domingo, 9 de dezembro de 2012

Operação Purificação: PM pede propina para “frango do almoço”, revela escuta


 pms

 Sargento ameaça traficante, caso valor não fosse pago: "vamos ter que trabalhar"

As escutas telefônicas obtidas com autorização da Justiça que provam o envolvimento de PMs do Batalhão de Duque de Caxias (15º BPM) com traficantes de 13 favelas da cidade, na Baixada Fluminense, revelam que um dos 63 policiais presos durante a operação Purificação, desencadeada na última terça-feira (4), justificou o pedido de propina alegando que queria apenas poder “ir para casa comer aquele frango”.

No dia 5 de maio, o terceiro sargento da PM Emerson Vagner Costa Sousa fala com o traficante identificado como Léo do Centenário e questiona o atraso de duas semanas no pagamento da propina, que chama de “sintonia”. O policial cita o valor do pagamento, R$ 2.000, que chama de “dois barãozinho”, e faz uma ameaça, caso o valor não fosse pago: “nós vamos fazer o nosso trabalho”.

O sargento Vagner diz então que vai aguardar uma posição dos traficantes. Em outra ligação, registrada às 19h07, ele cobra Léo do Centenário, que diz que o valor do “arrego” iria diminuir porque o movimento estava fraco. O PM então rebate a versão do traficante e faz uma análise do tráfico de drogas na comunidade.

— Fica um pouco difícil mas não é impossível, mano. Tua firma tá tranquilona, a firma é rica, tá tranquila, tá trabalhando na tranquilidade. Teus preços tão tudo na pista, os viciados tão subindo e descendo, tá ficando bom pra todo mundo e só não tá ficando bom pra nós, mano, entendeu? Então é só você desenrolar essa parada aí. Não vai fazer nenhum rombo na tua caixa, teu caixa vai ficar tranquilão, entendeu? Isso aí basicamente é só uma compreensão que vocês tão mandando pra poder ficar tranquilo pra todo mundo e nós ir para casa comer aquele frango.

Na tentativa de convencer o traficante a pagar a propina atrasada, o sargento lembra que o valor do “arrego” já foi mais alto do que o acordado atualmente.

 As investigações sobre o envolvimento de PMs do 15º BPM com traficantes de Duque de Caxias, todos ligados à maior facção criminosa do Estado, começaram após a Subsecretaria de Inteligência ter detectado um aumento da criminalidade da região. A partir de então, a Polícia Federal foi acionada e a investigação dividida: a PF ficou responsável pelos traficantes e a Coordenadoria de Inteligência da PM, pelos militares. 

Ao todo, 65 mandados de prisão contra PMs e 18 contra traficantes foram decretados pela Justiça.
Até a última sexta-feira (7), de acordo com a Secretaria de Segurança Pública, 63 PMs haviam sido presos, dos quais dois em flagrante. Outros quatro eram considerados foragidos. Com relação aos traficantes, 11 mandados foram cumpridos, mas quatro deles já estavam presos por outros crimes.

A operação contou com a participação de quase mil policiais. De acordo com o comandante-geral da PM, coronel Erir da Costa Filho, todos os policiais militares serão presos no prazo máximo de 30 dias.




http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/escutas-revelam-que-pm-prestou-depoimento-em-favor-de-traficante-em-caxias-20121205.html

Ônibus é incendiado e dois passageiros morrem em SP

Um ônibus foi incendiado na madrugada deste domingo (9), no Parque Edu Chaves, na Zona Norte de São Paulo. Dois passageiros não conseguiram descer e morreram carbonizados no ataque, de acordo com a Polícia Militar. Por volta das 2h, o coletivo estava estacionado em seu ponto final no cruzamento da Avenida Edu Chaves e da Rua Basílio Alves Morango quando um grupo jogou combustível e ateou fogo. O caso será encaminhado ao 73º Distrito Policial, no Jaçanã.

Na noite de sábado (8), um garoto de 11 anos foi atingido por uma bala perdida na Rua Martinho Vaz de Barros, no bairro Campo Limpo, na Zona Sul da capital. Segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde, a criança foi levada para o Hospital do Campo Limpo e passava bem. Os médicos disseram que não havia necessidade de cirurgia, mas o garoto seguia internado em observação.

Também na noite de sábado, ao menos cinco pessoas foram baleadas em dois ataques nos bairros Cipava e Jaguaribe, em Osasco, na região metropolitana de São Paulo. Uma pessoa morreu e outras quatro permaneciam na madrugada deste domingo (9). No bairro Cipava, quatro pessoas foram atingidas por tiros na Rua Nilo Peçanha em uma praça conhecida como ponto de venda de drogas pela polícia por volta das 18h. Uma pessoa morreu e quatro permaneciam internadas na manhã deste domingo. No bairro Jaguaribe, um homem foi baleado por volta das 23h30. Ele foi levado Pronto-Socorro Santo Antônio.
 
                                        Cinco são baleados e um morre em Osasco, SP

Ao menos cinco pessoas foram baleadas em dois ataques nos bairros Cipava e Jaguaribe, em Osasco, na região metropolitana de São Paulo, na noite deste sábado (8), segundo informações das polícias Civil e Militar. Uma pessoa morreu e outras quatro permaneciam na madrugada deste domingo (9).

Quatro pessoas foram atingidas por tiros na Rua Nilo Peçanha, no bairro Cipava, por volta das 18h, segundo a Polícia Civil. O ataque ocorreu em uma praça que é conhecida como ponto de tráfico de drogas. Os atiradores ocupavam uma motocicleta e um carro e fugiram logo após os disparos.

Uma pessoa atingida morreu. As demais vítimas permaneciam internadas nos hospitais Municipal e Regional de Osasco e Pronto-Socorro Vila Pestana nesta madrugada. Não há informações sobre o estado de saúde delas.

Outro crime ocorreu no bairro Jaguaribe, segundo o 14º Batalhão de Polícia Militar (BPM). Um homem foi baleado por volta das 23h30. No momento do ataque ele estava acompanhado de uma mulher, que não foi atingida.

A vítima foi encaminhada ao Pronto-Socorro Santo Antônio, mas não há informações sobre seu estado de saúde.


http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/12/cinco-sao-baleadas-em-osasco-sp-e-um-morre.html

Corpo 'que caiu do céu' intriga polícia britânica


 Imagem computadorizada mostra como seria o rosto da vítima (Foto: BBC) 


Imagem computadorizada mostra como seria
o rosto da vítima (Foto: BBC)

Investigação, iniciada há três meses, quer descobrir identidade de homem que, escondido em trem de pouso, caiu em pleno voo.


Investigadores tentam, há mais de três meses, solucionar o mistério envolvendo a identidade de um homem que, aparentando ter 20 anos, morreu ao cair de um avião em pleno voo na 

Grã-Bretanha.

Até agora, a polícia sabe muito pouco sobre o caso e acredita que o jovem seria um imigrante ilegal de Angola.

Ele teria embarcado na aeronave na capital angolana, Luanda, ao entrar sem ser percebido no minúsculo compartimento do trem de pouso.

Como proteção à baixa temperatura e à alta pressão, o jovem teria tomado uma única precaução. Segundo os investigadores, ele encheu os ouvidos com pedaços de lenços de papel.

Porém, oito horas depois, quando o avião já se aproximava da cidade de Mortlake, no sudoeste de Londres, para pousar no Aeroporto Internacional de Heathrow, o homem 'caiu do céu', segundo relatos de moradores da região.

'Eram 7h42. Acordamos com um barulho infernal', afirmou Lizzie Calfe.
O corpo do homem foi encontrado próximo à casa da britânica, com graves ferimentos. Apesar de o incidente ter acontecido três meses atrás, ela, como muitos de seus vizinhos, quer descobrir a verdadeira história do homem - e porque ele decidiu por uma jornada tão desesperadora e sem volta.

'É difícil esquecer (...) quando começo a me lembrar do episódio, penso: ele tinha uma família', lamenta Calfe.
Foto mostra a tatuagem (Foto: BBC) 
Foto mostra a tatuagem com as iniciais Z.G.
(Foto: BBC)
 
Tatuagem

A polícia metropolitana londrina ainda tentar juntar, em vão, as peças do quebra-cabeça.
'Pode ser que seus familiares não saibam que ele está desaparecido e estão desesperados para encontrá-lo', disse o sargento Jeremy Allsup, que ainda não conseguiu descobrir a identidade do homem.

O 'passageiro ilegal' estava carregando algumas cédulas da moeda de Angola e caiu em um ponto quando o avião, da companhia aérea British Airways, sobrevoava uma das principais avenidas de Mortlake.

A polícia, porém, já divulgou pistas que podem levar à sua real identidade. O rosto do homem, que ficou destruído com o impacto, foi reconstruído para ajudar os detetives a solucionar o caso. O que se sabe, de fato, é que ele tinha uma tatuagem em seu braço esquerdo com as iniciais ZG.

'Se essa imagem for divulgada para um familiar ou amigo da vítima, possivelmente eles conseguirão identificá-lo', disse Allsup.

Mas a pista mais importante parece ter sido encontrada nos bolsos do jovem. Ele carregava um celular que contém números de sua família e amigos e possivelmente os contactaria em poucas horas, tão logo o avião aterrissasse na Grã-Bretanha.

O telefone, no entanto, está bloqueado. Detalhes do chip foram encaminhados às autoridades angolas que, de posse do DNA do homem, sua arcada dentária e fotos, também tenta descobrir sua identidade, até agora, sem sucesso.

Para o sargento Allsup, a polícia angolana tem concentrado poucos esforços na solução da morte, uma vez que, apesar de ter recebido indicações da vítima, ainda não deu sinais de que investigará o caso.
A Embaixada da Angola em Londres não fez comentários sobre o incidente.
 
Quebra-cabeça
 
Enquanto isso, outros ainda tentam descobrir informações sobre a identidade do homem.
Gama Mossi, um angolano que recebeu asilo político da Grã-Bretanha em 2000, organizou reuniões com outros exilados de seu país próximo ao local onde o imigrante ilegal caiu.

'É crucial para nós fazermos pressão sobre o governo de Angola para liberar informações à imprensa do meu país', afirma.

Para Mossi, crítico do governo, provavelmente o homem fugiu do país porque 'não tinha emprego, era um nada na sociedade angolana. Não tinha nada a perder, como milhões de angolanos. A nossa voz não tem peso', critica.

Segundo o sargento Allsup, 'ainda não sabemos como vamos resolver esse caso. Se não conseguirmos identificá-lo, teremos de enterrá-lo no Reino Unido'.

Mas para o angolano Mossi, o pior ainda está por vir. 'É muito importante em nossa cultura sabermos de quem se trata, uma vez que, pelas nossas tradições, uma pessoa só está morta quando ela é enterrada da maneira tradicional. Se ele for enterrado aqui, sem nome nem sobrenome, é como se ele ainda estivesse vivo. Uma alma em trânsito', afirma.

 http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/12/corpo-que-caiu-do-ceu-intriga-policia-britanica.html

PM da Unidade de Polícia Pacificadora é morto no Rio

O sargento Alexandre Antônio Barbosa foi assassinado após estacionar seu carro na zona norte. É a segunda morte de um agente de UPP em dois dias na cidade

Um policial militar da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) das favelas da Fé e Sereno, próximo ao Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio e Janeiro, foi morto na noite de sexta-feira (7). O sargento Alexandre Antônio Barbosa foi abordado por bandidos e assassinado a tiros após estacionar seu carro em frente a uma padaria na Rua Santa Mariana, em Higienópolis. 
 
O PM chegou a ser levado para o Hospital Federal de Bonsucesso, mas não resistiu aos ferimentos. A namorada de Barbosa, que estava com ele, não foi atingida. O caso será investigado pela Divisão de Homicídios. A polícia quer saber se a morte do PM foi uma tentativa de roubo de carro ou uma emboscada.
O Comando de Polícia Pacificadora (CPP) afirmou que não há informações que relacionem a morte do sargento ao confronto entre policiais e bandidos, ocorrido ontem (7) na comunidade Nova Brasília, que resultou na morte de dois suspeitos. “O CPP não tem indícios de que o assalto que levou à trágica morte do sargento Barbosa tenha qualquer relação com outras ocorrências policiais em áreas de UPP”, diz a nota.
Foi o segundo agente de uma UPP assassinado em dois dias no Rio. Na madrugada de quarta-feira (05), outro policial militar foi morto, na UPP da Favela Nova Brasília. Fábio Barbosa da Silva, de 36 anos, foi baleado na cabeça quando fazia o patrulhamento de rotina na localidade conhecida como Areal, na Fazendinha. Ele foi levado para o hospital, mas morreu no dia seguinte.

No mês de julho, já após a pacificação, a policial militar Fabiana Aparecida de Souza, de 30 anos, foi morta por um tiro de fuzil durante um ataque de 12 traficantes à sede da UPP na Favela Nova Brasília.

43% dos moradores de SP defende policial que mata criminoso


Policiais Militares na Zona Norte de São Paulo 

Rio de Janeiro - Quase metade dos habitantes de São Paulo, 43% mais precisamente, consideram que o policial que integra um grupo paramilitar e que assassina um delinquente não deve responder por seu crime, segundo uma pesquisa divulgada neste domingo pelo jornal 'Folha de São Paulo'.

Dos 1.082 paulistanos indagados na quinta-feira pela empresa 'Datafolha', 40 % defendem que esse policial seja detido e punido e 11% que seja expulso da corporação, mas não detido.

A pesquisa foi realizada em meio a onda de violência que castiga a maior cidade brasileira e que só em outubro deixou 176 mortos, um número 114,6% superior ao do mesmo período do ano passado.

O recrudescimento da violência em São Paulo é atribuído por ONGs a uma 'guerra' entre um grupo criminoso da cidade e que é dirigido desde as prisões, e grupos paramilitares integrados em sua maioria por policiais.

Sobre a origem da atual violência, 34% dos indagados a atribuiu aos grupos criminosos comuns, 17% a uma guerra entre policiais e delinquentes e 5% ao grupo conhecido como Primeiro Comando da Capital (PCC).
As medidas adotadas até agora pelas autoridades regionais e nacionais não cessaram os ataques violentos. Apenas entre a noite de sábado e a madrugada deste domingo, foram registrados outros 15 homicídios na região metropolitana de São Paulo.

A situação elevou significativamente a sensação de insegurança na maior cidade da América Latina.
A porcentagem dos moradores de São Paulo que se sentem inseguros ao caminhar de noite no bairro no qual vivem saltou de 26% em agosto até 61% em novembro, segundo a pesquisa da 'Datafolha'.
Apenas 11% dos paulistanos dizem que se sentem muito seguros ao andar durante a noite em seu bairro, frente a 19% em agosto.

44% dos indagados disse já ter escutado as ordens de grupos criminosos para não sair às ruas em determinadas noites.