A gema do ovo é rica em colesterol, mas uma nova análise acrescenta uma
evidência de que ela não é o pecado alimentar que se pensava
anteriormente. A análise sugere que, para a maioria das pessoas, comer
um ovo por dia não faz mal para o coração.
Os pesquisadores revisaram oito estudos com 263.938 indivíduos e
reuniram os dados para análise. Eles não encontraram nenhuma evidência
de que comer até um ovo por dia aumente o risco de doença cardíaca ou
derrame. Os resultados foram os mesmos para homens e mulheres de todas
as faixas etárias.
Os diabéticos foram a única exceção. Para eles, o consumo elevado de
ovos foi associado a um aumento do risco de doenças cardíacas e a um
risco reduzido de acidente vascular cerebral hemorrágico. Porém, poucos
indivíduos eram diabéticos nos estudos para que conclusões confiáveis
fossem tiradas.
Os autores, que escreveram este mês no periódico BMJ,
reconhecem que informações autorrelatadas sobre consumo de alimentos nem
sempre são confiáveis e que a maioria dos estudos não tinha informações
sobre os métodos de cozimento, o que pode ter afetado os resultados.
Um coautor do estudo, Dr. Frank B. Hu, professor de nutrição e
epidemiologia na Universidade de Harvard, disse que comer dois, três ou
mais ovos por dia pode ser prejudicial, em teoria, embora não haja dados
sobre isso.
Os
vegetarianos sofrem menos doenças do coração, revela um amplo estudo
britânico, o que parece confirmar as conclusões de recentes pesquisas
americanas que vinculam o consumo de carne vermelha a um risco maior de
mortalidade. No estudo britânico, publicado nos Estados Unidos,
cientistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, descobriram que as
pessoas que seguem a dieta vegetariana têm reduzido em 32% o risco de
hospitalização e morte por doenças cardiovasculares em comparação com as
que consomem carne e peixe.
Você sabia que é preciso lavar os ovos? Veja essa e outras dicas para evitar a salmonela.
Seis em cada dez pessoas já tiveram febre, diarreia, dor de estômago e náusea por causa de doenças transmitidas por alimentos, entre eles ovo cru ou mal cozido, segundo pesquisa realizada pela nutricionista Daniele Leal, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), em Piracicaba (SP).Você costuma lavar os ovos antes de usá-los para cozinhar?
“Esses sintomas, aí incluídos calafrio, vômito, mal-estar e dor de
cabeça, são causados pela salmonela, uma bactéria presente na casca do
ovo e que desde 1999 é a principal causadora de surtos de contaminação
alimentar no Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde”, completa
ela.
Além de evitar consumir o alimento cru ou mal-cozido, uma dica para evitar a doença é limpar os ovos com
papel toalha, por exemplo, e tirá-los da embalagem antes de guardá-los
na geladeira. Além disso, é bom não deixá-los na porta, já que o abrir e
fechar pode causar rachaduras e permitir a entrada da bactéria no ovo.
A nutricionista da Esalq-USP explica que o habitat da salmonela é o intestino da galinha, daí a contaminação da casca acontecer na hora em que o ovo é posto. Isso também explica por que outros alimentos podem ser infectados com a bactéria se o cozinheiro manipular o ovo e, na sequência, mexer em outras comidas sem antes lavar a mão com água e sabão ou detergente.
A nutricionista da Esalq-USP explica que o habitat da salmonela é o intestino da galinha, daí a contaminação da casca acontecer na hora em que o ovo é posto. Isso também explica por que outros alimentos podem ser infectados com a bactéria se o cozinheiro manipular o ovo e, na sequência, mexer em outras comidas sem antes lavar a mão com água e sabão ou detergente.
Porém, a salmonela também pode estar dentro do ovo, já que ela pode
contaminar o alimento durante o processo de formação, e não somente
quando ele é posto. Daí a importância de se frisar: não consuma o ovo
cru nem mal-cozido.
Falando nisso, na hora do consumo, antes de quebrar o ovo, é preciso
lavá-los: "O correto é lavar o ovo com água corrente, secar a casca,
quebrá-la e, na sequência, lavar e secar as mãos para evitar que outros
alimentos sejam contaminados pela salmonela", diz a nutricionista
Daniele Leal.
Para nossa sorte, prevenir a contaminação é fácil, conforme você confere no álbum abaixo:
Para nossa sorte, prevenir a contaminação é fácil, conforme você confere no álbum abaixo:
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"Seja
qual for o tipo, a cor do ovo ou a origem dele, é preciso lavá-lo com
água corrente e secar a casca antes de quebrá-la", ensina a
nutricionista Daniele Leal. Ela também alerta que o ovo orgânico não
está livre da bactéria. "Não é porque a alimentação da galinha é livre
de agrotóxicos que o ovo produzido por ela está livre de salmonela" Marcelo Justo/Folhapress
Os sinais de uma infecção por salmonela demoram entre 18 e 36 horas para aparecer e podem durar alguns dias. “Seja qual for o caso, é preciso consultar um médico, especialmente se a pessoa tiver diarreia por mais de dois dias ou as fezes apresentarem sangue”, alerta a nutricionista Yone Yamaguchi Itabashi, analista de processos de gerência de nutrição do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
Quanto ao tratamento, o infectologista Ricardo Cantarim Inacio, da Santa Casa de São Paulo e do Hospital Santa Cruz, em São Paulo, conta que ele é feito com antibióticos, analgésicos, antitérmicos e hidratação por sete a 14 dias.
E atenção: nada de se automedicar ou esperar os sintomas passarem. É que, embora a salmonela mais facilmente encontrada em alimentos (a Salmonella enteretidis) dificilmente levar à morte, há outras espécies da bactéria que são letais.
“É o caso da Salmonella typhimurium, que se não for tratada pode cair na corrente sanguínea e causar infecção generalizada; e da Salmonella typhi, capaz de levar à febre tifoide”, alerta a nutricionista Daniele Leal.