quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Queda de ações da Petrobras preocupa quem aplicou por FGTS

Na bolsa de valores, a Petrobras está depreciada. Rentabilidade do fundo desde 2000 foi de 279,8%, contra 81,24% do FGTS.

As perdas da Petrobras nas bolsas preocupam um grupo de 300 mil trabalhadores que usaram o FGTS para comprar ações da estatal. Muitos estão em dúvida se vale a pena ainda manter as ações da Petrobras, nas quais investiram pensando em um futuro confortável.

Em julho de 2000, os trabalhadores podiam aplicar até metade do fundo de garantia na compra de ações da Petrobras. Até agora, valeu a pena. A rentabilidade do fundo da Petrobras acumulada desde 2000 foi de 279,8%, contra 81,24% de rendimento do FGTS. As recentes baixas nos preços dos papéis da Petrobras, porém, preocupam os pequenos investidores.

Depois que divulgou o resultado de 2012 na terça-feira (5), a ação ordinária da empresa, com direito a voto, caiu mais de 8%. Na bolsa de valores, a Petrobras está depreciada. Vale 65% do patrimônio. É o pior resultado desde 1999. Para o mercado, a empresa do pré-sal vive um mau momento.

No início deste ano, a AmBev se consolidou como a empresa mais valorizada do Brasil. Era a Petrobras que estava no primeiro lugar e está muito próxima de cair para a terceira posição.

“A empresa está gerando menos caixa, bem diante de uma fase em que tem um volume de investimento bastante agressivo para fazer até 2016, para desenvolver o pré-sal. Também há um temor de como vai financiar esses próximos projetos dela”, diz Roberto Altenhofen, analista de ações da Empiricus Research.

O investidor que colocou seu dinheiro do FGTS no fundo de ações da Petrobras pode decidir retirar o investimento, mas não leva para casa o dinheiro. O valor volta para a conta do FGTS, e lá segue as regras do fundo, como, por exemplo, sacar o dinheiro só em caso de demissão, aposentadoria ou para a compra do primeiro imóvel.

Os analistas não aconselham sair agora. “É uma fase de arrumação de casa. Acho que, vislumbrando essa retomada da produção e a entrada dos novos projetos do pré-sal em operação, que eu acredito que aconteça lá para a metade de 2014, eu acho que os resultados da companhia tendem a se recuperar”, afirma Altenhofen.

 http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2013/02/queda-de-acoes-da-petrobras-preocupa-quem-aplicou-por-fgts.html

 

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