Um dia após manifestações em todo o Brasil, ex-presidente mandou duro recado à governante petista
O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso afirmou, nesta
segunda-feira (17), que uma eventual renúncia da presidente Dilma
Rousseff seria um "gesto de grandeza". Em uma postagem em sua página no
Facebook, FHC mandou um duro recado a Dilma, um dia após manifestações
por todo o País terem reunido milhares de pessoas, a maioria pedindo o
impeachment da governante petista.
"O mais significativo das demonstrações, como as de ontem, é a persistência do sentimento popular de que o governo, embora legal, é ilegítimo. Falta-lhe a base moral, que foi corroída pelas falcatruas do lulopetismo", disse FHC.
O tucano também deu a entender que "acordos de cúpula", como a Agenda Brasil, costurada em conjunto com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), para tentar tirar o foco da crise econômica e política, são "conchavos".
"A esta altura, os conchavos de cúpula só aumentam a reação popular negativa e não devolvem legitimidade ao governo, isto é, a aceitação de seu direito de mandar, de conduzir", afirmou o ex-presidente. "Se a própria Presidente não for capaz do gesto de grandeza (renúncia ou a voz franca de que errou, e sabe apontar os caminhos da recuperação nacional), assistiremos à desarticulação crescente do governo e do Congresso, a golpes de Lava Jato."
FHC também fez referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, na manifestação em Brasília, foi "homenageado" com um enorme boneco inflável vestido de presidiário.
"Com a metáfora do boneco vestido de presidiário, a Presidente, mesmo que pessoalmente possa se salvaguardar, sofre contaminação dos malfeitos de seu patrono e vai perdendo condições de governa."
FHC termina a mensagem comparando a situação atual ao cenário que antecedeu o impeachment do ex-presidente Fernando Collor. "Até que algum líder com força moral diga, como o fez Ulysses Guimarães, com a Constituição na mão, ao Collor: você pensa que é presidente, mas já não é mais."
"O mais significativo das demonstrações, como as de ontem, é a persistência do sentimento popular de que o governo, embora legal, é ilegítimo. Falta-lhe a base moral, que foi corroída pelas falcatruas do lulopetismo", disse FHC.
O tucano também deu a entender que "acordos de cúpula", como a Agenda Brasil, costurada em conjunto com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), para tentar tirar o foco da crise econômica e política, são "conchavos".
"A esta altura, os conchavos de cúpula só aumentam a reação popular negativa e não devolvem legitimidade ao governo, isto é, a aceitação de seu direito de mandar, de conduzir", afirmou o ex-presidente. "Se a própria Presidente não for capaz do gesto de grandeza (renúncia ou a voz franca de que errou, e sabe apontar os caminhos da recuperação nacional), assistiremos à desarticulação crescente do governo e do Congresso, a golpes de Lava Jato."
FHC também fez referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, na manifestação em Brasília, foi "homenageado" com um enorme boneco inflável vestido de presidiário.
"Com a metáfora do boneco vestido de presidiário, a Presidente, mesmo que pessoalmente possa se salvaguardar, sofre contaminação dos malfeitos de seu patrono e vai perdendo condições de governa."
FHC termina a mensagem comparando a situação atual ao cenário que antecedeu o impeachment do ex-presidente Fernando Collor. "Até que algum líder com força moral diga, como o fez Ulysses Guimarães, com a Constituição na mão, ao Collor: você pensa que é presidente, mas já não é mais."
http://www.istoe.com.br/reportagens/432421_RENUNCIA+DE+DILMA+SERIA+GESTO+DE+GRANDEZA+DIZ+FHC