O empreiteiro Otávio Marques de Azevedo, presidente da
Andrade Gutierrez, vai apontar os nomes de pelo menos dois senadores que
teriam recebido propinas no esquema Petrobrás. A empreiteira está
fechando acordo de leniência com a Procuradoria-Geral da República.
Otávio Azevedo está preso desde 19 de junho, quando a Polícia Federal
deflagrou a Operação Erga Omnes, desdobramento da Lava Jato.
O
acordo ,que inclui leniência (Andrade Gutierrez) e delação (Otávio
Azevedo), prevê pagamento de R$ 1 bilhão, parceladamente, a título de
indenização.
As negociações do empresário com a força-tarefa do
Ministério Público Federal se prolongam há cerca de dois meses. Otávio
Azevedo vai citar os nomes de ‘autoridades com foro privilegiado’ que
teriam recebido valores ilicitos porque, de alguma forma, abriram
caminho para a empreiteira fechar contratos com a Petrobrás. Entre essas
autoridades estão pelo menos dois senadores.
Presidente da Andrade Gutierrez silencia na Lava Jato
O empreiteiro vai falar de obras da Andrade Gutierrez na usina nuclear de Angra3 e da Copa do Mundo.
Os últimos detalhes do acordo estão sendo fechados. Até o início da semana os termos estarão todos acertados.
A
reportagem tentou falar com o criminalista Celso Vilardi, que defende
Otávio Marques de Azevedo. O advogado disse que não poderia se
manifestar.
No último dia 13 de novembro, Otávio Marques de
Azevedo ficou em silêncio em audiência na Justiça Federal do Paraná,
onde responde ação criminal por corrupção e lavagem de dinheiro. Na
ocasião, ele limitou-se a agradecer a família diante do juiz Sérgio
Moro.
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