segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Grupo polêmico pode ajudar a derrotar o "Estado Islâmico" na Síria

Ahrar al Sham tem entre 10 e 20 mil combatentes e desponta como uma das principais forças militares do país, mas EUA se recusam a dialogar com grupo

Um grupo de entre 10 a 20 mil combatentes na Síria tem despontado como um "aliado" involuntário do Ocidente.

Trata-se do Ahrar al Sham (Homens Livres da Síria), que luta contra o presidente Bashar al-Assad e o autoproclamado Estado Islâmico (EI) e que pode ter um papel-chave na sangrenta guerra que já dura quatro anos no país.

Segundo analistas, o grupo se tornou uma das organizações mais poderosas em combate na Síria.

"Desde que surgiram em 2011 no noroeste do país, conseguiram ter um enorme impacto no campo de batalha", diz a revista The Economist. "E logo outros grupo queriam se unir a eles."
O Ahrar al Sham surgiu no noroeste da Síria em 2011 
O Ahrar al Sham surgiu no noroeste da Síria em 2011
Influência
O Ahrar al Sham não apenas se estabeleceu como força militar importante, como também uma força política organizada com aliados-chave na região – Turquia e Catar.

Mas os Estados Unidos e seus aliados se recusam a dialogar com eles, argumentando que o grupo é baseado na militância islâmica e que seus líderes tiveram vínculos com a Al-Qaeda.

"O Ahrar al Sham faz parte de uma ampla coalizão síria de grupos da oposição, a Frente Islâmica. E dentre dela é a força mais poderosa e mais bem organizada", explica o correspondente da BBC no Oriente Médio, Jim Muir.

"O grupo quer ver a lei islâmica estabelecida na Síria, mas deixou claro que seus objetivos são muitos diferentes dos do 'EI', a quem considera inimigo." 

Em abril, o porta-voz do Departamento de Estado John Kirby disse que os Estados Unidos "não trabalharam nem ofereceram nenhum ajuda ao Ahrar al Sham".

"Os Estados Unidos apoiam grupos de oposição sírios moderados. Ainda que os EUA não tenham designado o Ahrar al Sham como uma organização terrorista estrangeira, seguimos tendo preocupações com as relações do grupo com organizações extremistas", disse Kirby.
Apelos
Recentemente o Ahrar al Sham tem feito apelos, sem sucesso, a Washington e a Londres para considerarem uma aproximação na luta contra o 'EI' e encontrar uma solução para a Síria.

Em julho, tanto o Washington Post (EUA), como o Daily Telegraph (de Londres) publicaram longos artigos opinativos assinados por Labib al Nahhas, "diretor de Relações Exteriores" do grupo.
Estado Islâmico explode prisioneiros em novo vídeo divulgado na web
Reprodução/Estado Islâmico
Estado Islâmico explode prisioneiros em novo vídeo divulgado na web
Em seus artigos, Al Nahhas fala do "grande fracasso" dos governos britânico e americano em tomar ações militares contra Assad e das consequências dessa indecisão.

"O resultado: um número de mortos que se calcula entre 200 mil e 300 mil pessoas, mais de 11 milhões de deslocados e inúmeras cidades em ruínas", disse Nahhas em seu artigo, intitulado "As consequências letais de rotular erroneamente os revolucionários da Síria", para o Washington Post.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2015-08-31/grupo-polemico-pode-ajudar-a-derrotar-o-estado-islamico-na-siria.html

Janot arquiva ação contra Dilma e critica Justiça Eleitoral

Para procurador, o TSE e o Ministério Público Eleitoral se tornaram “protagonistas exagerados” da democracia

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, concluiu que não há indícios de irregularidade na contratação da gráfica VTPB Serviços Gráficos e Mídia Exterior Ltda. pela campanha da presidenta Dilma Rousseff no ano passado.
Foto: Fellipe Sampaio/STF
Em resposta ao pedido feito pelo vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, para investigar as contas de campanha de Dilma, Janot destacou o que chamou de “inconveniência” da Justiça Eleitoral e do Ministério Público Eleitoral de se tornarem “protagonistas exagerados” da democracia.
Na análise do pedido, o procurador-geral citou ainda a possibilidade de uma “judicialização extremada” do processo político eleitoral e destacou que a democracia deve ter como atores principais candidatos e eleitores. 

As declarações de Janot constam em despacho, datado de 13 de agosto, a favor do arquivamento do pedido feito por Gilmar Mendes. Segundo o texto, os fatos apontados pelo vice-presidente do TSE não apresentam “consistência suficiente para autorizar, com justa causa, a adoção das sempre gravosas providências investigativas criminais”. 

http://noticias.terra.com.br/brasil/janot-arquiva-acao-contra-dilma-e-faz-critica-a-justica-eleitoral,c2bd1b3de11814f2181e6dd3fb9f09ac5ipmRCRD.html

Após desistir de nova CPMF, governo prevê déficit primário

<p>O resultado negativo deve ficar próximo de R$ 30 bilhões.</p>

O governo vai apresentar nesta segunda-feira, 31, ao Congresso uma proposta de Orçamento para 2016 com déficit primário da ordem de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), admitindo que gastará mais do que vai arrecadar, mesmo sem levar em conta despesas com pagamento de juros. Trata-se da primeira vez na história que o governo não consegue fechar as contas e entra no vermelho, prevendo desequilíbrio fiscal. O resultado negativo deve ficar próximo de R$ 30 bilhões.

O reconhecimento das dificuldades foi a forma encontrada pelo Palácio do Planalto para evitar "mascarar" o Orçamento, num momento de crise política e econômica, às vésperas de a presidente Dilma Rousseff enfrentar julgamento no Tribunal de Contas da União (TCU) por causa de manobras conhecidas como "pedaladas fiscais".

Um dia após abandonar a ideia de recriar a Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF), por não encontrar respaldo para o projeto nem no Congresso nem entre empresários, Dilma arbitrou a disputa interna no governo e decidiu escancarar os problemas.

Com a decisão, a meta de superávit primário de 2016, de 0,7% do PIB, será reduzida novamente e é possível que haja corte de programas sociais. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, chegou a manifestar preocupação com a exposição do rombo, por considerar que a medida embute um sinal negativo para o mercado e pode levar o Brasil a perder o grau de investimento, com severas consequências para a economia, que já está em recessão.

Transparência
Ao fim das discussões, porém, Levy acabou concordando com o núcleo político do Planalto. A estratégia do governo, ao deixar claro o vermelho, consiste em negociar com o Congresso. A ideia é que ou os parlamentares autorizam o aumento de receitas, com desonerações e até, mais adiante, com a volta da CPMF, ou o Executivo será obrigado a propor medidas mais duras, como a reforma da Previdência.

O vice-presidente Michel Temer conversou pela manhã com Levy, que o informou sobre as dificuldades de fechar o Orçamento. O ministro defendeu um corte adicional de R$ 15 bilhões, mas Dilma não aprovou.

"Sejam o mais transparente possível e revelem as condições das finanças ao País", disse Temer. "O Orçamento deve ser realista, para evitar perda de credibilidade." Levy definiu como "muito prudentes" as observações de Temer.

Mais tarde, a própria Dilma informou o vice de que os seus argumentos foram ouvidos. Em conversas reservadas, Levy afirmou que, embora haja risco de as expectativas piorarem em relação à política fiscal, a exposição do déficit diminui o desgaste com o Congresso e abre a discussão sobre a nova meta de superávit.

A proposta orçamentária trará, ainda, elevações pontuais de receitas, com revisão de desonerações. Mesmo desistindo do "imposto do cheque", o governo quer mostrar que também tem um programa fiscal de longo prazo para a Saúde e a Previdência. Com informações do Estadão Conteúdo.

http://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/ap%C3%B3s-desistir-de-nova-cpmf-governo-prev%C3%AA-d%C3%A9ficit-prim%C3%A1rio/ar-AAdMKN5?li=AA520y

Dirceu se recusa a responder CPI da Petrobras


<p>A todos os questionamentos dos parlamentares, Dirceu usou a mesma declaração.</p>© Fornecido por Notícias ao…O ex-ministro José Dirceu, preso em Curitiba no âmbito da Operação Lava Jato, se recusou a responder na manhã desta segunda-feira, 31, os questionamentos dos deputados da CPI da Petrobras, que estão na capital paranaense para colher depoimentos de 13 pessoas detidas nessa operação, sob suspeita de participação em esquema de corrupção na Petrobrás.

A todos os questionamentos dos parlamentares, Dirceu usou a mesma declaração: "Seguindo orientação do meu advogado, permanecerei em silêncio."

O deputado Bruno Covas (PSDB-SP), um dos parlamentares desta comissão, chegou a dizer que seria interessante o ex-chefe da Casa Civil do governo Lula dizer como obteve tantos recursos, segundo as investigações, de forma ilícita, mas Dirceu manteve o silêncio. Além de Dirceu, a CPI pretende ouvir nesta segunda-feira Jorge Zelada, ex-diretor da área Internacional da Petrobras, e três empresários.

Dois são executivos da empreiteira Andrade Gutierrez: Otávio Marques de Azevedo e Elton Negrão de Azevedo. O terceiro é João Antonio Bernardi Filho, representante no Brasil da empresa italiana Saipem. Nesta terça-feira, 1, a CPI pretende ouvir seis pessoas: cinco executivos da construtora Odebrecht e um ex-funcionário da Petrobrás.

O relator da comissão, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), disse que a logística para os depoentes se deslocarem a Brasília é complicada, porque requer policiamento e aviões, e por isso a CPI decidiu que é mais prático se deslocar até o Paraná. A previsão é que membros da comissão fiquem em Curitiba até quinta-feira, tentando colher os depoimentos dos presos na Lava Jato. Os depoimentos estão sendo realizados no Foro da Seção Judiciária do Paraná. Com informações do Estadão Conteúdo.

http://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/dirceu-se-recusa-a-responder-cpi-da-petrobras/ar-AAdNQPj?li=AA520y

Prefeita governava cidade do MA pelo celular

Foragida há uma semana, Lidiane Leite morava há 275 km da cidade que administrava. Ela é suspeita de desviar R$ 15 milhões da educação da cidade, onde há escolas que funcionam debaixo de árvores.

Prefeita está foragida desde a última semana.
 
A prefeita Lidiane Leite (PRB), de 25 anos, administrava a cidade de Bom Jardim por meio de mensagens de celular. Entre festas, eventos sociais e a academia, a prefeita despachava com secretários pelo grupo de mensagens batizado de "Força Tarefa".

Lidiane é suspeita de desviar R$ 15 milhões da educação da cidade, onde há escolas que funcionam debaixo de árvores. Ela está foragida há uma semana, quando foi deflagrada a Operação Éden, da Polícia Federal.

A prefeita também não morava na cidade que administrava — e sim há 275 km de distância, em São Luís. Ela responde a ações por cortar salários dos professores, não cumprir o calendário escolar e não regularizar o fornecimento de merenda.

Antes de assumir a candidatura no lugar do namorado, o pecuarista Beto Rocha, barrado pela Lei da Ficha Limpa, em 2012, Lidiane vendia leite na porta de casa e ajudava a mãe em uma loja de roupas. 

Após assumir o cargo na prefeitura de Bom Jardim, ela foi afastada três vezes por enfrentar suspeitas de corrupção, mas voltou por meio de liminares. 

http://www.opopular.com.br/editorias/cidades/prefeita-governava-cidade-do-ma-pelo-celular-1.934703?ref=yfp

Morre general brasileiro que comandou a missão da ONU no Haiti

José Luiz Jaborandy Júnior foi o 10º general do País a assumir cargo; Brasil comanda a força militar da Minustah desde 2004

General Jaborandy é nomeado pela ONU para comandar missão de paz
Divulgação/8ªRM
General Jaborandy é nomeado pela ONU para comandar missão de paz
Morreu neste domingo (30), aos 57 anos, o general do Exército José Luiz Jaborandy Júnior, comandante militar da missão da ONU no Haiti. Jaborandy teria sofrido um infarto fulminante enquando viajava do Haiti para Manaus para visitar a neta recém nascida.

O brasileiro assumiu a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah) em 13 de março do ano passado em substituição ao general Edson Leal Pujol.

José Luiz Jaborandy Júnior foi o décimo general brasileiro a assumir o cargo, já que o Brasil comanda a força militar da Minustah desde 2004, quando a missão foi criada. A exceção foi um período de poucos dias, em janeiro de 2006, quando as tropas ficaram sob comando interino de um general chileno, logo após a morte do general brasileiro Urano Bacellar.

Jaborandy ingressou no Exército em 1976. Formou-se oficial de Infantaria em 1979 e se distinguiu na carreira militar ocupando uma série de postos de comando. O general é formado pela Escola de Comando e Estado-Maior do Brasil e pelo Instituto de Estudos Superiores Militares de Portugal. Jaborandy serviu como assessor parlamentar do gabinete do comandante do Exército e integrou o Grupo de Observação da ONU na América Central em 1991 e a Missão de Observação da ONU em El Salvador em 1992.

A Minustah foi criada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas em 30 de abril de 2004 na tentativa de colaborar com o governo haitiano para a restauração da ordem no país. O Haiti sofre com as consequências de um longo período de instabilidade política, dificuldades econômicas e violência urbana.

A missão tem como metas estabilizar o Haiti, pacificar e desarmar grupos guerrilheiros e rebeldes, promover eleições livres e colaborar com o desenvolvimento institucional e econômico do país. Diante da estabilização política e do controle da violência, a ONU trabalha para a retirada gradativa dos militares estrangeiros. Em março de 2013, o governo brasileiro começou o processo de redução do efetivo militar no país.

 http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2015-08-31/morre-o-general-jose-luiz-jaborandy-junior-comandante-da-forca-militar-do-brasil-no-haiti.html