Morreu às 22h30 desta segunda-feira (3) o dentista Alexandre Peçanha
Gaddy, de 41 anos, queimado durante assalto em seu consultório no dia 27
de maio em
São José dos Campos. As informações são do Hospital Albert Einstein.
Segundo o hospital, Alexandre teve mais de 50% do corpo queimado. A
maioria das queimaduras era de terceiro grau. Entre as regiões mais
afetadas estavam abdômen, rosto, braços e um pouco da coxa.
"Ele lutou com todas as forças até o último momento, foi muito guerreiro", disse Mariane Peçanha Gaddy, 36, irmã do dentista.
"A família esteve o tempo todo concentrada na recuperação dele, mas
acho que a sociedade deve cobrar uma resolução desde caso para que
outras pessoas não tenham que passar por isso. Esperamos que a polícia
investigue e resolva essa brutalidade", falou ao
G1.
O crime
Na noite de segunda-feira (27), uma dupla encapuzada entrou no
consultório do dentista, localizado em Vila Tatetuba, em São José dos
Campos, no interior de
São Paulo, e anunciou o assalto. O dentista estava sozinho no local.
O dentista foi resgatado ainda lúcido e contou para duas testemunhas
que os criminosos não encontraram dinheiro no local e por isso decidiram
atear fogo nele. Ele foi transferido da Santa Casa de São José dos
Campos para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, na quinta-feira
(31).
Polícia investiga crime na zona leste de São José dos Campos. (Foto: Carlos Santos
Investigações
Fragmentos de digitais encontradas no consultório do dentista podem
ajudar a polícia a esclarecer o crime. O material foi colhido pela
polícia durante o feriado e ainda será enviado para ser analisado.
De acordo com o delegado Osmar Henrique de Oliveira, responsável pelas
investigações, as digitais colhidas estavam em um aparelho que teria
sido supostamente separado para o roubo pelos criminosos. “Descobrimos
esses fragmentos, mas ainda vamos avaliar para saber de quem é. Pode ser
do dentista, da secretária dele ou de uma terceira pessoa”, explicou ao
Os materiais devem ser enviados em caráter de urgência ao Instituto de
Identificação Ricardo Glumberton Daunt (IIRGD) para que sejam feitas as
análises e comparações com as digitais do dentista e da secretária dele.
A polícia colheu depoimentos e deve continuar ouvindo pessoas ligadas
ao dentista para saber a rotina dele. Até agora, foram ouvidos dois
policiais militares que atenderam a ocorrência, duas pessoas que
ajudaram a socorrer a vítima, a atual e a ex-esposa dele e a secretária
do consultório.
A polícia também pede mais imagens de circuitos de segurança de locais
próximos ao consultório da vítima, já que as câmeras do Centro de
Operações Integradas (COI) e a imagem de um estabelecimento vizinho
pouco ajudaram nas investigações.
"O trabalho está concentrado basicamente em três pontos: nas lesões
sofridas pelo dentista, pelos objetos não levados pelos criminosos e
pela cena do crime, o consultório da vítima. Mantenho a investigação em
roubo, mas de repente pode mudar", disse o delegado.
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/06/morre-dentista-queimado-dentro-do-consultorio-no-interior-de-sao-paulo.html