mesmos 3,7 de 2011. Para avaliar o desempenho dos estados, o MEC fixa uma meta para cada estado, além de uma nacional, a serem perseguidas.

Segundo o ministro da Educação, Henrique Paim, o governo previu uma influência maior da melhoria dos primeiros anos do ensino fundamental no desempenho dos anos seguintes, até o término do ensino médio, o que não aconteceu.

Além disso, o ministro reconheceu que há necessidade de reavaliar o currículo do ensino fundamental, o que, segundo ele, já está sendo discutido. “Temos o desafio de encontrar uma forma de ter maior flexibilidade no currículo, de redesenhar o currículo a partir de arestas e permitir que ele seja mais atrativo”, disse Paim, acrescentando que também é preciso avançar na formação para o trabalho.

Nos anos finais do ensino fundamental, que vão do 6º ao 9º ano, Pernambuco, Amazonas, Piauí, Acre, Ceará, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais atingiram a meta para 2013. O Brasil como um todo não atingiu a meta de 4,4, ficando nos 4,2 em 2013, levemente acima do 4,1 de 2011.

A meta nacional só foi atingida nos primeiros anos do ensino fundamental, que vão do 1º ao 5º anos. Enquanto a meta era 4,9, a nota alcançada foi 5,2.

O Ideb é um indicador federal calculado a cada dois anos, que alia as taxas de aprovação no ensino básico ao desempenho dos alunos na Prova Brasil, que avalia conhecimentos em português e matemática.

 Agência Brasil

Ex-diretor da Petrobras delata à Polícia Federal propina a 32 deputados

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Número de políticos citados na delação poderá crescer
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa citou pelo menos 32 deputados e senadores, um governador e cinco partidos políticos que receberiam 3% de comissão sobre o valor de cada contrato da Petrobras firmados durante sua gestão na diretoria de Abastecimento da estatal petrolífera.

Desde a sexta feira passada, 29 de agosto, Costa está depondo em regime de delação premiada para tentar obter o perdão judicial. Ele é alvo da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que desmantelou um grande esquema de lavagem de dinheiro e corrupção na Petrobrás. São depoimentos diários que se estenderam por toda semana. O número de políticos citados foi mencionado por Costa nos primeiros depoimentos, mas pode crescer até o final da delação.

Costa relatou a formação de um cartel de empreiteiras dentro da Petrobras, em quase todas as áreas da estatal. Partidos políticos eram supostos beneficiários de recursos desviados por meio de comissões em contratos arranjados. E exemplificou: "Todo dia tinha político batendo em sua porta". Num depoimento, ele citou uma conta de um "operador do PMDB" em um banco europeu.

O ex-diretor contou que os desvios nos contratos da Petrobrás envolveriam desde o funcionário do terceiro escalão até a cúpula da empresa, durante sua gestão na diretoria de Abastecimento, entre 2004 e 2012.

O ex-executivo também citou quase todas as grandes empreiteiras do País que conseguiram os contratos. Inicialmente seu alvo foram as empresas, mas não havia como isentar os políticos, uma vez que, segundo ele, foram beneficiados com propinas. Por causa da citação aos políticos, que têm foro privilegiado, os depoimentos serão remedidos para a Procuradoria Geral da República. A PGR afirmou que só irá receber a documentação ao final do processo de delação.

Perdão judicial

O acordo de delação premiada assinado por Paulo Roberto prevê praticamente o perdão judicial. A pena que ele receberá será mínima comparada aos 50 anos que poderia pegar se responder aos processos - já é réu em duas ações, uma sobre corrupção na Petrobrás e outra sobre ocultação e destruição de documentos.

O acordo prevê que o ex-executivo será colocado em liberdade quando encerrar os depoimentos. Ele deve ficar um ano usando tornozeleira eletrônica, em casa, no Rio, sem poder sair na rua.

Os depoimentos têm sido longos. No primeiro dia foram mais de quatro horas. Um advogado do Paraná que esteve com ele diz que Costa está "exausto, mas se diz aliviado". O ex-executivo teria demonstrado preocupação apenas quando soube que a imprensa noticiou a delação premiada. Seu temor é se tornar um "arquivo vivo".

Os depoimentos são todos filmados e tomados em uma sala na Custódia da PF em Curitiba. Ao final de cada dia os depoimentos são lacrados e criptografados pelo Ministério Público Federal, que os envia diretamente para a PGR, em Brasília. A PGR mandou emissário a Curitiba no início do processo de delação.

Doleiro

O doleiro Alberto Youssef, também preso acusado de ser um dos cabeças do esquema desbaratado pela Lava Jato, também tentou negociar com o Ministério Público Federal uma nova delação premiada (ele fez a primeira no caso do Banestado, em 2003), mas desistiu ao ser informado que pegaria pelo menos 3 anos de prisão, em regime fechado.
 
Estadão Conteúdo