Dois
suspeitos de preparar atentados em Bruxelas foram detidos em operações
policiais que revelaram sérias ameaças contra vários locais simbólicos
da capital belga durante as festas de fim de ano, segundo a promotoria
federal.
"A investigação revelou sérias ameaças de atentados contra vários locais de Bruxelas", indicou a promotoria em um comunicado.
Um
dos detidos é suspeito de "ameaças de atentados, participação em
atividades de um grupo de terrorista na qualidade de dirigente, e
recrutamento visando a cometer infrações terroristas", segundo a fonte.
A outra pessoa é acusada de "ameaças de atentados e participação em atividades de um grupo terrorista".
As
prisões aconteceram após operações da polícia no domingo e na
segunda-feira em Bruxelas, em Brabant e na região de Liège, "à pedido de
um juiz de instrução, especialista em terrorismo".
Após as operações, seis pessoas foram interrogadas pela polícia, duas delas foram detidas.
Não
foram encontrados armas ou explosivos, mas os investigadores
"apreenderam material informático, roupas de treinamento militar e
material de propaganda do grupo Estado Islâmico" que estão sendo
analisados.
Neste
contexto, o organismo que avalia a ameaça terrorista na Bélgica, Ocam,
elevou na segunda-feira o nível de alerta para "a polícia e presença
militar em Bruxelas, que poderiam ser alvos simbólicos", indicou seu
porta-voz.
Bruxelas decretou estado de alerta em 3 de novembro, um nível abaixo do máximo.
Além
do reforço das medidas de segurança em locais muito frequentados, as
autoridades decidiram não abrir escolas ou estações de metrô,
paralisando a cidade por quatro dias.
"O
que tememos, são ataques semelhantes aos Paris, com vários indivíduos
em vários lugares", explicou na ocasião o primeiro-ministro belga,
Charles Michel.
As
autoridades judiciais não revelaram qualquer detalhe sobre a identidade
dos presos e não indicaram o local em que foram detidos, já que a
investigação prossegue.
Como
parte da investigação dos ataques de Paris em 13 de novembro, nove
pessoas foram indiciadas na Bélgica, mas vários suspeitos seguem
foragidos.
Este é o caso de Abdeslam Salah, cujo irmão Brahim se explodiu em 13 de novembro, e seu amigo Mohammed Abrini.
Perseguido
por todas as polícias da Europa, é suspeito de levar os camicases que
se explodiram no Stade de France em 13 de novembro, antes que recorrer
aos amigos em Bruxelas, que o levaram para a Bélgica.
Seu irmão Brahim se explodiu ante um bar na mesma noite.
"Temos
em conta que pode continuar na Bélgica porque é uma das
possibilidades", declarou o ministro do Interior, Jan Jambon, ao jornal
belga Le Soir.
A polícia também busca Mohamed Abrini, suspeito de acompanhar Salah Abdeslam à capital francesa dois dias antes dos ataques.
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