terça-feira, 10 de março de 2015

Planalto monta 'gabinete de crise' para amenizar desgaste de Dilma

Principal argumento é caracterizar pedidos de impeachment como tentativa de “ruptura democrática”; governo reconhece que há insatisfação, no entanto, aposta que eleitores não querem que resultado das urnas seja desrespeitado

Presidente Dilma Rousseff (PT) em pronunciamento na noite de domingo (8)
Reprodução
Presidente Dilma Rousseff (PT) em pronunciamento na noite de domingo (8)
Com o objetivo de amenizar a crise instaurada entre o Planalto e o Congresso e ainda discutir formas de enfrentar as manifestações que pedem a saída da presidente Dilma Rousseff do poder, o governo decidiu ampliar seu grupo de decisão, o chamado “núcleo duro” do Planalto, e integrar neste grupo ministros com capacidade de articulação política, filiados a outros partidos aliados, como o PSD e PCdoB.

Além da decisão de chamar o vice-presidente Michel Temer (PMDB), exigência apresentada pelo maior partido da coalizão, a presidente Dilma Rousseff decidiu ampliar ainda mais o grupo, que passará a se reunir semanalmente com ela. Embora o Planalto minimize os objetivos da coordenação política, nos bastidores o núcleo já é chamado de “gabinete de crise”.

A ideia de Dilma, de acordo com interlocutores, é contar com ministros como o dos Esportes, Aldo Rebelo (PCdoB), e das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), nomes com um reconhecido perfil de habilidade política, capazes de ajudar na tarefa de superar a crise de governabilidade e ajudar a encontrar saídas para arrefecer o movimento “fora Dilma”.

O modelo começou a ser discutido na semana passada no jantar que a presidente ofereceu no Palácio da Alvorada à cúpula do PMDB. Nesta semana, em reunião com os ministros petistas e Temer, o modelo voltou a ser discutido.

“A sugestão é de a gente ter reunião semanal, com uma coordenação política e institucional da qual farão parte o vice-presidente e ministros, inclusive de outros partidos, com assento nesta coordenação. E sempre que a matéria exigir, o ministro da pasta estará presente. Acho que isso ajuda nas articulações intra-governo e nas relações com o Congresso, e que fortalece a ideia de um governo de coalizão”, comentou o ministro Aloizio Mercadante, após se reunir com Dilma e com o presidente, na segunda-feira.

A ampliação da equipe inclui, segundo interlocutores, a manutenção do ministro de Relações Institucionais, Pepe Vargas, no núcleo, por decisão de Dilma. Além de enfrentar resistência das alas do PMDB, ligadas ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ministro tem sua cabeça pedida por correntes majoritárias de seu próprio partido, o PT.

A corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), que inclui o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não se conforma com a presença de dois ministros da corrente Democracia Socialista (DS) na chamada “cozinha do Planalto” e defende a substituição de Pepe. Além de Pepe, o ministro Miguel Rossetto, da Secretaria Geral da Presidência, pertence à DS.

A resistência de Cunha à articulação de Pepe tem origem na campanha para sua eleição na Câmara. O novo presidente, ainda magoado com o que chamou de interferência indevida do ministro na campanha, já avisou que não conversará com ele.

Comunicação
Além das conversas frequentes com líderes parlamentares, o governo já passou a semana investindo em uma postura mais comunicativa. A presidente tem dado entrevistas ao final de cada evento e apostado em uma agenda de viagens.

Além de Dilma, os ministros estão orientados a falar, de forma sistemática com a imprensa e de ter uma presença forte no Congresso, nas votações de matérias de interesse do governo, nas explicações do pacote fiscal e nas comissões gerais chamadas pelo Parlamento.

A argumentação contra os pedidos de saída de Dilma do cargo também tem sido construída com o viés da estabilidade política que o país precisa. A presidente e os ministros têm dito que ainda há um clima de radicalismo, remanescente das eleições e que esse clima tem impedido o diálogo para a construção de soluções. Os ministros e a própria presidente também apontam a tentativa de desrespeito ao resultado das urnas e indicam a oposição nos bastidores desta articulação ao falarem de “terceiro turno”.

Há muita dúvida do governo, no entanto, quanto a dimensão do movimento “Fora Dilma” e alguns integrantes aguardam o próximo dia 15, quando estão planejadas manifestações, convocadas nas redes sociais, principalmente em São Paulo, para um diagnóstico mais preciso.

Membros do governo reconhecem nos bastidores que há insatisfação com Dilma, inclusive entre eleitores dela, devido aos ajustes fiscais, mas apostam que a maior parte destes insatisfeitos não quer sua saída. Daí o investimento no discurso contra o que chamam de ruptura democrática.

http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2015-03-10/planalto-monta-gabinete-de-crise-para-amenizar-desgaste-de-dilma.html

China acusa homem de espionagem por fotos do primeiro porta-aviões do país

Um chinês acusado de vender 500 fotos do primeiro porta-aviões do Exército Popular de Libertação foi detido em uma investigação por espionagem, informou a imprensa oficial. 

O homem, identificado como Zhang, teria feito as fotografias a pedido do suposto chefe de redação de uma revista, segundo uma emissora de televisão da cidade de Dalian. 

O primeiro porta-aviões chinês, o "Liaoning", foi construído no porto de Dalian, nortes do país, a partir de um navio inacabado vendido pela Ucrânia em 1998. A embarcação passou a operar em setembro de 2012.
Zhang é suspeito de ter fotografado o "Liaoning" entre abril e agosto de 2014 no porto de Dalian, durante a manutenção regular do porta-aviões. 

"Zhang prejudicou gravemente a segurança militar do país", segundo o canal de TV de Dalian. 

De acordo com a emissora, a polícia prendeu outro homem na mesma cidade, acusado de ter recebido 90.000 yuanes (13.300 euros) em troca de fotos de material militar que teria entregue a um "repórter". 

Este último seria um espião estrangeiro vigiado pelos serviços de contraespionagem da China, destacou o mesmo canal, que não revelou a nacionalidade do segundo detido. 

Pequim mantém um grande sigilo sobre seus programas militares e é intransigente a respeito de vazamentos.
A China anunciou na semana passada um aumento de 10,1% no orçamento militar para 2015. 

https://br.noticias.yahoo.com/china-acusa-homem-espionagem-fotos-primeiro-porta-avi%C3%B5es-120614757--sector.html

Venezuela rejeita acusações de tortura apresentadas por relator da ONU

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro 
 
O governo da Venezuela rejeitou nesta terça-feira as acusações do relator sobre tortura da ONU, Juan Mendez, que incriminou o governo de Nicolas Maduro por graves violações dos direitos humanos durante os protestos de fevereiro de 2014.

"Não foram manifestantes nem protestos pacíficos como tentaram mostrar [...] Não é verdade que essas mortes foram produzidas por uso excessivo da força", declarou a delegação da Venezuela.

Juan Mendez apresentou nesta terça-feira ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, um relatório acusando o governo venezuelano de violar, entre outros, o direito de não ser torturado nem à detenção arbitrária.

O relator apresentou um relatório de 200 casos de tortura em todo o mundo, entre eles dois que aconteceram durante os tumultos do mês de fevereiro de 2014, em que, de acordo com Mendez, 29 civis foram mortos e 357 feridos.

A Venezuela admitiu "muito poucos casos isolados envolvendo ação irresponsável de agentes de segurança", mas lamentou a falta de "rigor científico" do relator, em seu relatório

http://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo/venezuela-rejeita-acusa%C3%A7%C3%B5es-de-tortura-apresentadas-por-relator-da-onu/ar-AA9Bnln

Policial mata a tiros homem que corria nu em região metropolitana de Atlanta

ATLANTA - Um policial branco matou um homem negro que corria nu em um complexo residencial da região metropolitana de Atlanta. O episódio aconteceu na tarde de segunda-feira. Anthony Hill, de 27 anos, sofreria de problemas psiquiátricos, mas estava desarmado e teria corrido na direção do policial, que tinha uma arma de choque, mas não a usou. Uma investigação sobre o caso será conduzida pela corregedoria da Geórgia.

A polícia do condado de Dekalb recebeu uma chamada por volta das 13h (locais) que afirmava que Hill agia de forma instável, correndo, batendo em portas e se esfregando no chão nu. O chefe do departamento, Cedric Alexander, contou que o homem correu em direção ao policial, que ordenou que ele parasse. O oficial atirou duas vezes. Desarmado, o baleado morreu no local. O policial, há sete anos na função, tinha uma arma de choque mas não a utilizou.

Segundo mensagens divulgadas no Facebook, Anthony Hill admitia sofrer distúrbios psiquiátricos, mas criticava a repressão e o tratamento dado a pessoas com o diagnóstico. Moradores locais afirmaram que farão um protesto contra o episódio.

Esta foi a terceira morte de indivíduos negros desarmados pela polícia relatada nos EUA desde a última sexta-feira. No próprio condado de Dekalb, manifestantes protestaram no fim do ano passado após a polícia matar um homem que chamou a emergência quando sua namorada foi esfaqueada por outra pessoa em seu apartamento.

Em 2014, uma série de incidentes fatais como as mortes do jovem Michael Brown em Ferguson, no Missouri, e do camelô Eric Garner em Nova York rendeu fortes críticas à atuação policial nos Estados Unidos. Um relatório do Departamento de Justiça admitiu que a ação policial contra negros no país tem motivações preconceituosas. O presidente Barack Obama reconheceu que o episódio de Ferguson não foi um incidente isolado.

http://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo/policial-mata-a-tiros-homem-que-corria-nu-em-regi%C3%A3o-metropolitana-de-atlanta/ar-AA9ASSr

Câmara dos Deputados aprova regra atual para reajuste do salário mínimo

 A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira o texto principal de projeto que mantém as atuais regras de valorização do salário mínimo até 2019.

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira o texto principal de projeto que mantém as atuais regras de valorização do salário mínimo até 2019.

Resta ainda a análise de emendas, dentre elas a que estende a regra de reajuste a aposentadorias e pensões, o que não conta com o apoio do governo. Só então o projeto será encaminhado ao Senado.

De autoria do deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o texto prevê, assim como as regras atuais, que o cálculo do reajuste do salário mínimo levará em conta a taxa de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes e a variação do INPC nos 12 meses anteriores.

O governo defendia mais tempo para negociar e prometia o envio de uma proposta de valorização até o dia 1o de maio, mas diante de uma possibilidade de derrota no plenário da Câmara, fechou acordo para votar a proposta de Paulo Pereira.

No início deste ano, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, chegou a declarar que o governo iria enviar ao Congresso uma nova regra para o cálculo do salário mínimo para o período de 2016 a 2019, mantendo ganhos acima da inflação, sem fornecer detalhes. No dia seguinte recuou, e afirmou que o governo manteria a regra atual.

A votação do projeto nesta terça-feira, justamente num momento em que o Executivo centra seu foco em um esforço fiscal, foi definida em almoço nesta terça do qual participaram o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o líder do PMDB na Casa, Leonardo Picciani (RJ), e Paulo Pereira, além de integrantes de partidos da oposição, como o DEM.

http://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/c%C3%A2mara-dos-deputados-aprova-regra-atual-para-reajuste-do-sal%C3%A1rio-m%C3%ADnimo/ar-AA9Cqer