domingo, 9 de agosto de 2015

Jihadistas tem plano para assassinar Rainha Elizabeth II


 

Jihadistas britânicos estariam planejando um atentado contra a Rainha Elizabeth II. 

O ataque estaria previsto para a próxima semana, em um evento que tem como objetivo a celebração do fim da Segunda Guerra Mundial e seria de responsabilidade do grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Os britânicos acreditam que o ataque, marcado para o próximo domingo, aconteceria com a explosão de uma bomba, no centro de Londres. 

O jornal Sunday Mail diz que a ameaça já foi feita contra a rainha e que é necessário reforçar a segurança para os próximos eventos.

As autoridades desconfiam que a bomba que pode ser usada seria semelhante à da Maratona de Boston, em 2013, que matou três pessoas e feriu 260.

 http://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo/jihadistas-tem-plano-para-assassinar-rainha-elizabeth-ii/ar-BBlzQNw

Mãe joga bebê recém-nascido da janela do quarto andar

"Eu não conseguia me mexer, não conseguia gritar e nem olhar. Foi horrível", diz vizinha da mãe que matou bebê

Um bebê recém-nascido morreu depois que sua mãe o jogou de uma janela do quarto andar de um apartamento em Nova Iorque, Estados Unidos. A criança caiu em um pátio 12 metros abaixo, disse um promotor ao anunciar a prisão da mãe acusada de assassinato. 

Rashida Chowdhury, de 21 anos, está aguardando o julgamento depois que o bebê de três semanas foi encontrado morto em um pátio no bairro de Queens, em Nova Iorque.

"Esse é um caso verdadeiramente horrível e preocupante", disse Richard Brown, promotor da região. "As supostas ações da réu são totalmente incompreensíveis". 

Médicos legistas disseram que a morte do bebê configura um homicídio, já que ele morreu em decorrência de ferimentos causados pelo impacto brusco, sofrendo fraturas no crânio e lacerações no cérebro, no fígado e no baço. 

Mazol IIyayeva, vizinha de Rashida, disse a jornalistas que ouviu alguma coisa cair por volta das quatro horas da sexta-feira e, em seguida, avistou no pátio o corpo ensanguentado e sem vida do bebê. 

"Eu não conseguia me mexer, não conseguia gritar", disse ela. "Eu não conseguia nem olhar. Foi horrível".
Mazol disse que os pais pareciam chocados quando estavam no pátio depois. "A mãe estava segurando o marido", disse Iiyayeva. "O rosto deles estava branco".
 
 http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2015-08-09/mae-joga-bebe-recem-nascido-da-janela-do-quarto-andar.html

Por que Hiroshima e Nagasaki são habitáveis e Chernobyl não?

Calcula-se que serão necessários milhares de anos até que a zona de exclusão no território da Ucrânia volte a ser habitável

Imagem de Chernobyl quase 30 anos após o desastre: desde 1986 uma cidade fantasma
Jason Minshull/Wikipedia
Imagem de Chernobyl quase 30 anos após o desastre: desde 1986 uma cidade fantasma
Há 70 anos, as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki protagonizaram duas das maiores tragédias mundiais com as bombas lançadas pelos Estados Unidos, que causaram uma devastação e destruição sem tamanho.

Em Hiroshima viviam cerca de 350 mil pessoas. Calcula-se que a bomba que caiu no dia 6 de agosto de 1945 matou por volta de 80 mil. Quase 80% dos edifícios foram destruídos ou sofreram danos irreparáveis.

Ainda é incerto o número de mortes na cidade em decorrência das feridas sofridas depois da explosão e dos efeitos da radiação – estima-se que o número varie entre 90 mil e 166 mil pessoas. Hoje, a cidade tem um total de 1,17 milhão de habitantes.

Em Nagasaki viviam cerca de 263 mil pessoas no dia da explosão nuclear, em 9 de agosto de 1945. Calcula-se que entre 39 mil e 80 mil pessoas tenham morrido menos de um segundo após a bomba. Atualmente, a população da cidade é de 450 mil pessoas.
Devastação na cidade de Hiroshima após a queda da bomba nuclear, em agosto de 1945
Reprodução/Youtube
Devastação na cidade de Hiroshima após a queda da bomba nuclear, em agosto de 1945
Pior desastre nuclear
Agora avancemos 41 anos no tempo. Na madrugada de 26 de abril de 1986, ocorreu o que foi classificado como "pior desastre nuclear da história".

Um dos quatro reatores da planta de Chernobyl, na Ucrânia (então parte da União Soviética), explodiu e causou um incêndio que liberou enormes quantidades de partículas radioativas na atmosfera.

Como consequência direta do acidente, morreram 31 pessoas. Mas as investigações sobre os efeitos da radiação a longo prazo – como câncer – continuam até hoje.

Depois do acidente, foi decretada uma zona de exclusão de 30 km ao redor da planta nuclear, que cobre uma área de aproximadamente 2.600 km² na Ucrânia. Ainda há restos de contaminação radioativa na atmosfera.

Reconstrução e exclusãoComo foi possível, então, Hiroshima e Nagasaki, que sofreram explosões nucleares tão devastadoras e com tantas vítimas fatais, se tornarem cidades prósperas e habitáveis, enquanto Chernobyl virou um lugar completamente inabitado – e assim seguirá por muitos anos?

O site Gizmodo, especializado em tecnologia, é um dos poucos meios de comunicação que fez essa pergunta. E, aqui, a BBC reproduz as razões principais.

1. Quantidade de combustível nuclear
A bomba "Little Boy" (que caiu em Hiroshima) transportava 63 kg de urânio enriquecido. "Fat Man" (a bomba de Nagasaki) continha cerca de 6,2 kg de plutônio.

O reator número quatro de Chernobyl tinha 180 toneladas de combustível nuclear, dos quais 2% (3,6 mil kg) eram urânio puro.

Quando o reator explodiu, calcula-se que foram liberadas sete toneladas de combustível nuclear. No total, o desastre emitiu 100 vezes mais radiação que as bombas que caíram sobre Hiroshima e Nagasaki.
Veja fotos raras do bombardeio em Hiroshima:
Mãe segura filho ferido nos braços logo após bomba nuclear atingir Hiroshima. Foto: Reprodução/Youtube
As imagens mostram como foram os primeiros momentos em Hiroshima após ataque com bomba dos EUA. Foto: Reprodução/Youtube
Fotos foram exibidas na Escócia em homenagem às vítimas do bombardeio. Foto: Reprodução/Youtube
Piloto escocês comprou uma câmera de segunda mão no Japão e, sem saber, levou as imagens raras com ele. Foto: Reprodução/Youtube
O filho dele concordou em divulgar e reunir as imagens em uma mostra na Escócia. Foto: Reprodução/Youtube
Bomba deixou mais de 140 mil mortos na cidade japonesa. Foto: Reprodução/Youtube
Todos que aparecem nas imagens devem ter morrido por causa da radiação. Foto: Reprodução/Youtube
Hiroshima ficou completamente destruída após a bomba nuclear lançada pelos EUA. Foto: Reprodução/Youtube
Mãe segura filho ferido nos braços logo após bomba nuclear atingir Hiroshima. Foto: Reprodução/Youtube

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2. Diferenças na reação nuclear
Na bomba de Hiroshima, a reação aconteceu com 900 gramas de urânio. Da mesma forma, 900 gramas de plutônio foram submetidas a uma fissão nuclear em Nagasaki.

Em Chernobyl, porém, cerca de sete toneladas de combustível nuclear – com enormes quantidades de partículas radioativas – escaparam para a atmosfera.

Quando o combustível nuclear se fundiu, foram liberados isótopos radioativos que incluíam xenônio, iodo radioativo e césio.

3. Localização
As bombas que caíram em Hiroshima e Nagasaki foram detonadas no ar, centenas de metros acima da superfície da Terra. Como resultado, os depósitos radioativos se dispersaram como efeito da nuvem criada pela explosão.

Em Chernobyl, no entanto, o reator quatro se fundiu na superfície, produzindo uma ativação de nêutrons que fez com que a terra se tornasse radioativa.

Outra explicação
A página Physics Stack Exchange (um site de intercâmbio de conhecimento para investigadores acadêmicos e estudantes de física) tem outra explicação: "Ainda que funcionem na base dos mesmos princípios, a detonação de uma bomba atômica e o colapso de uma planta nuclear são processos muito diferentes".

Segundo a publicação, uma bomba atômica está baseada na ideia de liberar a maior energia possível da reação de uma fissão nuclear no menor tempo possível. A ideia é criar o maior dano e devastação possíveis para anular as forças inimigas.
Lanternas de papel em rio em Hiroshima, Japão, relembram vítimas da bomba, na quinta-feira (6)
AP
Lanternas de papel em rio em Hiroshima, Japão, relembram vítimas da bomba, na quinta-feira
Assim, os isótopos radioativos que se criam em uma explosão atômica têm um período de vida relativamente curto. 

Mas, como um reator nuclear está desenhado para produzir energia em um processo de reação lento, isso resulta na criação de materiais de resíduos nucleares que possuem uma vida mais longa.

Ou seja, a radiação inicial de um acidente nuclear pode ser muito mais baixa que a de uma bomba, mas seu tempo de vida será muito mais longo.

Calcula-se que milhares de anos se passarão – estimativas citam até 20 mil – para que a zona de exclusão de Chernobyl volte a ser habitável.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2015-08-08/por-que-hiroshima-e-nagasaki-sao-habitaveis-e-chernobyl-nao.html

Polícia teme invasão de facção rival à Pedreira após morte de Playboy

A ostentação era uma marca de Playboy, que gostava de posar com muitos cordões de ouro e armas também banhadas a ouro

Com a morte do traficante mais procurado do Rio, Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy, de 33 anos, no Complexo da Pedreira, Zona Norte do Rio, neste sábado, a maior preocupação da polícia, agora, é evitar possíveis reações dos comparsas do criminoso e que outra facção tente invadir o conjunto de favelas nos próximos dias. A região já está ocupada pelo Comando de Operações Especiais (COE) da PM. “As forças especiais da PM (entre elas, o Bope e o Batalhão de Choque) já estão ocupando o complexo”, disse o coordenador de Inteligência da PM, coronel Antônio Goulart.

Em uma operação cirúrgica, as polícias Civil, Federal e Militar acabaram com o reinado do traficante mais procurado do Rio. Playboy foi emboscado na casa de dois cômodos da namorada, entre a Pedreira e o Morro da Lagartixa, na Zona Norte, na manhã deste sábado. O homem que cresceu na Zona Sul e ostentava colares de ouro e poder de chefão estava apenas com quatro seguranças que fugiram após tiroteio com os policiais. Ao receber voz de prisão, Playboy reagiu a tiros de pistola, foi baleado no tórax e abdômen e morreu a caminho do Hospital de Bonsucesso.
A ostentação era uma marca de Playboy, que gostava de posar com muitos cordões de ouro e armas também banhadas a ouro
Reprodução/O Dia
A ostentação era uma marca de Playboy, que gostava de posar com muitos cordões de ouro e armas também banhadas a ouro
“O traficante tinha uma ampla rede de informantes e proteção. Com cem policiais envolvidos, sempre há perigo de não se manter o sigilo, mas não houve vazamento, o que foi fundamental para o sucesso”, comentou o coronel.

Três helicópteros e três blindados chegaram ao Complexo da Pedreira por volta do meio-dia de ontem. A Polícia Federal monitorava os passos do traficante há um ano. “Toda vez que as polícias se unem, o resultado é excelente. Ele era um criminoso violento, beligerante, que procurava expandir seus domínios e a eficácia da investigação e do planejamento nos permitiu chegar a ele”, avaliou o delegado da Polícia Federal João Luiz Caetano.

Playboy era considerado o maior ladrão de cargas do estado e líder da facção Amigos dos Amigos (ADA). O Disque-Denúncia estabelecera recompensa de R$ 50 mil por informações sobre ele.

Segundo o delegado Fabrício Pereira, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil, a surpresa da ação impediu que o traficante pudesse arregimentar mais homens para se defender. “Já realizamos outras operações para prendê-lo, e sempre houve uma reação violenta. Desta vez, ele foi surpreendido e praticamente não encontramos resistência”.

As investigações sobre a quadrilha de Playboy continuam, segundo a PF. Os delegados não descartam que, conforme o próprio Playboy confessou há cerca de um ano, pagamentos de propina a policiais tenham dificultado a prisão dele anteriormente. “Vamos em busca de prender os comparsas e, se houver, algum agente público envolvido, também será preso”, garantiu João Luiz.

Playboy se preparava, segundo a PM, para tomar, no Complexo da Maré, bocas de fumo da facção Terceiro Comando Puro. Ele estaria fazendo acordo com o Comando Vermelho para dividir o território, deixado recentemente pelo Exército. Antes de comandar mais uma vitória do terror, Playboy perdeu.

Traficante era cria de Laranjeiras e entrou cedo para o mundo do crime
Último remanescente da quadrilha de Pedro Machado Lomba Neto, o Pedro Dom, Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy, era nascido e criado em Laranjeiras, filho de um jornaleiro e uma dona de casa, e pai de seis filhos. O jovem de classe média entrou cedo para o mundo do crime e aterrorizava a Zona Sul no início da década passada. Por volta dos 14 anos, era conhecido como ‘Mamadeira’ e praticava roubo de casas e carros na região. Foi preso duas vezes antes de completar 18 anos.

Por intermédio de um padrinho, foi parar na Aeronáutica, de onde acabou sendo expulso após ser preso num assalto. Aos 22 anos, começou sua especialização na criminalidade ao roubar 11 fuzis de um quartel e vender a um traficante do Morro do Dendê, na Ilha do Governador.

Em entrevista à revista ‘Veja’ no início deste ano, Playboy contou ter tomado os fuzis de volta por falta de pagamento e levado para o Complexo da Maré, onde reencontrou Pedro Dom, antigo parceiro de infância em Laranjeiras.

Após sua facção perder força dentro do Complexo da Maré, Playboy se refugiou no Complexo da Pedreira, onde comandava uma das maiores facções do estado, com poderia bélico estimado em mais de 300 fuzis.

Na comunidade, “governava” de dentro de um bunker com mão de ferro. Os inimigos eram tratados sem perdão. Playboy ordenava que fossem esquartejados e queimados na localidade conhecida como Mangueira.

Sua liberdade, até ontem, era comprada com muito dinheiro dado a policiais corruptos, cujas identidades ele nunca revelou. No ano passado, foi preso e acabou “perdendo” mais de R$ 1 milhão para os “vermes” — como ele chamava os policiais para quem dava o “arrego” (propina), que girava em torno de R$ 100 mil mensais, entregues pessoalmente.

Playboy gostava de ações ousadas. Uma das mais famosas atribuídas a ele foi o roubo de quase 200 motos do pátio do Detro (Departamento de Transportes Rodoviários) no fim do ano passado. Playboy nega que tenha ordenado a ação e garante ter mandado os traficantes da comunidade devolverem as motocicletas.

Outra imagem que correu o mundo e ficou ligada a Playboy foi a de traficantes da sua quadrilha armados de fuzil dentro da piscina da Vila Olímpica de Honório Gurgel.

Celso Pinheiro Pimenta estava foragido do sistema penitenciário desde agosto de 2009, quando recebeu o benefício do regime semi-aberto. Atualmente, Playboy estava condenado a 15 anos e oito meses de prisão em regime fechado.

A fila anda: Arafat herda o poderio de Playboy e está na mira da polícia

Com a morte de Playboy quem assume o posto de chefão do tráfico do Complexo da Pedreira é Carlos José da Silva Fernandes, o Arafat, de 37 anos, foragido do sistema penitenciário desde 2012, após receber o benefício da Visita Periódica ao Lar (VPL). Ele cumpria pena por tráfico de drogas. O Disque-Denúncia (2253-1177) oferece R$ 1 mil de recompensa por quem der informações que leve à prisão do traficante.

Gilberto Mendes Dias, o Betinho, também está na linha de sucessão da quadrilha e é foragido do sistema penitenciário desde 2010. “Embora saibamos que Playboy será substituído, a morte dele nesse momento causa um grande baque no tráfico na região”, afirmou o delegado da DRE da PF, João Luiz Caetano. 

Além de todo o Complexo da Lagartixa, Playboy tinha o domínio do tráfico também dos morros do Juramento, o Jorge Turco, Mundial, Proença Rosa, todos próximos a sua região. Mas ele queria ampliar seus territórios e seu próximo alvo era o Complexo da Maré.

Segundo as investigações, Playboy já estava em negociação com traficantes do Comando Vermelho (CV) para expulsar os integrantes do Terceiro Comando Puro (TCP) da região e tomar o controle do tráfico nas favelas Vila do João, Esperança, Salsa e Merengue Vila dos Pinheiros. Como aliado nessa transação, Playboy tinha o traficante e líder da facção Amigos dos Amigos, Edmílson Ferreira dos Santos, o Sassá, preso em 2005. Ele permanece na Penitenciária Federal do Rio Grande do Norte, em Mossoró.

Playboy foi emboscado na casa da namorada, onde funciona também um terreiro de umbanda. Segundo informações que chegaram à Polícia Federal, ele dormiu no local já se preparando para passar por um ritual no qual tomaria banho de sangue de bode. O encontro com o pai de santo foi monitorado pela polícia, que chegou ao traficante antes do ritual, que estava marcado para ser realizado na madrugada de hoje.

“Se ele queria fazer isso para ficar com o corpo fechado, a Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) chegou antes”, comentou o delegado Fabrício Pereira.

Os policiais foram ao Complexo com informações sobre três possíveis esconderijos de Playboy na tarde de ontem. “Nosso objetivo específico era capturá-lo, mas infelizmente ele reagiu, atirando na equipe com a pistola. Dentro da casa, encontramos ainda um fuzil, que foi apreendido”, detalhou o delegado.

Pezão elogia polícia e especialistas condenam morte
O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, lamentou ontem a morte do traficante Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy. “Lamento muito (a morte do Playboy). Mas mostra que a polícia está trabalhando”, comentou Pezão. Em seguida, o governador lembrou que a polícia tem feito diversas prisões, como a que ocorreu na semana passada, em Araruama, de Ipojucan Soares de Andrade, o Velho, chefe do tráfico em Japeri, na Baixada Fluminense. 

“Isso tudo mostra que a inteligência da polícia está funcionando”, disse o governador, que destacou ainda a importância da integração das polícias do estado.

Na avaliação do doutor em Sociologia e membro do Laboratório de Análise de Violência da Uerj, Ignacio Cano, a operação na Pedreira foi um fracasso porque resultou na morte de Playboy e não em sua prisão.

“Qualquer operação que resulte em morte não pode ser comemorada como um sucesso porque ela é um fracasso. Tem que prender, não matar. Uma operação bem sucedida nem troca de tiros tem. Essa história de que capturando bandidos famosos vamos acabar com a violência é velha. O que tem que ser atacado é essa forma de controle territorial”, disse Cano.

Para sociólogo e cientista político Paulo Baía, a morte de Playboy não vai mudar o cenário violento no Complexo da Pedreira e nem no Rio. Ele lembrou que outros criminosos do peso de Playboy também foram mortos em ações policiais no passado e que a história só se repete, ano após ano.

“No primeiro momento pode até diminuir um pouco a violência, mas a lógica da guerra é essa: sai um, entra outro. Daqui a pouco teremos outro nome para substitui-lo. Foi assim com o Bem-Te-Vi, na Rocinha (morto em 2005 por policiais civis) e outras centenas de histórias iguais a essas que conhecemos muito bem. Essa guerra só ajuda a aumentar a violência”, analisou Baía.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/rj/2015-08-09/policia-teme-invasao-de-faccao-rival-a-pedreira-apos-morte-de-playboy.html

Mais de 800 brasileiros cumprem pena por tráfico de drogas no exterior

Crime é o principal cometido por brasileiros fora do País; para especialistas, descriminalizar as drogas solucionará o problema

Principal crime cometido pelos 2.787 brasileiros presos no exterior em 2014, o tráfico internacional de drogas mandou 864 cidadãos do Brasil, ou 31% do total, para a cadeia, principalmente na Europa. Há detidos também na América do Norte, do Sul e Central, Ásia, África, Oriente Médio e Oceania, de acordo com o Ministério de Relações Exteriores.
Rodrigo Muxfeldt Gularte foi o mais recente brasileiro executado por tráfico. Ele foi fuzilado na Indonésia
Reprodução/Youtube
Rodrigo Muxfeldt Gularte foi o mais recente brasileiro executado por tráfico. Ele foi fuzilado na Indonésia
Em comparação com 2013, quando houve 3.209 prisões – 963 delas por tráfico ou porte de drogas –, o número reduziu 13,1%, a primeira queda registrada desde 2011, quando os índices passaram a ser medidos. Ainda assim, esses contingente pode voltar a crescer, caso a política de criminalização das drogas continue vigente do jeito que está.  
"Não acho que penas severas reduzem a criminalidade. O que diminui esses índices é a descriminalização da droga. Quando o Estado legaliza o consumo, ele controla o consumo e a produção. E, com isso, faz diminuir o dinheiro e o poder dos traficantes", explica o professor de direito penal da Universidade Presbiteriana Mackenzie e advogado criminalista Humberto Barrionuevo Fabretti.
Para Fabretti, é a criminalização da droga que torna o tráfico internacional tão lucrativo. Ele afirma que ao recrutar traficantes para as viagens, aliciadores garantem quantias milionárias, promessa que faz com que o risco de prisão e até de fuzilamento sejam relevados.
No início deste ano, por exemplo, a Indonésia penalizou com a morte os brasileiros Marcos Archer e Rodrigo Muxfeldt Gularte pelo crime.
Segundo o professor de direito internacional da PUC-SP Claudio Finkelstein, esse tipo de pena capital consegue afastar momentaneamente traficantes internacionais do país, mas não resolve o problema do tráfico e do consumo de drogas. 
Veja os brasileiros procurados pela Interpol
Imagens divulgada pela Interpol de Henrique Pizzolato, procurado no exterior. Ele foi preso nesta quarta-feira, (05/02/2014), na Itália. Foto: Divulgação/Interpol
O deputado Paulo Maluf (PP), 82 anos, procurado por fraude e roubo . Foto: Reprodução/Interpol
Roger Abdelmassih, 70 anos, procurado por estupro e abuso sexual. Foto: Reprodução/Interpol
Filho de Paulo Maluf, Flávio Maluf, 51 anos, procurado por fraude e roubo. Foto: Reprodução/Interpol
Fernando Borges Oliveira, 41 anos, procurado por falsificação. Foto: Reprodução/Interpol
Gilberto Ferreira da Silva, 42 anos, procurado por tráfico internacional de drogas. Foto: Reprodução/Interpol
Hilana Lannes de Moraes, 43 anos, procurada por autoridades argentinas por rapto de menor de 10 anos . Foto: Reprodução/Interpol
Carla Vanessa Fuziyama, 39 anos, procurada por sequestro e cárcere privado. Foto: Reprodução/Interpol
José Carlos Silva, 37 anos, procurado por fraude e falsificação de cartões de débito. Foto: Reprodução/Interpol
Luciana Tibiriçá Barbosa, 37 anos, procurada por tráfico internacional de drogas. Foto: Reprodução/Interpol
Cleber Farias Souza, 31 anos, procurado por assalto a mão armada. Foto: Reprodução/Interpol
Jorge Almada, 48 anos, procurado por tráfico de drogas. Foto: Reprodução/Interpol
Cirlei Vidal da Silva, 36 anos, procurada por falsificação de documento público. Foto: Reprodução/Interpol
Gelmara Fernandes de Moura, 35 anos, procurado por posse ilegal de arma . Foto: Reprodução/Interpol
Apolonio Leal de Almeida, 53 anos, procurado por tráfico internacional de drogas. Foto: Reprodução/Interpol
Sandra Santos da Silva, 29 anos, procurada por falsificação de documento. Foto: Reprodução/Interpol
Samner Mehdi, 35 anos, também de nacionalidade libanesa e paraguaia, procurado por crime de contrabando. Foto: Reprodução/Interpol
Carlos Roberto Rocha, 38 anos, procurado por roubo . Foto: Reprodução/Interpol
Davydson Soares de Oliveira, 35 anos, procurado por homicídio culposo. Foto: Reprodução/Interpol
Jailson da Glória Chaves, 52 anos, procurado por estupro e tentativa de estupro. Foto: Reprodução/Interpol
Luiz Antonio Ricardo, 45 anos, procurado por uso de passaporte falso. Foto: Reprodução/Interpol
Waldemar Marques Nunes, 54 anos, procurado por homicídio qualificado. Foto: Reprodução/Interpol
Vaudair Vieira Rangel, 48 anos, procurado por homicídio qualificado. Foto: Reprodução/Interpol
Amilton Pessoa de Carvalho, 45 anos, procurado por assassinato. Foto: Reprodução/Interpol
Nilton Joel Rossoni, 32 anos, procurado por formação de quadrilha e fraude. Foto: Reprodução/Interpol
Francisco Tananta Pissango, 38 anos, procurado por tráfico internacional de drogas. Foto: Reprodução/Interpol
Arnaldo Rodrigues Leite Santos, 32 anos, procurado por tráfico humano para exploração sexual. Foto: Reprodução/Interpol
Manoel Ferreira Moura, 26 anos, procurado por assassinato. Foto: Reprodução/Interpol
Márcio José dos Santos, 36 anos, procurado por assassinato. Foto: Reprodução/Interpol
Rosemeire Almeida Ribeiro, 40 anos, procurada por falsificação de documento público. Foto: Reprodução/Interpol
Sebastião Caixeta Decastro, 57 anos, procurado por violência sexual e roubo. Foto: Reprodução/Interpol
Micheli Bueno, 28 anos, procurada por tráfico de drogas. Foto: Reprodução/Interpol
Sebastião Celso Cezar, 39 anos, procurado por assassinato. Foto: Reprodução/Interpol
Carlos Donizetti, 57 anos, procurado por evasão fiscal e organização criminosa. Foto: Reprodução/Interpol
Ernesto Heinzelmann, 60 anos, também de nacionalidade alemã, procurado por formação de cartel. Foto: Reprodução/Interpol
Simone Andréa de Freitas, 45 anos, procurada por peculato e falsificação de documento público . Foto: Reprodução/Interpol
Gabriel Rolin Carvalho Kamers, 29 anos, procurado por tráfico de drogas. Foto: Reprodução/Interpol
Hernani Mendonça da Paixão, 38 anos, procurado por roubo. Foto: Reprodução/Interpol
Agostinho Vaca Tejaya, 52 anos, procurado por tráfico de drogas. Foto: Reprodução/Interpol
Marcelo Silva, 46 anos, procurado por uso de documento falso. Foto: Reprodução/Interpol
Imagens divulgada pela Interpol de Henrique Pizzolato, procurado no exterior. Ele foi preso nesta quarta-feira, (05/02/2014), na Itália. Foto: Divulgação/Interpol
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"Penas mais severas desviam o foco dos traficantes. Mas esse impeditivo funciona apenas por um tempo. O traficante pode até evitar o país, mas com certeza vai procurar outra rota para a sua droga", pondera.

Problemas com drogas
É na Europa que estão a maior parte dos brasileiros presos por tráfico no exterior . Depois vem a América do Sul, Ásia, África, Oceania, América do Norte, Oriente Médio e América Central e Caribe. O Itamaraty afirma prestar assistência psicológica e jurídica aos presos, o que não inclui pagamento de honorários dos advogados.
Enquanto quase 40% dos presos respondem por posse de drogas e narcotráfico, outros 60% acabaram presos por crimes que incluem roubo, fraudes, homicídio, porte de droga, abuso sexual, estupro, lesão corporal, porte ilegal de arma, tráfico de pessoas, assalto, tentativa de homicídio, prostituição e falsidade ideológica.

Direitos e deveres
Após as prisões, cabe ao detento decidir se quer ou não ter acesso aos serviços consulares, dependendo da legislação vigente do país. De acordo com o Itamaraty, 1.982 brasileiros presos foram visitados por essas autoridades no ano passado. Sobre a qualidade das casas de detenção espalhadas pelo mundo, as da Bolívia, Cabo Verde, Egito, França, Guiana, Honduras, Índia, Marrocos, Moçambique, Nicarágua, Paraguai e Venezuela tiveram avaliações negativas.

A Indonésia e a Venezuela registraram casos de corrupção por parte de autoridades carcerárias com os presos. Também na Venezuela e em territórios palestinos foram relatados ainda casos de tortura e maus tratos contra os detentos brasileiros.
Situação dos presos
Brasileira de 24 anos foi presa em Hong Kong com cocaína. Ela pode ter sido aliciada por traficantes em SP (Jul/2015)
Reprodução/Youtube
Brasileira de 24 anos foi presa em Hong Kong com cocaína. Ela pode ter sido aliciada por traficantes em SP (Jul/2015)
Cumprem pena atualmente por diversos crimes no exterior 1.430 brasileiros. Já 1.086 deles, ou 39%, estão em prisão preventiva, aguardando julgamento ou deportação. Como estão em países onde o direito à privacidade é preservado, cerca de 10% não tiveram a situação jurídica informada. Além disso, esse grupo não pediu ajuda ao governo brasileiro.
"O Itamaraty também garante o direito à privacidade das informações do brasileiro preso no exterior", explica a diretora do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior do ministério, ministra Luiza Lopes da Silva.
Do total de 2.787 presos presos por tráfico, 2.208 presos (79,23%) são homens, 480 (17,22%) são mulheres, 50 (1,79%) são transgêneros e sete (0,25%) são menores de idade.

 http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2015-08-09/mais-de-800-brasileiros-cumprem-pena-por-trafico-de-drogas-no-exterior.html