segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Brasil - O País do racismo camuflado e que todo mundo faz questão de não enxergar.




 




A desigualdade social e o racismo no Brasil com relação aos negros, é claro, porém a luta dos movimentos negros tem crescido no sentido de evidenciar a Igualdade Racial e a valorização da cultura afro-brasileira.

A população brasileira é de origem africana, desde o início do século XX caminha em desvantagem com relação aos não negros, com grandes dificuldades de acesso a questões básicas. Este quadro começa a ser pensado tardiamente. Assim, em pleno século XXI as populações de origem africana ainda moram em favelas, estudam em escolas ruins, não têm emprego e lotam as penitenciárias. O Estado nunca fez o que deveria fazer para reparar um erro fatal, que foi o de ter implementado políticas de exclusão: proibição de acesso à escola, proibição de cultos religiosos; racismo na incorporação no mercado de trabalho etc.
 

Assim, a disparidade continua. As políticas afirmativas ainda são insuficientes para cobrir este déficit. A saída é insistir nestas políticas e lutar permanentemente para a melhoria da qualidade de vida destas populações negras. Acredito que devemos está sempre discutindo estas questões na sala de aula, com amigos, e até mesmo com inimigos. Esses debates são de grande importância porque tem a finalidade de formar jovens afrodescendentes tanto profissionalmente quanto criticamente, com relação aos problemas enfrentados pela população de origem africana. O Brasil precisa discutir e aceitar a verdadeira construção da sua  identidade.

O poder público deve tomar iniciativas inserindo mais a população e os meios de comunicação de massa na luta contra a discriminação e crimes raciais, garantindo vagas de trabalho, nas escolas e faculdades para a população de origem africana. A longo prazo,  as medidas são mais difíceis, já que passam pela distribuição de renda, oferta de emprego e aumento de vagas nas escolas, com garantia da qualidade de ensino.
O poder criado pelo tráfico de drogas é internacional, com grandes grupos envolvidos, no entanto são os negros pobres que estão pagando o preço mais alto.
Os meios de comunicação refletem as estruturas sociais, já que a elite branca é a proprietária das grandes redes.  Podemos perceber que procuram veicular apenas imagens de brancos nas capas das principais revistas e jornais, e a positivação da imagem do negro tem acontecido de forma marginal, pequena e aos poucos vai ganhando algum espaço, mas este processo ainda depende da inversão do sistema que acontece.

A juventude pode ser um potencial para mudar a visão preconceituosa em relação ao povo negro, tão presente ainda no Brasil. Tendo em vista todas essas campanhas, projetos e políticas de promoção da Igualdade Racial nos dias de hoje, mas apenas pela juventude negra porque a branca não. Isso porque temos visto posturas muito conservadoras da juventude branca. Eles não conseguem e nem fazem força para entender as origens do racismo e o grande mal que fez às populações de origem africana. Costumam condenar o sistema de cotas e tentam, em várias partes do país, inviabilizá-lo. Quem sente o racismo no Brasil é quem sofre. Portanto, acredito que a grande saída esteja mesmo nas mãos da juventude negra, que por sinal tem feito muita coisa através do movimento negro e de várias outras instituições que debatem a questão no país.

O que existe por aqui é muito racismo camuflado e que todo mundo faz questão de não enxergar. Os alvos, mesmo que inconscientemente, sempre são os mesmos. Negros, mestiços, nordestinos, pessoas fora do padrão da moda, ou seja, obesos, magrelas, altos demais, baixos ou anões e, principalmente, os mais pobres sofrem com a discriminação e não conseguem emprego, estudo, dignidade e respeito. Estes não têm vez na sociedade brasileira! Houve um avanço significativo do ponto de vista institucional. O Estado criou instâncias para a promoção da igualdade que são fundamentais para a mudança deste cenárrio.
Atualmente, a população brasileira faz parte do ‘vira-latismo’ mundial. Quantas pessoas mestiças nascidas no Brasil você conhece ou, pelo menos, já viu? Quantas vezes você ouviu alguém dizer que...” meu avô era africano, minha avó espanhola”, ou então...”meu pai é japonês e minha mãe é árabe”? Quando representantes ‘tupiniquins’ participam de eventos esportivos ou sociais, o que vemos são pessoas de diferentes raças, mas apenas um sangue, somente uma paixão, o Brasil.

Para exemplificar isso, basta visitar as faculdades, os pontos de encontro (como bares, danceterias, teatros e cinemas) ou, até mesmo, se tiver mais coragem, verificar o revés da história, ou seja, favelas e presídios. Claramente, nesses lugares, este racismo hipócrita e camuflado vem à tona e causa espanto em muitas pessoas que não ‘querem’ encarar a verdade dos fatos.

Segundo a Constituição Brasileira, qualquer pessoa que se sentir humilhada, desprezada, discriminada, etc...por sua cor de pele, religião, opção sexual...pode recorrer a um processo judicial contra quem cometeu tal atrocidade. Mas, neste país, a verdade é que ninguém encara isto seriamente e quando atitudes idênticas a do jogador Grafite, do São Paulo Futebol Clube, acontecem causa estranheza nas pessoas. Grafite está errado em exigir seus direitos? Certamente, não! Mas, na verdade este fato deve ser de alento para que todos lutemos por vagas nas faculdades públicas, trabalho e, conseqüentemente, respeito! Porém, sem ter de passar pela humilhante condição de “cotas para negros” ou programas de televisão sensacionalistas que exploram a distinção racial e social para ganhar audiência. A cota tem de estar disponível para quem não tem condições de cursar uma faculdade paga. Mas, para que isto ocorra é necessário que haja uma reforma no ensino, com o objetivo de se melhorar e valorizar as escolas estaduais e municipais, para que seus alunos possam “brigar” por vagas em universidade gratuitas. A somatória de notas pela vivência escolar pode ser uma solução para o caso, contudo, mesmo assim, tem de acontecer uma reconstituição de educação no Brasil.

Voltando ao caso “Grafite”, dois fatos ficaram mal explicados e precisam ser explicados. O primeiro se refere ao fato de que se prática de racismo, no Brasil, é crime inafiançável, Desábato não poderia ter sido libertado mediante pagamento de fiança. Se o argentino pôde escapar, daqui para frente todos que forem indiciados neste artigo terão o mesmo direito. A outra preocupação é com a ação de alguns brasileiros que banalizam o acontecimento e começam a utilizar as palavras agressivas do zagueiro do Quilmes para hostilizarem os brasileiros, mesmo sendo mestiços e negros. Pior do que a atitude do argentino foi a do torcedor que jogou uma banana no campo do Estádio Paulo Machado de Carvalho (Pacaembu), no jogo da seleção brasileira contra a Guatemala. Isto é repugnante! Ainda neste pensamento, outro fato negativo, é que há jornalista esportivo no Brasil desdenhando de toda esta situação e, ainda, se posiciona contrário a atitude do atacante do tricolor. Isto é um absurdo! Um formador de opinião não pode cometer tal heresia.

Daqui para frente, tudo tem de ser diferente! O brasileiro tem de valorizar e acreditar em suas virtudes, para que um dia este país tenha condições de lutar com igualdade pelos seus direitos e por todos nós, além de almejar um posto de destaque no cenário mundial. Caso contrário, seremos sempre o país do futebol, do melhor corredor de automobilismo, da melhor ginasta, do melhor carnaval, mas, nunca teremos cadeira fixa nos conselhos mundiais, como a Organização das Nações Unidas, que definem as regras econômicas e comerciais vigentes.


Nós Brasileiros temos que admitir que este país tem uma grande diversidade étnica e cultural, ou seja, resultado da mistura entre indígenas, africanos e imigrantes, e essa diversidade pode ser notada nas caracteristicas físicas de nossa população e em seus hábitos e tradições , como as festas populares, as danças, os rítimos musicais e a alimentação.

Acorda Brasil!  Mostra a tua cara.



'Foi horrível', diz pai de criança que morreu após ser jogada de ponte

Duplo assassinato aconteceu na manhã deste domingo em Cuiabá.
Suspeito de jogar criança de ponte também teria matado a ex-sogra.


 Pai lamenta a morte de criança jogada de ponte (Foto: Reprodução/TVCA)
Familiares, amigos e vizinhos acompanharam nesta segunda-feira (12), em Cuiabá, o velório e o enterro do corpo da criança de 4 anos de idade que morreu afogada após ser jogada da Ponte Júlio Müller, na capital mato-grossense. A criança, segundo a polícia, foi arremessada da ponte no Rio Cuiabá pelo ex-namorado da mãe da vítima, na manhã deste domingo (11).
O pai da criança, Lauro Pereira Camargo, disse estar perplexo e abalado com o crime. “Foi horrível. Não acredito que o ser humano é capaz de fazer esse tipo de coisa”, declarou. Abalado, Lauro chorou muito durante o enterro do filho e clamou por Justiça. O corpo do menino foi enterrado no cemitério do Porto, na capital, na tarde desta segunda-feira. Pela manhã, o velório ocorreu na Capela Jardins. A mãe da vítima, Tássia Alves, de 24 anos, também estava chocada com o crime.
O principal suspeito do assassinato, o ex-namorado dela, foi preso no domingo pela Polícia Militar e encaminhado nesta segunda-feira para um presídio. No entanto, a Polícia Civil não divulgou o nome da unidade por questão de segurança.
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O suspeito também seria o autor do homicídio contra a mãe da ex-namorada, a professora Admárcia Mônica da Silva, de 44 anos. De acordo com as investigações da polícia, o rapaz entrou na residência dela à procura de Tássia, no entanto, a jovem não estava. Na ocasião, ele e a ex-sogra teriam discutido quando ocorreu o assassinato. A declaração de óbito do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a vítima foi esfaqueada e teve o corpo parcialmente carbonizado.
O neto da vítima também estava na residência, localizada no Bairro Dom Aquino, e foi levado pelo suspeito até a ponte Júlio Müller, onde foi jogado por ele no rio. O corpo do menino foi encontrado minutos depois por um pescador próximo ao local.
Os bombeiros foram acionados para apagar as chamas da residência pela vizinha da vítima, Manoella de Souza Silva. “Eu acordei às 6h com um barulho de buzina e cheiro de fumaça dentro do meu quarto. Aí eu ouvi a buzina. Fui para a porta e vi o fogo no cômodo da residência”, contou.

Testemunhas também viram o suspeito segurando a criança nos braços próximo à grade de proteção da ponte Júlio Muller e, em seguida, jogar a vítima no rio. Um motociclista que passava sobre a ponte contou que achou estranha a situação porque o suspeito estava muito perto da beirada da ponte com a criança nua. "Parei a motocicleta e fiquei olhando, quando de repente ele jogou a criança no rio", disse a testemunha à polícia.
Depoimento
Horas depois do duplo homicídio, o suspeito foi preso na residência dele. De acordo com a Polícia Militar, o rapaz, que trabalha com instalações eletrônicas, chegou a ir até o local de trabalho, porém, voltou para casa depois de desconfiar que uma equipe da polícia realizava rondas pelo local.
Ao ser preso, ele foi para o Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc), do bairro Planalto, na capital. Em seguida, encaminhado para a Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Ao G1, o delegado José Sperândio disse que o suspeito preferiu não se manifestar durante o primeiro depoimento e chegou a declarar que iria falar sobre o caso somente em juízo.
Velório
O advogado da família, Claudino Aleixo Júnior, informou que o corpo de Admárcia Mônica deverá ser enterrado no Cemitério Bom Jesus Parque Cuiabá, por volta das 17h. A vítima trabalhava em uma creche municipal no Bairro Alvorada. Ela era professora da instituição desde o mês de agosto deste ano. Entretanto, nesta segunda-feira, a creche amanheceu de portas fechadas em sinal de luto.
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