sábado, 11 de outubro de 2014

Fernando Henrique e o preconceito contra o nordestino

Vocês já devem ter acompanhado a enxurrada de chorumes que uma gente bonita do sul/sudeste despejou pra cima dos nordestinos após a apuração dos votos do primeiro turno. Nada diferente do que vimos em todas as últimas eleições nacionais - e até mesmo regionais. 

O curioso é notar que Aécio Neves e seus apoiadores se revoltaram, dizendo que tudo não possou de uma armação petista para difamar o antipetismo. Segundo eles, os malditos petralhas estariam criando perfis falsos na rede para ofender nordestinos. Como se isso fosse preciso

Quem mora em São Paulo, por exemplo, sabe que o nordestino tornou-se o responsável por vários tipos de sofrimento pelo qual passa o cidadão bandeirante médio. Apresento-lhes algumas frases muito comuns proferidas aqui nesse pedacinho de céu sudestino:
 ”Bora trabalhar pra sustentar esses nordestinos do Bolsa Esmola!”

“Que trânsito! Também…hoje em dia qualquer ‘baianinho’ tem carro”

“Esses nordestinos só votam em coronel, por isso que o Brasil não vai pra frente”

“Esses ‘baianinho’ não querem mais trabalhar, não. Agora só querem viver de bolsa!”
Não há como negar. O uso do “baiano” como sinônimo de nordestino é prática comum, reveladora do preconceito. No Rio, o coringa utilizado pra se referir ao nordestino é o “paraíba”. Não sei como é no Sul, mas imagino que a coisa não seja tão diferente.
A frequência com que se fala esse tipo de coisa no sul/sudeste é enorme. O preconceito já está tão naturalizado, que frases como essas servem até pra puxar conversa no elevador. 
Aí eu fico pensando: caramba, esses que achincalham a baixa escolaridade dos nordestinos devem ser uns poços de pré-sal de sabedoria. Mas a realidade é um pouco diferente.
Do alto da sua intelectualidade e do seu altíssimo grau de informação, esse cidadão de bem disparou suas verdades na cara da sociedade: 
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Lauro é uma pessoa bastante informada e jamais cairia no conto dos tiranos propagadores das políticas do “Pão e Circo”. Agora, sobre o “Pão em Círculo”, a famosa rosquinha, ele parece ser PhD. 
Mas não é só ele. Muita gente sobe no pedestal pra desprezar o voto dos mais pobres:


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Se isso é alta escolarização, prefiro engatar a “marcha de manobra”, fazer o retorno e ficar com a sabedoria popular. 
Mas a desqualificação do voto nordestino tem sido tão comum nas últimas eleições, que até o sociólogo Fernando Henrique se sente à vontade pra escorar suas análises nesse tipo de preconceito. Segundo ele, 
"não é porque são mais pobres que votam no PT, mas porque são menos informados. Como era a Arena no regime militar: se apoiava nos grotões. Essa caminhada do PT dos centros urbanos industriais para os grotões é um sinal preocupante, porque é um sinal de perda de seiva. Estão apoiados num setor da sociedade sobretudo mal informado
Com essa retumbante bobagem, o Príncipe da Sociologia acredita que os nordestinos de hoje são menos informados do que os dos anos 90, quando votaram em peso para elegê-lo duas vezes consecutivas.

Vejamos o mapa eleitoral em 94, quando o ex-presidente foi eleito pela primeira vez:

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Que curioso! Há 16 anos, quando a internet era só uma ideia futurista e a fome era uma realidade generalizada, os nordestinos pareciam ser mais bem informados e menos dependentes do coronelismo. Mas com quem Fernando Henrique estava aliado à época? Com o PFL (ex-Arena e atual DEM), o partido que abrigou todos os coronéis nordestinos criados na ditadura. Sim, os representantes do regime militar, que o ex-presidente oportunamente lembra agora.  

Agora vamos pra 98, quando deputados confessaram ter vendido seus votos pra aprovar a emenda da reeleição - fato que deu sobrevida à dinastia do Príncipe de Higienópolis:

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Outra derrota acachapante do PT no nordeste. Veja que coisa: naquela época, parece que gaúchos e cariocas eram menos informados que os nordestinos. 

Esqueça a chegada da internet, o aumento da escolaridade na região e o crescimento do PIB muito acima da média nacional nos últimos 10 anos. Pro sociólogo, o nordeste de hoje é menos informado que o de ontem.

Se perguntarem quais os motivos que o levaram a uma vitória tão vigorosa em 94 e 98, Fernando dirá que foi o Plano Real e a estabilidade da economia. Não tem como não concordar. Mas se o fator econômico foi preponderante numa época em que o nordeste vivia condições muito piores, por que hoje o fator determinante pra vitória do PT é a “desinformação”?  
Senta aqui, Fernando, vamos conversar mais sobre o nordeste. 

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https://br.noticias.yahoo.com/blogs/jornalismo-wando/fernando-henrique-e-o-preconceito-contra-o-nordestino-174743942.html

Marina compara apoio a Aécio a 'caminho para a cruz. O "inferno" seria fazer uma aliança com o PT da presidente Dilma Rousseff.'


(Foto: Agência Estado) Em conversa por telefone com a viúva de Eduardo Campos, Renata, na noite de segunda-feira, 6, a terceira colocada da corrida presidencial, Marina Silva (PSB), comparou o apoio a Aécio Neves (PSDB) a um "caminho para a cruz". Amanhã, a coligação que apoiou Marina vai anunciar a adesão ao tucano.

Segundo uma pessoa próxima a Marina, ela disse que, após ficar de fora do 2.º turno, "dois caminhos" a "levam para a cruz e um para o inferno". A decisão entre ficar neutra, como fez nas eleições de 2010, ou apoiar Aécio seriam os dois rumos que lembram o sacrifício de Jesus Cristo. O "inferno" seria fazer uma aliança com o PT da presidente Dilma Rousseff.

Para aliados, depois dos ataques vindos da campanha petista no 1.º turno, tornou-se praticamente impossível apoiar a candidata à reeleição. Marina, que foi ministra do Meio Ambiente no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e filiada ao PT por mais de duas décadas, ficou profundamente magoada com os ataques dos antigos companheiros de sigla.

No domingo, em seu pronunciamento após o resultado da votação, Marina indicou que não ficaria neutra e que o brasileiro havia demonstrado nas urnas que não concordava mais com os rumos do atual governo.

Ontem, a ex-ministra divulgou nota dizendo que os partidos de sua coligação - incluindo a Rede Sustentabilidade, legenda que teve o registro negado pela Justiça Eleitoral no prazo para que pudesse lançar a candidatura de sua idealizadora - vão "construir um posicionamento comum sobre a continuidade da disputa pela Presidência da República". 
Distribuído pela página da Rede no Facebook, o texto afirma que as declarações de dirigentes e partidos que formaram a coligação "não refletem em nenhuma hipótese a opinião da ex-candidata" ao Palácio do Planalto.

Apesar de ainda não ter dado declarações oficiais e manter certo mistério sobre seu futuro político, Marina já decidiu pelo apoio a Aécio. Agora, ela tenta construir o que chama de "aliança programática” para que isso não pareça apenas um acerto de conveniência política. A ideia é criar convergências entre as propostas dela e as do tucano, pedindo pequenas alterações no plano de governo do PSDB.

Marina também não quer assumir sua posição publicamente antes de discutir o assunto com integrantes da Rede. A primeira reunião, com membros da Executiva, na noite de ontem, terminou sem uma decisão final. Outra conversa mais ampla está marcada para esta quarta-feira, 8.

Segundo relatos de participantes do encontro, a maioria dos presentes se posicionou pela neutralidade, mas há um grupo influente de nomes ligados diretamente a Marina que defende o apoio a Aécio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 https://br.noticias.yahoo.com/marina-compara-apoio-a%C3%A9cio-caminho-cruz-113700348.html

Discussão da maioridade penal coloca jovem como vilão e boi de piranha para atrair votos histéricos

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Jovens durante as manifestações de junho em Recife

Não é o que irá acontecer, mas um grande tema para o debate do segundo turno pode ter sido levantado por Marina Silva. A candidata do PSB colocou como uma das exigências para apoiar Aécio Neves (PSDB) a revisão da proposta do tucano de referendar a necessidade de redução da maioridade penal em discussão no Congresso há 15 anos.

Primeiro é preciso entender do que se trata. Desde 1999, parlamentares apresentaram dezenas de propostas com esse objetivo. Em 2007, foram reunidas seis das propostas de emenda à Constituição e aglutinadas em um projeto substitutivo que reduz a maioridade penal para 16 anos nos casos de crime hediondo e dos equiparados a este, como tráfico, tortura e terrorismo, desde que laudo técnico psicológico, elaborado por junta designada por juiz, ateste a plena capacidade de entendimento do adolescente que praticou o ato ilícito. A proposta sugere que o cumprimento da pena seja realizado em local distinto daquele em que estarão detidos os maiores de 18 anos.

Em 2010, comissão do Senado rejeitou a redução da maioridade penal, entendida como inconstitucional e com potencial violação dos direitos das crianças e dos adolescentes. O texto base em votação era de autoria do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), candidato a vice de Aécio. Em março deste ano, Ferreira conseguiu a promessa do presidente do Senado, Renan Calheiros, de que o projeto seria levado ao plenário, instância máxima que pode derrubar a rejeição da comissão que o analisou primeiro.

Segundo pesquisas recentes do Datafolha e do Instituto Sensus, mais de 90% dos eleitores brasileiros são a favor da redução da maioridade penal. A cada vez que um crime envolvendo adolescentes é divulgado na mídia a taxa sobe ainda mais. Há um quê de demanda histérica, pouco racional, porque pouco debatida, analisada e comentada.

Aécio Neves e seu vice, Aloysio Nunes, sabem do potencial eleitoral da proposta.
Marina Silva e Dilma Rousseff  (PT) são contra a medida. O coordenador de Juventude da campanha de Aécio, José Júnior, é contra. O Unicef (fundo para infância e juventude da ONU), o papa Francisco e mais de 80 entidades de proteção aos direitos humanos e das crianças e adolescentes são contra a medida. “Endurecer as penas com frequência não leva à redução da criminalidade”, escreveu o papa, em carta, de julho passado, à Associação Latino-Americano de Criminologia.  

Eleitoralmente, Aécio recuar agora para satisfazer Marina é uma ideia absurda, com chances grandes de desgaste para o tucano. Já disse que não pretende fazê-lo. Resta saber se essa recusa impedirá Marina de apoiá-lo e qual o efeito disso perante os eleitores.

Mas elevaria o nível da campanha se o debate sobre a redução da maioridade, ausente da agenda da mídia, fosse agora feito. Aécio poderia ampliar seus argumentos, ou poderia revê-los, dignamente como pede o processo democrático. A principal argumentação de Aécio para defender a maioridade penal é que reduz a sensação de impunidade que estimula a criminalidade. Em seu programa de governo, o candidato endossa o projeto do vice, Aloysio Nunes, sem estender-se.

Os grupos de defesa de direitos humanos enumeraram 18 razões para serem contra a redução da maioridade penal. Pinço algumas delas. Afirmam que hoje, a partir dos 12 anos, qualquer adolescente já é responsabilizado pelo ato cometido contra a lei. Essa responsabilização é executada por meio de medidas socioeducativas, com o objetivo de ajudá-lo a recomeçar e a prepará-lo para uma vida adulta. O Estatuto da Criança e do Adolescente prevê como medidas educativas: advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviços à comunidade, liberdade assistida, semiliberdade e internação. Recomenda que a medida seja aplicada de acordo com a capacidade de cumpri-la, as circunstâncias do fato e a gravidade da infração. O problema é que na maior parte das vezes a lei que já existe não é cumprida.

Muitos adolescentes que são privados de sua liberdade não ficam em instituições preparadas para sua reeducação, reproduzindo o ambiente de uma prisão comum. Pela lei atual, o adolescente pode ficar até nove anos em medidas socioeducativas, sendo três anos como interno, três em semiliberdade e três em liberdade assistida, com o Estado acompanhando e ajudando-o a se reinserir na sociedade. O problema é que em geral o Estado não exerce o seu papel.

A discussão sobre maioridade penal não é sobre punição ou não punição. É sobre encarceramento. No Brasil, 70% dos presos voltam a cometer crimes, um indício de que o sistema penal é mais escola do crime do que entidade de recuperação social. Não há estudo ou pesquisa que mostre que o rebaixamento da idade penal diminua a criminalidade juvenil. O papa está certo nesse caso.

Entidades do setor dizem que a reincidência de crianças e adolescentes submetidos a medidas socioeducativas está em 20%, quase três vezes menos do que a taxa de reincidência das cadeias brasileiras.

O Brasil tem a 4° maior população carcerária do mundo e um sistema prisional superlotado com 500 mil presos. Só fica atrás em número de presos para os Estados Unidos (2,2 milhões), China (1,6 milhões) e Rússia (740 mil). E a criminalidade continua em linha ascendente. Alemanha e Espanha  (com recorde de desemprego entre os jovens) elevaram recentemente para 18 anos a idade penal, sendo que os alemães criaram ainda um sistema especial para julgar os jovens na faixa de 18 a 21 anos.

De uma lista de 54 países analisados pela ONU, a maioria deles adota a idade de responsabilidade penal absoluta aos 18 anos de idade, como é o caso brasileiro. São minoria os países que definem o adulto como pessoa menor de 18 anos. Das 57 legislações analisadas, só 17% adotam idade menor do que 18 anos como critério para a definição legal de adulto.

Calcula-se que cerca de 90 mil adolescentes respondem por atos infracionais no Brasil. Destes, cerca de 30 mil cumprem medidas socioeducativas. O número corresponde a 0,5% da população jovem do Brasil que conta com 21 milhões de meninos e meninas entre 12 e 18 anos.

Os homicídios de crianças e adolescentes brasileiros cresceram nas últimas décadas. São quase nove mil por ano, o equivalente a 24 assassinatos de crianças e adolescentes por dia. A Organização Mundial de Saúde diz que o Brasil ocupa a 4° posição entre 92 países do mundo analisados em pesquisa. Aqui são 13 homicídios para cada 100 mil crianças e adolescentes; de 50 a 150 vezes maior que países como Inglaterra, Portugal, Espanha, Irlanda, Itália, Egito cujas taxas mal chegam a 0,2 homicídios para a mesma quantidade de crianças e adolescentes.

A educação é fundamental para qualquer indivíduo se tornar um cidadão. Punir jovens com o encarceramento sem que o Estado assuma a própria incompetência em lhes assegurar o direito básico à educação é marca de uma sociedade cruel.

As causas da violência e da desigualdade social não se resolverão com adoção de leis penais mais severas. O processo exige que sejam tomadas medidas capazes de romper com a banalização da violência e seu ciclo. Investir em educação é mais trabalhoso, exige esforços e recursos conjuntos, mas dá mais resultados na construção de uma nação. Os jovens não podem ser os vilões nem serem usados como boi de piranha para atrair votos.

https://br.noticias.yahoo.com/blogs/plinio-fraga/discussao-da-maioridade-penal-coloca-jovem-como-vilao-e-155641699.html

Jofran Frejat teria mais apoio na Câmara Legislativa do DF que Rodrigo Rollemberg

Jofran já conquistou seis dos 24 deputados eleitos, contra três conquistados por Rollemberg

Alguns partidos ficaram de definir posição na próxima semana Alessandro Dantas/R7
 
O candidato ao governo do Distrito Federal Jofran Frejat (PR) já conseguiu apoio de partidos de seis dos 24 deputados distritais eleitos para exercer o mandato na Câmara Legislativa a partir do ano que vem. Até o momento, seu concorrente Rodrigo Rollemberg (PSB) conquistou o apoio de apenas dois partidos com representatividade na casa: o SD e o PDT, que juntos conseguiram elegeram três deputados.

A coligação União e Força, de Jofran Frejat, conta com os partidos PTB, PR, DEM, PRTB e PMN. Agora, o candidato conseguiu integrar ainda o PHS, PEN e PTdoB. O PRP e o PSDC declararam apoio a Frejat ainda no primeiro turno das eleições. Já Rollemberg, faz parte da coligação Somos Todos Brasília, que tem o PSB, o SD, o PDT e o PSD. Recentemente, Rollemberg conseguiu ainda o apoio do PPS.

Segundo o coordenador de campanha de Rodrigo Rollemberg (PSB), Hélio Doyle, o candidato tem ligado para distritais eleitos a fim de se colocar “à disposição”, mas sem a negociação de cargos políticos. Alguns partidos ficaram de definir apoio na próxima semana, a exemplo do PV e do PSDB, que juntos têm três deputados distritais eleitos, o que poderia aumentar a força de Rodrigo Rollemberg em um possível governo.

O PT-DF e o PMDB declararam na última quinta-feira (9) que não apoiarão nenhum dos dois candidatos, já que ambos preferiram dar palanque para o candidato Aécio Neves (PSDB) em âmbito nacional. Os dois partidos juntos elegeram sete dos 24 deputados distritais.

— Nosso projeto não passou para o segundo turno. O eleitor fez uma opção por dois projetos que estão hoje colocados, das candidaturas do Frejat e do Rollemberg, e vai ficar livre para discutir essas duas candidaturas. O PT, neste momento, diz que fica neutro e vai focar no projeto nacional, declarou o presidente da legenda no DF, Roberto Policarpo.

Para o consultor e analista político Marcelo Morais, o momento é de “barganha” entre os partidos políticos que, muitas vezes, esquecem sua ideologia para buscar uma vaga no governo do DF nos próximos quatro anos.

— Agora é momento de negociação. Os partidos que ficaram de fora do segundo turno vão buscar espaço com os partidos que estão disputando a vaga para governar o DF nos próximos quatro anos. Determinados partidos vêm conversando com as duas legendas, demonstrando falta de ideologia, só procurando espaço, mas a tendência é que nos próximos dias, não pode demorar muito, eles terão que se decidir.

 http://noticias.r7.com/eleicoes-2014/distrito-federal/jofran-frejat-teria-mais-apoio-na-camara-legislativa-do-df-que-rodrigo-rollemberg-10102014

Menino de 10 anos com dois metros de altura é operado para retirada de tumor

Tumor estava do tamanho de uma laranja

Secretaria de Saúde informou que o estado de saúde do menino é estável e que ainda não há previsão de alta 
 
O menino Sérgio Gabriel, de 10 anos, que sofre de gigantismo e mede dois metros aos dez anos de idade, passou por cirurgia para retirada de um tumor benigno do cérebro, que causava o crescimento desproporcional.

Sérgio fez todo o tratamento no HUB (Hospital Universitário de Brasília), mas a cirurgia para a retirada do tumor foi realizada no Hospital de Base.  Ele está internado desde a última terça-feira (7).
O menino que passou seis horas no centro cirúrgico permanece internado e está na UTI (Unidade de Terapia Intensa).

A mãe Ricardene Ribeiro conta que o estado do filho era preocupante e que a visão de um dos olhos estava começando a ser prejudicada. De acordo com a mãe, os médicos disseram que o tumor estava do tamanho de uma laranja.  

Sérgio continuará crescendo, mas agora o crescimento será controlado com remédios. A mãe desabafa sobre o alívio de conseguir a cirurgia e conta que o menino está feliz. 

— Ele está alegre e ansioso para sair do hospital. Ele quer brincar, ir para escolar, viver como uma pessoa normal. Tudo que tem direito uma criança de dez anos.

A Secretaria de Saúde informou que o estado de saúde do menino é estável e que ainda não há previsão de alta. Ricardene diz que o filho já sonha com os próximos dias. 

— Quando o pessoal pergunta: E o gigante? Ele diz: Vou jogar basquete.

http://noticias.r7.com/distrito-federal/menino-de-10-anos-com-dois-metros-de-altura-e-operado-para-retirada-de-tumor-10102014

Cinco estados pagam menos de três salários mínimos para professor; sete não remuneram horas fora da classe

No mês do professor, especialistas falam sobre a valorização da carreira no País 

A maioria dos estados remunera corretamente os profissionais com ensino superior, que representam 75% dos docentes.
 
Ao menos cinco estados não pagam aos professores com nível médio os R$ 1.697 previstos na lei nacional do piso docente, que foi criada para garantir um valor mínimo a ser pago para os professores. Esse é o caso de Alagoas, Bahia, Goiás, Espírito Santo e Paraná. 

As informações foram levantadas pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), que pesquisou vencimentos (salário sem gratificações) dos docentes em todos os estados e no Distrito Federal em maio deste ano. 

A maioria desses estados remunera corretamente apenas os profissionais com ensino superior, que representam 75% dos professores do País.

Segundo o secretário de assuntos educacionais da CNTE, Heleno Araújo, muitos estados achataram a carreira dos profissionais que têm formação superior para garantir o pagamento do piso da categoria.

— Há estados onde, antes da existência da lei, a diferença de salários dos professores com médio e dos professores com ensino superior era 34%. Mas, para aplicar a lei do piso, alguns governos fizeram essa diferença cair para menos de 1%. Isso significa que passamos alguns anos com uma diferença de apenas R$ 10 entre profissionais com nível médio e profissionais com superior. 

Para Márcia Jacomini, professora do departamento de educação da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), o não cumprimento parcial o total da lei do piso reforça a ideia de desvalorização da carreira docente.  

O representante da CNTE também reforça que este cenário desestimula a formação continuada.
— O professor acaba pensando para quê vou estudar mais se vou continuar a ganhar pouco. Isso desestimula os profissionais de hoje e do futuro, como os estudantes que não estão querendo fazer licenciatura. 

Hora atividade 
O levantamento feito pela CNTE mostra, ainda, que oito redes estaduais de educação não garantem o horário previsto em lei para que docente realizem seus trabalhos fora de sala, o chamado HTPC (Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo). São eles: Maranhã, Bahia, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. 

Sancionada em 2008, a lei do piso docente estabelece que o pagamento dos profissionais seja feito considerando uma jornada de trabalho com o limite máximo de 2/3 da carga horária para o desempenho das aulas, e 1/3 (33%) para o trabalho extra-classe. 

Nesse tempo, os professores devem realizar atividades como correção de provas e trabalhos e confecção do planejamento. 

— Muitas vezes, estados e municípios não cumprem a lei quanto à hora atividade, porque o horário de trabalho semanal do professor na rede é de 20 ou 25 horas. Daí eles alegam que, nesses casos, estar menos tempo na sala de aula vai fazer muita diferença e acabam garantindo hora extra-atividade apenas para quem trabalha 40 horas semanais. 

Valorização profissional 
As dificuldades com relação à carreira e às condições de trabalho fazem com que docentes e a sociedade tenham uma imagem pessimista da carreira. 

Divulgado no início deste ano, o Índice Global de Status de Professores coloca o Brasil no segundo pior lugar de um ranking de 21 países que mede como a população enxerga a profissão de professor. 

Os brasileiros responderam negativamente a perguntas como “Você encorajaria seu filho para se tornar professor?”, “Você acredita que a remuneração dos professores é justa?” e “Quanto você acredita que os alunos respeitam o professor?”.

Menos de 20% das pessoas possivelmente ou seguramente encorajariam os seus filhos a se tornarem professores. Em contrapartida, mais de 45% dos pesquisados possivelmente ou seguramente não encorajariam seus filhos a se tornarem professores.

Quando questionados se os alunos respeitam os pedagogos, aproximadamente 65% dos brasileiros disseram que não. Além disso, a grande maioria (88%) acredita que os docentes deveriam ser remunerados de acordo com o desempenho dos seus alunos.

O estudo foi criado pelo professor de economia da Universidade de Sussex, Peter Dolton, e pelo professor associado do Departamento de Estatística e Econometria da Universidade de Málaga, Oscar Marcenaro-Gutierrez.

 http://noticias.r7.com/educacao/cinco-estados-pagam-menos-de-tres-salarios-minimos-para-professor-sete-nao-remuneram-horas-fora-da-classe-11102014

Africano com suspeita de ebola nega contato com pacientes contaminados



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Ministro da saúde concedeu coletiva sobre o caso
O africano transferido do Paraná para o Rio de Janeiro por suspeita de estar com ebola não teve contato com pacientes da doença em Guiné, país de origem dele. A informação foi divulgada no início da noite desta sexta-feira (10) pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro.

”Ele confirma que na Guiné não teve contato com casos, nem com óbitos, e que quando ele desceu no aeroporto ele foi entrevistado pelas autoridades sanitárias, ele não tinha nenhuma queixa", explicou o ministro.

O paciente tem quadro estável e não apresenta febre, de acordo com o boletim médico divulgado pela Fiocruz.
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Paciente atendido em Cascavel (PR) foi transferido para o Rio de Janeiro em um avião da Força Aérea Brasileira
O homem, de 47 anos, saiu de Guiné, na África Ocidental, no dia 18 de setembro, com conexão em Marrocos, e chegou ao Brasil em 19 de setembro. O paciente informou ter começado a sentir os primeiros sintomas na última quarta-feira (8) e procurou atendimento médico na quinta-feira na UPA de Cascavel.

No momento em que foi atendido na UPA, o africano só apresentava febre, sem os outros sintomas típicos da doença, como diarreia, vômitos.

Chioro afirmou ainda que das 64 pessoas que o africano teve contato, dois são casais que vivem na moradia em que ele encontrava-se hospedado. Entre os demais, apenas três tiveram contatos mais diretos com o paciente. “Foram aqueles profissionais de saúde que cuidaram do paciente”, explica.

As outras pessoas compartilharam o ambiente da UPA, seja no atendimento ou na recepção da unidade hospitalar.

Bah chegou ao Brasil na condição de refugiado e, de acordo com o documento expedido pela Coordenação Geral de Polícia de Imigração, pode permanecer no país até 22 de setembro de 2015.

Pela manhã, o ministro disse que uma notificação sobre a suspeita de que o africano no Brasil esteja com ebola foi expedida à Organização Mundial da Saúde (OMS) na madrugada desta sexta.

Segundo Chioro, uma equipe de plantão está trabalhando para agilizar os procedimentos, que não serão interrompidos durante o final de semana. Porém, ainda é precipitado afirmar que o resultado do exame confirmando a doença esteja pronto em 24 horas.
 
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http://www.atribuna.com.br/cidades/africano-com-suspeita-de-ebola-nega-contato-com-pacientes-contaminados-1.408857

Valor de pacotes bancários está limitado à soma das tarifas individuais

O valor cobrado mensalmente pelo pacote de serviços oferecido pelos bancos não pode ultrapassar a soma das tarifas individuais que o compõem. Esse é um dos esclarecimentos sobre pacotes de serviços que está na nona edição do Boletim Consumo e Finanças, divulgado, nesta sexta-feira (10), pelo Banco Central (BC) e Ministério da Justiça.

O boletim destaca também que a adesão a um pacote não é obrigatória e que o cliente tem a opção de utilizar serviços individualizados. Para saber qual a melhor alternativa, diz o BC, é preciso comparar o que se pagaria em tarifas avulsas com o valor do pacote. O BC e o ministério lembram que há serviços que não podem ser cobrados, como cartão de débito, quatro saques e dois extratos mensais.

Além disso, diz o boletim, informações sobre os pacotes de serviços devem ser divulgadas em local e formato visíveis ao público, nas agências bancárias, postos de atendimento, rede de correspondentes e sítios eletrônicos na internet das instituições.

http://www.atribuna.com.br/economia/valor-de-pacotes-banc%C3%A1rios-est%C3%A1-limitado-%C3%A0-soma-das-tarifas-individuais-1.408868

Governo prepara novo modelo de tributação para bebidas

O governo prepara um novo modelo de tributação para o setor de bebidas frias (cervejas, águas, isotônicos e refrigerantes) que entrará em vigor até o fim do ano. As negociações já começaram e o Ministério da Fazenda acertou que incluirá a mudança no texto da Medida Provisória nº 656, enviada nesta semana ao Congresso.

Desde o início do ano, o governo tenta promover um reajuste na tributação do setor. Mas, por pressão das empresas, o aumento foi adiado várias vezes e acabou deixado para 2015. Um grupo de trabalho entre governo e representantes do setor foi criado para fechar a nova fórmula.

Uma fonte diz que é uma "negociação difícil", mas que o governo quer concluir o novo modelo a tempo de incluir a alteração no texto da MP 656. A alteração deve ser "uma evolução" da fórmula que existe hoje.

A tributação do setor de bebidas é complexa, baseada numa fórmula que leva em consideração uma pesquisa de preços de varejo para cada tipo de produto e embalagem da bebida, multiplicado por um redutor e uma alíquota do imposto. Dessa fórmula, é definido um valor em reais que incide sobre o produto tributado.

O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, já comparou, várias vezes, o atual modelo a um cachorro correndo atrás do próprio rabo. Toda vez que aumenta o imposto, aumenta o preço para o consumidor, que leva a um novo aumento do imposto e, assim, sucessivamente.

O governo vem tentando corrigir os valores da pesquisa de preços de varejo, o item da fórmula com maior impacto na tributação. Mas por pressão do setor, o Fisco utiliza desde o começo de 2012 uma pesquisa realizada ainda em outubro de 2011. Ou seja, o preço médio de varejo sobre o qual se aplicam os redutores para se achar a base de cálculo da tributação do setor está com três anos de defasagem.

O setor usou a realização da Copa do mundo, ameaçando elevar os preços das bebidas durante o mundial, para adiar a correção que ocorreria em junho. Por conta das eleições, o aumento que ficou para setembro também não aconteceu embora técnicos do governo argumentem que a correção da tabela é justa porque a defasagem da tabela, na prática, reduziu a carga tributária.

O modelo atual foi construído, no passado, para tributar de forma mais justa as grandes empresas. O modelo anterior, que não considerava o preço no varejo, acabava tributando mais, proporcionalmente, as pequenas indústrias, como as de tubaínas.

 http://www.atribuna.com.br/economia/governo-prepara-novo-modelo-de-tributa%C3%A7%C3%A3o-para-bebidas-1.408862

Justiça manda Google tirar do ar vídeo com menores que mataram médico

Apesar de uma decisão judicial condenando o Google Brasil Internet a tirar do ar todo e qualquer material on-line referente à inviabilidade da integridade física e moral das crianças de Santos, continua acessível na rede um vídeo que registrou o depoimento do adolescente infrator de 14 anos que participou do latrocínio (roubo seguido de morte) do médico Marco Antonio Loss, em novembro de 2013.

A decisão é do juiz da Vara da Criança, da Juventude e do Idoso de Santos, Evandro Renato Pereira, a partir de uma ação movida pela Defensoria Pública de Santos. O vídeo, publicado pelo perfil Verdade Que Liberta no YouTube, exibe o depoimento do adolescente e indica, por meio de imagens do Google Maps, os mapas com os endereços dos infratores que assassinaram o médico – morto no Campo Grande, aos 47 anos, com um tiro.

O juiz se baseou no Marco Civil da Internet (Lei 12.965/14) para determinar a pena. A lei estabelece que o provedor de aplicações pode ser responsabilizado se, após ordem judicial, o material ilegalmente publicado continuar disponível na rede. A partir da decisão, a multa diária pelo não cumprimento é de R$ 5 mil, podendo chegar a R$ 1 milhão, a partir do dia 17 de janeiro último. Os valores devem ser encaminhados ao Fundo Municipal da Criança e do Adolescente de Santos.

Questão de justiça

A ação foi iniciada pelo defensor público Thiago Souza. “Essa demanda chegou pela mãe de um dos jovens. Ela se sentia com a segurança um pouco ameaçada, pois o vídeo mostrava o endereço da família”, diz. Para ele, trata-se de um fato extremamente grave. “Um erro não justifica o outro. Os dois estão pagando. Estão na Fundação Casa, sendo punidos na forma que a Justiça prevê”.

Em seu parecer, de agosto, o juiz determina a exclusão de ao menos dois vídeos publicados no site, acessíveis por meio dos termos de pesquisa “matou médico em Santos”. Neles, o menor aparece logo após ser apreendido, respondendo a perguntas que parecem ser de um policial.

Na sequência, o vídeo, que tem pouco mais de três minutos, exibe um comentário da apresentadora Rachel Sheherazade, do SBT, criticando o governo brasileiro contra o desarmamento da população. Por fim, o material conclama os brasileiros a se armar quando possível.

Em nota, o Google informou que já removeu os vídeos especificados no processo. No mesmo documento, a companhia informa que “não dispõe de filtros para monitorar de maneira prévia o conteúdo colocado no YouTube”.
 
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