quarta-feira, 28 de maio de 2014

Coronel revela farsa para simular fuga de Rubens Paiva

Raymundo Campos receberá pena mais branda por ter colaborado com as investigações 

O coronel reformado Raymundo Ronaldo Campos, um dos cinco acusados de envolvimento na morte e ocultação de cadáver de Rubens Paiva, revelou, em depoimento de pouco mais de uma hora ao Ministério Público Federal, detalhes da "farsa" montada por militares do Destacamento de Operações de Informações (DOI) para simular a fuga do deputado, no dia seguinte de sua prisão, em janeiro de 1971.
O militar disse que seria punido se não participasse da encenação, ordenada, segundo ele, pelo então subcomandante do DOI, major Francisco Demiurgo Santos Cardoso, já falecido. Na denúncia, os procuradores pediram pena mais branda para Campos, por ter colaborado com as investigações. Na época, ele era capitão e trabalhava seção de busca e apreensão da unidade do DOI que funcionava no batalhão do Exército na Rua Barão de Mesquita, na Tijuca, onde Rubens Paiva foi morto.
"Demiurgo era chefe das equipes de busca (...) Eu não tinha acesso à seção de interrogatório (...) O Demiurgo, com ordem de alguém, resolveu montar operação para dizer que o Rubens Paiva fugiu. Eu fui fazer essa operação cinematográfica", disse o coronel reformado aos procuradores. Campos disse nunca ter visto Rubens Paiva. "Nem sei como ele era". Campos também falou à Comissão Estadual da Verdade.
No depoimento, o coronel reproduziu a ordem que recebeu. "Ele (Demiurgo) disse 'pega uma equipe, leva para o Alto da Boa Vista, diga que o prisioneiro fugiu, metralhe o carro para parecer que ele fugiu'. Nós atiramos no carro. Eu e dois sargentos paraquedistas, era a equipe que estava (de plantão) naquele dia. Nunca mais eu os vi. Fomos em um fusca. Saltamos, metralhamos o carro, pusemos fogo no carro e chamamos os bombeiros e a polícia. Quando chegara, o fogo tinha apagado", contou Campos.
O coronel disse que os militares usaram pistolas 45 milímetros e dispararam, cada um, "cinco ou seis tiros". "Voltamos para o quartel, contamos o ocorrido (...) Alguém escreveu (o relatório da fuga), e eu assinei. Nunca vi Rubens Paiva. Tive que fazer o registro e perguntei 'quem é o cara?'".
"Se eu não fizesse tudo isso, eu seria punido. Eu era capitão, o resto era major, coronel, general, o diabo", afirmou Campos. Agora denunciado, o coronel disse que, quando o caso Rubens Paiva foi investigado em inquérito aberto em 1986, foi orientado a manter a mesma versão da época da prisão e morte do deputado. Não disse, no entanto, quem deu a ordem. "Me mandaram recadinhos: 'mantém a história'", revelou. O inquérito foi arquivado em 1987.
http://noticias.r7.com/brasil/coronel-revela-farsa-para-simular-fuga-de-rubens-paiva-27052014

Porteiro demitido por alcoolismo ganha na Justiça direito de voltar ao trabalho

Funcionário afirma ter perdido emprego devido ao alcoolismo, que é uma doença segundo a OMS

Tribunal entendeu que dispensa foi motivada por preconceitoDivulgação
Um porteiro alcóolatra da CDHU (Companhia de Desenvolvimento.
 Habitacional de Urbano do Estado de São Paulo) foi demitido da empresa, mas ganhou o direito na Justiça de retornar ao posto. A informação foi divulgada pelo TST (Tribunal Superior de Justiça) nesta terça-feira (27).
O tribunal considerou a demissão discriminatória por ter sido motivada pelo alcoolismo do funcionário, condição que é considerada uma doença pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
O porteiro alegou na Justiça que se tornou dependente do álcool após ser contratado e que a situação era de conhecimento da empresa.
Já a CDHU afirma que não tinha esse conhecimento nem possuía provas da existência do tratamento, já que o empregado nunca teria ido bêbado ao trabalho.
O TST entendeu que a empresa estadual deveria ter tomado medidas para a reabilitação do funcionário ao invés de dispensá-lo. A demissão foi declarada nula.
Tribunais
A Primeira Vara do Trabalho de São Paulo e Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região haviam negado a reintegração, devido a laudo ter concluído que o alcoolismo não interferia no trabalho. O TST, entretanto, mudou a decisão com base na súmula 443 do órgão.

Segundo o texto, que registra interpretações recorrentes do tribunal, um empregado com doença grave que é demitido por causa de sua enfermidade se configura em caso de estigma e preconceito.

http://noticias.r7.com/economia/porteiro-demitido-por-alcoolismo-ganha-na-justica-direito-de-voltar-ao-trabalho-28052014

Câmara aprova projeto que estabelece medidas para economia de água em órgãos públicos

Entre as medidas estão descarga reduzida e torneiras com sensor de proximidade

Projeto aprovado estabelece normas para economia de águaDivulgação/Sabesp
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (27), projeto que prevê a adoção de novas medida para aumentar a economia e permitir o uso mais inteligente de água em prédios de órgãos da administração pública federal.
O texto foi aprovado em caráter conclusivo, ou seja, segue direto para o Senado, exceto se houver recurso para que seja examinada pelo plenário da Câmara.
Entre as medidas previstas na proposta, estão a instalação de torneiras e registros com sensores de proximidade, acesso restrito às torneiras em áreas externas e uso de descargas sanitárias com volume de água reduzido - seis litros por fluxo.
O texto estabelece que os prédios da administração pública deverão instalar mecanismos de duplo fluxo, que permitem escolher entre dois volumes diferentes de descarga. O projeto prevê ainda detalhes sobre as circunstâncias em que as regras devem vigorar e as punições aplicáveis em caso de desrespeito às normas.
http://noticias.r7.com/brasil/camara-aprova-projeto-que-estabelece-medidas-para-economia-de-agua-em-orgaos-publicos-27052014

Brasileira é presa suspeita de enviar pelo correio cadáver da amiga

Mulher de ascendência japonesa foi colega de colégio da vítima, segundo a imprensa do Japão

Uma brasileira de 29 anos foi detida na China suspeita de ter enviado pelo correio no Japão dentro de um pacote o cadáver de sua amiga, informou nesta quarta-feira (28) a polícia da cidade japonesa de Osaka, onde a vítima morava.

A brasileira de ascendência japonesa foi colega de colégio da vítima segundo a imprensa japonesa, tinha se apresentado na véspera no consulado japonês de Xangai, onde as autoridades a entregaram à polícia chinesa.
Os policiais de Osaka (no oeste do país) devem solicitar ao país vizinho a extradição dela para o Japão. Ontem a polícia japonesa divulgou ter encontrado o corpo de Rika Okada, uma enfermeira de 29 anos que estava desaparecida desde 21 de março, em um depósito de Hachioji, na região metropolitana de Tóquio.
O corpo tinha uma dúzia de ferimentos de arma branca, estava dentro de uma gaveta que tinha escrita a palavra "ningyo" (bonecas em japonês) e foi enviado pelo correio no nome da própria vítima e de seu endereço em Osaka.
As autoridades também informaram que o depósito de guarda-móveis tinha sido alugado usando o cartão de crédito de Okada e que ele estava no mesmo condomínio em que a mulher detida mora.
Ela saiu de Tóquio com destino a Xangai em um voo comercial em 3 de maio usando o passaporte da vítima. Logo antes de seu desaparecimento, Okada publicou em seu perfil no Facebook que se encontraria com uma "velha amiga", a quem não via há uma década.
http://noticias.r7.com/internacional/brasileira-e-presa-suspeita-de-enviar-pelo-correio-cadaver-da-amiga-28052014

Cidade de Alagoas vive terror com estupro de mais de 30 crianças

Polícia apresenta nesta quarta-feira a identidade e foto do suspeito dos crimes 

Polícia divulga nesta quarta-feira imagem do suspeito de estuproMarcello Casal Jr./ABr
A pacata cidade de Palmeira dos índios, a 135 km de Maceió (AL), viveu dias de completo terror com uma onda de estupros. O delegado Antônio Rosalvo conversou com o R7 e contou que muitas crianças começaram a apresentar doenças sexualmente transmissíveis, quando os pais desconfiaram de um possível abuso.
— Temos exames colhidos em 16 crianças, mas o número é mais que o dobro. Muitas famílias foram embora da cidade com medo e não conseguimos colocar no processo, mas sabemos que o número passa de 30 crianças.
Os estupros teriam sido cometidos pelo mesmo homem, já identificado pela polícia. O inquérito será remetido à Justiça nesta quarta-feira (28). O delegado deve divulgar uma foto do suspeito. Ele disse que informações dão conta de que o homem está em São Paulo.
— Levamos um tempo para ligar os casos, que ocorreram durante meses. Mas agora eu preciso divulgar quem é esse suspeito e precisamos de uma força tarefa para prendê-lo.
A população chegou a realizar protestos contra a onda de violência. Por envolver crianças, o caso corre em segredo de Justiça. 
http://noticias.r7.com/cidades/cidade-de-alagoas-vive-terror-com-estupro-de-mais-de-30-criancas-28052014

Manifestação contra a Copa termina em confronto próximo ao Mané Garrincha


Um policial foi atingido por uma flecha na perna; duas pessoas foram detidas.

Manifestação contra a Copa termina em confronto próximo ao Mané Garrincha
"Indígenas enfrentam Cavalaria da PM em Brasília"

BRASÍLIA - A 16 dias da Copa do Mundo, uma manifestação nesta terça-feira, 27, em Brasília contra os jogos reuniu cerca de 2,5 mil pessoas, parou o trânsito na capital federal e resultou em confronto direto de índios e sem-teto contra policiais, com direito a bombas de gás lacrimogêneo e uma flechada que atingiu a perna de um policial.

Perto dali - antes do protesto -, a presidente Dilma Rousseff aproveitou a reunião com empresários de 35 setores, no Palácio do Planalto, para afirmar que "não vai acontecer na Copa do Mundo o que aconteceu na Copa das Confederações". "Não vai ter baderna", garantiu.

"É a imagem do Brasil que estará em jogo", ressaltou Dilma, avisando ainda que "vai chamar o Exército", imediatamente, quando os governadores pedirem. "Estamos tomando todas as providências. Não vamos ter problemas de segurança", declarou a presidente, reiterando que "não admitirá baderna".

Embora a presidente tenha garantido que as pessoas não enfrentarão transtornos na Copa, por causa de manifestações, pelo menos três empresários tiveram dificuldade para deixar o Planalto justamente por causa da manifestação que tomava conta do Eixo Monumental.

Organizado pelo Comitê Popular da Copa DF, Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e Juntos, o ato começou de forma pacífica na rodoviária da cidade, com pautas que envolviam temas como moradia, justiça, saúde, educação e transporte. Na sequência, o grupo marchou pela capital.

No Eixo Monumental, os líderes do movimento improvisaram um tribunal, no qual a Fifa foi julgada e condenada por supostos "crimes" cometidos no Brasil. Durante o ato, um grupo de indígenas que estava na Esplanada dos Ministérios se juntou ao movimento e endossou o coro das palavras de ordem entoadas contra o Mundial.

Ao som de "O dinheiro da Copa não é para mim, eu vou para a rua, sim" e "Copa sem povo, estou na rua de novo", o grupo seguiu a pé rumo ao Estádio Mané Garrincha, por volta das 17h, quando ali estava exposta a taça da Copa do Mundo.

Por causa do grande fluxo de pessoas, a Polícia Militar do DF fechou todas as seis faixas da via N1, que dá acesso ao estádio e ao Palácio do Buriti. O trânsito ficou parado por uma hora.

Flechada e bombas. A polícia militar acompanhou os manifestantes durante todo o caminho. Cerca de 100 metros antes da entrada do estádio, 15 homens da Cavalaria da Tropa de Choque fizeram um cordão de isolamento para impedir a chegada do grupo ao local. À frente dos protestos, os indígenas não se intimidaram e partiram para cima dos policiais com pedaços de pau e flechas. Um cabo da PM foi atingido por uma flechada na perna, Houve pronta reação com bombas de gás.

Acuados, os ativistas se dispersaram pelo gramado que dá acesso ao estacionamento do estádio. Preocupados com a segurança da taça, os organizadores do tour optaram por retirar o troféu do Mané Garrincha e cancelar as visitas agendadas para o restante do dia.

Irritados pela ação policial, alguns manifestantes esconderam os rostos com camisas e passaram a atirar pedras contra os policiais do Batalhão de Choque, que respondeu com mais bombas de gás e efeito moral. De acordo com o coronel Jailson Ferreira Braz, responsável pela operação no local, os policiais reagiram após terem sido agredidos. "Fizemos o necessário para garantir o restabelecimento da ordem."

O índio Lindomar Terena questiona a versão. "Só queríamos chegar perto da taça e fazer um ato simbólico com nossos rituais. Isso (o revide pela ação contra o policial) é uma justificativa que encontraram para legitimar o uso da força e da brutalidade." Novo protesto contra a Copa está marcado para sexta.

Política. Segundo empresários ouvidos pelo Estado que estavam na reunião, Dilma fez questão de não misturar Copa com política e repudiou as críticas que o governo está recebendo de candidatos ao Planalto, sem citá-los. "Não se pode usar a Copa para fazer política", desabafou a presidente, sugerindo que não ia admitir que fossem criticar a sua administração por problemas no Mundial.
Ela evitou comentar a possibilidade de problemas de funcionamento de celulares, de transmissão de dados, ou uso de internet, conforme reconheceu o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. "Na Inglaterra (Olimpíada), os celulares não funcionaram, houve problema na internet e peguei um engarrafamento de uma hora e meia". afirmou.

http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/manifesta%C3%A7%C3%A3o-contra-a-copa-termina-em-confronto-pr%C3%B3ximo-ao-man%C3%A9-garrincha