SYDNEY/PERTH,
Austrália, 9 Abr (Reuters) - Autoridade australianas disseram nesta
quarta-feira que dois novos sinais eletrônicos foram detectados nas
buscas pelo avião da Malaysia Airlines, reavivando as esperanças após
mais de um mês de buscas infrutíferas.
Agora já são quatro sinais
eletrônicos recebidos nos últimos dias por um equipamento
norte-americano especializado nesse tipo de buscas. Possivelmente os
sinais foram emitidos pelas caixas-pretas do Boeing 777 que fazia o voo
MH370, de Kuala Lumpur a Pequim.
Angus Houston, diretor da agência
australiana que coordena as buscas, adotou um tom otimista ao anunciar a
informação, mas pediu cautela, já que a tarefa de procurar os destroços
numa área gigantesca e remota do oceano Índico continua sendo muito
desafiadora.
"Acredito que estejamos buscando na área correta, mas
precisamos identificar visualmente os destroços da aeronave antes que
possamos confirmar com certeza que este é o local de descanso final do
MH370", afirmou ele na cidade de Perth, no oeste da Austrália, a base da
operação.
"Estou agora otimista de que vamos encontrar a aeronave, ou o que resta da aeronave, em um futuro não tão distante."
Os
investigadores não têm ideia dos motivos que levaram ao desaparecimento
do avião. Em 8 de março, cerca de uma hora após a decolagem, os
instrumentos de localização do Boeing foram desativados, e satélites
mostram que o avião fez uma curva acentuada e começou a voar em outra
direção.
As autoridades suspeitam que o avião foi deliberadamente
desviado da sua rota por alguém que conhecia bem o aparelho, mas também
não se descarta um problema mecânico.
As caixas-pretas, com
gravações de voz da cabine e dados técnicos do voo, poderiam elucidar o
mistério, mas seus sinais de localização são alimentados por uma bateria
com vida útil esperada de 30 dias -- ou seja, um prazo que já se
esgotou.
As buscas, até agora infrutíferas, envolvem até 14
aeronaves e 14 embarcações, de vários países. No fim de semana, o
equipamento TPL ("localizador de sinais rebocado", na sigla em inglês)
detectou dois sinais eletrônicos compatíveis com os sinais emitidos
pelas caixas-pretas. Os outros dois sinais foram recebidos na tarde e na
noite de terça-feira.
Mas dois oficiais da Marinha dos EUA, força
responsável pelo equipamento, disseram que, embora os sinais tenham
sido todos detectados numa área de 1.300 quilômetros quadrados, não há
certeza de que tivessem a mesma origem.
"Eu diria que são eventos acústicos separados", disse o capitão naval Mark Matthews.
"Há
variabilidade na localização geográfica, o que me leva a estar menos
otimista do que estaria se eu conseguisse consistentemente voltar a
obter o sinal de modo a ter uma área geográfica pequena para focar as
buscas do submarino autônomo", disse ele, referindo-se ao equipamento
que poderá ser empregado quando houver mais certeza sobre a localização
dos destroços no leito oceânico.
http://noticias.br.msn.com/novo-sinal-eletr%C3%B4nico-leva-confian%C3%A7a-a-buscas-por-avi%C3%A3o-da-mal%C3%A1sia-3