Peritos encontraram bala e cápsulas no banheiro do quarto de Elaine Moreira Munhoz
A polícia diz acreditar que a médica Elaine Moreira Munhoz, de 56 anos, tenha testado a arma dentro de seu apartamento, no Alto da Lapa, Zona Oeste, antes de assassinar o filho, Giuliano Munhoz Landini, de 25 anos, e a nora, Mariana Marques Rodella, também de 25, e cometer suicídio.
Giuliano e Mariana estudavam medicina e estariam planejando se casar.
A suspeita da polícia baseia-se no fato de que cinco cápsulas de bala de revólver e um projétil deflagrado tenham sido encontrados no banheiro da suíte onde Elaine dormia.
Morta enquanto dormia
De acordo com as investigações, a primeira vitima da médica teria sido a nora. Mariana, que havia passado a noite no apartamento, foi encontrada na cama de um dos quartos do apartamento, com um fermento de tiro próximo ao ouvido direito e outro no lado direito do peito, perto da axila.
O carro da jovem, um Uno vermelho, foi encontrado estacionado em frente ao condomínio.
O delegado Daniel Coen, assistente do 91º DP (Ceagesp), afirma que, provavelmente, no momento em que Mariana foi morta, Giuliano não estava em casa. Ele teria descido para passear com o cachorro da família.
O marido de Elaine, o médico Alexandre dos Santos Landini, de 55 anos, também já teria saído para trabalhar.
Empregada ouviu tiros
A empregada da família, E.L.S., de 41 anos, teria chegado no apartamento pouco depois da morte de Mariana. Ela afirmou à polícia que entrou no local por volta das 8h. Em seguida, Giuliano voltou do passeio com o cachorro.
E. diz, então, ter escutado os tiros. A polícia ainda apura se houve uma discussão entre mãe e filho antes do assassinato. A empregada afirma que, por medo, deixou o apartamento por alguns minutos. Ao voltar, encontrou o rapaz ensanguentado na sala.
Giuliano estava caído, de barriga para baixo, com marcas de tiros no peito, braço esquerdo e face direita.
E. diz ter descido correndo até a portaria para chamar a PM.
Porta trancada
Elaine teria, então, se trancado em seu quarto e cometido suicídio. Os policiais que foram ao local tiveram de arrombar a porta do cômodo. A médica foi achada com a arma, um revólver 38, ainda em punho, com um ferimento de tiro na boca.
Com capacidade para seis disparos, o revólver marca Taurus não tinha registro. Em depoimento, o marido de Elaine disse desconhecer a origem da arma.
Premeditação e terapia
O fato de o revólver ter sido, aparentemente, comprado pela médica e o suposto teste da arma realizado no banheiro do quarto de Elaine levam a polícia a acreditar que a médica tenha premeditado o crime.
De acordo com o depoimento do marido, Elaine estava deprimida desde o final do ano passado. Ela chegou a iniciar uma sessão de terapia – teria participado de três ou quatro sessões, segundo o delegado Coen.
Motivo
O motivo do crime, porém, ainda é um mistério para os investigadores. Havia suspeitas de que Elaine estivesse descontente com o possível casamento do filho, mas o delegado Coen disse que não há informações concretas sobre isso.
As imagens de câmeras de segurança do prédio e dos arredores devem ser analisadas pela polícia. Os laudos, que devem auxiliar à comprovação da dinâmica do crime, só devem ficar prontos no próximo mês
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