segunda-feira, 22 de abril de 2013

Oito concursos públicos encerram inscrições nesta semana

De 13 processos seletivos abertos no momento, oito acabam entre terça e sexta-feira. São 642 oportunidades.  Com várias oportunidades, não é difícil se preparar para os concursos.

Geralmente 80% do conteúdo das provas são iguais. Ou seja, o que você  estuda para um concurso automaticamente prepara para o outro. Segundo a diretora da Target Soluções em Educação, de Praia Grande, Gabriela Abdala, a maior parte dos candidatos não está habituada com a linguagem da prova. “Muita gente com diploma de Ensino Superior e presta concurso de Nível Fundamental, mas se a pessoa não estiver preparada, não terá vantagem”.

Segundo ela, alguns candidatos só percebem que não estão preparados na hora de fazer a prova, por conta do caráter eliminatório dos concursos.

Assim, se você tem dúvidas, não tenha vergonha de perguntar. Cursos preparatórios, professores particulares e até fóruns na internet podem te ajudar a esclarecer todas as dúvidas para te deixar bem preparado para a prova.

Tente não se assustar com a quantidade de concorrentes. Dedique-se ao máximo, pois assim terá muito mais chances de ser aprovado.

Confira as vagas e saiba como se inscrever:
Aeronáutica  (1)
>Vagas:144.
>Cargo:administração(30), almoxarifado(1),contabilidade (2), recursoshumanos(21),saúde bucal (2),secretariado(4),treinamento e desenvolvimento(3),edificações (3), elétrica(11), eletrônica(2),hidráulica (2),informática (12),mecânica(25), meteorologia(3), química (13), refrigeração(4),segurança do trabalho(6)
> Salário:até R$2.867,31.
>Escolaridade: Ensino Médio e Técnico.
>Taxa: R$ 60,00
>Provas: 9 de junho, em São José dos Campos.
>Inscrições: até 16h de sexta-feira, pelo www.vunesp.com.br.

Aeronáutica (2)
>Vagas:50.
>Cargo:administração(4), biblioteconomia(1), engenhariacivil(2), fonoaudiologia(1),nutrição (1), recursoshumanos(9),segurançade trabalho(2),aeronáutica (4),elétrica eeletrônica(2),eletrônica(1), engenhariacivil(3), engenhariade telecomunicações(1),materiais (2), mecânica(10), mecatrônica(3), meteorologia(1), qualidade(1)e química(2).
>Salário:de R$ 5.208,93 a R$8.407,93.
>Escolaridade: Ensino Superior.
>Taxa: R$ 90,00
>Provas: 9 de junho,em São José dos Campos.
>Inscrições: até 16h de sexta-feira, pelowww.vunesp.com.br.

Aeronáutica  (3)
>Vagas:22.
>Cargos: aeronáutica (1),computação (1),elétricaeeletrônica(4),ensaios nãodestrutivos (1),físicas plasmas(1), gerênciadeprojetos(4),materiais(1), mecânica(1), meteorologia(1),normalização técnica (2),qualidade (2),qualidade emeteorologia (1), química(1)e proteçãoradiológica(1).
>Salário: de R$  7.666,33 a R$9.490,33
>Escolaridade: Mestrado ou Pós Graduação.
>Taxa: R$90,00
> Provas: 9 dejunho, em São José dos Campos.
> Inscrições: até 16 h de sexta-feira, pelo www.vunesp.com.br.

Aeronáutica (4)
>Vagas:9.
>Cargos: pesquisador nas áreasde aerodinâmica(4),aerodinâmica e combustão(1),geointeligência (1), laser e  fotônica (1),propulsão hipersônica(1)esistemas térmicos (1).
>Salário:deR$ 7.666,33 a R$9.490,33
>Escolaridade: Mestrado ou Doutorado.
>Taxa:R$90,00
>Provas: 9 dejunho,em São José dos Campos.
>Inscrições:até 16h de sexta-feira, pelowww.vunesp.com.br.

Unesp
>Vagas:24.
>Cargo:odontologia, ciências farmacêuticas, ciências eletras, ciências,engenharia, medicina, veterinária e zootecnia, biociências, ciências agrárias,ciências exatas,
tecnologia e artes.
>Salário:de R$ 1.250,93 a R$4.953,61.
>Escolaridade: Ensino Médio e Superior.
>Taxa: de R$ 37,00 a R$49,00.
>Provas:26 de maio.
>Inscrições:até16h de sexta-feira, pelo www.vunesp.com.br.

Fundação Vunesp>Vagas:7.
>Cargo:operador de telemarketing ativo e receptivo e motorista.
>Salário:R$ 1.004,73 e R$1.488,55.
>Escolaridade: Ensino Médio.
>Taxa:R$45,00.
>Provas:26 demaio.
>Inscrições:até sexta-feira, pelo site www.vunesp.com.br.

Ibama
>Vagas:61.
>Cargo: analista administrativo.
>Salário:R$ 6.134,15.
>Escolaridade: Ensino Superior.
>Taxa: R$85,00.
>Provas:9 dejunho.
>Inscrições: até dia 29 de abril, pelo site www.cespe.unb.br/concursos/ibama_13_analista_administrativo.

Metrô de São Paulo
>Vagas:15 e cadastro.
>Cargo: agente de segurança metroviáriaI(masculino)e agentede segurançametroviáriaI(feminino)
>Salário: R$ 1.991,91.
>Escolaridade: Ensino Médio.
>Taxa: R$89,00.
>Provas:23 dejunho.
>Inscrições: até14h dodia10 de maio, pelosite www.vunesp.com.br.

Ministério Público do Estado de São Paulo >Vagas: 80.
>Cargo: promotor de justiça substituto
>Salário:não divulgado.
>Escolaridade: Ensino Superior (Direito).
>Taxa: R$220,00.
>Provas:não divulgada.
>Inscrições:até 21 h de terça-feira pelo site www.mp.sp.gov.br

Secretaria da Saúde de São Paulo
>Vagas:44.
>Cargo:enfermeiro e médico.
>Salário:de R$ 1.464,83 a R$5.162,50.
>Escolaridade:Ensino Superior.
>Taxa: gratuito.
>Provas:9 de junho.
>Inscrições:até sexta-feira, na Av. Dr. Arnaldo,351,12º andar,sala 1.214, São Paulo,das 9 às19h.

Polícia Civil de São Paulo >Vagas:22.
>Cargo: atendente de necrotério policial
>Salário:R$ 2.278,05.
>Escolaridade:Ensino Fundamental.
>Taxa:R$10,65.
>Provas:14 de julho.
>Inscrições:até 24 demaio, pelo site www.vunesp.com.br.

Tribuna de Justiça de São Paulo
>Vagas:4.
>Cargo: contador judiciário.
>Salário: R$ 5.315,58.
>Escolaridade: Ensino Superior.
>Taxa: R$ 68,00.
>Provas: 30 de junho.
>Inscrições: até 24 de maio pelo site


 http://www.atribuna.com.br/noticias.asp?idnoticia=188412&idDepartamento=5&idCategoria=0

Mecânico diz que Dzhokhar Tsarnaev tinha vontade de conhecer o Brasil

Brasileiro Gilberto Junior conhece Dzhokhar, acusado de participar do atentado em Boston com o irmão mais velho.

Quem eram e como viviam os irmãos Tsarnaev, os suspeitos de terem detonado os explosivos que mataram três e feriram quase 200 pessoas na maratona da cidade? Os repórteres do Fantástico - nos Estados Unidos e no Daguestão - região separatista, ao sul da Rússia, onde os pais dos rapazes moram - conversaram com quem conheceu Tarmelan e Dzhokhar Tsarnaev.

"Eu acho que não tem ninguém que possa falar: 'eu esperava isso dele' ou 'eu sabia que ia acontecer'”, disse Gilberto Junior.

O mecânico brasileiro Gilberto Junior conhece  Dzhokhar Tsarnaev. Sempre o viu como um adolescente normal.

"Que gosta de carro, gosta de futebol, gosta de mulher ", disse.
Um adolescente que sonhava em visitar o Brasil.
"Ele sempre falava que 'um dia eu vou para o Brasil, eu vou jogar soccer e conseguir uma namorada. Eu quero conhecer o Ronaldinho'", conta.

Mas na última terça-feira, um Dzhokhar diferente esteve na oficina de Junior para pegar as chaves do carro que deixou para consertar duas semanas antes. O garoto de 19 anos foi direto: "Eu preciso da chave agora, eu tenho que ir agora, eu tenho que ir agora. Eu dei a chave pra ele e em cinco minutos ele saiu".

Fantástico: Ele estava angustiado?
Gilberto: Ele estava bastante nervoso. Eu nunca tinha visto ele do jeito que estava. Estava mordendo as unhas e balançando as pernas e olhando pros lados.

O atentado havia acontecido menos de 24 horas antes.

Se Dzhokhar era sociável, o irmão mais velho, Tamerlan Tsarnaev, era o oposto.  Nunca foi de muita conversa e queria ser boxeador profissional. Trancou a faculdade de engenharia para se dedicar aos treinos nesta academia onde o brasileiro Carlos Neto dá aulas de jiu-jitsu
“Quando ele começava a batar no saco, ele entrava em transe”, disse.

O ritual de Tamerlan na academia era quase sempre o mesmo. Ele chegava, colocava as luvas de boxe, batia neste saco por meia hora, trocava de roupa e ia embora.

Num ensaio fotográfico para o jornal da universidade de Boston, Tamerlan disse que não tinha um único amigo americano. Não conseguia entendê-los.

“Todo mundo sabia que ele era assim”, disse.
Os irmãos Tsarnaev, de origem chechena, chegaram em 2002 aos Estados Unidos, ainda pequenos. Vieram como refugiados junto com os pais e as duas irmãs.

Cresceram em Cambridge, cidade vizinha a Boston. Concluíram o ensino médio na Cambridge Rindge Latin School, a mesma escola pública onde estudaram os atores Ben Affleck e Matt Damon.

Viviam no terceiro andar da casa, no número 410 da Rua Norfolk. Um lugar agradável e amistoso, onde há uma grande comunidade de brasileiros e portugueses.

No local há uma escada que dá acesso ao segundo e terceiro andares da casa. Na escada dá pra ver pedaços de madeira e de vidros, resultado do arrombamento. A Polícia Federal americana, o FBI, entrou com tudo. Arrombou a porta, o trinco que está no chão.

O FBI lacrou a porta com cadeado, depois de recolher material para análise. A casa abrigou toda a família por muitos anos. Depois que as irmãs se casaram e os pais voltaram para a terra natal deles, o apartamento passou a ser frequentado apenas por Tamerlan e Dzhokhar.

Dzhokhar fez de tudo para manter a rotina e não levantar suspeitas. Ele estudava numa universidade, que fica a uma hora de carro de Boston. Nos dias seguintes ao atentado, compareceu normalmente às aulas e foi à academia. Esteve em uma festa na quarta-feira à noite com colegas da faculdade e dormiu nos alojamentos até quinta-feira, quando o FBI divulgou o retrato dele e do irmão.

Quem conhecia Dzhokhar recebeu a notícia com espanto.
"Todos ficaram chocados, mas estou contente de saber que ele está vivo, para que responda às perguntas", disse Luiz Vasques.

Luiz Vasques foi treinador de futebol de Dzhokhar e colega de classe de Tamerlan. Nunca ouviu nenhum discurso político ou religioso dos dois. Mas ele não tinha contato com os irmãos havia três anos.

A situação parece ter mudado. Recentemente, Tamerlan publicou na internet vídeos de extreimstas religiosos. E poderia estar influenciando o irmão mais novo. Em uma rede social russa, Dzhokhar escreveu que sua visão de mundo é o islã.

Em 2 de setembro do ano passado, postou em outra rede social: "eu não entendo por que é tão difícil para muitos de vocês aceitarem que o 11 de setembro foi uma conspiração do governo americano. É tipo 'danem-se os fatos porque somos patriotas'. Caiam na real".

Isso foi nove dias antes de Dzhokhar virar cidadão americano. Tamerlan ainda não havia conseguido a cidadania.

Os motivos seriam dois: uma acusação de agressão física a uma ex-namorada e investigações do FBI, a pedido do governo russo, sobre suas constantes viagens ao Daguestão - uma região separatista da Rússia, onde há grupos islâmicos radicais e onde os pais dos irmãos Tsarnaev moram.

O repórter Rodrigo Alvarez foi até o país.

A história dos dois irmãos suspeitos de explosões nos Estados Unidos quase não alterou a habitual frieza de Makhachkala, a capital do Daguestão. Afinal, o lugar faz parte de um punhado de ex-repúblicas soviéticas que ainda lutam pela independência em relação a Moscou.

Por lá, atentados fazem parte da rotina.

"Se vocês têm uma explosão…aqui acontecem dez por dia!", irozinha um jovem russo.

Pra saber exatamente de onde vieram os irmãos Tsarnaev, basta olhar pra uma pontinha do mapa, no sul da Rússia: é na região montanhosa do Cáucaso que ficam a Chechênia, de onde a família veio; e o Daguestão, onde eles viveram antes de imigrarem para os Estados Unidos.

Na capital, Makhachkala, meninos que brincam sobre o entulho, pouco a pouco, vão deixando de lado a diversão pra enfrentar a realidade de um lugar onde tudo o que se faz é controlado pelos olhos e armas de agentes nada discretos do serviço secreto russo.

Quem anda atento pelas ruas descobre que, num dos lugares mais perigosos do mundo, não é só o governo que está de olho: "Allah vê tudo!", diz um grafite, em russo.

O Fantástico esteve numa região de maioria islâmica. Mas quando os irmãos Tsarnaev viveram lá, eles eram muito jovens para pensar em religião.

Como conta o diretor da escola onde eles estudaram: “a família chegou aqui em 2001, fugindo da guerra civil. O mais novo entrou no quinto ano, o mais velho, no oitavo. Em março de 2002, imigraram pros Estados Unidos”.

A faxineira apareceu na janela pra dizer que não consegue acreditar que os filhos dos vizinhos possam ter cometido algo tão absurdo.

Os pais de Tamerlam e Dzhokhar Tsarnaev vivem um edifício, num bairro relativamente pobre de Mahatchkalá. Até então, eles levavam uma vida tranquila. Mas desde que chegou aqui a notícia dos atentados em Boston, desde que se soube do envolvimento dos filhos deles, o casal perdeu o sossego e ontem resolveu deixar o apartamento. A única coisa que dá pra ver dentro do local são flores colocadas na janela. Duas flores.

Numa entrevista a um site da Rússia, Anzor Tsarnaev disse que a morte do filho mais velho, durante uma perseguição policial, foi um ato de covardia.

O pai vive dias de angustia, preocupado com o futuro do filho mais novo.

“Dzhokhar tem que ser preso, vivo. Vivo", ele repetiu, ainda sem saber da prisão do filho na sexta-feira.  E concluiu: "A Justiça é que deve investigar tudo, dizer quem é inocente e quem é culpado".

Por telefone, a mãe dos rapazes, Zubeidat Tsarnaev, disse a imprensa que na casa deles nunca se falou em terrorismo. Mas comentou que nos últimos anos o filho mais velho, Tamerlan, começou a se envolver mais e mais com religião e política.

Extremismo?

Pouco a pouco o quebra-cabeças da investigação vai se montando, mas até agora ninguém conseguiu responder a pergunta que provavelmente é a mais importante de todas elas: 'por que, com que objetivo, esses dois rapazes resolveram matar inocentes nos Estados Unidos?' A resposta pode estar numa viagem que Tamerlan Tsarnaev fez a região do Cáucaso, no sul da Rússia, meses antes do atentado.

No ano passado, Tamerlan teria passado seis meses no Cáucaso. O pai disse que ele veio apenas renovar o passaporte. Mas levou seis meses pra isso?

O FBI quer saber se durante a visita Tamerlan se envolveu com alguma organização terrorista.
Não há provas até agora.

O governo russo condenou os ataques em Boston e prometeu ajudar a polícia americana.
As respostas que os investigadores procuram podem estar no Cáucaso ou no hospital de Boston onde está Dzhokhar.

 http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2013/04/mecanico-diz-que-dzhokhartsarnaev-tinha-vontade-de-conhecer-o-brasil.html

Artista plástica é morta pelo marido em Higienópolis, em SP

Polícia afirma que advogado de 74 anos confessou o crime.
Segundo o suspeito, crise de ciúmes motivou a agressão.

Uma artista plástica, de 57 anos, foi morta pelo marido, de 74, no apartamento em que moravam, em Higienópolis, bairro nobre no Centro de São Paulo, no sábado (20). O suspeito, o advogado Sérgio Brasil Gadelha, continuava preso provisoriamente na manhã desta segunda-feira (22).

Segundo a polícia, ele confessou que bateu e estrangulou a mulher Hirume Sato por ciúmes, mas disse que não tinha a intenção de matá-la.
Artista plástica é morta pelo marido em Higienópolis (Foto: Adriano Lima/ Estadão Conteúdo)Advogado confessou o crime, segundo a policia

O corpo de Hirume só foi descoberto no domingo (21) depois que o advogado ligou para uma das filhas. Ela acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a Polícia Militar.

O suspeito disse ao delegado que o casal brigava muito por ciúmes. Eles estavam juntos havia três anos.
O advogado deve responder por homicídio qualificado consumado, que pode levá-lo a cumprir uma pena de 12 a 30 anos de prisão. O caso foi levado para o 78º Distrito Policial, nos Jardins.

Por volta das 10h30, o corpo da artista plástica ainda estava no Instituto Médico Legal central. Não havia previsão de liberação.

 http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/04/artista-plastica-e-morta-pelo-marido-em-higienopolis-em-sp.html

Tiroteio na Rússia deixa seis mortos

Sexta vítima, que havia ficado ferida, faleceu no hospital.
Segundo as primeiras informações, o suspeito seria morador de Belgorod.

Investigadores fecham o local de tiroteio na Rússia (Foto: Reuters)Investigadores fecham o local de tiroteio na
Rússia (Foto: Reuters)
Seis pessoas morreram nesta segunda-feira baleadas por um desconhecido em um tiroteio em Belgorod, no sudoeste da Rússia, indicou à AFP um representante da polícia de Moscou.

O tiroteio aconteceu perto de uma loja comercial de artigos de caça em Belgorod, cidade situada 700 km ao sul de Moscou, perto da fronteira com a Ucrânia.

Segundo o porta-voz da polícia da região de Belgorod, um homem abriu fogo primeiro na loja, onde matou três pessoas, e depois atirou contra os pedestres, matando mais duas vítimas, incluindo uma adolescente de 14 anos.

Uma sexta vítima, que havia ficado ferida, acabou vindo a falecer no hospital.

"Não sabemos se aconteceu um conflito na loja", declarou o porta-voz da polícia regional, Alexei Pomorov.
O atirador fugiu em um veículo que depois foi abandonado em outro bairro da cidade. Um grupo de investigadores foi enviado para ajudar a localizar e prender o atirador.

Segundo as primeiras informações, o suspeito seria um habitante de Belgorod, que saiu da prisão em 2012 depois de cumprir pena por roubo e resistência à polícia.

Este tipo de ocorrência é rara na Rússia. Em novembro de 2012, um russo de 30 anos, Dimitri Vinogradov, abriu fogo contra seus colegas de trabalho numa fábrica farmacêutica em Moscou, matando seis pessoas. O atirador tinha anunciado sua intenção horas antes em um post na internet.


 http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/04/tiroteio-na-russia-deixa-6-mortos.html

Com habilitação suspensa, ex-piloto da Ferrari é preso após perseguição

Jaime Melo Jr bateu em um carro e atingiu residência de Cascavel, no PR.
Piloto venceu duas vezes as 24h de Le Mans correndo pela equipe italiana.

Jaime Melo Jr (Foto: Reprodução/RPC TV)Jaime Melo Jr venceu as 24h de Le Mans por duas vezes, pela Ferrari (Foto: Reprodução/RPC TV)
O piloto de corridas de longa duração Jaime Melo Junior foi preso em Cascavel, no oeste do Paraná, após fugir da polícia e bater o carro no portão de uma residência. De acordo com a Polícia Militar, ele fugiu após uma denúncia de que estava ameaçando outra pessoa em uma casa noturna e foi perseguido por diversas ruas de Cascavel. O piloto estava com a carteira de habilitação suspensa e sob efeito de substância entorpecente, segundo a Polícia Civil.

Jaime Melo Junior tem 32 anos e venceu por duas vezes as 24 Horas de Le Mans, em 2008 e em 2009, pela Ferrari. Ele ainda ganhou destaque em outras competições de GT2, como as 12 horas de Sebring, também pela equipe italiana. Ele deixou a Ferrari em 2011 e correu o World Endurance Championship (WEC) de 2012 pela equipe Luxury, que abandonou a disputa no meio da competição.

O caso aconteceu na madrugada de sábado (20). “Quando veio a viatura ele fugiu em alta velocidade, atravessou vias preferenciais, entrou na contramão, até que a viatura o perdeu de vista. Mais à frente, encontraram um carro batido em uma esquina e o carro dele no portão de uma residência”, contou ao G1 o tenente Bastos, da PM. O piloto foi encaminhado à 15ª Subdivisão Policial de Cascavel, onde ficou preso até domingo (21).

De acordo com a Polícia Civil, o piloto foi autuado por dirigir com a habilitação suspensa, por excesso de velocidade, por desobediência, e por conduzir sob efeito de susbtância entorpecente. O excesso de infrações impediu que uma fiança pudesse ser arbitrada, por isso foi preciso que os advogados de Jaime Melo entrassem com um pedido de substituição da medida de recolhimento, por uma restritiva de direitos. Na prática, ele ficou detido até que o juiz de plantão da 4ª Vara Cível expediu um alvará de soltura.

A reportagem tentou contato com o piloto, mas foi informada de que ele estava em viagem. O pai dele, Jaime Melo, disse que foi até a delegacia após o acidente, e que o piloto estava com problemas pessoais.
“Foi um problema com uma ex-namorada. Quando a polícia veio ele fugiu e não quis parar. Nisso ele correu e acabou invadindo preferenciais e aconteceu o acidente”, disse o pai. Ele garante que o filho não estava desorientado no momento do acidente. “Tinha uma lata de cerveja no carro dele, e isso hoje em dia já é motivo para cair na Lei Seca, talvez por isso ele não quis parar”, afirmou o pai, que acrescentou ainda que não entendeu os motivos pelos quais o filho fugiu.

Segundo Jaime Melo, o filho viajou logo após o incidente com objetivo de negociar um contrato para disputar o Campeonato Europeu de Endurance. “Espero que isso não acabe atrapalhando”, finalizou o pai.

 http://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2013/04/com-habilitacao-suspensa-ex-piloto-da-ferrari-e-preso-apos-perseguicao.html

Polícia prende segundo suspeito de estupro de menina na Índia

Suspeito Manoj Kumar seria inquilino do mesmo edifício onde ela morava.
Ele estava refugiado na casa dos sogros no estado de Bihar (leste).

A polícia indiana prendeu o segundo suspeito pelo sequestro e estupro de uma menina de cinco anos em Nova Déli, um caso que reavivou a polêmica sobre o tratamento das autoridades às agressões sexuais.

Após as manifestações durante o fim de semana na capital federal indiana, novos protestos estavam programados para denunciar as violências sexuais em um país traumatizado pela morte de uma estudante em dezembro de 2012, após um estupro coletivo em um ônibus.

Segundo os investigadores, a menina foi sequestrada em 5 de abril em um bairro de classe média de Nova Délhi e depois estuprada durante mais de 40 horas.
A vítima, que está em condição estável, está internada no melhor hospital público da capital federal indiana pelos graves ferimentos internos infligidos durante o sequestro por um vizinho de 22 anos, que foi detido no sábado.

O suspeito, Manoj Kumar, seria um inquilino do mesmo edifício onde mora a criança, segundo a imprensa.
Depois de sequestrar a vítima e mantê-la em cativeiro durante 40 horas, período em que a criança foi estuprada em torturada, foi detido pela polícia. Ele estava refugiado na casa dos sogros no estado de Bihar (leste).

Um segundo suspeito foi detido na casa de um parente em Bihar. Segundo o principal suspeito, Pradeep Kumar também participou no sequestro e estupro da menina.
Indianos protestam após estupro de criança (Foto: Sam Panthaky/AFP)Indianos protestaram após estupro de criança (Foto: Sam Panthaky/AFP)
 
 http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/04/policia-prende-segundo-suspeito-de-estupro-de-menina-na-india.html
 

Conheça o presídio exclusivo de PMs para onde podem ir réus do Carandiru

G1 teve acesso com exclusividade à casa prisional na Zona Norte de SP.
Mizael é preso mais famoso na unidade que já teve Cabo Bruno e Rambo.

Única prisão no estado de São Paulo exclusiva para policiais militares, o Presídio Militar Romão Gomes pode ser o destino dos 23 PMs condenados pelo massacre do Carandiru a 156 anos de prisão cada um. Na última semana, o G1 visitou os pavilhões da unidade prisional que fica na Zona Norte de São Paulo e completou 64 anos no domingo (21).

Com 184 das 225 vagas ocupadas por presos até terça-feira (16), a unidade tem espaço para mais 41 internos, segundo a Justiça Militar. "Se os réus do Carandiru forem condenados, eles vão ocupar todas as vagas sem superlotação", havia dito o tenente-coronel Daniel Augusto Ramos Ignácio, comandante e diretor do Romão Gomes, antes da condenação dos policiais militares.

MAPA_presidio_romao_gomes (Foto: Editoria de Arte / G1)
Sob a condição de não terem seus nomes divulgados nem os rostos fotografados, os detentos conversaram com o G1 sobre suas rotinas no presídio e a respeito do julgamento. Para a maioria, a condenação pelo massacre do Carandiru seria difícil de ocorrer.

"Não sei se teve um culpado ou todos foram culpados. A probabilidade de serem condenados é pequena", disse um subtenente da PM aposentado que está preso no Romão Gomes. Ele contou que um dos réus do massacre do Carandiru é seu amigo. "Não espero vê-lo aqui".

"Houve um pouco de abuso ali na ação dos PMs que invadiram o Carandiru. Foram 111 mortos. Acho que serão condenados porque a sociedade atualmente não tolera mais abuso de autoridade", disse um soldado detido no presídio.

Entretanto, mesmo com condenação, a ida desses policiais para o Romão Gomes pode demorar. Em geral, a jurisprudência diz que réus soltos que são condenados ficam fora das grades até que suas defesas esgotem os recursos nas instâncias superiores.

Além disso, parte dos acusados se aposentou ou se desligou definitivamente da corporação. Nestas condições, o destino dos PMs condenados pelo Carandiru seria uma prisão comum, onde há pavilhões seguros para garantir a integridade física deles. A Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo, costuma abrigar presos em risco.

Atualmente, só parte dos 23 PMs condenados continuam na ativa. Alguns foram promovidos e se tornaram oficiais mesmo com a acusação de assassinatos.

O homicídio, aliás, é o tipo de crime que mais manda PMs para o Romão Gomes. Dos atuais 184 detentos, 96 (52,1%) estão lá por homicídio, segundo levantamento recente feito pela administração da casa. Crimes sexuais e roubos são as outras violações mais comuns.

"Não tem gente boazinha aqui não. Tem gente perigosa", disse Daniel Ignácio, comandante do presídio em que os presos têm uma rotina diferenciada: são identificados com crachás, vivem em celas abertas ou dormitórios com televisão, mas só podem jogar futebol com autorização por escrito.

Não tem gente boazinha aqui não. Tem gente perigosa"
Daniel Ignácio, comandante do presídio
Presidiário caminha por corredor no Romão Gomes (Foto: Raul Zito/G1) 
Detento caminha por corredor do Presídio Romão Gomes, na Zona Norte de SP (Foto: Raul Zito/G1)
Entre os presos está o advogado e policial militar reformado Mizael Bispo de Souza, o mais famoso detento da casa, condenado em março a 20 anos de prisão pela morte da advogada Mércia Nakashima, ocorrida em 2010.

No passado, as "figuras ilustres" do Romão Gomes haviam sido Cabo Bruno – que ficou 27 anos preso por chefiar um esquadrão da morte – e o soldado Otávio Lourenço Gambra, o Rambo  – conhecido por aparecer em imagens que registraram a agressividade da polícia na Favela Naval, em Diadema, no ABC.

A equipe de reportagem do G1 não passou pela porta de detector de metais do Romão Gomes, mas teve as mochilas revistadas. O telefone celular do fotógrafo foi confiscado temporariamente.

Nas guaritas, PMs fardados e armados vigiam os colegas presos, que vestem camisetas amarelas com a inscrição PMRG em letras garrafais, sigla do nome do presídio. Calças beges e botas pretas completam o visual dos detentos.

Como num presídio comum, a maioria se diz inocente e afirma ter sido vítima de armação. Poucos dizem ter errado.

Um dos que assume ter cometido crime é um ex-soldado da PM, expulso da corporação em 2006. Prestes a completar 38 anos de idade, ele foi condenado a 109 anos e oito meses de prisão pelo assassinato de cinco pessoas e por três tentativas de homicídios. É o detento mais antigo e com a maior pena do Romão Gomes.

"Matei mesmo. Matava porque os bandidos do bairro onde eu morava queriam matar e sequestrar a mim, minha esposa, na época, e meu filho. Eu não paguei para ver", contou o ex-policial. "Comecei depois que os malas furtaram o som do meu carro. Não tinha horário. Conforme eles apareciam perto, eu percebia e matava". Segurando uma Bíblia, ele disse estar arrependido do que fez.

"Eu errei e me converti. Hoje dou palestras. Fui condenado em oito julgamentos. Fui condenado por 56 jurados. Mas nenhum deles me conhece como Deus. Esse sim me conhece, me julgou e me perdoou pelo que fiz. Espero conseguir o semiaberto em 2017", afirmou o fiel da Congregação Cristã no Brasil. Apesar da condenação a mais de 100 anos, a expectativa pela saída tem explicação: pela lei, ninguém pode ficar mais de 30 anos preso.

Armaram um flagrante bem armado para mim, que não tive como escapar. Fui pego no motel com uma menina de 14 anos"
 
Tenente aposentado, preso desde 2009
Presídio Romão Gomes (Foto: Raul Zito/G1) 
Tenente aposentado que está preso por corrupção de menores cuida da biblioteca (Foto: Raul Zito/G1)
Convivência
Entre os que negam o crime pelos quais foram condenados está um soldado de 31 anos, de Pinhalzinho, interior de São Paulo. "Sou inocente". Na sala de artesanato, na manhã de terça-feira (18) ele desenhava São Jorge matando um dragão para um policial preso que torce pelo Corinthians.

No Romão Gomes, a convivência não é delimitada pelos tipos de crimes cometidos, diferentemente das prisões comuns, onde criminosos presos por violência sexual são isolados dos demais para não apanharem dos colegas. Há 16 condenados por estupro e atentado violento ao pudor no local.

Um tenente aposentado, no vigor dos seus 70 anos e agora dedicado a cuidar da biblioteca da prisão, está preso por corrupção de menores. "Armaram um flagrante bem armado para mim, que não tive como escapar. Fui pego no motel com uma menina de 14 anos. Não deu nem tempo de ter tido conjunção carnal", afirmou.

Ele está preso desde 2009 e deve ganhar a liberdade daqui a dois meses. Segundo outros policiais que fazem a segurança do presídio, a adolescente que foi vítima do idoso mantinha um relacionamento amoroso com ele. Até hoje ela o visita na unidade prisional. Uma bela morena de 19 anos, dizem.

Os encontros íntimos só são permitidos para os homens receberem suas mulheres e duram até uma hora. As três únicas mulheres presas no complexo prisional não têm este direito. Separadas numa ala só para elas, respondem, cada uma, por extorsão, concussão e homicídio. "Há o receio de que elas engravidem", justificou o tenente Marcos Meira, chefe do setor de laborterapia. Ele foi responsável por apresentar o Romão Gomes ao G1.

Rotina de trabalho
Às 6h os presos acordam, arrumam as camas e passam por uma revista. Ao todo, são cinco checagens por dia. Após o café da manhã, eles participam de atividades para remissão das suas penas e, depois, almoçam no refeitório. A alimentação é fornecida por uma empresa terceirizada. Cumpridas oito horas de trabalho, estão liberados para usar a modesta academia do presídio.

Se dizendo vítima de "armação", um soldado de 36 anos levanta 50 kg no aparelho de supino, tentando esquecer a acusação que responde por homicídio. No rádio, rock para manter o ânimo. Ex-praticante de jiu-jitsu, ele participou de uma ação policial que resultou na morte de oito pessoas em Santos.

Perto da academia, a quadra é menos acessível: só é liberada para o futebol se os presos fizerem um pedido por escrito para o comandante e ele autorizar. A prática é evitada porque costuma terminar em briga. Como nas cadeias comuns, existem lideranças internas. Há presos que se destacam e acabam gerindo suas próprias regras.
Presídio Romão Gomes (Foto: Raul Zito/G1)Condenado a 20 anos de prisão, o PM reformado
Mizael fica na cela 10 da prisão (Foto: Raul Zito/G1)
Ele [Mizael] não gosta de falar com a imprensa. Nem adianta pedir que não vamos chamá-lo. Pedido dele"
Preso que trabalha com Mizael na lavanderia
Presídio Romão Gomes (Foto: Raul Zito/G1)Trabalho ajuda a reduzir penas (Foto: Raul Zito/G1)
Briga com Mizael
No ano passado, por exemplo, uma discussão acalorada no refeitório acabou em briga entre um PM preso e Mizael Bispo de Souza, atualmente o mais famoso detido na unidade. Segundo testemunhas, o motivo da confusão teria sido um pedaço de bolo.

Condenado a 20 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato da ex-namorada, a advogada Mércia Nakashima, Mizael não foi encontrado pelo G1.

Ele estava sozinho na cela número 10 , atrás de uma porta de ferro. Quando fechada, o contato com o corredor se faz por uma portinhola, como janela. "Ele não gosta de falar com a imprensa. Nem adianta pedir que não vamos chamá-lo. Pedido dele mesmo", afirmou um dos presos que trabalha com Mizael na lavanderia.

Quatro tipos de crachás
No pescoço, a identificação do preso é feita por meio de um crachá: foto, nome, data de quando entrou na prisão e o artigo do Código Penal Brasileiro (CPB) ou Código Penal Militar (CPM) a que responde ou foi condenado. São crachás com quatro cores diferentes. Vermelho, amarelo e verde para o regime fechado. Azul para o semiaberto.

Mizael e mais 59 homens usam um crachá vermelho, identificados como sendo do primeiro estágio. Nesse setor ficam todos os presos que chegam pela primeira vez ao Romão Gomes. Eles são distribuídos em dez celas de tamanhos diferentes, com triliches, onde passam 22 horas por dia.

As celas ficam destrancadas e possuem televisão. Apesar disso, a administração diz que controla o que eles assistem. Os detentos têm ainda direito a duas horas de banho de sol diárias. Esse estágio pode durar até seis meses, dependendo do comportamento. No período, recebem visitas aos sábados, com limite de duas pessoas.

"Estamos aqui por culpa da imprensa. Ela distorce tudo o que falamos. Ouve primeiro os familiares de quem é encontrado morto. Depois acusam a gente, dizendo que foi PM quem matou", falou um dos oito presos de uma cela do nível vermelho que aceitaram conversar com a regortagem.

"Ninguém checa se o morto tinha passagem pela polícia. Para a imprensa, o morto sempre é servente de pedreiro. Nunca dizem que ele foi homicida, assaltante ou traficante", reclamou o detento. Assim como os demais colegas, ele negou a acusação de integrar grupo de extermínio formado por PMs, responsável por chacinas e execuções contra ex-criminosos durante a onda de violência em 2012.
Presídio Romão Gomes (Foto: Raul Zito/G1)Presos passam por avaliação antes de entrar para novo estágio dentro do presídio (Foto: Raul Zito/G1)
Avaliação psicológica
Quatro meses depois da primeira entrada no presídio, os detentos passam por avaliação psicológica para saber se estão em condições de seguirem para o segundo estágio, no qual a identificação é feita pelo crachá amarelo.

"Avaliamos os potenciais riscos de fuga e reincidência. Por exemplo, estupradores têm conflito na área sexual", afirmou a psicóloga e sargento da PM Cláudia Feitosa.

Atualmente, 40 presos estão no nível amarelo, no qual não há celas, mas dormitórios. Os presos podem circular por outros blocos do complexo. Também podem trabalhar no lava-rápido do presídio, prestando serviço aos motoristas vizinhos do Romão Gomes. Marcenaria e tapeçaria são outras atividades.

Renda do trabalho para a família
Na terceira e última etapa do regime fechado é dado o crachá verde. Cinquenta e dois presos estavam nesse nível. Os detentos frequentam o apiário e participam dos trabalhos na horta e de criação de animais. A produção de equipamentos eletrônicos é revertida em salário. Sessenta por cento da renda vai para a família do preso.
Presídio Romão Gomes (Foto: Raul Zito/G1)Detento tem o nome dos filhos tatuados no braço para ter sua família 'mais perto' (Foto: Raul Zito/G1)
 
Regime semiaberto
Outro tipo de regime é o semiaberto, no qual o preso recebe o crachá azul. Dos 32 que estavam nessa condição, seis faziam serviços administrativos fora da unidade e retornavam para dormir no Romão Gomes. Os demais continuavam presos porque não conseguiram vagas para trabalhar.

É o caso de um sargento aposentado, de 50 anos, preso por porte ilegal de arma. Ele sai somente nas saídas temporárias autorizadas pela Justiça. Para ter a família mais perto, resolveu tatuar os nomes dos cinco filhos no braço direito.

Além da TV e da família, o preso sabe o que ocorre fora dos muros do Romão Gomes por meio de seus advogados. Um parlatório permite a conversa entre eles pelo período de uma hora.

Recuperação possível, diz comandante
A leitura é uma das atividades que podem contribuir para a progressão dos estágios no presídio. Para reduzir a permanência na prisão, a opção é trabalhar: para cada três dias de trabalho, um dia a menos na pena. De acordo com o comandante Daniel Ignácio, a maior missão de quem administra o Romão Gomes é recuperar o preso. "Eu acredito na ressocialização", disse. "O perfil do preso militar é diferente do preso comum. O comum opta pelo crime. Não segue regras, não respeita normas sociais. Transgride mesmo".

Quando vem para cá, a ficha dele cai. Se afastou da família e da profissão. É mais fácil recuperar um PM preso do que um preso comum"
 
Daniel Ignácio, comandante do presídio
Vou voltar às ruas e à PM para prender ladrão de novo. E se preciso dar tiro de rajada de metralhadora de novo"
PM preso pela morte de dois jovens
Presídio Romão Gomes (Foto: Raul Zito/G1)Presos durante o banho de sol (Foto: Raul Zito/G1)
"O PM é diferente. Tem valores que foram internalizados pela família. Passou pela formação da corporação também. Não é ele que faz a opção pelo crime. Ele tem forte desvio de conduta por grande fraqueza de caráter moral. Quando vem para cá, a ficha dele cai. Se afastou da família e da profissão. É mais fácil recuperar um PM preso do que um preso comum", afirmou o comandante Ignácio.

Detido há oito meses pela morte de dois jovens, um sargento da PM deixa dúvidas sobre se a recuperação pode atingir todos os presos. "Vou voltar às ruas e à PM para prender ladrão de novo. E se preciso dar tiro de rajada de metralhadora de novo".

Segundo a administração do presídio, a taxa de reincidência é de 0,2%. Dados do Romão Gomes indicam que 47 presos já foram demitidos da PM. A maioria dos detidos está em situação de atividade: são 109. Outros 27 são aposentados.

Nos últimos anos, ocorreram duas fugas. Em 2008, um PM preso condenado por homicídio que trabalhava na cozinha fugiu. Até hoje não foi encontrado. Em 2010, um policial que cumpria o regime semiaberto por roubo não voltou para a prisão. Foi detido dias depois usando drogas.

Juiz defende presídio
O juiz militar Luiz Alberto Moro Cavalcante explica que o detento chega ao presídio ainda "ostentando a condição de PM", mas depois pode ser excluído da corporação dependendo da gravidade do crime que cometeu. Ele afirmou que a transferência para presídios comuns traria prejuízos.

"Há casos em que a decisão de exclusão se dá anos após o encarceramento, quando ele se encontra em processo de recuperação, com respostas satisfatórias às medidas aplicadas", explicou o juiz. "Sua transferência para uma penitenciária da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado importaria em uma interrupção do processo de recuperação".

"A título de exemplo, há casos no Presídio em que a exclusão disciplinar deu-se cinco, seis anos depois do encarceramento, quando o indivíduo já se encontrava no regime semiaberto, cursando faculdade e sustentando a família com trabalho remunerado no interior do presídio. A sua transferência, que foi refutada por mim, teria como consequência a sua remoção para outra cidade e a interrupção de todo o trabalho destinado à sua recuperação", disse o juiz magistrado.

 http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/04/conheca-o-presidio-exclusivo-de-pms-para-onde-podem-ir-reus-do-carandiru.html

Mulher de Tamerlan Tsarnaev diz que soube que ele era suspeito pela TV

Segundo reportagem da WCVB, familiares disseram que ele era 'infeliz'.
Tamerlan foi morto em confronto policial após ataque à Maratona de Boston.

A mulher de Tamerlan Tsarnaev, suspeito pelos ataques à Maratona de Boston morto em confronto com a polícia, disse por meio de seu advogado que seu marido estava em casa quando ela saiu para trabalhar na última quinta-feira e que soube que ele era suspeito pela TV. A informação foi veiculada pela rede de TV americana WCVB. Segundo a emissora, Katherine Russell é um dos alvos da investigação e está com sua família em Rhode Island.

Os ataques à maratona deixaram três mortos e cerca de 180 feridos. O outro suspeito, irmão de Tamerlan, foi capturado pela polícia na última sexta-feira e está internado. O universitário de origem chechena deve ser denunciado por crimes federais já nesta segunda-feira (22), enquanto permanece hospitalizado sob vigilância armada, com graves ferimentos e impossibilitado de falar. Na noite de domingo, a imprensa informou que ele estava consciente e respondendo por escrito a perguntas, mas a polícia de Boston não confirmou isso.

Ainda segundo a rede WCVB, membros da família Tsarnaev disseram que Tamerlan era infeliz e violento, e que o jovem de origem chechena tornou-se cada vez mais militante nas suas crenças.

Pessoas próximas a Tamerlan, segundo a reportagem, disseram que ele mudou depois de uma viagem de seis meses para a Rússia no ano passado. O FBI já havia confirmado que autoridades russas acreditava que ele era um "seguidor do islamismo radical". O FBI disse que o investigou, mas que não encontrou nenhuma atividade considerada suspeita.
Imagem deste domingo (21) mostra Katherine Russell Tsarnaev deixando carro na casa da família, em Rhode Island (Foto: Katie Zezima/AP)Imagem deste domingo (21) mostra Katherine Russell Tsarnaev deixando carro na casa da família, em Rhode Island (Foto: Katie Zezima/AP)
Casal observa homenagens feitas na rua Boylston para as vítimas dos ataques à maratona, em Boston (Foto: Brian Snyder/Reuters)Casal observa homenagens feitas na rua Boylston para as vítimas dos ataques à maratona, em Boston (Foto: Brian Snyder/Reuters)
 
G1