sexta-feira, 5 de junho de 2015

Bhanwarlal Doshi abandona vida de luxo para se dedicar a religião que proíbe usar sapatos para não machucar insetos

Um dos homens mais ricos da Índia renunciou a sua fortuna para seguir uma vida espiritual de total austeridade. Bhanwarlal Doshi, que criou um império do plástico avaliado em US$ 600 milhões (R$ 1,8 bilhão) pela revista Forbes, tornou-se monge do jainismo, uma das religiões mais rigorosas e tradicionais da Ásia.

O jainismo não só exige a renúncia a bens materiais, como também professa uma vida de profundo respeito à vida, em que se evita violência até contra insetos ou mesmo micróbios.

Doshi, que era casado e só usava roupas de marcas de luxo, agora será celibatário, usará somente uma túnica e caminhará descalço. As intensas atividades sociais darão lugar à meditação e quase toda a sua fortuna será doada para obras da religião.

De milionário a monge
A busca de um caminho espiritual é algo comum na Índia, mas a mudança radical na vida de Doshi para alcançar seu moksha – ou salvação – não tem precedentes, segundo Amresh Dwivedi, do serviço hindu da BBC.
Tampouco foi uma decisão tomada repentinamente, por causa de alguma crise mental ou moral que o empresário teria sofrido. Bhanwarlal Doshi, na verdade, passou décadas pensando em abandonar sua riqueza e entregar-se à espiritualidade.

Ele discutiu seus planos com sua família que, no início, rejeitou a ideia. Doshi queria receber a diksha, cerimônia de consagração, há três anos, mas seus familiares não permitiram.

Ele levou todo esse tempo para convencê-los, mas, no fim, foi iniciado como monge em uma cerimônia em três dias na cidade de Ahmedabad, no oeste da Índia.

"Estamos orgulhosos dele. A honra e o respeito que ele recebeu quando anunciou sua decisão é algo que precisamos ver para crer", disse seu filho, Rohit, ao jornal indiano Ahmedabad Mirror.

Regime rigoroso
De certo modo, Doshi imitou um dos precursores do jainismo, Majavira, um rei que viveu entre os séculos 6 e 5 a.C.

Segundo Amresh Dwivedi, do serviço hindu da BBC, Majavira era um monarca que abandonou seu reinado, atormentado pela miséria que o rodeava para dedicar-se a fazer o bem à humanidade.

Dwivedi explica que duas grandes religiões surgiram na Índia mais ou menos na mesma época: o jainismo e o budismo.

O último se estendeu até o leste, com grande aceitação na China, no Tibete, no Japão e em outros países.
Mas o jainismo, por causa de seu regime mais rigoroso, não encontrou o mesmo apoio e está concentrado em uma pequena área na parte ocidental da Índia. Seu número de praticantes foi diminuindo até quase a extinção, de acordo com o jornalista da BBC.

Após a iniciação como monge, Doshi enfrentará uma vida de celibato e completa austeridade, sem nenhuma das comodidades nem elementos que consideramos indispensáveis na vida moderna, como telefone, relógio, acessórios ou roupas elaboradas.

Ele se levantará todas as manhãs às quatro da manhã para praticar o ritual daalochana, a autocrítica, que consiste em refletir sobre as atividades do dia anterior e os momentos em que ele pode ter ferido algum animal.
Extremos
A consideração por todos os seres vivos é o motivo pelo qual os seguidores do jainismo não usam sapatos – para não pisar por engano em algum pequeno invertebrado no caminho.

Alguns adeptos extremos da religião também cobrem a boca para evitar que moscas entrem nela e até para não inalar micróbios no ar.

Naturalmente, os jainistas são vegetarianos, mas eles não podem dedicar-se à agricultura por receio de matar os animais que vivem na terra.

A única profissão exercida por eles é o comércio, porque consideram que, assim, não prejudicam nada e ninguém, segundo Amresh Dwivedi.

O ex-milionário Bhanwarlal Doshi é justamente um comerciante, mas de grande porte. Ele é dono da DR International, uma das maiores produtoras de plástico da Índia.

 http://economia.ig.com.br/2015-06-05/milionario-indiano-doa-fortuna-e-larga-tudo-para-virar-monge.html

Diretor diz que Fifa pagou para Irlanda não ir à Justiça por mão de Henry



O lance aconteceu no dia 18 de novembro de 2009, pela repescagem da Copa do Mundo de 2010. Henry deu um claro toque de mão na bola na jogada que terminou com gol de Gallas. O árbitro sueco Martin Hansson não viu a irregularidade, e os Bleusse classificaram para o Mundial, eliminando os irlandeses.

Agora, em entrevista à rádio RTE, Delaney disse que a Federação Irlandesa cogitava buscar a Justiça, mas acabou recebendo um valor que seria como empréstimo, que nunca precisou ser pago. O presidente Joseph Blatter teria participado da decisão. Porém, o dirigente irlandês não confirma o montante, que seria de 5 milhões de euros.

A Fifa, por sua vez, rebateu a declaração do diretor executivo, alegando que se tratava apenas de um empréstimo. No entanto, o valor nunca foi devolvido à entidade máxima do futebol mundial.

http://footstats.net/noticias/2015-06-04/diretor-diz-que-fifa-pagou-para-irlanda-nao-ir-a-justica-por-mao-de-henry

Em um ano, 1 milhão passa a trabalhar por conta própria

Com economia desacelerando, cresce número de microempreendedores individuais e autônomos

Alternativa. Maria dos Reis, após um ano procurando emprego, vende guloseimas e diz que a renda “é melhor que muito emprego fixo”
Mariela Guimarães
Alternativa. Maria dos Reis, após um ano procurando emprego, vende guloseimas e diz que a renda “é melhor que muito emprego fixo”
No período de um ano, entre o trimestre de fevereiro a abril de 2014 e o mesmo período de 2015, mais de 1 milhão de pessoas passaram a trabalhar por conta própria no Brasil. 

Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e “acompanham uma diminuição no emprego de carteira assinada”, avalia a economista da Coordenadoria de Trabalho e Rendimento do órgão, Adriana Beringuy. “Temos notado um crescimento do trabalho por conta própria associado a uma redução da ocupação nos setores que utilizam a carteira assinada. Por isso, uma migração é possível”, explica. Segundo dados do IBGE, no trimestre formado entre fevereiro e abril de 2015, o número de pessoas com carteira assinada caiu 1,5% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado – um total de 552 mil pessoas. A porcentagem da queda de pessoas que perderam o emprego sem carteira assinada, na mesma comparação, foi maior: 3,7%. Para o IBGE, pessoas que trabalham por conta própria são aquelas que são formalizadas – como o microempreendedor individual – ou não, mas trabalham sozinhas, sem funcionários. “Nesse caso, vira empregador. 

Pode ser também a pessoa que trabalha com a ajuda de algum membro da família. Um ambulante cujo filho ajuda a separar mercadoria, ou um dentista cuja esposa é atendente. Mas sem remuneração”, diz Adriana. É o caso de Maria dos Reis Pinheiro, 32, que buscou uma alternativa ao emprego formal. “Não foi opção, foi por necessidade (que passou a trabalhar por conta própria). Sou do interior, fiquei mais de um ano procurando emprego, tenho ensino médio, mas não tenho experiência. Minha carteira é lisa. Então, passei a vender na rua”, explica Maria, que atua no comércio há cinco anos na Cidade Industrial, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte. Para o microempreendedor Marcelo Silva de Melo, 42, trabalhar por conta própria foi a alternativa quando ele abandonou o comércio. “Já tive padaria, bar, mas agora eu trabalho para mim mesmo com fotocópias”, explica Melo. Sem funcionários, ele administra uma copiadora no Prado, região oeste de Belo Horizonte. “Antes era uma coisa paralela, mas pesquisei e vi que valia a pena investir nisso. 

Hoje, tenho três máquinas minhas”, orgulha-se. Marcelo formalizou sua situação de microempreendedor há cerca de um ano. Mesmo com as dificuldades iniciais, Maria também identifica vantagens em trabalhar por conta própria. “Quando preciso sair, ver alguma coisa dos meus filhos, posso fazer. E se for necessário, venho vender no fim de semana. Tenho liberdade para fazer meu horário”, avalia. A desvantagem, segundo Maria, é a fiscalização. “Fui à prefeitura (de Contagem), fiz meu cadastro e hoje a fiscalização não me incomoda”, afirma. Marcelo diz que “o retorno financeiro é mais rápido” quando se tem um negócio próprio. Além disso, pode investir no próprio negócio para fazê-lo crescer. “No começo, eu vendia só água, refrigerante e bala. Hoje, já tenho pipoca, cigarro e doce. 

O rendimento mensal é melhor do que muito emprego fixo”, avalia Maria. Crescer também está nos planos. “Quero começar a trabalhar com lanches próprios e vender aqui”, diz.
Em Minas Maioria. No Estado, entre os optantes pelo Simples Nacional, o número de microempreendedores já ultrapassou o de micro e pequenas empresas (MPEs) em 2015, segundo o Sebrae-MG.

 http://minasgerais.ig.com.br/?url_layer=2015-06-05/11050469.html