Ex-presidente do STF disse que José Eduardo Cardozo não deveria receber advogados de empreiteiras da Lava Jato
O
ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa criticou o
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, por ter recebido em audiência
advogados de defesa das empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato.
Reprodução/Twitter
Ex-presidente do STF disse que advogado, ao tratar com políticos, visam corromper
Segundo
o ministro aposentado, "se você é advogado num processo criminal e
entende que a polícia cometeu excessos/deslizes, você recorre ao juiz.
Nunca a políticos!", enfatizou em publicação no Twitter.
Barbosa
argumentou que quando os advogados procuram a autoridade política, o
objetivo é tentar corrompê-la. "Os que recorrem à política para resolver
problemas na esfera judicial nao buscam a Justiça. Buscam corrompê-la. É
tão simples assim", opinou Barbosa.
O ministro aposentado, que
relatou o processo do mensalão do PT - a Ação Penal 470 - que condenou
lideranças importantes do partido, também disparou contra seus críticos.
"Meus críticos fingem não saber que hoje sou um cidadão livre.
Cidadão livre: livre das amarras do cargo público. Cidadão na plenitude
dos seus direitos, pronto para opinar sobre as questões da 'Pólis'".
Num
recado às "plumes-à-gage", expressão usada para ironizar pessoas que
escrevem a favor de outras, Barbosa aconselhou: "experimentem ser
livres! Sei que isso seria extremamente penoso e 'custoso' para vocês".
Em resposta, José Eduardo Cardozo disse que não há nenhuma ilegalidade no fato de o ministro da Justiça receber advogados.
Barbosa
pretende retomar a carreira de advogado. Em outubro do ano passado, a
seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF)
concedeu o registro profissional.
A Indonésia adiou a transferência
de oito condenados à morte por tráfico de drogas para uma prisão
insular, onde serão executados. Dentre eles está o brasileiro Rodrigo
Gularte. A medida foi adotada em razão de problemas técnicos e também
para permitir que dois condenados australianos possam passar mais tempo
com suas famílias, informou um funcionário do governo nesta terça-feira.
Gularte foi preso em julho de 2004, quando
tentava entrar na Indonésia com seis quilos de cocaína escondidos em
pranchas de surfe. Os australianos Andrew Chan e Myuran Sukumaranm
lideravam um grupo de nove pessoas detidas em 2005 por tentar levar 8,3
quilos de heroína da ilha de Bali para a Austrália.
Na
segunda-feira, autoridades disseram que todos os detentos seriam
transferidos nesta semana para a prisão Nusa Kambangan, nas proximidades
da ilha de Java, onde seriam executados.
Mas o porta-voz
da promotoria geral, Tony Spontana, declarou nesta terça-feira que após
uma vistoria foi verificado que a ilha não estava pronta para a
realização das execuções. Segundo ele, os detentos serão transferidos
depois que as instalações estiverem prontas, mas não disse quanto tempo
isso vai levar.
Spontana afirmou que "o plano de execução
ainda está no cronograma", já que os pedidos de apelação dos presos
foram rejeitados. "A alteração foi na data da transferência, que deveria
acontecer nesta semana", disse ele, acrescentando que funcionários de
Nusa Kambangan sugeriram que os condenados sejam transferidos para o
local três dias antes da execução.
O adiamento foi também
uma resposta aos pedidos do governo australiano para permitir que Chan,
de 31 anos, e Sukumaran, de 33, passem mais tempo com suas famílias
antes de serem transferidos, informou Spontana. Os dois estão presos em
Bali.
O presidente indonésio Joko "Jokowi'' Widodo
rejeitou os apelos de clemência do governo australiano e prometeu não
comutar nenhuma das sentenças dos condenados porque a Indonésia passar
por uma "emergência relativa às drogas".
No caso do brasileiro, a família tenta suspender sua execução com um laudo que atesta que ele tem esquizofrenia.
Os demais presos que serão executados são um indonésio e cidadãos da França, Gana, Nigéria, além de uma mulher filipina.
Em
janeiro, a Indonésia, que tem regras bastante rígidas para questões
envolvendo drogas, executou seis condenados por fuzilamento em Nusa
Kambangan, dentre eles o brasileiro Marco Archer, de 53 anos.
Na Indonésia, há 133 pessoas no corredor da morte, dentre elas 57 por crimes relacionados às drogas e duas por terrorismo.
Anderson Silva foi flagrado pelo uso de dois esteroides anabolizantes
(drostanolona e androsterona) em exame surpresa realizado dia 9 de
janeiro. E a situação do lutador ficou ainda mais complicada nesta
terça-feira (18) à noite, quando foi anunciado que mais uma substância
proibida (benzodiazepina, que inibe a ansiedade) foi detectada no exame
do dia da última luta. O lutador está suspenso até março.
Dana White, presidente do UFC, dará uma coletiva de imprensa nesta
quarta-feira, em Las Vegas, nos Estados Unidos, e promete ser duro com o
lutador brasileiro. "Não vou falar coisas boas", disse o dirigente da
categoria, que admitiu ter ficado decepcionado com o ex-campeão dos
médios pelo uso de doping antes da luta do dia 31 de janeiro, contra o
norte-americano Nick Diaz.
O brasileiro venceu o duelo por pontos após cinco assaltos. Ele ficou
399 dias afastado das lutas por causa de uma fratura na perna direita
sofrida em combate diante do norte-americano Chris Weidman. Com o caso
de doping, Anderson não recebeu a bolsa de US$ 800 mil (R$ 2,2 milhões) e
mais o bônus de US$ 200 mil (R$ 565 mil).
Além disso, o lutador foi retirado do reality show (TUF 4), organizado
pelo UFC e pela TV Globo, no qual era o treinador de uma das equipes. A
vitória sobre Nick Diaz foi cancelada.
Anderson Silva esteve representado pelo advogado Michael Allonso. O
lutador brasileiro não compareceu à audiência da Comissão Atlética de
Nevada, e dessa forma perdeu a chance de ser ouvido, de argumentar sobre
o uso de substâncias proibidas.
Aos 39 anos, Anderson Silva poderá ser impedido de lutar por até duas
temporadas. A punição poderá antecipar a aposentadoria de um dos atletas
mais importantes do MMA.