quinta-feira, 23 de maio de 2013

lavagem cerebral ou cauterizacao da mente


Conhecida por sequestrar Pedrinho, Vilma Martins é presa em Goiânia

Ex-empresária é suspeita de receptação de equipamentos roubados.
Ela cumpriu pena por subtrair dois bebês em maternidades de GO e do DF.

Vilma Martins presa em Goiânia (Foto: Gabriela Lima/G1)Vilma Martins foi presa em Goiânia por receptação de equipamentos roubados (Foto: Gabriela Lima/G1)
A ex-empresária Vilma Martins Costa, de 57 anos, foi presa em Goiânia, suspeita de receptação de materiais odontológicos furtados de uma clínica na capital. Ela ficou conhecida há cerca de dez anos, quando foi condenada pelos sequestrados de dois bebês, um deles Pedro Rosalino Braule Pinto, o Pedrinho, levado de uma maternidade de Brasília, em 1986.

Segundo o delegado Geraldo Caetano Brasil, plantonista do 20º Distrito Policial, Vilma foi detida no setor Jardim Planalto, na noite desta quarta-feira (22), quando estava dentro do próprio carro, um Fiesta preto, acompanhada da esteticista Sônia Eliene Silva, que também está presa.

Na delegacia, elas negaram participação no crime.
Ao G1, Vilma alegou que Sônia Eliene é esteticista dela, para quem estava apenas dando uma carona. “Não devo nada. Só estava fazendo um favor. Nunca fiz nada de errado em 57 anos de vida”, defendeu-se Vilma Martins.

Já a esteticista garantiu que não sabia que os equipamentos eram furtados e alegou que estava fazendo um favor para um amigo. Disse que ele a pediu que vendesse os materiais.

O delegado contou que a denúncia foi feita por um homem para quem a dupla teria tentado vender os equipamentos. Ele conhecia a dona da clínica de onde os materiais foram furtados e acionou a polícia, afirmou Geraldo Caetano.

Vilma e Sônia Eliene prestaram depoimento e devem ser encaminhadas ainda esta noite para o 14º Distrito Policial da capital, onde há celas femininas. Elas vão responder por receptação.
Nunca fiz nada de errado em 57 anos de vida"
Vilma Martins
Condenação
Vilma Martins foi condenada, em 2003, a 15 anos e nove meses de prisão por subtrair Pedro Rosalino Braule Pinto, o Pedrinho, e Aparecida Fernanda Ribeiro da Silva, retirados de maternidades de Brasília e Goiânia em 1986 e 1979, respectivamente.

Em junho de 2008, ela ganhou o direito de cumprir pena em regime aberto. Em agosto daquele ano, depois de ter cumprido um terço da pena, Vilma obteve a liberdade condicional.

A pena imposta à ex-empresária chegaria até 2019, mas Vilma Martins terminou de cumpri-la sete anos antes do previsto. Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), ela foi beneficiada por três comutações de pena consecutivas, em 2009, 2010 e 2011.

A assessoria explicou que a comutação de pena ocorre por decreto presidencial no fim de cada ano. Para consegui-la, Vilma teria atendido critérios objetivos, como tempo mínimo de cumprimento da pena, e subjetivos, como bom comportamento e não reincidir no crime.
Delegado Geraldo Caetano Brasil autuou Vilma Martins (Foto: Gabriela Lima/G1)Delegado Geraldo Caetano Brasil autuou Vilma Martins nesta quarta-feira (Foto: Gabriela Lima/G1)
Caso Pedrinho
O caso Pedrinho comoveu o país quando ele foi sequestrado, poucas horas depois de nascer, no dia 21 de janeiro de 1986, em uma maternidade de Brasília. A imprensa divulgou amplamente o crime. Mesmo com o passar dos anos, os pais biológicos da criança, Jayro Tapajós e Maria Auxiliadora Rosalina Braule Pinto, nunca desistiram de procurar o filho. Mais de uma década depois do sequestro, as fotos do bebê foram publicadas em vários sites de pessoas desaparecidas.

Foram várias pistas falsas. Até que, em 2002, Vilma Martins foi reconhecida como a sequestradora do bebê, que ela registrou como filho e deu o nome de Osvaldo Martins Borges Júnior, em Goiânia.

O crime só foi descoberto porque Gabriela Azeredo Borges, neta do marido de Vilma, começou a desconfiar que Osvaldo era o recém-nascido sequestrado em Brasília. Isso porque ela viu a foto dele no site SOS Criança, órgão da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, e notou semelhanças com o neto do avô. A partir daí, continuou a investigar o caso pela internet.
Vilma Martins é presa em Goiânia (Foto: Weimer Carvalho/O Popular - 20/06/08)Vilma Martins em foto de 20 de junho de 2008
(Foto: Weimer Carvalho/O Popular)
 
Ao acessar o site Missing Kids, ela encontrou uma foto do pai biológico de Pedrinho e também o achou parecido com Osvaldo e, então, ligou para a instituição, em Brasília, em outubro de 2002. A polícia retomou as investigações do caso.

Um exame de DNA comprovou a suspeita de Gabriela e desmentiu a versão que Vilma sustentava até então para a polícia, de que a criança havia sido entregue ao marido – já falecido na época das denúncias - por um gari, em Brasília.

Pedrinho se encontrou pela primeira vez com os pais biológicos em novembro de 2002, mas continuou morando em Goiânia com as irmãs. Somente no ano seguinte, ele se mudou para Brasília, onde passou a viver com Jayro, Maria Auxiliadora e os irmãos biológicos. O jovem cursou direito, tornou-se advogado, casou-se e, no final do ano passado, teve o seu primeiro filho. Durante todo esse período, ele manteve contato com Vilma Martins.

Caso Roberta Jamilly
No decorrer das investigações sobre o caso Pedrinho, a polícia descobriu que Vilma Martins também havia sequestrado outra criança, registrada por ela com o nome de Roberta Jamilly Martins Borges.

Usando a saliva que a garota deixou em uma ponta de cigarro quando foi prestar depoimento na delegacia, a Polícia Civil solicitou um exame de DNA, sem o consentimento dela, e confirmou que ela não era filha biológica da ex-empresária. O nome verdadeiro da jovem era Aparecida Fernanda Ribeiro Ribeiro da Silva, retirada ainda recém-nascida da mãe, Francisca Maria Ribeiro da Silva, em uma maternidade de Goiânia.

Na época da descoberta, Roberta Jamilly conheceu a mãe biológica, mas, ao contrário de Pedrinho, preferiu continuar morando com Vilma Martins.
Pedro Rosalino Braule Pinto, o Pedrinho, com os pais - sequestrado por Vilma Martins (Foto: Sebastião Nogueira/O Popular - 22/02/2003)Pedrinho com os pais biológicos em foto de 22 de fevereiro de 2003 (Foto: Sebastião Nogueira/O Popular)
 
 http://g1.globo.com/goias/noticia/2013/05/conhecida-por-sequestrar-pedrinho-vilma-martins-e-presa-em-goiania.html

Homem joga dois cães pela janela de apartamento em Copacabana, no Rio

Pedestres tentaram linchar homem, que foi levado à 12ª DP, segundo PMs.
Poodle e pastor alemão morreram na queda; médico de 51 anos foi autuado.


Cães ficaram na calçada por horas até o fim do trabalho dos peritos (Foto: Gabriel Barreira / G1)Cães ficaram na calçada por 3 horas até o fim do trabalho dos peritos (Foto: Gabriel Barreira / G1)
Um homem jogou dois cães da janela do apartamento da própria mãe em Copacabana, na Zona Sul do Rio, por volta das 19h desta quarta-feira (22), e quase foi linchado por pedestres. Segundo a polícia e vizinhos, ele teria tido um surto e atirado os animais, das raças pastor alemão e poodle, do sexto andar do edifício na Rua Belford Roxo, próximo à Rua Barata Ribeiro, uma das principais vias do bairro. Os cachorros morreram na queda e permaneciam no local até as 22h20, para a realização da perícia.
Segundo a delegada Soraia Santana, da 12ª DP (Copacabana), onde o caso foi registrado, o médico Rogério Povilaitis Dominguez, de 51 anos, foi autuado pela prática de abuso e maus tratos contra animais, previsto no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (lei 9605/98). Se condenado, a pena varia de três meses a um ano de prisão e multa, acrescido de um terço da pena, devido à morte dos dois animais. Ele será liberado nesta quarta, já que o crime não prevê prisão.

No depoimento, de acordo com a delegada, o ortopedista disse que estava sozinho em casa e que um vulto teria "defenestrado" os cães. Na delegacia, parentes disseram que Povilaitis sofre de transtornos mentais.
Rogério prestou depoimento após atirar os cães da janela (Foto: Gabriel Barreira / G1)Rogério prestou depoimento após atirar os cães da janela (Foto: Gabriel Barreira / G1)
Irmã é veterinária
O homem estava na casa da mãe dele, de 80 anos, moradora do prédio. Maria de Lourdes Xavier, moradora do quinto andar, contou que ouviu um barulho forte, mas não olhou o que era na hora. Momentos depois, foi avisada pela filha e ficou surpresa. "Minha filha viu no Facebook e falou que tinha sido aqui na rua. Não acreditei", disse.

Segundo ela, a mãe do médico tem um terceiro cachorro, que não estava no apartamento e a irmã dele seria veterinária.

Até o perito da Polícia Civil ficou surpreso com o caso: “Nunca vi isso na minha vida. Foi a primeira vez que fiz um trabalho assim com animais. Procedimento é parecido com o de um lançamento [termo técnico para quedas]”, contou Satiro.

'Eram animais dóceis', diz vizinho
Outro vizinho, o estudante Paulo Miranda, disse que os cães eram amáveis, e que sempre brincava com eles no prédio. “Eram animais dóceis. Eu passava por eles, fazia carinho. Acho que eles eram adestrados, porque respondiam bem aos pedidos. Deve ter sido alguma briga de família e uma retaliação”

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2013/05/homem-joga-dois-caes-pela-janela-de-apartamento-em-copacabana.html

MP investigará se leite adulterado no RS foi para o mercado

Novo inquérito será aberto pela Promotoria do Consumidor.
Três transportadores foram presos na quarta (22) em Rondinha.

Leite encontrado em transportadora durante Operação Leite Compensado (Foto: Felipe Truda/G1)Leite encontrado em transportadora durante a Operação (Foto: Felipe Truda/G1)
 
Após a prisão de três suspeitos de adulterar leite no Rio Grande do Sul, na manhã de quarta-feira (22) em Rodinha, no Norte do estado, a Operação Leite Compensado 2 terá uma nova etapa. A Promotoria do Consumidor do Ministério Público (MP) abrirá um novo inquérito para investigar se o leite que teve adição de água e ureia foi repassado para consumo pelas indústrias.

Segundo o promotor Mauro Rockenbach, as indústrias foram alertadas no dia 18 de fevereiro pelo Ministério da Agricultura sobre as restrições ao uso do leite cru levado pelas transportadoras investigadas. "Partiremos para uma investigação junto à Promotoria do Consumidor para investigar se o leite foi destinado a consumo", disse o promotor.

Rockenbach garantiu que houve um esforço do MP para evitar que o leite possivelmente contaminado fosse encaminhado para consumo. Segundo ele, cerca de 120 mil litros que passaram pelas duas transportadoras investigadas na Leite Compensado 2 foram recolhidos.

"Todo esse leite estava sendo rastreado, e estávamos evitando que chegasse para consumo. O Ministério da Agricultura tomou a providência de alertar todas as indústrias de leite que havia restrições. Eles é que digam que destino deram ao leite", disse o promotor.

No entanto, a investigação aos transportadores prosseguirá. Rockenbach não descarta novas prisões por adulteração de leite. "Temos algumas empresas investigadas. A prioridade da Especializada Criminal neste ano é o leite gaúcho", destacou.

Na quarta-feira, o MP cumpriu quatro mandados de prisão em Rondinha. Três pessoas foram presas, dois sócios de uma transportadora e um motorista. O quarto suspeito já estava preso desde a primeira fase da operação por envolvimento no esquema de Ibirubá.

O esquema é semelhante ao encontrado nos outros núcleos já investigados: os envolvidos misturavam água e ureia ao leite antes de levar o produto para as empresas, para dar consistência ao líquido e lucrar mais na comercialização.

Controle de transporte do leite cru à indústria
Com o objetivo de adotar ações para aprimorar a inspeção e o controle da produção de leite no Brasil, representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), das indústrias de laticínios e dos produtores se reuniram na quarta-feira, em Brasília. Durante o encontro, foi definida uma agenda de trabalho para nortear as próximas ações do governo federal e da iniciativa privada.
Um dos principais pontos da reunião foi quanto ao controle e monitoramento da etapa de transporte do leite cru à indústria. Como essa é uma relação comercial, o que foge da legislação da vigilância oficial, a proposta ainda deve ser discutida no âmbito jurídico. Atualmente, cabe ao Mapa a verificação do cumprimento das normas legais por parte dos estabelecimentos registrados no Serviço de Inspeção Federal.

Outro ponto proposto é o fortalecimento do Programa Nacional de Qualidade do Leite (PNQL), para que seja adotado também por todos os serviços de inspeção estadual e municipal do país. Essa etapa, segundo o Mapa, é importante para garantir que um produto recusado por empresas de inspeção federal não seja admitido em estabelecimentos sob fiscalização das demais instâncias oficiais.

Também foi discutido o aperfeiçoamento das análises laboratoriais para a seleção de matéria prima na plataforma de produção das indústrias.

Além dos processos de inspeção, os participantes trataram do aprimoramento do sistema de rastreabilidade do leite cru em todos os elos da cadeia produtiva, desde o produtor até a oferta do produto lácteo ao consumidor. Atualmente, o sistema para análise da qualidade já é realizado nas fazendas e nas indústrias. A ideia é incluir a coleta de material também dos tanques dos caminhões de transporte.

Todos os pontos serão discutidos por uma comissão público-privada que vai ser nomeada durante a próxima reunião extraordinária da Câmara Setorial do Leite, no próximo dia 7 de junho, em Brasília. O grupo terá a responsabilidade de definir documentos técnicos que viabilizem a adoção das propostas e que estas sejam incluídas na legislação oficial sobre o tema.

 http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2013/05/mp-investigara-se-leite-adulterado-no-rs-foi-para-o-mercado.html

Lei que prevê tratamento de câncer em 60 dias vale a partir desta quinta

Prazo conta após diagnóstico e inclusão de dados no prontuário médico.
Quase 280 unidades do país farão cirurgia, químio e radioterapia pelo SUS.

Entra em vigor nesta quinta-feira (23) a lei federal que estabelece um prazo máximo de 60 dias para que pessoas com câncer iniciem o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Nesse período, que conta a partir da confirmação do diagnóstico e da inclusão dessas informações no prontuário médico, os pacientes devem passar por cirurgia ou iniciar as sessões de químio ou radioterapia, conforme a indicação de cada caso.

A lei foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff em novembro do ano passado e tinha 180 dias para começar a valer.

A nova regra, porém, não vale para três casos: câncer de pele não melanoma (a biópsia às vezes já é o tratamento), tumor de tireoide com menor risco e pacientes sem indicação de cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. Em algumas dessas situações, porém, o uso de remédios deve começar logo após a detecção da doença.

A previsão do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é de que 518 mil casos de câncer sejam diagnosticados em 2013, número que deve aumentar com o envelhecimento da população e o aumento do tabagismo no sexo feminino.

Em todo o país, 277 hospitais, centros e institutos estão habilitados a realizar procedimentos oncológicos pela rede pública. Há unidades em todos os estados, mas cinco deles – quatro no Norte e um no Nordeste – têm apenas um local de tratamento. É o caso do Acre, Amapá, Amazonas, Roraima e Piauí.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, será preciso ampliar os serviços principalmente nessas duas regiões e no interior do país. Os investimentos para isso têm sido feitos desde 2011, com a implantação de 80 novos centros de radioterapia, aquisição de equipamentos e parcerias junto ao Ministério da Educação (MEC) para formar profissionais na área de oncologia, o que leva de dois a três anos.

"[Isso] Vai exigir uma reorganização dos estados e municípios, dos hospitais. (...) Outro grande desafio é termos mais médicos especialistas em câncer", disse Padilha, em entrevista à Globo News.
De acordo com o secretário de Atenção à Saúde do ministério, Helvécio Magalhães, os cinco estados com apenas uma unidade de atendimento ao câncer pelo SUS apresentam um perfil populacional baixo, e o cálculo do número de locais necessários é feito com base no total de habitantes. Apesar disso, segundo Magalhães, esses "vazios assistenciais" serão identificados e corrigidos.
Rosemar e Jaciara em tratamento contra o câncer em Ribeirão (Foto: Fernanda Testa/G1)Rosemar e Jaciara fazem tratamento de câncer em Ribeirão Preto (SP) (Foto: Fernanda Testa/G1)
 
Para quem mora no Norte e no Nordeste, muitas vezes a saída é viajar milhares de quilômetros em busca de atendimento especializado. Foi o caso de duas mulheres, uma de Rondônia e outra da Paraíba, que foram diagnosticadas no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.

Rosemar Rodrigues Barbosa, de 25 anos, e Jaciara de Lima Cosmo, de 18, fazem parte dos 6% dos atendimentos do hospital que incluem pessoas de fora da região. As duas começaram o tratamento menos de 20 dias após o diagnóstico da doença: uma tem um tumor na língua e a outra, um linfoma (câncer no sistema linfático).

Na tentativa de ajudar no tratamento de pacientes com câncer, clínicas privadas também poderão se credenciadar ao SUS. O objetivo do Ministério da Saúde é aproveitar a estrutura que já existe e expandi-la em novos turnos. Magalhães conta que 20 serviços privados de radioterapia estão se credenciando à rede pública, e outros já 50 foram consultados pelo governo.

"A data de hoje é um marco na disposição legal, mas nada acontece de um dia para o outro. Apoiamos a iniciativa da lei porque vira uma força a mais para o que já estávamos tratando de forma especial, que são as doenças crônicas. Cada vez mais, conseguimos colocar o câncer no centro da Política Nacional de Saúde", avalia.

Novo sistema
Desde o dia 16, municípios e estados brasileiros têm acesso ao Sistema de Informação do Câncer (Siscan), um programa de computador que reunirá o histórico de todos os pacientes oncológicos e do tratamento de cada um.

Reginaldo Filho e sua esposa, no Recife (Foto: Katherine Coutinho / G1)Desenhista Reginaldo da Silva Filho e a mulher,
Laudiceia, no Recife (Foto: Katherine Coutinho/G1)
A partir de agosto, as prefeituras e os governos estaduais serão obrigados a cadastrar as informações nesse sistema – que estará disponível ao público, via internet. Quem não cumprir o acordo terá repasses suspensos por parte do governo federal.

"O Siscan vai permitir um monitoramento online em tempo real, mostrar onde há mais dificuldades, a concentração dos tipos de câncer, para elaborar forças-tarefa e agilizar procedimentos. Onde houver indícios de descaso por parte de um gestor ou prestador, haverá punição administrativa", explica o secretário.

Mais de mil pessoas foram treinadas a usar o novo sistema, com cursos a distância e manuais, segundo Magalhães. Depois de agosto, será feito o primeiro balanço, que após esse período deve ser mensal.

O Siscan ainda não chegou, porém, a instituições como o Hospital do Câncer de Pernambuco, onde o desenhista Reginaldo Carlos da Silva Filho, de 23 anos, luta contra um câncer nos ossos e nos pulmões. Após os primeiros sintomas, há cinco anos, ele levou oito meses para receber atendimento e mais de cinco meses para iniciar o tratamento.

Toda semana, Reginaldo viaja quase 70 km da cidade onde mora, Lagoa de Itaenga, até o hospital em Recife. Ele tem recebido o apoio da mulher, que conheceu em São Paulo, depois de nove meses de conversas a distância, e com quem se casou em fevereiro.
Apoio familiar incentiva irmãs na busca pela cura do câncer em unidades de saúde de Campinas (Foto: Anaísa Catucci/ G1 Campinas)Irmãs Clediléia e Clereni se apoiam uma na outra para vencer o câncer (Foto: Anaísa Catucci/G1)
 
Demora no diagnóstico
Um dos problemas que a nova lei não contempla é a demora que o paciente enfrenta para obter o diagnóstico correto da doença. Esse foi o caso da vendedora Clediléia Maria Magalhães, de 35 anos, que vive em de Campinas (SP) e levou oito meses para receber o resultado de uma mamografia, que acabou identificando um nódulo. Agora, ela vive uma fase de "angústia, com um peso nas costas", à espera de novos exames para saber se se trata de um tumor maligno.

"O médico do posto disse que tem possibilidade de não ser câncer e que há casos mais graves na minha frente. Mesmo com a orientação de um oncologista, que me examinou e pediu exames pré-operatórios, ele resolveu cancelar tudo, depois solicitou uma ultrassonografia e, se for possível, irá encaminhar para um mastologista", disse.

Já a irmã mais velha de Clediléia, Clereni Maria Cândido, de 47 anos, foi diagnosticada em 2007 com um tumor no ovário que se espalhou para outros órgãos. Para detectar a doença, ela resolveu pagar as próprias despesas – pelo menos, R$ 2,5 mil. Acabou passando por três hospitais, quatro cirurgias e se aposentou por invalidez.

Para o oncologista Pedro Ricardo de Oliveira Fernandes, do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, em Campinas, a nova regra não melhora os problemas da rede pública.

"Diante da situação que enfrentamos hoje, é uma utopia acreditar que vai ocorrer com tanta agilidade a mudança do cenário que temos nos hospitais da cidade. Os exames ambulatoriais pelo SUS demoram muito e, quando precisamos de exames sofisticados, existem pacientes que morrem na fila por conta da precariedade", diz.
Francisca Camurça Rondônia (Foto: Ivanete Damasceno/G1)Dona de casa de Rondônia se queixa da demora para ter diagnóstico (Foto: Ivanete Damasceno/G1)
Na opinião do secretário de Atenção à Saúde do ministério, Helvécio Magalhães, os serviços do SUS devem facilitar o diagnóstico por meio de exames como ultrassom, endoscopia e colonoscopia.

"Outro ponto é apostar na detecção precoce. Quanto mais cedo o médico, na atenção básica, suspeitar de algo, maior pressão haverá para o paciente fazer os exames e iniciar o tratamento", diz.

Esse é o ponto fraco da maioria dos casos. Segundo Rodrigo Almeida de Souza, diretor do Hospital de Base Ary Pinheiro, em Rondônia, o diagnóstico precoce depende do tempo que o paciente leva para procurar o posto de saúde e ser encaminhado a um especialista.

Esse tempo prolongado pode ser determinante, como vive na pele a dona de casa Francisca Camurça, de 53 anos, que faz tratamento contra um câncer de mama em Porto Velho, após quase sete meses de espera pelo resultado.

Sobre o tratamento, Francisca não tem queixas. "Começou rápido, o que demorou foi detectar a doença", lamenta.
Conceição faz acompanhamento médico (Foto: Alan Schneider / G1)Costureira Conceição faz acompanhamento médico em Jaú, no interior de SP (Foto: Alan Schneider/G1)
Apesar de essas situações de longa espera não parecerem exceção, há casos exemplares de atendimento de câncer no país. Os moradores do interior paulista Conceição Aparecida de Matos e José Gomes Ferreira, de 71 anos, se beneficiaram da rapidez dos serviços oferecidos em Jaú.

Ela, que trabalha como costureira, foi diagnosticada com câncer de intestino e ele, de próstata. Em um mês, Conceição passou por cirurgia e agora faz acompanhamento. José segue o mesmo caminho, e admite que a falta de informação e o preconceito para fazer exames preventivos fizeram com que ele só procurasse um médico aos 60 anos de idade.

Paciente Maria Nere mostra uma chapa de raio X que detectou a presença de um tumor na mama esquerda (Foto: Lucas Nanini/G1)Antes de detectar tumor de mama, professora do DF ouviu que 'câncer não dói' (Foto: Lucas Nanini/G1)
 
Após fazer um autoexame das mamas em 2011, ela suspeitou que estava com câncer no seio esquerdo. Consultou-se com dois ginecologistas do SUS, e eles disseram que era apenas gordura e que não deveria se preocupar, pois "câncer não dói". Mas dois exames feitos no mesmo ano mostraram que os especialistas estavam errados.

Hoje, após fazer cirurgia e sessões de químio e radioterapia, Maria Aparecida espera pelo resultado de uma ressonância magnética – feita em clínica particular – para saber se um caroço identificado no tórax e outro na mama esquerda são novos tumores.

Ajuda influente
O aposentado gaúcho Adão Monteiro, de 66 anos, acredita que só conseguiu o tratamento contra um câncer de próstata porque teve ajuda de um vereador.

Ele esperou 11 meses para tratar a doença, diagnosticada em 2011, e precisou passar por 37 sessões de radioterapia no Complexo Hospitalar da Santa Casa, em Porto Alegre.

Adão Monteiro esperou 11 meses por tratamento de um câncer (Foto: Tanise Scherer/G1)Aposentado teve ajuda de vereador para iniciar sessões de radioterapia (Foto: Tanise Scherer/G1)
 
"Foi demorado. Se não conhecer ninguém influente, a pessoa morre. Eles não dão bola. (...) É um descaso com o ser humano. Quando a pessoa estiver morrendo, daí eles atendem", desabafa a mulher de Adão, Regiane Alves Monteiro.

Outro entrave vivido por pacientes com câncer é a falta de acesso aos medicamentos necessários ao tratamento, que às vezes não são encontrados no SUS e precisam ser comprados. Adão também passou por isso, e decidiu entrar na Justiça contra a Prefeitura de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, onde mora, para receber o remédio de que precisava.

Atendimento
Dados do ministério mostram que, antes mesmo da nova lei, 78% dos casos de câncer em estágio inicial já têm sido tratados em até 60 dias. Nos casos de câncer em estágio avançado, esse índice sobe para 79%. As informações mostram ainda que 95% das crianças e dos adolescentes começam a ser tratados dentro desse prazo.

Apesar disso, ainda há uma grande desigualdade de tratamento em cidades mais distantes dos grandes centros urbanos, disse Padilha.

Queremos reduzir as desigualdades em relação ao tratamento de câncer no país. Queremos que todos sejam tratados em 60 dias"
 
Alexandre Padilha, ministro da Saúde
"Queremos reduzir as desigualdades em relação ao tratamento de câncer no país. Queremos que todos sejam tratados em 60 dias", afirmou.

Se o prazo máximo estiver próximo do fim e o tratamento ainda não tiver começado, os pacientes poderão procurar e cobrar a Secretaria Municipal de Saúde, segundo Padilha.

"Sabemos que será um grande desafio para os municípios cumprirem o prazo, mas é preciso que o cidadão busque informações nos equipamentos de saúde. [...] O ministério também terá uma comissão de acompanhamento de cumprimento dos prazos em todo o país", disse.

Segundo o secretário de Atenção à Saúde do ministério, Helvécio Magalhães, o paciente ou os familiares também podem ligar para o Disque Saúde (Ouvidoria Geral do SUS), no telefone 136.

Câncer no Brasil
O Inca prevê 518 mil novos casos de câncer em 2013. No ano passado, foram mais de 500 mil diagnósticos de tumores, e o gasto público com internações foi de R$ 806 milhões. Esse é o segundo problema de saúde que mais mata no Brasil, atrás apenas de doenças cardiovasculares.

Entre as mulheres, o câncer que mais mata é o de mama – foram 12.705 casos entre 2010 e 2011, o que representa 15,3% das mortes femininas no país. Já entre os homens, o câncer de traqueia, brônquios e pulmões somou 13.677 casos no mesmo período, alcançando 14,2% dos óbitos.

O câncer não pode esperar, mas o tempo não é o principal fator determinante, e sim a qualidade do tratamento, se ele é correto, coerente"
 
Nise Yamaguchi, oncologista
Para Padilha, a população brasileira também precisa melhorar os hábitos como forma de prevenção.
"É um problema de saúde pública que será cada vez mais presente por conta do modelo de vida, da urbanização e do envelhecimento. [...] A prevenção do câncer, antes de mais nada, é não fumar, ter hábitos saudáveis, fazer exercícios", destacou.

'Decisão cautelosa e útil'
Na opinião da oncologista Nise Yamaguchi, diretora do Instituto Avanços em Medicina e médica dos hospitais Sírio-Libanês e Albert Einstein, em São Paulo, a decisão do governo é extremamente cautelosa, útil, e vem da necessidade de agilizar o sistema.

"O câncer não pode esperar, mas o tempo não é o principal fator determinante, e sim a qualidade do tratamento, se ele é correto, coerente. É preciso saber o que se está fazendo, e isso não é imediato, depende da resposta do patologista, de uma biópsia", explica.

Nise diz que, na maioria das situações, dois meses são um prazo razoável. A exceção fica por conta de alguns tipos de leucemia, que avançam mais rápido. Em relação às metástases – quando um tumor se espalha para outros órgãos ou tecidos –, não é possível saber quando elas vão ocorrer, razão pela qual não dá para afirmar se 60 dias são um período seguro ou não.

De acordo com a especialista, na maioria dos países não existe esse tipo de lei. 
"Neste Brasil continental, seria impossível dar conta de um prazo menor, pois não adianta uma lei para não ser cumprida. Dentro de um ano é que poderemos avaliar essa medida", diz a médica.

 http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/05/lei-que-preve-tratamento-de-cancer-em-60-dias-vale-partir-desta-quinta.html

Casal é detido nos EUA após 'brincadeira' com mulher amarrada nua em carro

Um casal foi detido no Estado americano do Oregon por mobilizar diversas viaturas da polícia em uma brincadeira de Dia dos Namorados, na qual a mulher foi despida, amarrada e colocada na parte de trás de um carro.

O caso ocorreu na cidade de Portland na última terça-feira (14), dia de São Valentim - comemorado como Dia dos Namorados em diversos países, inclusive os Estados Unidos.
Por volta das 12h35, policiais se dirigiram a um supermercado depois que relatos indicaram que um veículo havia sido visto deixando o estacionamento do local com uma mulher nua e amarrada na parte de trás, com fita adesiva colada em sua boca.

Dezenas de policiais foram deslocados nas buscas pelo carro, descrito como um Subaru azul.
Uma testemunha disse à polícia que o condutor do carro era um homem branco na faixa dos 20 e poucos anos, com um cavanhaque e óculos escuros, e que a mulher "parecia confusa".

A testemunha afirmou ainda que, segundo o homem do casal, eles estavam "apenas se divertindo".
Por volta das 12h56, os policiais avistaram o carro chegando à casa indicada como endereço de registro do veículo. Eles interpelaram o condutor e viram a mulher nua e amarrada na parte de trás do Subaru.

O homem, chamado Nikolas Alexander Harbar, 31 anos, disse aos policiais que ele e sua namorada, Stephanie Morgan Pelzner, 26 anos, estavam fazendo uma brincadeira de Dia dos Namorados.

Os policiais confirmaram com Stephanie a informação de que ela estava voluntariamente amarrada e nua na parte de trás do carro.

O casal foi detido por conduta desordeira de segundo grau e levados à cadeia do condado de Multnomah.

Pelo menos nove carros da polícia de Portland foram envolvidos na operação de busca.

 http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/02/120216_casal_nu_brincadeira_rs.shtml

Casal volta de lua-de-mel e encontra casa pintada de rosa com bolinhas brancas

 casa pintada de rosa (foto: BBC)

Um casal recém-casado foi surpreendido ao voltar de lua-de-mel e encontrar sua casa pintada de rosa com bolinhas brancas na cidade de Southend, no sudeste da Grã-Bretanha.

Steve O'Rourke, de 32 anos, e a mulher Hayley, de 31, levaram um susto quando chegaram em casa na madrugada de domingo e viram o novo visual da fachada.
A decoração inusitada foi uma "vingança" do irmão do noivo, Russell O'Rourke, que quando voltou de lua-de-mel, há seis anos, encontrou uma parede de tijolos na entrada de sua garagem, em uma brincadeira feita pelo irmão Steve.

"A gente imaginava que Russell ia aprontar alguma coisa para se vingar de Steve, mas não estávamos esperando nada na frente da casa", diz Hayley.

"Ficamos horrorizados, mas depois decidimos ver o lado engraçado da coisa", acrescentou ela.

Vizinhos

Russell passou dois dias mudando o visual da casa do irmão.

A pintura foi inspirada na aparência do personagem Mister Blobby, que ficou famoso em um programa de TV da BBC popular na Grã-Bretanha nos anos 90. Mister Blobby era cor-de-rosa mas, diferentemente da casa, tinha bolinhas amarelas.

A casa despertou reações variadas e virou a atração da vizinhança. Segundo Hayley, muitas pessoas estão fazendo fotos e acham a nova decoração "hilária".

O dono de uma loja de sanduíches que fica em frente ao imóvel diz que a nova cor "levantou o moral" dos vizinhos e que todo mundo "anda sorrindo e comentando a nova pintura".

Mas um vizinho disse à BBC que a casa é "desagradável de olhar".

O casal diz que não tem a intenção de mudar a cor agora, já que o trabalho será demorado.
"Russell acha que é muito engraçado e não tem vontade de perder tempo aplicando uma nova pintura", diz Hayley.
 
 http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/05/130522_casa_rosa_fl.shtml

Cresce percepção negativa sobre o Brasil no mundo, diz pesquisa

 Protesto contra a corrupção, em 2012 (AFP)

A imagem positiva do Brasil subiu levemente entre 2012 e 2013, mas aumentou também o percentual de pessoas que acreditam que o país tem uma influência predominantemente negativa no mundo, informa uma pesquisa do Serviço Mundial da BBC divulgada na noite desta quarta-feira.

Segundo o levantamento Country Ratings Pool, feito com 26,3 mil pessoas em 25 países, uma média de 46% dos entrevistados (contra 45% no ano anterior) dizem ter percepções positivas da influência do Brasil no mundo. Dezenove dos países pesquisados veem o Brasil positivamente.
Ao mesmo tempo, porém, cresceu de 18% para 21% a porcentagem de visões negativas sobre o Brasil. Com isso, o país fica em sétimo lugar em um ranking com outras 16 nações e a União Europeia.

"A visão geral sobre o Brasil é menos favorável do que era em 2012, por conta do aumento nas classificações negativas", diz o levantamento.

Os países mais bem vistos são a Alemanha (que, segundo 59% dos entrevistados, tem influência positiva), o Canadá e a Grã-Bretanha (ambos com 55% de percepção positiva).

No outro extremo do ranking está Irã: 59% dos entrevistados veem o país como uma influência negativa e apenas 15% como positiva. O país persa é seguido por Paquistão, Coreia do Norte e Israel, com índices similares entre si.

A pergunta feita aos entrevistados sobre cada país era se ele achava que sua influência no mundo era "predominantemente positiva" ou "predominantemente negativa".

Declínio geral

A avaliação da GlobeScan, empresa responsável pela pesquisa, é de que a percepção do público piorou em relação à maioria dos países. E a culpa parece ser do cenário econômico desfavorável.

"Parece estar crescendo a frustração com os governos (dos países pesquisados), já que, passados quase cinco anos desde o início da crise financeira, eles parecem incapazes de tirar suas economias da depressão", diz Sam Mountford, diretor da GlobeScan.

A percepção positiva sobre a União Europeia, por exemplo, está em um de seus patamares mais baixos (49%). Os EUA também viram sua imagem piorar (de 47% para 45%) e ficaram abaixo do Brasil no ranking.

A China e a Índia perderam, respectivamente, oito e seis pontos percentuais em percepção positiva em relação à pesquisa do ano passado e estão entre os países com a maior deterioração de imagem sob os olhos dos entrevistados.

"O prestígio de China e Índia havia crescido pelo fato de (os países) terem desafiado a retração econômica, mas isso parece ter mudado com as taxas de crescimento mais lentas e a percepção de ampla corrupção", opina Steven Kull, diretor da PIPA, empresa corresponsável pelo estudo.

Olhares sobre o Brasil

A desaceleração econômica também parece estar por trás do aumento da percepção negativa sobre o Brasil.

"A impressão das pessoas é de que o país não está representando, assim como outros emergentes, uma alternativa para o crescimento da economia global em meio ao cenário de recessão nos países ricos", afirmou Mountford à BBC Brasil.

O Brasil é o país é mais bem visto pelos entrevistados do Chile (73% deles com percepção positiva a respeito do país), Peru (65%), Nigéria (62%) e Gana (60%).

E os brasileiros também se veem com bons olhos: 77% dos entrevistados daqui acham que o país tem uma influência positiva no mundo, contra 7% que a veem como negativa.

Mas australianos e alemães têm os maiores índices de percepção negativa sobre o Brasil. A percepção tampouco é muito positiva entre os países Bric (Rússia, China e Índia).

"Declinaram na China a visão positiva do público sobre o Brasil, para 34%, uma queda de sete pontos percentuais. É a menor proporção de percepção positiva dada pelos chineses à influência brasileira desde que a pesquisa começou, em 2008", informa o levantamento.

O estudo foi feito entre dezembro de 2012 a abril de 2013. No Brasil, a pesquisa de opinião foi feita em nove capitais.

 http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/05/130508_percepcao_paises_pai.shtml

Agente do FBI mata homem que conhecia suspeito dos atentados de Boston

Ibragim Todashev é de origem tchtechena e viveu durante um período da sua vida em Boston, onde praticou artes marciais com Tamerlan Tsarnaev.
Todashev estava a ser seguido e questionado pelo FBI desde o atentado na maratona de Boston Red Huber/Orlando Sentinel/MCT
Um homem de 27 anos, de origem tchetchena, foi morto por um agente do FBI nesta quarta-feira, em Orlando, no estado da Florida, durante um interrogatório sobre os atentados na maratona de Boston.

A filial do canal de televisão NBC em Orlando avança que Ibragim Todashev "perdeu o controlo" quando estava a ser questionado pela polícia, que suspeitava da sua ligação a Tamerlan Tsarnaev, um dos dois irmãos acusados de serem os responsáveis pelo ataque à bomba em Boston, que fez três mortos e 264 feridos.

Um dos amigos da vítima, Khusn Taramiv, disse à filial da estação Fox em Orlando que Ibragim Todashev estava a ser investigado porque conhecia Tamerlan Tsarnaev devido à ligação de ambos às artes marciais. Segundo Taramiv, Ibragim Todashev viveu em Boston durante um período da sua vida, onde praticou artes marciais com o mais velho dos irmãos Tsarnaev. Desde o atentado em Boston, Todashev e o amigo têm sido seguidos e questionados pelo FBI.

"Eu disse-lhe: 'Se achas que não deves ir lá [falar com o FBI], não vás; mas, se não fores, eles vão suspeitar mais, vão começar a seguir-nos ainda mais.' Por isso, decidimos ir lá", contou Taramiv.

Ibragim Todashev foi morto na madrugada de quarta-feira num edifício residencial nas proximidades dos estúdios da Universal. O FBI está a investigar o caso e ainda não são conhecidos muitos pormenores.

Em comunicado, a polícia federal confirmou a morte do indivíduo, alegando que ele "iniciou uma confrontação violenta". O agente sofreu ferimentos que não colocam em causa a sua vida.
 
 http://www.publico.pt/mundo/noticia/agente-do-fbi-mata-homem-que-conhecia-suspeito-dos-atentados-de-boston-1595179
 

Patrão abusaria de filha de funcionário sob promessa de manter posto de trabalho do pai

Abusos a menina de 13 anos ter-se-ão prolongado por cinco anos. Juiz determinou prisão preventiva do suspeito.
PJ começou a investigar o caso há um mês
A Polícia Judiciária (PJ) anunciou nesta quarta-feira ter detido um homem de 54 anos suspeito de abuso sexual de uma menor de 13 anos, abusos esses que se terão prolongado durante cinco anos, ou seja, desde os seus oito anos. O arguido, que se encontra em prisão preventiva, é patrão do pai da vítima, qualidade de que se aproveitaria para conseguir o silêncio da menor.

“O arguido, aproveitando-se da condição de patrão do pai da vítima, conseguiu subjugar e obrigar a menor a práticas sexuais diversas, obtendo o seu silêncio com a promessa de manter o posto de trabalho do seu pai”, lê-se no comunicado do Departamento de Investigação Criminal de Setúbal da PJ.

A detenção do suspeito, casado, ocorreu na semana passada. Na sexta-feira o juiz de instrução criminal que analisou o caso determinou a prisão preventiva do arguido. O caso começou a ser investigado há cerca de um mês, tendo sido recolhida prova testemunhal e pericial, após ter sido feita uma participação na Comissão de Protecção de Crianças e Jovens local. Os factos ocorreram num concelho do litoral alentejano, que a polícia não identifica para proteger a identidade da vítima.

Esta quarta-feira, a Directoria do Norte da PJ também anunciou ter detido um homem de 53 anos suspeito de abuso sexual de uma menina de cinco anos, na Maia. “Os abusos, que se vinham prolongando desde há algum tempo, tiveram lugar na residência do detido, familiar próximo da vítima, uma menina de cinco anos de idade, perante quem também assistia a filmes de conteúdo pornográfico”, lê-se num outro comunicado.

O detido, desempregado e sem antecedentes criminais, foi presente à autoridade judiciária competente para primeiro interrogatório, não sendo ainda conhecidas as medidas de coacção aplicadas.

 http://www.publico.pt/sociedade/noticia/patrao-abusaria-de-filha-de-funcionario-sob-promessa-de-manter-posto-de-trabalho-do-pai-1595163

Casa Branca admite ter ordenado assassínio de quatro americanos com drones

Procurador-geral dos EUA enviou carta ao Congresso a detalhar os casos. Barack Obama anuncia nesta quinta-feira nova política para o recurso a aviões não tripulados.
Anwar al-Awlaki era um dos mais destacados membros da Al-Qaeda e foi morto no Iémen em 2011 Khaled Abdullah/Reuters
A Administração Obama admitiu pela primeira vez que ordenou o assassínio de quatro cidadãos norte-americanos fora de uma zona de combate, entre os quais Anwar al-Awlaki, morto em Setembro de 2011 no Iémen.

Não era propriamente um segredo, já que a operação norte-americana contra Awlaki tinha sido confirmada em várias ocasiões por altos funcionários da Casa Branca, embora sempre sob a condição de anonimato. O anúncio oficial foi feito na quarta-feira à noite pelo procurador-geral dos Estados Unidos, Eric Holder, numa carta enviada ao Congresso, na véspera de um discurso do Presidente Barack Obama sobre o assassínio de cidadãos norte-americanos e a utilização de drones armados. No primeiro discurso do seu segundo mandato sobre o tema, Barack Obama vai anunciar uma redução do uso de drones e iniciar um processo de transferência de autoridade da CIA para as Forças Armadas.

"Desde 2009, no âmbito das operações antiterrorismo contra a Al-Qaeda em áreas onde não se verificam combates, os Estados Unidos visaram e mataram um cidadão norte-americano, Anwar al-Awlaki", lê-se na carta assinada pelo responsável pela Justiça na Administração Obama.

"Com base nos princípios legais estabelecidos há várias gerações e nas decisões tomadas pelo Supremo Tribunal durante a II Guerra Mundial, e também durante o actual conflito, fica claro que a cidadania norte-americana não torna estes indivíduos imunes", argumenta Eric Holder.

"Estas considerações permitem o uso de força letal num país estrangeiro contra um cidadão dos Estados Unidos que é um operacional destacado da Al-Qaeda ou das suas forças associadas, e que está envolvido activamente num plano para assassinar americanos", escreve o procurador-geral na carta enviada ao Congresso.

Para além da operação no Iémen, em 2011, a Casa Branca confirmou também a morte de três outros cidadãos norte-americanos – Abdulrahman al-Awlaki, Samir Khan e Jude Kenan Mohammed – nos últimos quatro anos, embora o procurador-geral ressalve que "estes indivíduos não foram especificamente visados pelos Estados Unidos".

A história destes três norte-americanos não é contada na carta enviada ao Congresso, mas já foi revelada por vários media. As ligações de Samir Khan e Jude Kenan Mohammed à Al-Qaeda eram conhecidas, mas a morte de Abdulrahman al-Awlaki, o filho adolescente de Anwar al-Awlaki, é mais controversa.

Samir Khan, 25 anos, era o director de uma revista online financiada pela Al-Qaeda na Península Arábica e foi morto no ataque que tinha como alvo seleccionado Anwar al-Awlaki. Nasceu na Arábia Saudita, filho de pais paquistaneses, mas foi criado em Nova Iorque e na Carolina do Norte. Não era considerado um alvo suficientemente importante para fazer parte da lista de assassínios selectivos da Casa Branca, mas morreu porque estava ao lado de Anwar al-Awlaki no dia do ataque, no Iémen.

Jude Kenan Mohammed cresceu em Ralleigh, na Carolina do Norte, mas viajou para o Paquistão ainda jovem, para integrar um grupo de radicais islâmicos. Foi morto em Novembro de 2011, na região paquistanesa do Waziristão Sul, num ataque com um drone que matou outras 12 pessoas. Tal como Samir Khan, Jude Kenan Mohammed também não estava na lista de ataques selectivos (destinados a assassinar um único indivíduo, identificado pelos Estados Unidos como um perigoso militante terrorista), mas foi morto num "signature strike", a designação usada pelas autoridades norte-americanas para descrever um ataque contra um grupo de pessoas que se movimentam "de forma suspeita" numa área controlada por combatentes inimigos.

O caso de Abdulrahman al-Awlaki é diferente. Nascido em Denver, no estado do Colorado, em 1995, Abdulrahman foi morto num ataque com um drone em Outubro de 2011, no Iémen, duas semanas depois de o seu pai ter sido assassinado. Não tinha nenhuma relação conhecida com a rede terrorista Al-Qaeda e diz-se que estaria à procura do pai quando foi morto, num ataque que vitimou outras nove pessoas. Altos funcionários da Casa Branca terão admitido que a morte de Abdulrahman al-Awlaki foi um erro – o ataque teria como alvo o egípcio Ibrahim al-Banna. Antes da confirmação oficial do procurador-geral Eric Holder, apenas um alto funcionário da Casa Branca tinha falado em público sobre a morte de Abdulrahman al-Awlaki. Em Outubro do ano passado, o antigo assessor de imprensa da Casa Branca Robert Gibbs, conselheiro de Barack Obama na campanha eleitoral de 2012, foi filmado a responder a uma questão sobre o facto de Abdulrahman ser norte-americano, menor de idade (tinha 16 anos de idade) e ter sido morto sem acusação ou julgamento: "Acho que o pai devia ser mais responsável, se estiver realmente interessado no bem estar do filho."

O programa norte-americano de aviões não tripulados para atacar suspeitos de terrorismo nas zonas tribais paquistanesas na fronteira com o Afeganistão foi lançado em 2004, por George W. Bush. Mas a chegada de Barack Obama à Casa Branca levou a uma escalada que muitos analistas consideram imparável. Para além do uso em operações de luta contra o terrorismo, os dronesestão também a ser alvo de controvérsia devido ao seu uso em território dos Estados Unidos, por parte das forças de segurança e de particulares.
 
 
 http://www.publico.pt/mundo/noticia/casa-branca-admite-ter-ordenado-assassinio-de-quatro-americanos-com-drones-1595256

OAB: relatório da Anistia Internacional mostra que ainda há tortura no país

"O respeito à Constituição, às leis e aos direitos humanos não pode ser tido como incompatível com o combate à criminalidade". A afirmação foi feita hoje (23) pelo presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB, Wadih Damous, ao comentar o relatório divulgado nesta quarta-feira pela Anistia Internacional, apontando que "a tortura e o uso de força excessiva foram as formas que as autoridades brasileiras escolheram para combater o aumento da criminalidade em 2012".

Segundo Damous, o relatório da Anistia Internacional, organização não-governamental (ONG) que monitora os direitos humanos em todo o mundo,  mostra que torturas, desaparecimentos, execuções sumárias e outras arbitrariedades continuam a ser marca registrada da polícia brasileira. "Infelizmente, em nosso país, boa parte da sociedade ainda acredita que direitos humanos é coisa de bandidos", lamentou o presidente da Comissão da OAB.

O relatório da Anistia Internacional aponta que práticas policiais repressivas e discriminatórias foram adotadas nos estados do país. "É preciso mudar a formação profissional de nossos policiais, combater a corrupção no âmbito da polícia, melhorar a remuneração dos agentes da segurança pública. Deve ficar claro a eles que não se deve combater o crime com o cometimento de crimes", afirmou Wadih Damous.

Por sua vez, o diretor-executivo da ONG, Atila Roque, garante que o Brasil vive um déficit de justiça. "O Brasil sofre de várias questões históricas que desestabilizam o ambiente para conquistas dos direitos humanos. Isso vem marcado por um estado que cuida mais dos privilégios de alguns e por uma sociedade que ainda atravessa pelo racismo".

E acrescentou Átila Roque: "somos uma sociedade em que a polícia ainda funciona numa lógica da repressão, guerra, controle. São elementos que estão presentes na cultura política. Limitando ou dificultando a instalação de uma cultura de direitos humanos. Estamos vivendo um momento em que o universo de valores está sendo colocado à prova. É um momento crucial em relação às escolhas sobre onde queremos estar daqui a 40 ou 50 anos".

 http://www.jb.com.br/pais/noticias/2013/05/23/oab-relatorio-da-anistia-internacional-mostra-que-ainda-ha-tortura-no-pais/