- Voluntária da Copa do Mundo aguarda chegada de filho de Ricardo Teixeira
Ricardo Teixeira não ocupa mais cargos na Fifa, no COL (Comitê
Organizador Local) e na CBF, mas parentes do ex-dirigente foram
recebidos pela organização do Mundial no aeroporto de Fortaleza. A
capital do Ceará será palco do segundo jogo da seleção brasileira na
Copa do Mundo, contra o México.
No final da tarde de domingo,
uma voluntária da Copa do Mundo esperava pelos familiares do
ex-presidente do COL e da CBF, que também era membro do Comitê Executivo
da Fifa. Ela estava na saída do desembarque do aeroporto com uma placa
que tinha o nome de cinco pessoas, entre elas de dois filhos de
Teixeira: Ricardo Havelange e Roberto Teixeira.
Na lista havia
também um nome igual ao de um dos netos do ex-dirigente. Quatro crianças
foram recepcionadas pela voluntária e levadas para um carro. Não havia
adultos no grupo. A reportagem do UOL Esporte tentou entrar em contato com Roberto Teixeira, mas ele não atendeu às ligações.
Indagado sobre a recepção aos parentes de Teixeira, o departamento de
comunicação do COL afirmou que os principais diretores do comitê
organizador, entre eles Joana Havelange, filha do ex-cartola, têm
direito a até cinco ingressos por partida do Mundial, além de um carro
em cada sede. Se o dirigente do COL não for ao jogo, ele pode repassar
todos os bilhetes a quem quiser. O veículo também pode ser usado por
seus convidados.
No total, o comitê conta com cerca de 60 mil
ingressos da Copa do Mundo, praticamente um estádio inteiro. Uma parte
desses bilhetes é destinado a autoridades públicas, que podem comprar os
bilhetes.
A Fifa não teve participação direta porque na
recepção da família Teixeira porque só lida com estrangeiros. Mas não só
os diretores do COL que gozam desse privilégio de ter carros e
ingressos. Dirigentes da federação internacional também a mesma
facilidade, incluindo hotel. Mesmo que não tenha ninguém a trabalho tem
direito a todos os benefícios.
Teixeira se afastou oficialmente
das atividades relacionadas à Copa do Mundo em 2012, quando renunciou a
seus cargos no COL, na Fifa e na CBF, alegando motivos particulares. Na
ocasião, ele enfrentava problemas de saúde, estava sem diálogo com o
Governo Federal e sofria acusação de receber propina da empresa de
marketing ISL como dirigente da Fifa.
http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/esporte/2014/06/17/parentes-de-ricardo-teixeira-ganham-ingressos-e-privilegios-na-copa.htm