(Reuters)
- A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, afirmou
nesta quarta-feira que não muda "nem que a vaca tussa" os direitos
trabalhistas como férias, 13º salário e fundo de garantia dos
trabalhadores.
Ao ser questionada sobre a possibilidade de
alterações na legislação trabalhista, Dilma disse que é possível se
fazer certas adaptações, mas garantiu que não mudará os direitos
principais.
"Eu não mudo direitos na legislação trabalhista. O que
nós podemos fazer, por exemplo, no caso da lei do menor aprendiz, nós
fizemos adaptações", disse em entrevista coletiva, após encontro com
empresário em Campinas (SP).
"Agora, lei de férias, 13º, fundo de garantia, hora-extra, isso não mudo nem que a vaca tussa."
A
presidente também foi perguntada sobre a pesquisa Ibope divulgada na
terça-feira, na qual manteve a liderança no primeiro turno, mas perdeu
pontos. Dilma reiterou que não comenta os resultados de levantamentos
eleitorais.
A presidente permaneceu em primeiro lugar nas
intenções de voto no primeiro turno, mas caiu de 39 para 36 por cento,
enquanto a principal rival, Marina Silva (PSB), passou de 31 por para 30
por cento. Na simulação de segundo turno, Dilma e Marina continuam em
empate técnico, mas a vantagem numérica da candidata do PSB aumentou
para 43, contra 40 por cento de Dilma. Na semana passada, o placar
estava em 43 a 42 por cento.
Em Campinas, Dilma participou ainda
de uma caminhada por ruas da cidade e fez um breve discurso em comício. A
candidata à reeleição pediu que as "mentiras" ditas durante a campanha
eleitoral sejam rebatidas.
"Tem muita mentira, muito ódio, nessa
eleição. Quando vocês virem a mentira ser falada, vocês respondam com a
verdade, e a verdade é uma só, é que esse país mudou. Hoje as pessoas
têm muito mais oportunidades", afirmou.
Mais cedo, Dilma se reuniu
com empresários na Associação Comercial e Industrial de Campinas,
ocasião em que discorreu sobre as medidas já tomadas por seu governo em
favor de micro e pequenas empresas.
A presidente aproveitou o
evento para reafirmar seu compromisso em "suavizar" a transição entre as
tabelas de tributação para evitar que sejam "penalizadas" ao crescerem,
defendendo a simplificação e a unificação de impostos para
desburocratizar o ambiente para as empresas. A presidente citou como
exemplo a lei sancionada neste ano que amplia abrangência do
Supersimples, regime de tributação simplificada para pequenas e micro
empresas
"Eu acredito que a única reforma tributária que teve
sucesso no país, a única real foi essa", disse, durante o encontro. "Ela
abre caminho, como exemplo, para outras reformas."
http://noticias.br.msn.com/especial/eleicoes-2014/story.aspx?cp-documentid=265229611