quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Líder extremista judeu quer proibir Natal e chama cristãos de 'vampiros'

(Arquivo) O líder Bentzi Gopstein
Dois movimentos antirracistas israelenses pediram a abertura de uma investigação por declarações do chefe de uma organização extremista judaica que pede o cancelamento das comemorações de Natal em Israel e compara os cristãos a vampiros.

"O Natal não tem lugar na Terra Santa", afirma Ben-Zion ("Bentzi") Gopstein, chefe da Lehava, uma organização que se inspira na ideologia de Meir Kahana, fundador do movimento racista antiárabe Kach.

Suas declarações foram feitas em um artigo publicado no site de informação ultraortodoxo Kooker.

Gopstein, um colono residente em Hebrón, no sul da Cisjordânia ocupada, também denuncia no texto o que considera uma "queda da linha defensiva do povo judeu contra nossos inimigos há centenas de anos, a Igreja católica".

"A missão destes vampiros e sanguessugas continua. Se não se pode matar os judeus se pode convertê-los", acrescenta. Por isso, diz, é preciso "fazer os vampiros desaparecerem antes que bebam de novo nosso sangue".

A polícia israelense já deteve em várias ocasiões este homem por declarações racistas contra cristãos e muçulmanos.

O movimento judeu liberal em Israel e a Coalizão contra o racismo em Israel pediram à justiça e à polícia que investiguem estas declarações.

Em Israel se multiplicaram nos últimos dias os apelos pedindo a proibição do Lehava.
Este movimento é suspeito de dois incêndios: o de 18 de junho na igreja da Multiplicação dos Pães e dos Peixes e no dia 31 de julho que causou a morte de um bebê palestino de 18 meses e de seus pais na Cisjordânia.

Uma adolescente israelense também morreu esfaqueada por um ultraortodoxo na Parada Gay de Jerusalém em julho.

https://br.noticias.yahoo.com/l%C3%ADder-extremista-judeu-quer-proibir-natal-chama-crist%C3%A3os-151457240.html?nhp=1

“Posso até dar uma envergadinha, mas não quebro”, diz Dilma

Após um ano marcado por crises política e econômica, presidente diz esperar chegada de "tempos melhores" em 2016

Dilma visitou a 2ª estação de bombeamento do eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco
Roberto Stuckert Filho/PR - 22.12.15
Dilma visitou a 2ª estação de bombeamento do eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco
A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (22) que espera a chegada de “tempos melhores” em 2016, após um ano marcado por crises política e econômica. “A gente pode até dar uma envergadinha, mas não quebra”, afirmou a presidente durante visita às obras de transposição do Rio São Francisco, em Floresta, no Pernambuco.
“O meu compromisso é vencer a crise, continuar garantindo trabalho e emprego de qualidade e renda. Nada vai me demover deste caminho. Eu tenho orgulho de ter um patrimônio só: Meu nome, o meu passado e o meu presente. Sou daquele tipo, muito característico aqui do Nordeste: A gente pode até dar uma envergadinha, mas não quebra, não. Nós vislumbramos neste ano de 2016 a chegada de tempos melhores”, disse ela.
 
Sobre as obras de transposição do São Francisco, a presidente garantiu que, “com a dificuldade que for”, o governo não deixará de concluir esse empreendimento no ano que vem. “Considero essa obra prioritária pelo efeito que terá na vida de milhões de pessoas no semiárido. Estamos enfrentando o quinto ano de seca. Esse país é grande o suficiente para, ao mesmo tempo que faz equilíbrio fiscal nas contas do governo, investir em obras como essa”, informou.

Mais cedo, Dilma disse ter coragem para enfrentar “todos aqueles que acham que o melhor jeito para chegar à Presidência da República é atropelar a democracia”. A presidente fez a declaração ao entregar unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida, em Camaçari, na Bahia, referindo-se ao processo de impeachment contra ela iniciado na Câmara dos Deputados.

No primeiro compromisso do dia, durante a entrega da Estação Pirajá e do trecho Bom Juá-Pirajá, do Sistema Metroviário de Salvador, Dilma destacou que a Constituição Federal é clara ao prever o impeachment em caso de crime de responsabilidade do chefe de Estado. “Não há fundamento legal, porque eu tenho uma vida ilibada. No meu passado e no meu presente, não há nenhuma acusação fundada contra mim”, afirmou a presidente.

http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2015-12-22/posso-ate-dar-uma-envergadinha-mas-nao-quebro-diz-dilma.html

Cunha se encontra com presidente do STF para discutir rito do impeachment

Presidente da Câmara dos Deputados pedirá a Lewandowski agilidade na publicação do acórdão sobre ação contra Dilma

Cunha e Dilma: ele espera um resultado sobre a ação contra a presidente até o mês de março
Agência Brasil
Cunha e Dilma: ele espera um resultado sobre a ação contra a presidente até o mês de março
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se reunirá com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, nesta quarta-feira (23), para pedir agilidade na publicação do acórdão sobre o rito do impeachment. O encontro será às 14h, na sede do STF, em Brasília.
Ele já adiantou que, independentemente de uma publicação antecipada do acórdão do Supremo, na primeira semana de fevereiro entrará com embargo de declaração – instrumento previsto no Regimento Interno do Supremo para as partes pedirem esclarecimentos sobre a decisão tomada pelos ministros.
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que se encontrará com Cunha
Carlos Humberto/SCO/STF - 17.12.15
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que se encontrará com Cunha
 
http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2015-12-23/cunha-se-encontra-com-presidente-do-stf-para-discutir-rito-do-impeachment.html

Vice decorativo? Diferenças entre Temer e seus antecessores

"Passei os quatro primeiros anos de governo como vice decorativo. A Senhora sabe disso. Perdi todo protagonismo político que tivera no passado e que poderia ter sido usado pelo governo. Só era chamado para resolver as votações do PMDB e as crises políticas." 

 No trecho acima, parte de sua carta enviada à presidente Dilma Rousseff poucos dias após o processo de impeachment ser deflagrado no Congresso, o vice Michel Temer demonstrou desconforto com seu papel (ou com a falta de um) no primeiro mandato da petista. 

O ato foi interpretado por muitos como um sinal verde para que os integrantes de seu partido, o PMDB, votem a favor do afastamento da presidente – o que consequentemente o levaria ao poder. Dias depois, ambos anunciaram que manteriam uma "relação institucional". 

Mas, afinal, a rotina de um "vice decorativo", como definiu Temer, difere muito da realidade esperada para o cargo?
Segundo a Constituição, o vice tem como função substituir o presidente em caso de viagem, doença e situações extremas como morte e impeachment, além de ajudar o titular do cargo "sempre que por ele convocado para missões especiais" – o peemedebista, por exemplo, preside fóruns internacionais de discussões com os governos da Rússia e da China. 

"Existe a ideia de que o vice é um conselheiro importante do presidente. Agora, o quanto de fato isso acontece, vai depender de governo para governo", afirma Thomaz Pereira, professor da FGV Direito Rio.
Na história recente, as duplas Fernando Henrique Cardoso/Marco Maciel e Luiz Inácio Lula da Silva/José Alencar são exemplos de casos em que presidente e vice mantiveram uma relação próxima, lembram analistas ouvidos pela BBC Brasil. 

O último caso de rompimento oficial, não por acaso, ocorreu entre Itamar Franco e Fernando Collor de Mello, que mais tarde foi alvo de um processo de impeachment e teve de deixar o cargo.

O fator passaporte

Sendo a substituição do presidente a função principal de um vice, Michel Temer foi, dos três ocupantes mais recentes do cargo, o que menos a exerceu, recorda o cientista político David Verge Fleischer, professor da UnB (Universidade de Brasília). 

mostrou que, em seu primeiro mandato, Dilma Rousseff passou 144 dias em viagens internacionais, número bem inferior aos de Lula (216 no primeiro mandato e 269 no segundo) e pouco menor que os de FHC (165 e 159). 

Além de ser uma presidente menos ausente do país, a petista mantém com Temer uma relação bastante diferente da cultivada por seus antecessores com seus respectivos vices, afirma o professor. 

"Marco Maciel foi fiel, leal. E ajudou muito o FHC a governar. Informalmente, fazia muito a articulação política", diz. "Lula aproveitou bem o José Alencar, com quem sabia entrosar. Ele desempenhou funções importantes." 

E Dilma? "Com ela, o PT desprezou totalmente o PMDB, não chamou para conversar, integrar o governo. O PT queria tomar conta de tudo", avalia Fleischer, que vê nessa decisão petista – e na personalidade centralizadora da presidente – um complicador da relação com o vice.

Quando o vice brilha

Se é fato que as menções à palavra impeachment foram aumentando nos jornais, revistas e sites brasileiros conforme a crise política foi avançando neste ano, é justo dizer que o mesmo ocorreu com o nome de Michel Temer, herdeiro do cargo caso Dilma seja afastada pelo Congresso. 

Porém, como lembra Thomaz Pereira, da FGV, a figura do vice também é muito importante em outros momentos – entre eles, o processo eleitoral, fase em que o então candidato a presidente e seu parceiro de chapa selam o "casamento". 

Em 2002, a escolha de Alencar - empresário do setor têxtil - como vice serviu para sinalizar ao mercado que Lula seria mais moderado nas questões econômicas, recordam os especialistas. 

"Se a função dele era essa, foi bem-sucedida. O governo Lula não teve problemas, de maneira geral, na relação com o empresariado", afirma Pereira. 

Em meio à coligação gigantesca que o líder petista articulou para eleger Dilma sua sucessora, Temer simbolizava a pacificação do PMDB, partido que preside e que tradicionalmente tem uma das maiores bancadas no Congresso. 

Essa aliança garantiria a ela, na teoria, certa tranquilidade na relação com o Legislativo. Tranquilidade que, paulatinamente, foi dando lugar a um ambiente de animosidade crescente – e que levou ao protagonismo o desafeto Eduardo Cunha, peemedebista que se transformou no maior algoz do Planalto na tramitação de projetos na Câmara e, no ápice da crise, abriu o processo de impeachment. 

"Se a escolha do vice-presidente foi para solidificar essa aliança, por algum motivo aparentemente ficou faltando alguma coisa", avalia Pereira. 

De "vice decorativo" no primeiro mandato, como ele mesmo definiu em sua já histórica e polêmica carta, Temer foi acionado para tentar melhorar esse clima com o Congresso neste ano. 

Alçado a articulador, assumiu a função antes desempenhada pelo ministro de Relações Institucionais e se saiu bem na tarefa, na opinião de Fleischer. 

"O problema é que o (Aloizio) Mercadante não cumpriu com as promessas que Temer fez no Congresso", afirmou o cientista político, em referência ao então ministro-chefe da Casa Civil, hoje titular da Educação.
Segundo relatos na imprensa em meados deste ano, parlamentares culpavam Mercadante pela demora na liberação de verbas para emendas parlamentares e cargos. A Casa Civil, por sua vez, afirmava que a conta era da falta de entendimento entre os partidos. 

Temer acabou deixando a função, poucos meses após assumi-la.

Vice com função é vice feliz?

Durante boa parte do primeiro governo Lula, José Alencar acumulou a Vice-Presidência com o Ministério da Defesa, sinal claro de prestígio. 

Como recorda Fleischer, "ajudou muito a consertar o estrago" na pasta – a relação entre o ministro anterior, o diplomata José Viegas, e as Forças Armadas foi bastante turbulenta. 

Pereira, da FGV, vê na medida adotada por Lula – a de transformar um vice em ministro – algo "complicado" de se fazer. 

"Se por um lado pode ser importante você dar uma função concreta e mais substantiva para um vice", analisa, "por outro isso é arriscado do ponto de vista de organização de governo". 

Ele exemplifica: "Imagine um desastre econômico, ambiental, algo que afete algum ministério diretamente e gere pressão para substituição do ministro. É sempre mais complicado substituir um ministro que é também o seu vice-presidente". 

Fleischer lembra que o caso de Dilma foi bem diferente do de Lula – ela só lançou mão do vice na articulação política por "desespero", diz. 

E que é importante lembrar que o peemedebista aparenta ter ambições bem maiores que a de seus antecessores no Palácio Jaburu. 

Trata-se agora, diz, de um embate entre um "político profissional" – Temer – e uma "política amadora" – Dilma. 

"Essa é a única chance de o PMDB pegar a Presidência: se Dilma cair fora. O partido não tem candidato viável para 2018", opina. 

http://noticias.terra.com.br/brasil/vice-decorativo-as-diferencas-entre-o-papel-de-temer-e-o-de-seus-antecessores,9140f5b3eb339032311e8b2a53220880nv3cdsqm.html

Inflação deve chegar a 10,8% este ano e a 6,2% em 2016

A inflação, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), este ano vai chegar a dois dígitos e passar longe do teto da meta de 6,5%. A projeção do Banco Central (BC) é que a inflação feche este ano em 10,8%. A estimativa divulgada em setembro era 9,5%. A última vez que a inflação ultrapassou dois dígitos foi em 2002, quando chegou a 12,53%.

 
Para 2016, a estimativa para o IPCA subiu de 5,3% para 6,2%. Em 2017, a inflação deve ficar em 4,8%, segundo estimatiova do BC
Para 2016, a estimativa para o IPCA subiu de 5,3% para 6,2%. Em 2017, a inflação deve ficar em 4,8%, segundo estimatiova do BC
Foto: Agência Brasil
A previsão consta no Relatório de Inflação, divulgado trimestralmente pelo BC. Para 2016, a estimativa para o IPCA subiu de 5,3% para 6,2%. Em 2017, a inflação deve ficar em 4,8%. 

</div> <div id='passback-wb4b809b309'></div>
Essas projeções são do cenário de referência, elaborado com base na taxa básica de juros, a Selic, no atual patamar (14,25% ao ano), e o dólar a R$ 3,90. O BC também divulga estimativas do cenário de mercado, em que são usadas projeções de analistas de instituições financeiras para a taxa Selic e câmbio. Neste caso, o IPCA também deve ficar em 10,8%, ante 9,5% previstos em setembro. 

Para 2016, a estimativa de mercado foi ajustada de 5,4% para 6,3%. Em 2017, a inflação deve ficar em 4,9%. 

O Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu como meta de inflação 4,5% para 2016 e 2017, sendo que o limite de tolerância é 2 pontos percentuais no ano que vem e 1,5 ponto em 2017. 

Quando a meta é ultrapassada, o presidente do BC tem de enviar carta aberta ao ministro da Fazenda, com as explicações para o descumprimento. A última vez que isso aconteceu foi em 2003, quando a inflação atingiu 9,3%.

Preços administrados

O BC projeta que o preço da gasolina vai subir 20,7%, este ano, e estimativa para o preço da energia elétrica é 51,6%. A projeção para o conjunto dos preços administrados é 18,2%, ante a estimativa anterior, divulgada em setembro, de 15,4%. 
 
Para os preços da energia, diz o BC, a projeção de 4,6% para 2016 leva em conta redução da tarifa em dólar da usina de Itaipu e ausência de mudanças no valor definido pelo sistema de bandeiras tarifárias em 2016, muito embora os riscos hídricos tenham evoluído favoravelmente e tenha ocorrido desligamento de usinas térmicas de maior custo. 

A projeção de reajustes dos itens administrados, em 2017, é 5%. 

http://economia.terra.com.br/inflacao-deve-chegar-a-108-este-ano-e-a-62-em-2016,21ee0ae6564a33dfd9cc2697d2622ccb0ap9npz4.html