sábado, 27 de abril de 2013

Promotor chama advogado de Bola de 'canalha'

O promotor de Justiça Henry Wagner Vasconcelos Castro e Ércio Quaresma, advogado do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, voltaram se atacar durante os debates entre promotoria e defesa no júri popular que acontece no Fórum de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Castro chamou novamente Ércio Quaresma de "canalha" a afirmou que o defensor "não é homem, é um crápula, mentiroso".  O interrogatório de Bola neste sexto dia de julgamento começou às 10h50.

Castro se referia à estratégia da defesa que tenta desqualificar a tese da acusação, afirmando que não há provas no processo e que "Bola é vítima de armação do delegado Edson Moreira e do Ministério Público", segundo afirmou mais cedo Quaresma, dizendo ironicamente ainda que o promotor seria "aquele moço garboso". "Covarde, canalha, estúpido e vagabundo. Quem não é homem é você, seu crápula", repetiu. "Eu nunca vi drogado ser herói. Eu nunca vi mentiroso crápula ser herói", completou.

As declarações aconteceram durante a réplica do promotor, que apresentou aos jurados provas da participação de Bola na morte e ocultação do cadáver de Eliza Samudio, dizendo ainda que a tese da defesa de que o primo de Bruno, Jorge Luiz Lisboa Rosa, se referia a outro policial investigado no caso, José Lauriano de Assis, o Zezé. "O Jorge presenciou, sim. As provas são simplesmete múltiplas, vastas, inúmeras (...) Jorge disse (em novo depoimento para a polícia) que o assassino não era negro e alto. 'Eu menti só para desbaratinar'", citou Castro, lendo o depoimento de Rosa.

Após a réplica do promotor será a vez dos defensores de Bola fazerem a tréplica, que durará uma hora. Em seguida os jurados se reúnem para decidir se o réu é ou não culpado pelo crime. A sentença, em caso de condenação, será redigida e lida em plenário pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues. O resultado deverá sair por volta de 21h.

O caso Bruno
Eliza Samudio desapareceu no dia 4 de junho de 2010 após ter saído do Rio de Janeiro para ir a Minas Gerais a convite de Bruno. Vinte dias depois a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. O filho de Eliza, então com quatro meses, teria sido levado pela mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues. O menino foi achado posteriormente na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves.

No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por envolvimento no crime. Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza, um motorista de ônibus denunciou o primo do goleiro como participante do crime. Apreendido, jovem de 17 anos relatou à polícia que a ex-amante de Bruno foi mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães.


http://www.jb.com.br/pais/noticias/2013/04/27/promotor-chama-advogado-de-bola-de-canalha/

Manifestação em São Paulo pede redução da maioridade penal

Parentes e amigos de pessoas que foram mortas em crimes cometidos por adolescentes fizeram hoje (27) um protesto na Avenida Paulista para pedir a redução da maioridade penal. Os manifestantes saíram em caminhada, por volta das 14h, até a Praça Charles Miller, no Estádio do Pacaembu. De acordo com a Polícia Militar, 4 mil pessoas participaram do ato, que se encerrou às 16h.

A atividade foi organizada pelo movimento Por um Belém Melhor, que reúne moradores do bairro da zona leste onde o estudante Victor Hugo Deppman, 19 anos, foi morto durante um assalto em frente à casa dele. O caso trouxe à tona o debate de revisão da maioridade penal, porque o assaltante era um adolescente de 17 anos que, dias depois, completou 18. Como era menor de idade, ele cumprirá medida socioeducativa.

“Se o menor cometeu um crime, independente da idade, precisa responder pelo crime que cometeu. Precisamos mudar alguns pontos da legislação, como a maioridade penal, e, principalmente , cumprir as leis que já existem”, diz o empresário Luiz Carlos Modugno, 43 anos, presidente do movimento. Ele defende que seja feito um plebiscito para que a população opine sobre a questão.

Para Demerval Riello, 44 anos, padrinho de Victor Hugo, o envolvimento da família nesse movimento é uma forma de impedir que a morte do sobrinho não seja em vão. “Essa é nossa bandeira hoje. É o que a gente está se apegando para que a morte dele tenha um significado. É preciso acabar com a impunidade e que a pessoa, independente da idade, seja julgada pelo crime que cometeu”, disse.

Além dos parentes e amigos de Victor Hugo, participaram da manifestação parentes de outros casos que tiveram a participação de adolescentes, como o do casal de aposentados Ophélia e Orlando Botaro. “Eles foram mortos dentro de casa, dias após a morte do Victor. O rapaz matou eles antes mesmo de roubar. Ele já foi atirando”, disse a empresária Regina Botaro, nora do casal. Ela também defende a redução da maioridade penal. “Estamos empenhados para essa mudança”.

A redução da idade para penalização de adolescentes é motivo de divergência. Para o advogado Ariel de Castro Alves, especialista em políticas de segurança pública e ex-integrante do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), mudar a lei é reconhecer a incapacidade do Estado brasileiro de garantir oportunidades e atendimento adequado à juventude. “Seria um atestado de falência do sistema de proteção social do país”, disse em entrevista à Agência Brasil, no último dia 22.

O promotor de Justiça Thales de Oliveira, que atua na Vara da Infância e Juventude de São Paulo, por outro lado, acredita que o aumento dos atos infracionais praticados por adolescentes, que cresceram aproximadamente 80% em 12 anos, justifica a revisão legislativa. “Desde a definição dessa idade penal aos 18 anos, o jovem brasileiro mudou muito, houve uma evolução da sociedade e hoje esses adolescentes ingressam mais cedo no crime, principalmente o mais violento”, disse à Agência Brasil.

 http://www.jb.com.br/pais/noticias/2013/04/27/manifestacao-em-sao-paulo-pede-reducao-da-maioridade-penal/

Suposto grupo neonazista é detido em Niterói

Um grupo de sete supostos neonazistas foi detido no final da manhã de hoje em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro.

Os homens estariam se preparando para agredir um homem natural do Rio Grande do Norte, mas teriam sido impedidos por agentes da Guarda Municipal e também por pessoas que estavam no local.

O caso ocorreu na Praça Araribóia, que fica em frente à estação das barcas que fazem o transporte de passageiros de Niterói para o Rio. As informações são da assessoria de imprensa da Polícia Civil do Rio.

De acordo com a polícia, uma testemunha teria ouvido os homens planejando a agressão e avisou aos agentes. O grupo teria sido abordado no momento em que cercava a vítima. Os homens teriam fugido, mas depois foram pegos por policiais militares que os encaminharam para a 77ª DP (Icaraí).

Segundo a Polícia Civil, pelo menos uma faca e um bastão de beisebol foram apreendidos com os homens. Ainda segundo a assessoria, os homens tinham tatuagens com referências à ideologia nazista.

Inicialmente, os homens seriam autuados por lesão corporal, crime considerado de menor potencial ofensivo e não prevê detenção. De acordo com os depoimentos, no entanto, a delegada-adjunta responsável pelo caso, Helen Sardenberg, pode autuá-los no crime de racismo, que leva à prisão. 

 http://www.correiodoestado.com.br/noticias/suposto-grupo-neonazista-e-detido-em-niteroi_180766/

Facebook mantém no ar vídeo de mulher decapitada


Frame do vídeo (foto D.R.) 

Alguns utilizadores do Facebook estão a ser surpreendidos com um vídeo de uma mulher, aparentemente mexicana, a ser decapitada. As imagens já tiveram mais de 5 mil partilhas e, até agora, não foram retiradas do ar pela rede social.

A empresa compromete-se a remover este tipo de conteúdos caso ache necessário, uma vez que ao aceitar os termos de uso da rede social, o utilizador compromete-se a não publicar conteúdos que sejam «discursos de ódio, ameaçadores ou pornográficos; que incitem à violência; que contenham nudez, violência gráfica ou gratuita».

No entanto, segundo publica a Globo, o Facebook decidiu manter o vídeo porque «as pessoas estão a partilhá-lo como forma de protesto», disse um representante da rede social, citado no site informativo brasileiro.

Em março, um vídeo de uma criança a ser violada ficou pelo menos oito horas no ar e teve 32 mil partilhas. 

 http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=398053

Delegada afirma que menor ateou fogo em dentista no ABC

Crime aconteceu na quinta-feira, em consultório em São Bernardo.
Três suspeitos foram detidos e a polícia procura outro.

A delegada Elisabete Sato, diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse que o menor detido por suspeita de matar uma dentista confessou ter ateado fogo na vítima. O crime aconteceu na quinta-feira (25), no consultório de Cinthya Magaly Moutinho de Souza, de 47 anos, em São Bernardo do Campo, no ABC.

O adolescente e dois homens, Jonatas Cassiano Araújo, de 21 anos, Victor Miguel Souza Silva, de 24 anos, foram capturados, na madrugada deste sábado, em uma casa na Favela Santa Cruz, no limite entre Diadema e São Bernardo. Segundo a polícia, eles não reagiram. Outro menor também foi detido porque, segundo os policiais, abrigava o trio. Agora a polícia procura outro suspeito:Tiago de Jesus Pereira, de 25 anos.
Victor Miguel Souza (à esq.) e Jonathan Cassiano Araújo, presos neste sábado (Foto: Divulgação/Polícia Civil)Victor Miguel Souza (à esq.) e Jonatas Cassiano, presos neste sábado (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Em entrevista na sede da Secretaria da Segurança Pública, no Centro de São Paulo, Sato disse que foi uma das responsáveis por interrogar o trio detido. Ela afirmou que os suspeitos contaram que “fingiam que iriam atear fogo para fazer tortura. Um pegava o isqueiro da mão do outro”. Um deles era o menor e o outro, Victor Miguel.

Como não tinha dinheiro quando foi assaltada, a dentista entregou o cartão bancário e a senha aos criminosos. Os ladrões, então, sacaram  todo o dinheiro que a mulher tinha na conta, R$ 30, num caixa eletrônico.
Imagem de outro suspeito da morte da dentista (Foto: Divulgação) 
Retrato falado de Tiago Jesus Pereira, que está foragido  (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Segundo a delegada, ao receber telefonema de Jonatas informando que a vítima tinha apenas R$ 30 na sua conta, o menor ficou irritado e ateou fogo no avental da dentista. “Ele conta que ‘isqueirou’ como se estivesse contando um capítulo de novela.” Sato acrescentou que o trio é viciado em cocaína e que tem embutida “uma crueldade que excede em muito".

Os suspeitos, cujas prisões temporárias já foram decretadas pela Justiça, foram levados à sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Centro da capital, na manhã deste sábado. Jonathan e o menor pintaram os cabelos de loiro para tentar despistar.

'Questão de honra'
Em entrevista na sede da Secretaria da Segurança Pública (SSP), no Centro, o delegado geral, Maurício Blazek, disse que os detidos confessaram o crime. “O caso da Cinthya está findado.” Participou da entrevista a alta cúpula da polícia, incluindo o secretário Fernando Grella, diretores de departamentos policiais e delegados que trabalharam na investigação.

Blazek comemorou o trabalho que culminou com a captura do trio e acrescentou que toda a polícia estava mobilizada. “Eu havia dito que era questão de honra [achar os autores do homicídio].” O anel da dentista estava na carteira de um dos detidos.

Quem tiver informação que possa ajudar a localizar o suspeito pode ligar para o Disque-Denúncia, no telefone 181. O sigilo é garantido.
Outros casos
A polícia acredita que a mesma quadrilha esteja envolvida em pelo menos outros dois assaltos a consultórios odontológicos. Segundo o delegado geral, a polícia investiga outros oito assaltos que teriam sido cometidos por eles, seis deles a consultórios dentários.

O carro roubado de uma outra dentista foi encontrado no prédio onde Jonathan mora. As outras vítimas também contaram que o grupo agiu com muita violência e fez ameaças usando um isqueiro.
Victor Miguel Souza foi preso na madrugada de sábado com outros suspeitos (Foto: Adriano Lima/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo) 
Victor Miguel Souza foi preso na madrugada com outros suspeitos (Foto: Adriano Lima/Brazil
Photo Press/Estadão Conteúdo)
O delegado Marcos Moura, titular do 83º Distrito Policial, contou que recentemente houve dois casos semelhantes na Zona Sul da capital. Um ocorreu no dia 12, no Parque Bristol e o outro, no dia 16, no Ipiranga. Neste último, criminosos queimaram o cabelo de duas dentistas enquanto as ameaçavam com isqueiros

Segundo Moura, a quadrilha passava-se como paciente para avaliar a segurança dos consultórios. No caso do Ipiranga, Victor Miguel se passou por paciente e jogou sua ficha de paciente no lixo. A prova foi encontrada e será anexada aos autos.

Enterro
O corpo de Cinthya foi enterrado nesta sexta em São Bernardo do Campo. Parentes e amigos se uniram num sentimento de tristeza e revolta com a brutalidade do crime.

“Ela estava tomando conta de todo mundo. Tomando conta da mãe, do pai, ele assumia tudo. Era uma filhona. Um exemplo”, disse Risoleide Moutinho de Souza, mãe da dentista. “Tiraram meu braço, minhas pernas, tudo. Acabou com a familia.”

 http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/04/delegada-afirma-que-menor-ateou-fogo-em-dentista-no-abc.html
 

Polícia de SP prende suspeitos de terem queimado dentista até a morte

Dois homens foram presos e um menor apreendido neste sábado (27) em São Paulo. Um outro menor ajudou a esconder o bando.

Dois homens foram presos e um menor apreendido neste sábado (27) em São Paulo. Eles são suspeitos de queimar uma dentista viva em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Um outro menor, também apreendido,  ajudou a esconder o bando.

O cabelo pintado de loiro era uma tentativa de despistar a polícia. O adolescente completa 18 anos em junho.

“Ele revelou que jogou o álcool na dentista, que já estava amarrada com as mãos para trás. E aí ele ‘isqueirou’, diz que ‘isqueirou’ a moça, e de repente o paletó dela começou a pegar fogo e ela incendiou”, relata a delegada Elisabete Sato.

O menor foi encontrado, na madrugada deste sábado, com outros três suspeitos numa favela em São Bernardo do Campo. Segundo a polícia, Victor Miguel Souza, de 24 anos, carregava uma pistola com numeração raspada. Jonatas Cassiano Araújo, de 21, é o rapaz que tentou usar o cartão da dentista enquanto ela era mantida refém, na quinta-feira. O outro envolvido também é adolescente.

“Todos confessaram a prática não só do crime de São Bernardo, como de alguns que estão sendo investigados”, diz o delegado-geral de Polícia São Paulo, Luiz Maurício Blazeck.

A quadrilha é suspeita de pelo menos seis assaltos a dentistas. Eles agiam da seguinte forma: um dos ladrões ia até a clínica como paciente para analisar o local e ver se havia segurança. Depois, eles voltavam já para assaltar. Em um consultório na Zona Sul da capital paulista, um dos criminosos chegou a ser atendido e fez uma ficha. O papel foi jogado no lixo. Mas a policia encontrou.

“Deixou o nome e o endereço dele. Essa é uma pista que não tem como negar que ele esteve lá”, comenta o delegado Marcos Gomes de Moura.

Neste assalto, uma dentista e uma paciente também foram ameaçadas com um isqueiro. Agora a polícia procura o único foragido do bando: Thiago de Jesus Pereira, de 25 anos.

 http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/04/policia-de-sp-prende-suspeitos-de-terem-queimado-dentista-ate-morte.html