sexta-feira, 5 de maio de 2017

Dirceu fala em ‘guerra’

Menos de 24 horas após deixar a Justiça Federal, em Curitiba, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu não resistiu. No café da manhã desta quinta-feira, 4, com os filhos Joana e Zeca Dirceu, e com o amigo Breno Altman, falou sobre o PT, o governo Temer, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PSDB. “Temos de nos preparar para a guerra política”, avisou. 

O reencontro em liberdade foi em São Paulo, na casa de Joana, antes da viagem rumo a Brasília, de carro. Bem mais magro, Dirceu não reclamou nem mesmo da tornozeleira que agora tem de usar. O ex-ministro não demonstrou abatimento. Afirmou, porém, que sentia muita falta da filha de 5 anos, que mora em Brasília com a mãe, Simone. 

Ex-presidente do PT, Dirceu afirmou que o partido precisa mudar rapidamente, atrair a juventude e os movimentos sociais, apresentar um novo projeto e ir para o “enfrentamento” contra o presidente Michel Temer (PMDB) e o PSDB, na tentativa de eleger Lula para o Palácio do Planalto. 

Antes da parada em São Paulo, ele passou na casa do advogado Daniel Godoy, em Curitiba. “Não teve uísque nem pizza. Ele passou ali porque era hora do rush. Foi uma conversa entre amigos”, contou um dos presentes. 

Recebeu várias ligações e também fez telefonemas. Um deles foi para cumprimentar José Genoino, o ex-presidente do PT que na quarta-feira, 3, completou 71 anos. 

Ao discorrer sobre o que chama de “fracasso do governo Temer”, disse que a “direita” rompeu o pacto constitucional de 1988 que permitiu a redemocratização do País. “Deram o golpe para impedir Lula de ser candidato.” 

Condenado a 32 anos e um mês, em duas ações penais da Lava Jato, ganhou habeas corpus do STF na quarta. Disse ter sido bem tratado na cadeia e revelou o medo – praticamente uma certeza – de não ficar muito tempo em liberdade. Foi o único momento em que pareceu se emocionar. 

http://istoe.com.br/dirceu-fala-em-guerra/

96% das cidades investem mais do que o mínimo exigido

A insuficiência das verbas federais para o custeio de serviços de saúde tem feito as prefeituras dependerem cada vez mais de receita própria para manter unidades em funcionamento. Embora a Lei 141/2012 determine que os municípios invistam o porcentual mínimo de 15% de sua arrecadação em ações de saúde, 96% das cidades já destinam mais do que isso para o financiamento do setor, segundo levantamento inédito feito pelo Estado com base nos dados de 2016 do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (Siops). 

Dos 5.570 municípios do País, 129 investiram em 2016 até 15% na saúde, 2.260 aplicaram de 15,1% a 20% e outros 2.716 gastaram de 20,1% a 30% no setor. Há ainda 379 prefeituras que aplicaram mais do que o dobro do índice obrigatório. Os dados de 86 cidades não foram informados. 

“Hoje os municípios não têm capacidade de investir mais. Por isso, a gente orienta os gestores a nem abrir os serviços novos. E não é só nesse caso de novas unidades que a gente vê o problema. No Programa Saúde da Família, por exemplo, o governo federal estabelece as regras e o número mínimo de profissionais, mas repassa só cerca de R$ 10 mil por equipe do programa, enquanto o custo de cada uma é de R$ 50 mil a R$ 60 mil”, diz Paulo Ziulkoski, presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM). 

Outra reclamação dos gestores municipais é a falta de autonomia das prefeituras sobre a utilização da verba da saúde transferida pela União. Do orçamento de R$ 120,9 bilhões do Ministério da Saúde em 2016, apenas 40,7% foi repassado para os municípios. Outros 14,3% foram encaminhados aos Estados e o restante ficou sob gestão do órgão federal. 

Fiscalização
A sanitarista Ligia Bahia, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ressalta que é importante dar autonomia aos gestores locais, mas com rigorosa fiscalização. “Não faz sentido repassar o dinheiro no formato atual, engessado, mas não quer dizer que deva ser dado um cheque em branco. É dinheiro público e os órgãos de controle devem cobrar resultados.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

http://istoe.com.br/96-das-cidades-investem-mais-do-que-o-minimo-exigido/

Pyongyang acusa CIA de traçar plano para matar Kim Jong-un

A Coreia do Norte acusou nesta sexta-feira a CIA de traçar, junto com os serviços de inteligência sul-coreanos, um plano para matar seu líder, Kim Jong-un, com substâncias químicas durante as comemorações de abril passado no país asiático. 
 
Kim Jong-un
Kim Jong-un
Foto: Reuters
O Ministério de Segurança Estatal assegurou que tinham detectado um grupo infiltrado pela Agência Central de Inteligência (CIA) e o Serviço Nacional de Inteligência de Seul para realizar "preparativos encobertos e meticulosos" para realizar um atentado contra seu líder "através do uso de substâncias químicas". 

Em um comunicado, publicado pela agência oficial de notícias norte-coreana KCNA, o Ministério afirmou que a CIA e os serviços de inteligência sul-coreanos "subornaram" em 2014 um norte-coreano de sobrenome Kim que trabalhava em um complexo industrial no território russo de Khabarovsk para que realizasse um "atentado terrorista" contra o líder supremo do país. 

O objetivo era assassinar Kim durante os atos em março no Palácio do Sol de Kumsusan (onde estão embalsamados seu avô e seu pai, Kim Il-sung e Kim Jong-il, respectivamente) e no desfile militar. 

"Disseram a ele que o assassinato com substâncias químicas, incluindo substâncias radiativas e nanovenenos, era o melhor método, que não requer acesso ao alvo", com resultados após seis ou 12 meses, segundo o texto. 

Os serviços de inteligência de Seul assumiram o custo dos fornecimentos e fundos necessários para a operação e o homem recebeu dois pagamentos de US$ 20 mil, bem como um transmissor-receptor via satélite. 

Ao longo de 2016, quando o homem morava em Pyongyang, foi-lhe dadas instruções para ter acesso ao local das comemorações e US$ 200 mil para estabelecer um centro de contato no estrangeiro com o fim de introduzir as equipes e materiais necessários para "subornar cúmplices". 

Em resposta, a Coreia do Norte ameaçou lançar um "ataque antiterrorista" contra as agências de inteligência de ambos os países pela conspiração. 

"Vamos rastrear e destruir sem piedade até o último terrorista da CIA "e da inteligência de Seul, segundo a KCNA. 

https://www.terra.com.br/noticias/mundo/asia/pyongyang-acusa-cia-de-tracar-plano-para-assassinar-kim-jong-un,5eec3bfb42553cb082538be77bebef89jtrrt40e.html

Em depoimento, réu chora, pede perdão e reclama da cadeia

O ex-assessor da Secretaria Estadual de Obras do Rio de Janeiro Wagner Jordão Garcia, preso desde novembro do ano passado na Operação Calicute, um desdobramento da Lava Jato, chorou e pediu perdão ao juiz Marcelo Bretas durante audiência na 7ª Vara Federal Criminal, nessa quinta-feira (4). 

Acusado de recolher propina para o ex-secretário de Obras Hudson Braga, Garcia reconheceu ter errado e reclamou das condições da prisão no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu. 

"Vai fazer seis meses que estou na penitenciária, convivendo com barata e rato todo dia. Eu sei que cometi um crime e quero pedir perdão, até ao povo do Rio de Janeiro. Vou fazer um pedido: me deixe em prisão domiciliar. Eu nunca quis fugir", desabafou Garcia, aos prantos. 

Segundo o Ministério Público, o ex-assessor era responsável por pegar das empresas a chamada "taxa de oxigênio", de 1% do valor dos contratos. Bretas disse, ao final da audiência, que o pedido de Garcia precisa ser apresentado por sua defesa, por meios apropriados. 

O juiz também ouviu o empresário do ramo hoteleiro em Angra dos Reis Carlos Jardim Borges; o ex-assessor de Sergio Cabral Luiz Carlos Bezerra e o empreiteiro Luiz Paulo Reis. Na próxima quarta-feira (10), a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo deverá prestar depoimento a Bretas. 

https://www.terra.com.br/noticias/brasil/politica/lava-jato/em-depoimento-reu-da-lava-jato-chora-pede-perdao-e-reclama-da-cadeia-em-bangu,39ecb64d0e10175c83bf03c05b16d405dzcjgvb1.html

Comissão da OAB-RJ aprova pedido de impeachment de Pezão

Comissão de Direito Constitucional da Ordem dos Advogados do Brasil seção Rio de Janeiro (OAB-RJ) aprovou hoje (4) o pedido de impeachment do governador Luiz Fernando Pezão e encaminhou a matéria ao conselho da instituição para decisão final.