quarta-feira, 1 de maio de 2013

Dirceu pede redução de pena e que Barbosa não seja relator de recurso no STF

A defesa do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, considerado o "mandante" do mensalão, apresentou recursos nesta quarta-feira (1º) no STF (Supremo Tribunal Federal) em que pede a redução da sua pena.
Dirceu foi condenado a 10 anos e 10 meses de prisão por corrupção ativa e formação de quadrilha.
No documento de 46 páginas, o advogado José Luís de Oliveira Lima pede que o relator do recurso não seja o mesmo da ação penal, no caso, o ministro Joaquim Barbosa, presidente da Corte.
O advogado observa que diversos trechos do acórdão, documento que traz os votos dos ministros e as sentenças de cada réu, foram suprimidos e pede que sejam publicados também.

PENAS DO MENSALÃO

Arte/UOL
Clique na imagem para ver quais os crimes e as punições aplicadas aos réus
Ele justifica a sua reivindicação dizendo que "o cancelamento das manifestações do Exmos. ministros impede a plena publicidade de todos os fundamentos que sustentaram o acórdão", ferindo, assim, um princípio constitucional.
Quanto ao crime de formação de quadrilha, a defesa alega que a pena estabelecida para José Dirceu foi aumentada em dois momentos diferentes com base no mesmo fundamento, o que, segundo o advogado, é "inadmissível e viola entendimento" do STF.
Oliveira Lima argumenta o mesmo quanto ao crime de formação de quadrilha. Diz que, em seu voto, o ministro Joaquim Barbosa considerou que José Dirceu "organizava a distribuição de valores" a serem pagos a parlamentares e promovia "reuniões com instituições financeiras" que injetaram dinheiro no esquema e, por isso, exacerbou a pena duas vezes pelo mesmo fundamento.

O advogado destaca ainda que o relator do processo foi "omisso" ao escrever em seu voto que não há "dados concretos" da conduta social e da personalidade de Dirceu. Oliveira Lima cita o testemunho de diversas pessoas, entre eles o do ex-presidente Lula em que afirma que Dirceu "lutou pela democratização do Brasil, pagando com o exílio".

De acordo com a defesa, essa omissão prejudica o réu porque os fatos da vida pregressa dele deveriam ter sido levados em conta na fixação da pena, já que ele "praticou atitudes de relevante valor social".

Secretário usou estrutura da prefeitura para campanha e disse que "povo tem que se fu..."

O ex-secretário municipal de Obras de Blumenau (139 km de Florianópolis) Alexandre Brollo utilizou a estrutura da pasta e as prerrogativas do cargo para fazer campanha eleitoral para o candidato a vereador Fábio Fiedler (PSD), segundo investigação do MPE (Ministério Público Estadual), em Santa Catarina.
Brollo foi o coordenador da campanha de Fiedler, que se reelegeu com 5.542 votos, o segundo melhor desempenho dos candidatos a vereador do município. Escutas feitas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) de Itajaí --subordinado ao MPE--, com autorização judicial, mostram que a participação dele na campanha começou antes mesmo do seu afastamento do cargo para por 80 dias, para concorrer nas eleições, iniciado em 13 de julho de 2012.Ex-secretário de Blumenau (SC) diz que 'povo tem que se foder';
 
Procurado pela reportagem, Brollo pediu para que as perguntas sobre as investigações do MP fossem encaminhadas por e-mail. Os questionamentos foram enviados ao ex-secretário, mas ele não os respondeu até o fechamento da reportagem.

Entenda o esquema:

Investigadores do Gaeco flagraram, em 2 de julho de 2012, Brollo e Fiedler juntos, no horário de expediente da secretaria, visitando supostos eleitores. Na visita, o ex-secretário utilizara um carro da prefeitura, de placa MHZ 3385.
Depois de se afastar temporariamente, Brollo continuou utilizando funcionários e a estrutura da pasta, além de fazer reuniões da campanha ao vereador dentro da secretaria, segundo o MPE.

A atuação de Brollo está ligada a um megaesquema de corrupção instalado em Blumenau, com o objetivo de desviar dinheiro público. Segundo o MPE, o esquema já teria sido responsável por um prejuízo de pelo menos R$ 100 milhões aos cofres públicos, o equivalente a 7% do orçamento de 2012 da cidade catarinense.

Interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, que constam na apuração de pelo menos 3.500 páginas, mostram indícios de práticas criminosas como fraudes em licitações, contratação de funcionários fantasmas, desvio de recursos e equipamentos do poder municipal e uso de cargo público para o favorecimento de particulares. Em 2012, o esquema teria alimentado o caixa de campanhas eleitorais.

Direcionamento de obras

De acordo com o MPE, Brollo determinava os locais das obras de asfaltamento que poderiam trazer mais votos para Fiedler. Em três ligações interceptadas no dia 2 de maio de 2012, Brollo conversa com um interlocutor não identificado e pede a indicação de ruas para asfaltar que possam beneficiar a candidatura do vereador.
  • Reprodução
    Na transcrição acima, Alexandre Brollo e um interlocutor listam uma série de ruas que, se asfaltadas, podem gerar votos para o candidato a vereador Fábio Fiedler
Na conversa, Brollo afirma que várias vias que serão asfaltadas irão beneficiar candidatos do grupo político de Fiedler --o mesmo do então prefeito João Paulo Kleinubing (PSD)--, mas que é necessário escolher uma rua que beneficia diretamente o candidato a vereador.

"E uma pontual nossa, que nós queremos ser 'pai da criança', porque isso tudo que a gente tá falando vai ter um monte de pai. Um tiro pequeno que a gente possa fazer para a comunidade, dá para fazer a continuação do rancho ali, do lado da creche", disse.
Segundo as investigações, várias vias asfaltadas em troca de votos não tinham autorização dos órgãos competentes, nem projeto, e foram mal executadas.

As escutas indicam ainda que Brollo repassava material de construção da prefeitura para terceiros, também de modo a angariar votos ao vereador.

Fraudes em medições

A Promotoria sustenta ainda que Brollo ajudava a fraudar medições de obras. Em uma das conversas transcritas, com data de 26 de abril de 2012, Brollo e Eduardo Jacomel, diretor-presidente da URB (Companhia de Urbanização de Blumenau), conversam sobre uma obra de asfaltamento na rua Dois de Setembro, à qual foi feito um aditivo de R$ 86 mil para a conclusão dos serviços.
Para o recebimento do valor adicional, seria necessário adulterar a medição do que já havia sido feito na obra, mas o responsável havia feito a medição correta. Na conversa, Brollo se prontificou a falar com o engenheiro que mediu a obra para que ele refizesse e medição de modo a permitir o desvio de parte dos recursos.

SAIBA MAIS SOBRE BLUMENAU

"Povo tem que se foder"

Em outra conversa, em 26 de junho de 2012, um interlocutor não identificado faz uma reclamação a Brollo a respeito de uma declaração de Fiedler, que questionou a aprovação, na Câmara Municipal, de R$ 1,4 milhão para a compra de vacinas para a gripe A. Na ocasião, o vereador disse que não haveria logística para distribuir as vacinas. Em resposta ao interlocutor, Brollo disse que "o povo tem que se foder."
O interlocutor afirmou que Fiedler "às vezes peca pelas besteiras que fala".

Interlocutor: "Ele não pode falar essas coisas... A população tá morrendo, já tão tudo revoltado e o Fábio fala um negócio desses. Ele tem que mentir um pouco de vez em quando."

Brollo: "Ele sabe que não vão comprar."

Interlocutor: "Dá um toque pra ele mentir um pouco mais... Ver um pouco mais o lado humano, do povo..."

Brollo: "O povo tem que se foder. Vão se fuder, vão pagar R$ 60 pila pra fazer as coisas (tomar a vacina)."

Para o Ministério Público Estadual, há indícios de que Brollo praticou os crimes de peculato apropriação (pelo uso do celular funcional e de carro oficial em campanha), compra de votos, além de improbidade administrativa.

http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2013/05/01/secretario-usou-estrutura-da-prefeitura-para-campanha-e-disse-que-povo-tem-que-se-f.htm


 

Sexo é isso, aquilo e vice-versa

 
Dia desses imaginei o seguinte cenário: se pelo menos um terço (número totalmente hipotético) dos fiscais do gozo alheio curtissem os próprios prazeres, que maravilha seria viver. Lola Benvenutti concorda comigo. Ou eu concordo com ela, tanto faz. Só que Lola vai além, pois faz de seu próprio corpo um campo de batalha, no qual sexo é orgulho e dinheiro não é vergonha.
 
Nascida Gabriela Natália da Silva há 21 anos em Pirassununga, Lola começou a fazer programas quando se mudou para São Carlos. Até o último ano do curso de Letras na UFSCar manteve Gabriela e Lola em mundos distintos, pois temia represálias e inquisições, mas em março do ano passado abriu seu blog para contar suas experiências e os programas que faz pelo interior de São Paulo (o que faz lembrar imediatamente de Bruna Surfistinha, só que Lola é mais bem humorada e escreve melhor).
 
Sua história apareceu numa entrevista para o site São Carlos em Rede, depois numa longa matéria no G1 e mais recentemente no site da Folha de S. Paulo. Felizmente todas as reportagens conseguiram dar conta da postura orgulhosa e tranquila de Lola. O moralismo só apareceu nos comentários.
 
Fugindo de todos os clichês da profissão, Lola nasceu em uma família feliz de classe média (pai militar da reserva, mãe enfermeira), não tem histórico de abuso, não começou a fazer programas para pagar a faculdade, nada disso. Lola faz programas porque gosta de sexo e dinheiro, simples assim. Ela mesma falou assim para o São Carlos em Rede: “Acho curioso o fato de as pessoas tentarem imaginar qual acontecimento familiar macabro me levou a este caminho. Lamento desapontá-los, mas a verdade é que tive ótima educação. Fui criada no sítio, com os melhores valores que alguém pode aprender. A questão é que eu amo sexo! (...) Tornar-me acompanhante foi apenas uma maneira de unir dois gostos: sexo e dinheiro”.
Sou a Lola. Uma garota simpática, bela e que adora sexo! Intenso, forte, com desejo. É assim que tem que ser.. …
O raciocínio de Lola é tão cristalino que dá até um pouco de vergonha dessa questão ainda ser considerado “polêmica” nos dias de hoje. Mas ela, como já disse, vai além. “Meu modo de escrever é reflexo não apenas desse desejo de conferir glamour a este magnífico universo, mas também uma forma de valorizar meu intelecto. Sou garota de programa e sou inteligente, estudada, culta. Reconheço meu poder e quero que os outros também reconheçam”, disse a jovem que ostenta, igualmente orgulhosa, tatuagens com frases de Manuel Bandeira e Guimarães Rosa e faz strip-tease ao som de Etta James.
 
Já no G1 ela colocou o dedo diretamente na ferida ao afirmar que “as pessoas são hipócritas, vivem de sexo, veem vídeo pornográfico, mas não falam porque têm vergonha. Um monte de mulher entra no blog e fala que adoraria fazer o que eu faço, mas não tem coragem; e dos homens escuto as confissões mais loucas e cada vez mais esse tabu do sexo é uma coisa besta”.
 
Poderia falar por horas que falar e fazer sexo sem tabu faz um bem danado para a cabeça, mas preferi perguntar para Carol Patrocínio, jornalista, colega de Yahoo! e autora do blog Preliminares, o que ela acha dessa história. Com vocês, Carol...
 
“Ainda há um ranço religioso e cultural muito forte entre as pessoas, o que contamina as opiniões e faz com que o uso do corpo soe como algo imoral. O corpo é lindo, o sexo é parte da vida e a maneira que cada um se relaciona com o seu prazer é única. Não existe certo ou errado quando tudo que é feito é consensual. Lola teve coragem de assumir o que muitas mulheres adorariam e não têm coragem. Prostituição é, sim, uma escolha. E não há nada de vitimizador, vergonhoso ou errado nisso”.
Lola e eu assinamos embaixo. E vice-versa.
 

Polícia prende suspeito de matar casal em apartamento de Brasília

Crime aconteceu em um apartamento da CLN 210, no último dia 22.
Suspeito foi preso em Uberaba (MG), no início da noite de segunda


olícia divulga foto de Valdson Gama de Oliveira, suspeito de matar duas pessoas na CLN 210, na última segunda-feira (22). Ele foi preso nesta terça-feira (30) (Foto: Reprodução) (Foto: Káthia Mello/G1 DF)Polícia apresentou Valdson Gama de Oliveira, suspeito de matar duas pessoas na CLN 210, na última segunda-feira (22). Ele foi preso nesta terça-feira (30) (Foto: Káthia Mello/G1 DF)
 
A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu no início da noite desta segunda-feira (29) Valdson Gama de Oliveira, de 24 anos, suspeito de matar um casal na CLN 210, na Asa Norte, em Brasília, no último dia 22. Ele estava sendo procurado pela polícia desde a última quarta-feira (24).
 
Oliveira foi preso em uma pousada de Uberaba, no Triângulo Mineiro. Segundo a polícia, ele foi até a cidade com o dinheiro obtido com a venda da TV roubada no apartamento onde foram mortos Raquel Nascimento e José Naciel.
 
No depoimento ele disse que vendeu a TV por R$ 200. A polícia ainda não localizou o aparelho. O suspeito já havia conseguido um emprego em um lava-jato e ia trabalhar em uma feira agropecuária na cidade mineira.
 
Segundo a polícia, o suspeito disse que marcou o encontro com Raquel, que trabalhava como prostituta no local do crime, para roubar. Ele encontrou a vítima em um anúncio no jornal e tentou agendar o programa na semana anterior, mas não conseguiu.

No depoimento, Oliveira disse que matou Raquel depois que ela reagiu ao assalto e começou a gritar. Raquel foi morta com uma faca, que provocou um corte profundo na garganta.
 
José Naciel estava embaixo da cama no momento em que Raquel foi morta. Ele entrou em luta corporal com o agressor logo após ouvir gritos da garota de programa. Ela foi encontrada seminua, com a calcinha arriada e uma lingerie “sensual”. Naciel, teve diversas perfurações no rosto, tórax, punhos, pescoço e na palma da mão.
Suspeito foi preso na cidade de Uberaba, no Triângulo Mineiro, nesta segunda-feira (29)   (Foto: Káthia Mello/G1 DF)
Suspeito foi preso na cidade de Uberaba, no Triângulo Mineiro, nesta segunda-feira (29)
 
Segundo o delegado-chefe da 2ª DP, Rodrigo Pires Bonach, a polícia vai checar a versão apresentada pelo suspeito. " Há várias discrepâncias e todas tem que ser checadas com cautela.Vamos estabelecer um cronograma para a investigação", disse. Bonach não descarta a participação de uma terceira pessoa nos crimes.

O suspeito disse que fugiu do local com a televisão e pegou um ônibus na Avenida W3, na direção a Ceilândia. O delegado disse que que as câmeras de segurança mostram que ele [Valdson] se dirigiu para as quadras residenciais da 210.

O agressor disse que adquiriu a arma usada nos crimes, uma faca de cortar legumes, em um mercado a cerca de cinco quadras do apartamento onde morreram as vítimas.

O duplo assassinato aconteceu entre 16h e 17h do último dia 22. Na última sexta-feira (26), a polícia afirmou que Raquel Nascimento trabalhava no local há cerca de dois anos. A outra vítima, José Naciel, conhecido como Vitor, atuava como “agenciador” de Raquel. Ele recebia 50% do que ela ganhava por programa. Os programas custavam entre R$ 70 e R$ 200.

Os corpos foram encontrados pelo zelador do prédio no dia seguinte às mortes. Raquel foi morta na cama e arrastada até o banheiro, segundo a polícia. O delegado diz que os móveis revirados e a janela quebrada mostram que houve confronto corporal entre Naciel e o agressor.

O suspeito
Valdson Gama de Oliveira nasceu em São Luis, no Maranhão. A polícia não informou há quanto tempo ele vive no DF. Em fevereiro de 2009, ele praticou um roubo em Taguatinga, foi preso e condenado a 5 anos e 4 meses, em regime semiaberto. Em janeiro de 2010 foi aberto um inquérito contra ele por furto qualificado, realizado em Ceilândia.
Delegado-chefe da 2ª DP, Rodrigo Bonach, informou que a polícia identificou o suspeito de matar um casal em um apartamento na Asa Norte (Foto: Lucas Nanini/G1)
Delegado-chefe da 2ª DP, Rodrigo Pires Bonach, informou que a polícia prendeu o suspeito de
matar um casal em um apartamento na Asa Norte
 
Oliveira era considerado foragido pela polícia, pelo roubo em Taguatinga. Ele morava no condomínio Privê, em Ceilândia. A polícia chegou a ir até o local, mas encontrou o imóvel vazio. Segundo o delegado Rodrigo Bonach, ele chegou a ameaçar a ex-mulher com uma faca no pescoço. O casal se separou há cerca de um mês.

Segundo a polícia, o suspeito se fez passar por irmãos quando foi preso. Ele vai ser indiciado por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, por não ter dado oportunidade de defesa às vítimas e por traição (por ter agido de surpresa).

Caso seja preso e condenado, o agressor pode pegar de 12 a 30 anos por cada morte. A polícia pede para que as pessoas que tenham informações sobre o paradeiro do suspeito entrem em contato pelo 197.

http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2013/04/policia-prende-suspeito-de-matar-casal-em-apartamento-de-brasilia.html

Câmara do DF libera bebida no estádio durante a Copa

Aprovado nesta terça, projeto também autoriza Fifa a mudar nome da arena.
Estimativa é de que o governo deixe de arrecadar quase R$ 3 milhões.

Do G1 DF

A Câmara Legislativa aprovou na tarde desta terça-feira (30) o projeto que libera a venda e o consumo de bebidas alcoólicas no Estádio Nacional de Brasília durante a Copa das Confederações e a Copa do Mundo de 2014. O texto também autoriza a Fifa a mudar o nome da arena durante as competições.

Além disso, o projeto dispensa atividades indicadas pela Fifa do pagamento de impostos. A estimativa é de que o GDF deixe de arrecadar quase R$ 3 milhões. O governo disse que isso será compensado com o impacto que os eventos terão na economia, em torno de R$ 4 bilhões.

O texto foi aprovado por unanimidade, com 16 votos favoráveis e oito ausências. São 38 artigos, que fazem adequações na legislação local para atender aos acordos firmados com a Fifa. Chamado Projeto da Copa, ele foi aprovado em dois turnos. A redação final seguiu para a sanção do governador Agnelo Queiroz.

Também de acordo com a proposta, o transporte será gratuito para voluntários, para quem tiver ingressos dos jogos e usar as linhas de ônibus especiais, que vão para o estágio, o aeroporto, setores hoteleiros, rodoviárias e estação Asa Sul do Metrô.

http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2013/05/camara-do-df-libera-bebida-no-estadio-durante-copa.html

Menor relata ter esfaqueado colega após sofrer bullying, diz polícia

Jovem disse ao delegado que sofria ofensas devido a sotaque nordestino.
Caso de agressão ocorreu na terça-feira (30); vítima tem estado estável.

A menor de 17 anos que confirmou ter esfaqueado um colega em frente a uma escola, em Ribeirão Pires, no ABC, na terça-feira (30), disse à polícia que era vítima de bullying. De acordo com o delegado José Marcos Monteiro Pimenta, a estudante relatou ter levado uma faca para a escola para se defender.
 
"Ela alega que vinha sendo provocada frequentemente pela vítima, que a xingava de recalcada, usava a expressão 'negra recalcada' e fazia gozação pelo sotaque nordestino que ela tem, já que ela é de origem pernambucana", diz o delegado, em reportagem do Bom Dia São Paulo.
 
Atingido pela menor, o aluno de 16 anos sofreu uma perfuração no tórax, em frente à Escola Estadual Farid Eid, na Rua Fagundes Varelas, no bairro Jardim Caçula. O estudante ferido foi encaminhado ao Hospital Santa Marcelina, onde passou por uma cirurgia. Seu estado de saúde é considerado estável. Já a adolescente que confirmou a agressão passou a noite na delegacia e permanece à disposição da Vara da Infância e da Juventude.
 
Os dois alunos já tinham sido punidos por causa de uma briga em sala de aula. "Eles foram punidos pela direção com uma suspensão e a situação foi comunicada aos pais. Aparentemente uma brincadeira que acabou se transformando em uma agressão", afirma Felippe Angeli, assessor da Secretaria Estadual de Educação.
 
Segundo Angeli, cabe ao sistema judiciário e à Vara da Infância e da Juventude decidir as medidas a serem tomadas. “Trata-se de um crime previsto no Código Penal Brasileiro. Por ela ser menor de idade isso caracteriza um ato infracional, que pode ser punido com medida socioeducativa”, afirmou.
O caso foi registrado na Delegacia de Rio Grande da Serra, devido à falta de energia no Distrito Policial de Ribeirão Pires.
 
 
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/05/menor-relata-ter-esfaqueado-colega-apos-sofrer-bullying-diz-policia.html

Empresário tem moto roubada e é morto na Zona Norte de São Paulo

Dono de academia deixava o trabalho na noite desta terça-feira (30).Vítima, de 29 anos, era casado e tinha filhos.
 
Um empresário, dono de uma academia, foi morto por assaltantes armados na noite desta terça-feira (30) quando saía do trabalho e se preparava para pegar sua moto, na Vila Brasilândia, região da Freguesia do Ó, Zona Norte de São Paulo. Fernando Guerreiro Abdalla, de 29 anos, foi baleado por volta das 21h30 na Estrada do Sabão. Ele foi atingido no tórax por dois homens que usavam capacetes e estavam numa outra motocicleta. A dupla fugiu com o veículo da vítima.

De acordo com a Polícia Militar, Abdalla chegou a ser socorrido ao Hospital Geral de Vila Penteado, mas não resistiu. Ele era casado e tinha dois filhos. A mulher dele, Cristiane da Cruz Abdalla disse ao Bom Dia São Paulo que o marido não reagiu ao assalto. Os criminosos teriam ordenado que ele erguesse os braços e se deitasse no chão e atiraram, disse ela.

Há cerca de quatro meses, Abdalla teria escapado de uma tentativa de assalto, ainda de acordo com Cristiane. Os assaltantes desistiram do roubo ao avistarem policiais. O empresário perdeu um irmão, há seis anos, vítima de latrocínio.
 
"O que eu vou falar pra ele, pro meu filho de 4 anos, quando ele pedir pro papai vir pra casa? Eu vou pedir para ele ir na delegacia falar com aquele delegado que não quis registrar a ocorrência porque, afinal, não tinha acontecido nada. Precisou morrer pra acontecer", disse Cristiane.
 
A morte do empresário foi registrada como latrocínio (roubo seguido de morte) no 72º Distrito Policial, na Vila Penteado. Até o início da manhã desta quarta-feira (1º), nenhum suspeito havia sido identificado ou detido. A Polícia Civil vai verificar se câmeras de segurança na rua do crime gravaram a ação dos assaltantes. A câmera da academia de Abdalla não tinha circuito de câmeras.
 
Zona Leste
Na Vila Formosa, na Zona Leste da capital, um delegado foi vítimas de uma tentativa de assalto, na Rua Forte do Calvário. Ele reagiu e matou um dos criminosos.
 
Dois homens em uma moto tentaram levar a moto do policial civil. O delegado, então, reagiu. Um dos assaltantes tentou fugir a pé e foi atingido. A vítima está há 19 anos na Polícia Civil e já foi vítima, há três anos, de uma tentativa de assalto em que reagiu e atingiu o criminoso.
 
 
 
 

Cisto faz barriga de jovem crescer sem parar: 'Acham que estou grávida'

Jovem de 24 anos está com cisto gigante na barriga há mais de um ano.
Cisto está com mais de 20 centímetros e mulher não consegue cirurgia.Ivair Vieira JrDo G1 Santos

Gislaine sofre com cisto há cerca de um ano (Foto: Ivair Vieira Jr/G1)Gislaine não aguenta mais ser confundida com uma mulher grávida. (Foto: Ivair Vieira Jr/G1)
 
Uma jovem de 24 anos, moradora de Guarujá, no litoral de São Paulo, está há cerca de um ano com um cisto no ovário e, até agora, não conseguiu atendimento na rede pública de saúde para solucionar o problema. A paciente alega que foi tratada com descaso por vários médicos que a atenderam. Por conta da doença, a barriga da paciente cresceu tanto que ela é constantemente confundida com uma mulher grávida. O caso foi postado em uma rede social e várias pessoas se propuseram a ajudá-la.

Gislaine Barbosa da Silva é balconista e tem uma filha de dois anos. Ela conta que começou a desconfiar que havia algum problema em fevereiro de 2012. "Eu passei a notar que a minha barriga começou a crescer. Minha mãe marcou duas vezes para ir no médico, mas eu não fui para não faltar no serviço. Fui deixando e as pessoas me falavam que era o começo de uma gravidez, mas eu sabia que não era. Eu usava uma cinta, por achar que era gordura, até que chegou uma hora que nem a cinta escondia e começou a doer", explica.

Além das dores físicas, principalmente na barriga e nas pernas, Gislaine também sofre com as brincadeiras e o fato de sempre a confundirem com uma mulher grávida. "Minha vida virou um caos. Eu não consigo trabalhar há 15 dias. Todo mundo no serviço perguntava se eu estava grávida, queriam me dar carrinho de bebê e até roupas. No começo eu levava na brincadeira, dava risada, mas agora dói muito. Toda hora alguém pergunta. Até hoje tem gente que não acredita", lamenta.

Gisleine não aguenta mais ser confundida com uma mulher grávida (Foto: Ivair Vieira Jr/G1)Jovem sofre com cisto há cerca de um ano. (Foto:
Ivair Vieira Jr/G1)
A jovem só fez a primeira consulta em novembro de 2012, em Guarujá. "Minha mãe marcou um médico de novo. Como eu estava de férias, acabei indo em um clínico geral. Ele ficou admirado com o tamanho da minha barriga e perguntou se eu poderia fazer um exame de ultrassom particular, porque pelo SUS ia demorar muito. Fiz no dia seguinte e três dias depois voltei no mesmo médico. Ele disse que o cisto estava com 23 centímetros, mas não conseguiu identificar em que órgão estava localizado. Em seguida ele me mandou fazer exames pré-operatórios e, depois, fui encaminhada para o Hospital Guilherme Álvaro, em Santos", conta.

Segundo Gislaine, foi no hospital de Santos que ela começou a ser tratada com descaso. "Lá me encaminharam para um cirurgião que operava cisto de pele. Ele perguntou o que eu estava fazendo ali e se eu estava grávida. Quando eu disse que era um cisto, ele riu da minha cara e não acreditou. Depois pediu para eu marcar com outra médica. Me mandaram para uma que opera hérnia, que também não me atendeu. Depois marcaram com um ginecologista, mas havia data disponível apenas para junho. Só no dia 2 de abril, quando minha tia pagou um médico particular, consegui descobrir que o cisto era no ovário esquerdo", relata.

Com os exames na mão, Gislaine voltou ao Guilherme Álvaro e, segundo ela, mais uma vez foi mal atendida. "O médico não olhou na minha cara e disse que só operava câncer. Depois a recepcionista disse que quem fazia esse tipo de cirurgia pediu demissão há um ano e não tinha mais ninguém que fazia isso. Teria que recorrer à Secretaria de Saúde de Guarujá para tentar a cirurgia", diz.

Gislaine está indignada com o desdém. "Os poucos médicos que me trataram bem disseram que o caso era urgente, mas na recepção falaram que nada é urgente. A médica que fez o exame transvaginal ficou assustada com o tamanho do cisto. Ela não conseguiu chegar até o final dele e disse que já está perto do estômago. Um outro médico disse que deve ter uns 10 litros de líquido na minha barriga", descreve a jovem.

Paciente alega ter sido tratada com descaso por médicos (Foto: Ivair Vieira Jr/G1)Paciente alega ter sido tratada com descaso por
médicos. (Foto: Ivair Vieira Jr/G1)
Agora, Gislaine espera ser atendida no Hospital Santo Amaro, em Guarujá, para onde encaminhou todos os exames que fez até então. "Estou esperando uma resposta, mas por enquanto ninguém me passou nada, nenhuma definição, nenhuma data. Não aguento mais. Já passei por vários médicos e hoje não consigo nem segurar minha filha", relata.

Rede social
A auxiliar administrativa Flávia Cesar Amaral postou uma foto de sua prima Gisleine, juntamente com um texto explicativo, em uma rede social na internet. Em poucos dias, a repercussão foi grande, surpreendendo as duas. "Depois que a minha prima postou na web, várias pessoas se dispuseram a ajudar. Até médicos. Mas até agora não tenho certeza de nada. Já ofereceram até vaquinha para pagar uma cirurgia particular", conta Gislaine.

Flávia diz que teve a ideia por não aguentar mais ver o estado da prima. "A princípio, eu nem esperava que tanta gente fosse compartilhar. Talvez se tivéssemos essa ideia antes, o problema dela já teria até sido resolvido. E também é uma maneira de alertar as pessoas. Tem muita gente passando por isso e sofrendo com o mesmo preconceito", conclui.

Cisto
De acordo com especialistas, os cistos ovarianos são frequentes nas mulheres em idade reprodutiva e, na maioria das vezes, são achados em exames ginecológicos de rotina. Os cistos volumosos, que alcançam diâmetros superiores a 15 centímetros, são mais raros, mas existem. Nessa condição, as dores são comuns, devido à compressão nos órgãos vizinhos, e há um aumento do volume abdominal, muitas vezes confundido com gestação.

Outro lado
Por meio de nota divulgada pela sua assessoria de imprensa, o Hospital Guilherme Álvaro esclarece que não procede a informação de que a paciente não recebeu atendimento adequado na unidade. O hospital afirma que ela foi atendida e avaliada em todas as ocasiões em que compareceu ao local, foi encaminhada para outras especialidades, de acordo com os resultados das avaliações. Ainda segundo a nota, a paciente foi atendida na última segunda-feira (29) por um ginecologista, quando foi pedido um exame de ultrassom, que está agendado para a próxima semana, na própria unidade.

O hospital informa, ainda, que todos os profissionais são orientados a tratar os pacientes com respeito e cordialidade. Tal orientação será reforçada. A unidade se coloca à disposição da paciente para quaisquer esclarecimentos.
 
http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2013/05/cisto-faz-barriga-de-jovem-crescer-sem-parar-acham-que-estou-gravida.html

'Qualquer um só tatua algo relacionado ao trabalho porque ama', diz tatuador.

Cabelereira que tem mais de 60 tattoos fez uma pinup cortando o cabelo para homenagear a profisão.

 
Dentre as mais de 60 tatuagens que a cabeleireira baiana Ivete Andrade tem espalhadas pelo corpo, duas são muito especiais. Uma é uma pin-up, símbolo do feminismo na cultura pop, tatuada na coxa da cabeleireira. A outra é a junção entre o pente e a tesoura, material utilizado pela profissional no dia-a-dia.

A pin-up está estilizada, cortando a franja do próprio cabelo e o pente e a escova também fazem relação à profissão. Ela conta que desde sempre sentiu que queria ser cabeleireira e levar isso para o corpo é uma forma de homenagear não só a ela mesma, mas todos os profissionais do ramo. “A paixão pela profissão começou desde cedo. Nunca quis ser outra coisa e resolvi marcar isso no meu corpo”, conta.

Para o tatuador Beto Guimarães, responsável pela tatuagem da pin-up de Ivete, muitos clientes chegam ao estúdio onde ele trabalha, no Itaigara, bairro de classe média alta em Salvador, querendo fazer uma homenagem ao trabalho.

Para comemorar o dia 1º de Maio, data em que é celebrado o dia do trabalhador, o G1 mostra diversos trabalhadores que resolveram homenagear a profissão tatuando símbolos referentes ao trabalho.
fotógrafo tatuou uma máquina fotográfica (Foto: Gabriela Droguett / Arquivo Pessoal)Fotógrafo tatuou uma máquina fotográfica para representar profissão
 
"Isso acontece no dia-a-dia. Sempre tem uma pessoa que vem aqui para tatuar um símbolo relacionado ao trabalho. Já tatuei um coração real em um cardiologista, uma outra pin-up filmando em um cineasta, a máscara de teatro em ator, uma boneca estilizada em uma estilista, além de símbolos de cozinha em diversos chefs", revela. Ele conta ainda que o fato da pessoa escolher tatuar um símbolo da profissão tem muita relação com a afirmação da posição profissional. "Essas pessoas amam o que fazem", avalia.

joão paulo tatuador (Foto: João Paulo / Arquivo Pessoal)JP marcou o corpo com uma máquina de tatuar
 
Para o tatuador, João Paulo, mais conhecido como JP, a história não é diferente. Ele, que é proprietário de um dos estúdios mais badalados de Salvador e com agenda fechada com três meses de antecedência, conta que o perfil de clientes que pedem esse tipo de tatuagem é distinto.

"Isso não é relacionado somente em profissões mais liberais, relacionadas com arte como é o caso de cineastas, atores, músico e outros", diz. Por suas mãos já passaram fisioterapeutas, ortopedistas, farmacêuticos, advogados, policiais, juízes, chefs de cozinha, além claro de cineastas, músicos, atores e escritores.

O próprio JP, que é formado em arquitetura, mas largou a profissão para se tornar tatuador, resolveu homenagear a profissão há alguns anos, quando confiou o braço direito ao amigo Diego Rangel, que criou uma máquina de tatuar no estilo new school. A "brincadeira", como ele refere, levou quase cinco horas para ser feita e é um dos orgulhos do artista. "Qualquer pessoa só tatua o que ama de verdade e a arquitetura fez parte da minha formação e foi o caminho que me trouxe aqui. Para tatuar, escolhi da máquina de tatuar, o maior símbolo da profissão", diz.
 
Dentre os principais trabalhos de JP, no universo de tatuagens relacionadas à profissão, o artista pontua a tatuagem do escritor e psicanalista Paulo Phirmo. Ele conta que a primeira tatuagem de Phirmo foi uma estante com diversos livros, entre eles, o título que ele escreveu. O trabalho durou entre 14 e 16 sessões, com aproximadamente três horas cada. O único livro em destaque na estante tatuada é o próprio livro, "1º Ato".

Após essa primeira tatuagem, que vai do ombro ao punho, Paulo Phirmo fez outras 15 tatuagens, e resolveu marcar no corpo também os símbolos da formação em psicologia. "Eu tenho o símbolo da psicologia e a representação gráfica de um esquema psicológico", diz. Para completar, Phirmo revela: "Para mim tatuar é isso, é lembrar do que eu gosto, além de mostrar para as pessoas quem sou eu, o que eu gosto, qual minha atividade pessoal e social".
tatuagem de paulo phirmo (Foto: João Paulo / Arquivo Pessoal)
O escritor Paullo Phirmo tatuou um estante com alguns livros, inclusive o publicado por ele