Ao não utilizar roupas, os manifestantes querem, ao menos por um dia, deixar de ser invisíveis no trânsito da cidade
Neste sábado (13), centenas de ciclistas pedalam
nus em Londres em um protesto divertido contra a dependência do petróleo
e a cultura do carro: é a 10ª edição do World Naked Bike Ride, evento
que acontece em 50 cidades do mundo, sendo dez delas localizadas no
Reino Unido.
Os corpos nus da campanha chamam a atenção dos
motoristas e da sociedade para a fragilidade dos ciclistas e pedestres
no dia a dia do trânsito. Ao não utilizar roupas, os aderentes dão
visibilidade aos meios de transportes não motorizados e deixam de ser,
durante a campanha, invisíveis.
A Pedalada Pelada é
também um protesto contra os efeitos negativos de petróleo, automóveis e
energias não-renováveis. Estima-se que, no mundo todo, haja mais de um
bilhão de veículos dependentes do petróleo, responsáveis por um sexto
das emissões globais de carbono.
Pais de Rachel Dolezal mostraram fotos da jovem na adolescência; eles dizem que ela tem origem alemã e tcheca.
Rachel Dolezal, de 37 anos, trabalha para uma
organização chamada "Associação Nacional pelo Avanço das Pessoas de Cor"
(NAACP) em Spokane, a 450 quilômetros de Seattle, no noroeste dos
Estados Unidos.
Ela é conhecida por ser uma proeminente ativista
em favor da igualdade racial e dos direitos dos negros americanos. Mas
tornou-se o centro de uma polêmica nesta semana após a alegação de seus
pais de que Dolezal, na realidade, não tem nenhuma origem africana ou
negra.
Ruthanne e Lawrence Dolezal são brancos e têm origem alemã e
tcheca. Eles dizem que Rachel Dolezal é sua filha biológica e chegaram a
mostrar fotos dela na adolescência para provar que é branca.
O casal já adotou crianças negras no passado – os irmãos de Rachel, e dizem que a jovem "sempre quis ser o que não era".
"Ela
escolheu não ser ela mesma, mas se representar como uma americana de
origem africana ou uma pessoa com duas raças e isso simplesmente não é
verdade", afirmou Ruthanne Dolezal.
"A Rachel é uma artista. Ela consegue se descaracterizar e se fazer parecer com quem ela quiser."
De
acordo com o jornal Spokesman-Review, Rachel Dolezal disse que era uma
mistura de branca, negra e índia americana na ficha cadastral que
preencheu para trabalhar na comissão de ouvidoria do cidadão da polícia
em janeiro.
Agora, a candidatura dela ao cargo está sendo investigada. A prefeitura de Spokane chegou a comentar o caso por meio de nota.
"Levaremos
muito a sério as questões levantadas sobre a pessoa que é responsável
pela comissão de ouvidoria do cidadão. Estamos reunindo os fatos para
determinar se qualquer política da cidade para a seleção de voluntários
foi violada."
Dolezal também é professora de estudos africanos na
Eastern Washington University, onde ela se especializou em cultura dos
negros americanos. É comum vê-la defender a justiça racial em veículos
da mídia local.
A ativista disse que não mantém contato com os
pais por causa de um processo judicial que está em andamento. Ela
afirmou ainda que "não considera os dois como seus pais de verdade".
Em
entrevista ao Spokesman-Review na última quinta-feira, ela disse que só
se pronunciaria publicamente depois de ter esclarecido essa questão
"complexa" ao comité de supervisão do cidadão, onde trabalha.
"A
questão não é tão simples quanto parece. É bastante complexo…e não sei
se todos entenderiam. Mas todos viemos do continente africano", disse.
Na
sexta-feira, a NAACP apoiou a ativista em um comunicado. "A identidade
racial não é um critério que qualifica ou desqualifica uma pessoa para
ser uma liderança da NAACP", diz a nota.
Segundo Richard Terrile, o universo faz parte de um programa de computador controlado por humanoides do futuro
E
se a realidade fosse uma simulação de computador criada por humanoides
que estão no futuro? A ideia, similar à do filme "Matrix", de 1999,
deixou de ser encarada como ficção científica e virou uma possibilidade
real. Ao menos para Richard Terrile, diretor do centro de computação
evolutiva e design automatizado do centro tecnológico da Nasa. Em
conversa com o iG,ele diz que a evolução tecnológica está por trás dessa constatação e se propõe a criar outro mundo virtual em cerca de 50 anos.
"Quando você vai ao cinema e assiste aos filmes
por meio de simuladores de realidade virutal, por exemplo, acaba
tentando se desvencilhar de objetos virtuais por achar que eles são
reais. É isso que fazemos diariamente. E é um tipo de realidade
completamente diferente que queremos oferecer no futuro", diz.
Para
o cientista, que participou do projeto da sonda Voyager 2, responsável
pela descobertas de várias luas de Saturno, Urano e Netuno em 1986, a
espécie humana vive em um tipo de universo ainda mais super-realista do
que o de jogos que permitem a exploração detalhada da rotina de
personagens virtuais.
"Até que uma partícula seja observada, ela
não apresenta um estado definido. Conforme 'passamos de fases', vamos
descobrindo outras realidades", pondera.
Leia abaixo a entrevista completa com o físico:
iG: Baseado em qual evidência o senhor chegou à conclusão de que vivemos em uma realidade programada?Richard Terrile: Vivemos
em um universo com muitas propriedades matemáticas. E tudo o que
produzimos para melhorar a nossa vida, para evoluir, tem base
matemática. Inclusive os programas de computador. Quando você vai ao
cinema e assiste aos filmes por meio de simuladores de realidade, por
exemplo, sente o ar em seus cabelos e tenta se desvencilhar de objetos
virtuais, por achar que eles são reais. Essa simples ação me levou a
questionar: 'Por que um programa de computador super evoluído não faria a
mesma coisa também com a realidade?'. O poder dos computadores é uma
explicação. Já somos capazes de criar realidades digitais em videogames,
nos filmes. E em não mais que meio século, a Nasa pretende oferecer
essa realidade por tempo indeterminado.
iG: E como seria esse mundo virtual que a Nasa planeja oferecer?Terrile: Do
jeito que as pessoas quiserem. A nossa realidade foi programada por uma
espécie humana mais evoluída do que a nossa. Mas também poderemos fazer
isso com o tempo. A ideia da Nasa é criar uma alternativa, uma escolha
para a humanidade. Oferecer a possibilidade de viver em um local com
grama de cor cinza, talvez. Um céu com outro tom de azul. Um universo
novo a ser explorado. Com um supercomputador, tudo vai ser possível.
iG: O senhor promete essa nova realidade para daqui
a aproximadamente 50 anos. Esse tempo não é pouco para uma evolução tão
expressiva?Terrile: Na verdade, não.
Atualmente temos [na Nasa] computadores capazes de processar informações
mais rápido que o cérebro humano. E se levarmos em conta a Lei de Moore
[o poder de processamento dos computadores dobra a cada 18 meses], em
uma década as máquinas processarão o equivalente a 80 anos de
pensamentos produzidos por uma única pessoa em apenas um mês.
iG: Nesse tipo de programa será possível notar, no dia a dia, que estamos em um simulador digital?Terrile: Não.
Até porque estamos programados para acreditar nessa realidade. Nascemos
e morremos nesse simulador, então, para nós, esta é a realidade. E por
isso acredito que o programa foi criado por uma espécie de humanoides
muito mais evoluídos do que a gente. Porque o sistema é muito complexo.
Além do nosso dia a dia, do universo, eles [humanoides] criaram
consciência, sentimentos, medos. Tudo o que somos e sabemos do mundo
veio por meio de um programa de computador muito avançado.
iG: Então nada do que sentimos ou pensamos é real?Terrile: –
É real para a gente [pausa]. Deixa eu explicar de outra maneira: quando
pensamos em Deus, pensamos que ele criou tudo: o universo, as espécies
de animais, nossos sentimentos. Os humanoides, nessa concepção, são
Deus. Alguém que vive no futuro e criou esse mundo para observar,
talvez. Se eu estivesse 50 anos à frente da humanidade, conseguiria
criar esse mundo virtual. Como em um videogame.
iG – Em sua opinião, os humanos são a primeira espécie a ser observada por esses supostos humanoides?Terrile: Provavelmente
existem outras gerações e outros universos paralelos além do nosso.
Acredito que existam múltiplos universos. Muitas pessoas juntas em
outras simulações pelo espaço. E acredito que uma das chaves para
entender esse sistema é realizar outras simulações.