Ao dar posse ao novo ministro da
Cultura, Marcelo Calero, o presidente interino Michel Temer reconheceu
ter errado ao tentar unificar os Ministérios da Cultura e da Educação e
disse a Calero que irá resolver a dívida de mais de 200 milhões de reais
com o setor.
Ao anunciar sua
equipe ministerial, há quase duas semanas, Temer extinguiu a pasta da
Cultura, transformando-a em uma secretaria nacional ligada ao Ministério
da Educação.
A ação causou revolta no setor, com atos em várias cidades do país.
Pressionado
pelo ex-senador José Sarney -que criou o ministério em seu governo- e
avaliando que perderia a batalha, porque o Congresso já se articulava
para recriá-lo por lei, capitaneado pelo presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL), Temer voltou atrás. Foi novamente criticado, por
outros setores, por ter cedido a pressões.
“Em
dado momento percebi que a Cultura deveria ficar apartada da Educação”,
disse Temer, garantindo que havia “verificado que a Cultura era muito
importante para o país”.
Em
seu discurso, Marcelo Calero, que era o secretário de Cultura da
Prefeitura do Rio de Janeiro, afirmou que “o partido da cultura é a
cultura e não qualquer outro”.
O
presidente interino ecoou sua fala ao dizer que “a cultura não é de
ninguém, é do povo brasileiro”, e reafirmou que saldará a dívida do
ministério com projetos e artistas. “Calero tocou num ponto que quero
enfatizar: há um débito de 200 milhões de reais. Vamos quitar esse
débito em parcelas até o fim desse ano”, disse.
Calero
já se reuniu com a classe artística na semana passada, tentando fazer
uma ponte com um grupo que foi majoritariamente contra o afastamento da
presidente Dilma Rousseff e aumentou a desconfiança com o governo Temer
depois da tentativa de extinguir o ministério. Na posse, no entanto, a
presença de artistas foi limitada.
http://www.msn.com/pt-br/noticias/crise-politica/temer-d%C3%A1-posse-a-ministro-da-cultura-e-promete-zerar-d%C3%ADvida-de-rdollar-200-mi/ar-BBtqF3W?li=AAggXC1