A Corregedoria da Polícia Militar abriu sindicância para apurar a ação
de um policial que aparece em um vídeo batendo com um objeto contra a
janela de um carro de polícia.
As imagens foram gravadas durante a manifestação contra o aumento das
tarifas do transporte em São Paulo nesta quarta (13) e foram postadas
por volta das 22h no mesmo dia.
O vídeo teve mais de 160 mil visualizações até as 17h15 e causou
polêmica nas redes sociais, onde levantou-se a suspeita de que a PM
teria danificado o próprio carro da corporação para culpar os
manifestantes.
As imagens mostram um grupo de seis policiais parados ao redor de um
carro de polícia no meio da rua da Consolação, na região central da
cidade. Um deles se aproxima do vidro traseiro do veículo e o golpeia
com um objeto. Não é possível ver se o vidro se quebra.
O policial militar filmado batendo no vidro de um carro da corporação
não buscava causar estragos ao veículo, afirmou o secretário de
Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella. O vídeo foi divulgado
na internet e teve grande repercussão nas redes sociais.
"Já temos a apuração. Ele [PM] não estava quebrando. Na verdade ele
estava tirando os estilhaços de um vidro já quebrado durante a
manifestação. Isso já está esclarecido", disse Grella.
Se for considerado responsável após sindicância Corregedoria da PM, o
policial pode passar por processo administrativo e criminal por
danificar o patrimônio público.
O quarto dia de protestos contra a alta da tarifa de transporte em São
Paulo foi marcado pela repressão violenta da Polícia Militar, que deixou
feridos manifestantes, jornalistas --sete deles da Folha-- e pessoas que não tinham qualquer relação com os atos.
Manifestantes repetiram as cenas de depredação dos protestos anteriores,
danificando ônibus e uma agência bancária na avenida Angélica. Ao todo,
192 manifestantes foram detidos. Segundo o Movimento Passe Livre, cem
pessoas ficaram feridas.
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