quinta-feira, 24 de abril de 2014

Brasil é o país que mais consome agrotóxicos em alimentos no mundo

 

Documentário mostra riscos da ingestão dessas substâncias
No país que mais consome agrotóxicos no mundo, há alternativas viáveis de produção de alimentos saudáveis que respeitam a natureza, os trabalhadores rurais e os consumidores. É o que procura mostrar o filme O Veneno Está na Mesa 2, novo documentário do cineasta Silvio Tendler, lançado quarta-feira (16), no Teatro Casa Grande, no Leblon, zona sul do Rio.

O filme dá continuidade à reflexão sobre o perigo que o uso de agrotóxicos representa para a saúde, mostrada no primeiro documentário de Tendler sobre o tema, com o mesmo título e lançado em 2011. Com 70 minutos de duração, O Veneno Está na Mesa 2 avança na desconstrução do mito de que a utilização dos defensivos agrícolas é indispensável para garantir abundância de alimentos na mesa do consumidor.

Os dois documentários fazem parte de uma estratégia de ação da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida, iniciativa que reúne movimentos sociais e entidades no objetivo comum de sensibilizar a população brasileira para os riscos que os agrotóxicos representam. A partir daí, a ideia é propor medidas para frear seu uso no Brasil. “O povo brasileiro não pode mais engolir essa história de que o agrotóxico é a modernidade no campo. Ele gera câncer, trabalho escravo e manda todo seu lucro para o exterior”, disse Alan Tygel, um dos coordenadores da campanha.

A produção do filme contou com o apoio da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), que vem desenvolvendo iniciativas para que a produção de alimentos sem veneno se torne uma alternativa viável. De acordo com o diretor Silvio Tendler, não há sentido em se construir uma economia baseada na destruição da natureza.

“A agroecologia é fundamental como forma de produção econômica, social e de desenvolvimento. No filme eu mostro pessoas que plantam e cultivam de forma sadia e também as dificuldades que elas enfrentam para a comercialização dos alimentos que produzem”, destacou o cineasta.

A exemplo do primeiro documentário da série, visto por mais de um milhão de pessoas, O Veneno Está na Mesa 2 será distribuído gratuitamente para um circuito alternativo de exibição. Escolas, universidades, comunidades, igrejas, assentamentos de trabalhadores rurais e outros locais integram esse circuito, coordenado pela Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/especiais/ser-sustentavel/2014/04/22/interna-sersustentavel,424144/brasil-e-o-pais-que-mais-consome-agrotoxicos-em-alimentos-no-mundo.shtml

Jovem envolvido no assassinato do índio Galdino quer ser policial

O rapaz que cumpriu medida socioeducativa pelo assassinato do índio em uma parada de ônibus da 703 Sul, em 20 abril de 1997, está na última fase de seleção para agente da Polícia Civil do Distrito Federal. Situação provoca controvérsia entre juristas          
 
Índios fazem manifestação diante do Monumento Galdino: comoção e incredulidade desde o crime cometido em uma parada de ônibus (Carlos Vieira/CB/D.A Press - 24/9/08)
Índios fazem manifestação diante do Monumento Galdino: comoção e incredulidade desde o crime cometido em uma parada de ônibus

Um dos envolvidos no assassinato do índio Galdino, que chocou o país na década de 1990, acaba de ser aprovado na última fase do concurso público para a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). O nome dele aparece na lista do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB), publicada em 16 de abril. O resultado definitivo, com a análise de conduta social e outros questionamentos, deve ser divulgado na próxima semana. Na época em que Galdino foi queimado em uma parada de ônibus da 703 Sul por cinco jovens de classe média, G.N.A.J. tinha 17 anos e respondeu pelo ato infracional análogo ao crime de homicídio. Especialistas ouvidos pelo Correio divergem quanto à possibilidade de ele atuar como agente de polícia.

A promotora de Justiça aposentada Maria José Miranda esteve à frente da acusação durante a maior parte do processo — só não participou do júri de quatro dos cinco jovens por questões pessoais. Ela considera inadequada a aprovação de G.N.A.J. para os quadros da PCDF. “Não é certo isso. No meu entender, à época, o rapaz ficou impune, pois só cumpriu alguns meses de medida socioeducativa, e isso não foi proporcional à gravidade do crime cometido por ele e os demais. E ele já era uma pessoa que tinha pleno conhecimento do que fazia”, disse. Para Maria José, G. teria dificuldades em se tornar policial. “Ele teria problemas tanto com os colegas quanto com os criminosos. Que moral teria para cumprir a lei se ele mesmo não cumpriu a pena por um ato criminoso praticado? Na minha opinião, legalmente, ele até tem direito de ser policial, mas, moralmente, não”, acrescentou.

Professora de direito penal e constitucional da Universidade Católica de Brasília, Soraia da Rosa Mendes é favorável a que ele tome posse. Ela lembra que qualquer legislação minimamente garantista e moderna assegura a quem cumpriu pena o direito de não passar o resto da vida sendo responsabilizado por um erro pelo qual foi punido. “Pode ser que esse rapaz atue na polícia e construa uma carreira de glória”, compara.

Entendimento
No Superior Tribunal de Justiça (STJ), já existe o entendimento de que os editais de concursos públicos podem exigir a avaliação de conduta social como requisito essencial para aprovação do candidato. Pela Corte, a investigação não se resume a analisar a vida pregressa do candidato quanto às infrações penais que porventura tenha praticado. Mas deve também avaliar a conduta moral e social, visando aferir o comportamento frente aos deveres e às proibições impostos ao ocupante de cargo público da carreira policial.
 

Moradores do Lago Sul reclamam da instalação de totens publicitários

Placas publicitárias, autorizadas pelo DER, dividem opiniões no bairro. Quatrocentas delas serão distribuídas lá e no Plano Piloto         
 
 
 
'Colocar mais propaganda nas ruas me parece uma coisa desnecessária. O governo deveria ser mais rígido na hora de permitir esse tipo de equipamento. Eles (os totens) ainda bloqueiam a visão de quem caminha na rua à noite'
Alana Nicianara, 23 anos, estudante (Ana Rayssa/CB/D.A Press)
"Colocar mais propaganda nas ruas me parece uma coisa desnecessária. O governo deveria ser mais rígido na hora de permitir esse tipo de equipamento. Eles (os totens) ainda bloqueiam a visão de quem caminha na rua à noite" Alana Nicianara, 23 anos, estudante

Uma série de totens instalados entre a QL 2 e a QL 14 do Lago Sul provocaram debate e insatisfação entre moradores e trabalhadores da região. As cerca de 20 peças pintadas de preto, com pouco mais de dois metros de altura, anunciam uma “surpresa” para quem caminha a pé. Os objetos pertencem à empresa Embrasil-EU e serviriam para fazer publicidade e, ao mesmo tempo, disponibilizar álcool em gel e protetor solar gratuitos para pedestres. A principal queixa é que as novas placas causam poluição visual. O Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER) emitiu a autorização para a instalação dos equipamentos. Ainda estão previstos 400 na região administrativa e no Plano Piloto.

A estudante Alana Nicianara, 23 anos, está no grupo daqueles que não gostaram da novidade. Segundo ela, “o Lago Sul já tem placas demais”. “Colocar mais propaganda nas ruas me parece desnecessário. O governo deveria ser mais rígido na hora de permitir esse tipo de equipamento. Eles (os totens) ainda bloqueiam a visão de quem caminha na rua à noite. Alguém poderia se esconder atrás das placas”, reclamou. O motorista Ildeu Ramos, 43, também faz ressalvas. “Eu não acho bonito. É mais poluição visual e ainda atrapalha a visibilidade de quem dirige.”

Mas há também aqueles que não veem mal nos totens. A dona de casa Marli da Costa e Silva, 44, não vê problemas com a instalação deles. “Eu acho que informação nunca é demais. Eu gosto. Leio tudo. Muitas vezes, descobrimos coisas úteis, como promoções, por causa da publicidade”, afirmou. A doméstica Luiza de Sousa, 40, concorda. “Eu acho muito melhor um prisma arrumado, com uma propaganda bem colocada, com autorização do governo, do que esse monte de faixas e cartazes que espalham pelas paradas. Isso não só no Lago Sul, mas em todo o DF. Não me incomoda”, argumentou.

Na visão da prefeita comunitária do Lago Sul, Edlamar Batista Pereira, o primeiro problema é que nem o DER nem a empresa consultaram os moradores da região sobre a instalação dos totens. Segundo ela, a comunidade costuma ser contra publicidade, por conta da poluição visual. “Nós combatemos fortemente as placas e os anúncios irregulares há cerca de oito anos. A situação melhorou por uns tempos. Porém, desde 2012, vem piorando novamente. Nós lamentamos esse tipo de propaganda institucional. É uma agressão ao bairro e ao meio ambiente”, analisou. “Nós não fomos avisados, mas vamos procurar o DER.”
 

Metrô corta ponto de grevistas e imagens mostram atraso nas plataformas

 Metrô-DF mostra que os trens ficam parados por até quatro minutos durante a conversa dos sindicalistas com pilotos       
 
 
A Secretaria de Administração Pública confirmou, nesta quarta-feira (23/4), o corte de ponto dos grevistas, na paralisação do metrô, de acordo com determinação do governador Agnelo Queiroz. O desconto deverá vir na folha de maio. Novamente, apenas sete carros circularam, e não 12, como foi determinado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) — a multa é de R$ 50 mil por dia de descumprimento. O Metrô-DF enviou, ao Correio imagens de câmera de segurança que supostamente mostram a interferência do sindicato na circulação dos trens, na manhã dessa terça-feira (22/4). Veja as imagens:

As câmeras do circuito interno da estação Central do metrô mostram quem, em alguns casos, o trem fica parado por até quatro minutos na plataforma, enquanto os sindicalistas conversam com os pilotos. Nas imagens, é possível observar até três integrantes do sindicato conversando com os funcionários do metrô que param na estação para aguardar a entrada dos passageiros.

As imagens às quais o Correio obteve acesso registram oito paradas entre as 10h41 da manhã e as 11h47. Durante esse período, houve paradas que chegaram a durar 4:38 minutos. Ao total, seis trens tiveram atrasos de mais de dois minutos.

De acordo com Luciano Costa, diretor do Sindmetrô, o diálogo dos sindicalistas com os pilotos tem o objetivo de orientá-los sobre os direitos de greve. “O metrô tem colocado, fora dos horários de pico, mais trens para circular do que o permitido pela justiça, o que tem gerado sobrecarga nos pilotos, que muitas vezes têm trabalhado por até oito horas sem intervalos”, queixa-se.

Segundo o representante da categoria, nos períodos fora da hora do rush, têm circulado 12 trens, em vez dos seis que deveriam circular. Ele nega que a estratégia seja reter os trens: “Ninguém segura um trem na palavra” e diz que o sindicato apenas pede aos colegas que informem o centro de controle operacional, para registrar os supostos abusos.

Costa diz que o diálogo não poderia ocorrer no interior da cabine, entre uma estação e outra, para que o sindicato não seja acusado de invadir a cabine para reter o trem - por isso a conversa ocorre na plataforma. Além disso, ele sustenta de que o atraso decorrente da conversa na estação acaba sendo compensado pelo volume de composições que são colocadas em circulação.

O fechamento da Estação Praça do Relógio, mais cedo, causou tumulto, atraso nas corridas e foi permeado pela troca de acusações. O Sindicato dos Metroviários (SindMetrô) afirma que o Metrô fez manobra para acusá-los de terem descumprido a decisão judicial. Já a empresa garante que o SindMetrô impediu a entrada dos maquinistas, inviabilizando, assim, a circulação dos 12 trens.
 

Câmara discute mudança em lei após assassinato de Bernardo

Comissão vai analisar proposta que prevê celeridade em denúncias de maus-tratos feitas por criança e acompanhamento pelo conselho tutelar em tentativas de reconciliação. Ideia é evitar repetição de crimes, como o praticado contra garoto de 11 anos
 
            
Uma semana após o garoto Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, ter sido encontrado morto no interior do Rio Grande do Sul, depois de ter procurado ajuda num centro de direitos da infância, a Câmara começa a discutir mudanças no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) apresentou uma proposta que obriga o poder público a dar mais celeridade e peso às denúncias de abuso feitas pela própria criança ou adolescente. A ideia, segundo o deputado, é reforçar a garantia dos direitos da infância, por meio de uma norma seria batizada como Lei Bernardo, em homenagem ao menino gaúcho assassinado.

Uma comissão especial deve ser criada nas próximas semanas para tratar do assunto na Casa. Deputados se movimentam para que a proposta tramite em regime de urgência e seja votada antes da Copa do Mundo, em meados de junho.

Acompanhamento periódico
Caso o projeto vire lei, as autoridades da área da infância terão três alternativas ao receberem denúncias de maus-tratos. Encaminhar a vítima imediatamente para uma família substituta ou para uma instituição de acolhimento. Ou, havendo sinalização de conciliação familiar, como ocorreu no caso de Bernardo, mandar a criança de volta para casa. Nesse caso, no entanto, será exigida a assinatura de um termo de compromisso pelos pais ou responsáveis e o acompanhamento semanal ou quinzenal do conselho tutelar.

“O Bernardo teve, aos 11 anos, a maturidade de procurar ajuda no conselho tutelar. Mas não havia instrumentos para preservar a vida dele”, disse Onyx ao Congresso em Foco. “O pai pediu ao juiz uma chance de reconciliação com Bernardo. Ele conseguiu 90 dias. Mas 30 dias antes de vencer o prazo, o garoto foi assassinado, porque não havia instrumento de acompanhamento”, acrescentou.

Responsabilidades
Outra mudança incluída no projeto é a responsabilização – tal como ocorre hoje com pais ou responsáveis – dos chamados conviventes, como babás, irmãos maiores de idade ou amigos, por abusos ou ameaças contra crianças e adolescentes.

Pelo Projeto de Lei 7746/14, assim como ocorre com os idosos em todas as instâncias da Justiça, os processos que tratarem de omissão ou abuso dos pais, responsáveis ou conviventes contra crianças e adolescentes também terão de ser priorizados.

Crime brutal
Bernardo Uglione Boldrini foi encontrado morto, em um saco plástico, na semana passada em um matagal no Rio Grande do Sul. Segundo a assistente social Edelvânia Wirganovicz, suspeita de ser cúmplice da madrasta do garoto, Bernardo foi assassinado com uma injeção letal. A assistente contou à polícia que o crime foi planejado por Graciele Ugolini, casada com o pai do menino, o médico Leandro Boldrini, também suspeito de envolvimento com o assassinato.

O garoto denunciou ao Conselho Tutelar e ao Ministério Público que sofria maus-tratos e se sentia abandonado pelo pai e pela madrasta. A mãe dele morreu em 2010. O menino chegou a pedir para ser adotado por outra família. Mas o pai pediu uma nova chance, no que foi atendido pelo juiz que cuidava do caso, com o consentimento do próprio Bernardo.

Eleição para conselheiro
Outro projeto apresentado pelo deputado nesta quarta prevê mudança radical na forma de preenchimento dos cargos nos conselhos tutelares. Em vez de eleições, as vagas seriam preenchidas por concursos públicos de provas e títulos. Onyx alega que os conselhos viraram trampolim político e servem de aparelhamento para partidos políticos. “Hoje são eleitos os mais simpáticos, não os mais preparados ou com mais equilíbrio”, afirma.

Pela proposta, que deve ser discutida na mesma comissão especial do PL 7746, os conselheiros tutelares serão incorporados à administração pública mediante concurso público. O candidato terá de comprovar capacidade civil, idade superior a 25 anos, diploma compatível com a defesa dos direitos da criança e do adolescente e idoneidade moral.

http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/camara-discute-mudanca-em-lei-apos-assassinato-de-bernardo/

PM se confunde e mata vítima de sequestro em SP

 

Os PMs que participaram da abordagem foram afastados e os detalhes do caso estão sendo investigados
Um gerente de loja foi morto pela polícia com cinco tiros ao ser confundido com um bandido durante um sequestro-relâmpago em São Paulo. Os PMs que participaram da abordagem foram afastados e os detalhes do caso estão sendo investigados.

A loja de tinta na zona sul de São Paulo ficou fechada o dia inteiro em respeito à morte do gerente que trabalhava no local havia 12 anos. Osvaldo José Zaratini, de 32 anos, foi atingido por cinco tiros disparados por policiais militares e morreu a caminho do hospital.
 

O gerente foi rendido por um assaltante de carro em fuga. Policiais militares receberam a informação de que o ladrão havia entrado em uma pick-up branca, o veículo de Osvaldo. A polícia conseguiu localizar e interceptar o carro. De acordo com os PMs, a vítima desceu do lado do motorista e o bandido saiu atirando pelo outro lado da pick-up.

Os policiais revidaram e Osvaldo e o criminoso foram atingidos. Os agentes assumiram o erro, mas afirmam que só atiraram porque o motorista desceu do carro com um objeto na mão, que depois constataram se tratar de um celular. A família da vítima não acredita nessa versão.

O bandido foi internado, mas não corre risco de vida.  A ouvidora da polícia de São Paulo diz que o conjunto de técnicas e normas de conduta da PM não foi respeitado nesse caso. E, por isso, vai pedir que a corregedoria da corporação e o Ministério Público abram investigações contra os policiais por homicídio doloso, quando há intenção de matar.

O comando da PM disse que já instaurou um inquérito militar. A equipe foi recolhida e os envolvidos diretamente na morte do motorista foram autuados em flagrante.
 

Ex-soldado que vazou dados para o WikiLeaks ganha na Justiça direito de usar nome de mulher

 

O ex-soldado norte-americano Bradley Manning Edward, condenado a mais de 30 anos de prisão por vazar documentos confidenciais do governo americano à organização Wikileaks, ganhou na Justiça o direito de mudar legalmente o nome para Chelsea Elizabeth Manning.
 
Em agosto do ano passado, um dia após ser condenado a 35 anos de prisão pelo caso, Manning, 25, voltou às manchetes da imprensa internacional ao revelar que queria dar início a um tratamento hormonal para mudança de sexo e que queria ser tratado como uma mulher. 
 
O aceite foi dado formalmente nesta quarta-feira (23), pelo juiz David King, do Kansas. Atualmente ele cumpre pena de 35 anos na prisão do Exército em Fort Leavenworth, no Kansas.
 
Manning não esteve presença na audiência hoje, mas tornou falou ao jornal "The Guardian", em uma declaração na qual diz se tratar de "um dia emocionante" em sua vida.
 
"Tenho sido frequentemente perguntado porque estou mudando de nome. A resposta é simples: porque é um nome que se adequa de forma muito melhor e mais honesta à mulher que eu sempre fui - uma mulher chamada Chelsea", disse Manning. 
 
"Espero que a mudança de nome garantida hoje, tão importante para mim no âmbito pessoal, sirva também para mostrar que nós (transgêneros) existimos em todos os lugares da América de hoje, e os desafios que nós enfrentamos diariamente", afirmou.
 
Na época, a um programa de TV da emissora "NBC News", o militar de 25 anos chegou a declarar que queria que todos conhecessem o seu "verdadeiro eu".
 
"Como uma transição para este próximo estágio da minha vida, quero que todos conheçam o verdadeiro eu. Eu sou Chelsea Manning. Sou uma mulher. Dada a maneira como me sinto, e tenho me sentido desde criança, quero começar um tratamento hormonal assim que possível. Espero que vocês me apoiem nesta transição. Solicito também que, começando hoje, vocês se refiram a mim pelo meu novo nome e use o pronome feminino [salvo em correspondência oficial à prisão]. Espero receber cartas de apoiadores e ter a chance de escrever de volta", diz a declaração de Manning, que assina com o nome de Chelsea.
 
Manning é considerado responsável por um dos maiores vazamentos de informações confidenciais da história dos Estados Unidos, tendo entregado milhares de documentos e vídeos para o WikiLeaks. O caso desencadeou um mal-estar diplomático mundial para os EUA.
Ampliar

Caso Wikileaks                  

Cena do filme "O Quinto Poder", de Bill Condon. O filme mostra como uma iniciativa da internet, o WikiLeaks, se transformou em uma das organizações mais debatidas do mundo ao revelar documentos secretos dos governos. A história começa quando o fundador, Julian Assange (Benedict Cumberbatch), e seu colega Daniel Domscheit-Berg (Daniel Brühl) se juntam para se tornarem cães de guarda secretos dos privilegiados e poderosos

Ex-soldado continuará em prisão masculina

A decisão de hoje abre caminho para mudanças oficiais dos registros militares de Manning , mas não obrigaria o Exército para tratá-lo como mulher. Isso inclui a transferência de Manning para a prisão com a unidade de uma mulher – isso inclui as circunstâncias do confinamento do ex-soldado.
 
"O quartel disciplinar EUA só possui instalações para homens. Os internos são tratados como 'presos'", frisou o porta-voz do Exército, George Wright, à agência AP.
 
Manning, que cresceu em Oklahoma, entrou com a petição judicial como o primeiro passo para obter seus registros militares alterado.
 
Manning foi diagnosticada em pelo menos dois especialistas em saúde comportamental do exército com disforia de gênero , ou transtorno de identidade de gênero.

Questão com identidade de gênero foi destacada em julgamento

O ex-soldado chegou a pedir clemência ao presidente Barack Obama, em uma tentativa de fazer a Justiça adotar penas alternativas à sua condenação a 35 anos de prisão, mas o pleito foi negado.
 
Ele foi diagnosticado por dois especialistas em saúde comportamental do Exército com 'disforia de gênero', ou 'transtorno de identidade de gênero'. Em uma tentativa de manobrar o resultado da sentença, a defesa do ex-soldado chegou a destacar os problemas de identidade sexual na juventude, bem como sua difícil infância com pais alcoólatras como argumento para abrandar a pena.
 
Entre os vazamentos de Manning, estava o registro de um ataque aéreo de um helicóptero americano a um grupo de civis em Bagdá, incluindo jornalistas. O conteúdo filmado foi revelado pelo WikiLeaks e complicou o governo dos EUA, que se viu envolvido em uma série de debates sobre a impunidade aos militares norte-americanos nos últimos conflitos armados.
 
Manning foi absolvido no final de junho da acusação mais grave contra ele, a de colaborar com o inimigo, que por si só implicava uma sentença de prisão perpétua. Ele foi condenado por mais de 20 acusações. (Com agências internacionais)
Ampliar

Bunker abriga servidores do WikiLeaks                  

Em um bairro elegante de Estocolmo, um morro coberto de neve com uma igreja no topo esconde um bunker antinuclear que abriga um centro de informática futurista, onde estão guardados oito mil servidores, dois deles pertencentes ao site WikiLeaks
 

Globo exibe foto de cadáver do dançarino DG e revolta internautas

 

  • Jovem conhecido como DG, dançarino do programa global "Esquenta", teria sido morto por PMs na comunidade Pavão-Pavãozinho
    Jovem conhecido como DG, dançarino do programa global "Esquenta", teria sido morto por PMs na comunidade Pavão-Pavãozinho
Na edição desta quarta-feira (23), o "Jornal Hoje", da TV Globo", exibiu imagem do cadáver do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, 26, mais conhecido como DG, e revoltou os internautas. A foto, obtida com exclusividade pela TV Globo, foi ao ar com efeito distorcido. A informação é do site Na Telinha.
 
A imagem do corpo do dançarino já morto, estirado no chão da creche onde foi encontrado, apareceu em uma reportagem que durou cerca de 6 minutos. Outros telejornais da emissora também veicularam a fotografia.
 
"Falta de respeito ! Rede Globo exibindo foto nítida do corpo do Dançarino DG @jornalhoje", reclamou uma internauta pelo Twitter.
 
Outros usuários do microblog também criticaram a exibição.
 
DG era dançarino do programa "Esquenta", de Regina Casé, e foi encontrado morto em uma creche no morro Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, na zona sul do Rio, na terça-feira (22).
 
 

Deputados farão visita a José Dirceu na Papuda


 
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira requerimento do deputado Nilmário Miranda (PT-MG) para que um grupo de parlamentares visite o Complexo Penitenciário da Papuda e verifique as condições em que os presos cumprem suas penas. O requerimento inicial previa que os parlamentares checassem a situação do ex-deputado José Dirceu e se o petista tem regalias na prisão, mas o pedido só foi aprovado após a inclusão de um adendo que exige que a visita se estenda a todos os presos da penitenciária.

O requerimento foi apresentado após um pedido dos filhos de Dirceu, que relataram a Miranda a deterioração do estado de saúde do petista e seu "abatimento". Joana Saragoça e o deputado Zeca Dirceu (PT-PR) disseram que todos os recursos jurídicos para que o condenado no processo do mensalão possa cumprir sua pena no regime semiaberto se esgotaram e que as notícias de supostas regalias no presídio estariam postergando a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de autorizá-lo a trabalhar.

Ainda não foi definida quando será a visita, mas o grupo parlamentar será encabeçado por Miranda, que é ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e vice-presidente da comissão permanente da Câmara. Durante a reunião da comissão, o petista sugeriu que o grupo fosse suprapartidário, com deputados de partidos que não compõem a base aliada do governo, e já convidou a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) para integrar o grupo.

O requerimento aprovado prevê que os deputados verifiquem as condições dos presos da Papuda, a regularidade dos processos e a execução das penas. Após a visita, um relatório sobre a visita a Dirceu deve ser encaminhado ao presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa.
 
http://www.atribuna.com.br/atualidades/deputados-far%C3%A3o-visita-a-jos%C3%A9-dirceu-na-papuda-1.377235

Secretário diz que dez PMs são investigados

Armas foram recolhidas, mas eles continuam trabalhando. 'Preciso de um mínimo indício para afastá-los', afirma Beltrame

 

RIO - O secretário de Segurança do Estado do Rio, José Mariano Beltrame, afirmou não descartar nenhuma hipótese. Para ele, o dançarino Douglas da Silva Pereira pode ter sido morto por criminosos ou por policiais. "Não descarto que sejam policiais, mas não posso acusá-los. Não podemos antecipar nenhum juízo de valor", afirmou. As armas dos dez policiais envolvidos no confronto foram recolhidas, mas eles continuam trabalhando. "Preciso de um mínimo indício para afastá-los."

Segundo Beltrame, na noite de segunda-feira, 21, PMs receberam uma denúncia de que um criminoso conhecido como Pitbull, líder do tráfico na favela do Cantagalo, em Copacabana, estava escondido perto da quinta e mais alta estação do plano inclinado (sistema de bondes instalado no morro). Uma patrulha com dez PMs seguiu para o local, mas, ao chegar à segunda estação, foi atacada por um grupo de "cinco ou seis" pessoas armadas inclusive com bombas de fabricação caseira. "Os policiais revidaram, se abrigaram e voltaram à sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), avisaram o seu chefe e registraram o caso", disse Beltrame.

Na manhã de terça-feira, 22, policiais civis e militares fizeram uma varredura no local do ataque e encontraram o corpo do dançarino.

Ação. O secretário acredita que exista uma "ação orquestrada" de traficantes em comunidades hoje ocupadas por UPPs para causar tumultos e lançar a população contra a polícia. "Sem dúvida nenhuma há por trás dessas ações um movimento arquitetado pelo tráfico de drogas. Informações de inteligência já nos permitem chegar a essa conclusão" disse ontem, durante entrevista coletiva. "O tráfico tenta banalizar a atuação da polícia porque se vê enfraquecido, porque vê os territórios saindo de suas mãos."

http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/secret%C3%A1rio-diz-que-dez-pms-s%C3%A3o-investigados

Lewandowski rejeita pedido de liberdade de líder da greve da PM baiana

 


O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou pedido para libertar o líder do movimento grevista da Polícia Militar (PM) da Bahia, Marco Prisco. O ministro entendeu que o pedido de prisão foi fundamentado e a prisão deve ser mantida. Ele foi preso em Salvador, na sexta-feira (18), mas foi transferido para a Penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, porque a ordem judicial determina que ele deve ficar recolhido em instituição prisional federal. Prisco é presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) e vereador pelo PSDB em Salvador.

Na decisão, o ministro também afirma que a jurisprudência do STF é clara no sentido de proibir greve de policiais. 'Se a jurisprudência deste tribunal caminha para não admitir o direito de greve aos policiais civis para os quais não há vedação expressa na Constituição , não poderia permitir, em razão de proibição expressa, a greve de policiais militares armados com invasão e ocupação de quartéis e de prédios públicos, depredação e incêndio de veículos, interdição de rodovias, entre outros atos de terror e vandalismo', disse Lewandowski.

Prisco liderou um movimento grevista dos policiais militares da Bahia, que foi encerrado na última quinta-feira (17). A prisão dele, no entanto, foi motivada por outra greve, também encabeçada pelo vereador, em 2012. No ano passado, o Ministério Público Federal na Bahia (MPF/BA) denunciou Prisco e mais seis pessoas por crimes praticados contra a segurança nacional durante essa paralisação.
Policiais militares na Bahia chegaram a considerar um aquartelamento, em repúdio à prisão de Prisco. O comando da Polícia Militar da Bahia e a própria Aspra, no entanto, recomendaram que os policiais trabalhassem normalmente.

http://noticias.br.msn.com/brasil/lewandowski-rejeita-pedido-de-liberdade-de-l%C3%ADder-da-greve-da-pm-baiana