O Senado criou nesta segunda-feira a comissão especial que analisará o
impeachment contra a presidente Dilma Rousseff na Casa e elegeu seus
integrantes, majoritariamente favoráveis ao impedimento da chefe do
Executivo.
Dos 21 titulares da comissão eleitos nesta segunda, apenas cinco têm
voto declaradamente garantido à permanência de Dilma na Presidência. A
comissão emitirá um parecer que deve ser votado pelo plenário do Senado
no dia 12 de maio, ocasião em que, se assim entender a maioria simples
dos senadores, a presidente pode ser afastada por até 180 dias.
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Além de senadores oposicionista, os demais titulares do colegiado
integram partidos que já fizeram parte da base do governo, mas
desembarcaram ao longo de 2016 à medida que a situação do governo se
complicava.
A correlação na comissão é bem desfavorável ao governo e poderá indicar
como o plenário do Senado se comportará, embora seja apenas uma parcela
de todos os senadores.
Tanto a admissibilidade da denúncia contra Dilma, a ser votada no dia
12, como uma segunda votação a respeito da “pronúncia” da comissão podem
ser aprovadas pela maioria simples do plenário, dificultando os
esforços do Planalto para impedir votos favoráveis ao processo.
A única votação que exige dois terços do plenário --que equivalem a 54
senadores-- é o julgamento em si da presidente, que ocorre depois de
toda a fase de instrução.
http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/impeachment/senado-cria-comissao-especial-com-maioria-favoravel-a-impeachment-de-dilma,9058c9c3d347ed6c6f9a367ce6afe1ccjtywo5ai.html