segunda-feira, 27 de maio de 2013

Cerca de um terço das mortes em SP é por motivos fúteis, diz secretaria


Campanha 'Conte até 10. Paz. Essa é a atitude' foi lançada nesta segunda.
Na semana passada, casal foi assassinado por vizinho após discussão.

Cartaz usa campeões de UFC e judô para passar uma mensagem de paz. (Foto: Divulgação/Secretaria de Segurança Pública)Cartaz de campanha usa campeões de UFC e judô.
(Foto: Divulgação/Secretaria de Segurança Pública)
 
Cerca de um terço dos casos de homicídio registrados no Estado de São Paulo acontece por motivos fúteis, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública. Em um evento realizado na manhã desta segunda-feira (27), no Centro de São Paulo, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) lançou no Estado a campanha “Conte até 10. Paz. Essa é a atitude”, para conscientizar a sociedade de que muitos homicídios são cometidos por impulso, em momentos de nervosismo e raiva.

Segundo o secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, essas ocorrências poderiam ser evitadas caso a pessoa se acalmasse antes de agir. Na semana passada, uma briga entre vizinhos resultou na morte de três pessoas em um condomínio de alto padrão na Grande São Paulo. O barulho teria motivado o crime.

A capital paulista e a Grande São Paulo, além de algumas regiões do interior, como Campinas, Baixada Santista e Vale do Paraíba, vão receber anúncios de referência à ação em jornais e rádios. Escolas estaduais e estações de trem e metrô também terão cartazes.
A ação terá a participação dos lutadores Anderson Silva e Junior Cigano, campeões do UFC, e dos judocas Leandro Guilheiro e Sarah Menezes, medalhistas olímpicos. “A escolha desses lutadores é porque, na vida pessoal, eles defendem a paz nas relações com suas famílias, amigos e sociedade em geral. E, por serem atletas, são pessoas que naturalmente precisam desenvolver a disciplina e a tolerância, além de serem ídolos", afirmou a coordenadoria da campanha, Taís Shilling Ferraz.

A campanha foi criada pelo Conselho Nacional do Ministério Público em parceria com a Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), integrada pelo CNMP, Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Ministério da Justiça, apoiada pelo Governo de São Paulo.

Caso em Alphaville
Na última quinta-feira (23), uma briga entre vizinhos resultou na morte de três pessoas em um condomínio de alto padrão de Alphaville, bairro nobre de Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo. Vicente D'Alessio, empresário do setor de metalurgia, de 62 anos, matou a dentista Miriam Cecília Amstalden Baida, de 37 anos, e o marido dela, Fábio de Rezende Rubim, de 40 anos, devido ao barulho que os vizinhos faziam. O homem disparou ao menos seis vezes contra eles e depois se matou.

Vicente e sua esposa assistiam à televisão quando ele reclamou com a mulher do barulho que vinha do apartamento das vítimas - segundo testemunhas, os vizinhos sempre discutiam por este motivo. O empresário, então, disse a sua esposa que iria resolver o problema de barulho matando Miriam e Fábio. A esposa de Vicente tentou evitar o crime. O empresário, que morava no 11º andar, abaixo do apartamento das vítimas, foi ao andar de cima e matou o casal.

A mulher de Vicente informou que ele tinha síndrome de Guillain-Barré, uma doença que ataca o sistema autoimune. Por isso, usava diariamente um medicamento à base de morfina. Ele já havia sido internado por causa da doença. A polícia investiga agora se algum tipo de surto pode ter motivado o assassinato.

A filha do casal assassinado, de apenas 1 ano e meio, estava no apartamento, mas não se feriu. A menina está com os avós maternos.

 http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/05/cerca-de-um-terco-das-mortes-em-sp-e-por-motivos-futeis-diz-secretaria.html

Caixa pede desculpas por informar errado sobre Bolsa Família

Banco havia negado pagamento antecipado antes de boato e desmentiu.
Presidente Jorge Hereda disse que momento de 'crise' motivou 'imprecisão'.


O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, pediu desculpas nesta segunda-feira (27) pelas informações incorretas divulgadas pelo banco sobre a liberação antecipada dos recursos do programa Bolsa Família. No fim de semana retrasado, boatos sobre o fim do programa levaram milhares às agências em ao menos 12 estados do país.

Na segunda-feira (20) passada, o vice-presidente de Habitação da Caixa, José Urbano, informou em entrevista que a antecipação do pagamento só foi realizada no sábado (18), após a divulgação dos boatos, para preservar a integridade física dos beneficiários que fossem em busca do seu benefício.

Em nota divulgada neste sábado (25), porém, o banco voltou atrás e disse que os pagamentos foram liberados na sexta-feira (17), um dia antes do início dos boatos de que o programa seria suspenso.

Em entrevista à imprensa nesta segunda-feira, Jorge Hereda disse que a Caixa viveu uma situação de crise, o que motivou a divulgação das informações erradas.

“É sabido, tem se falado muito que a Caixa mentiu na hora na hora que ele [José Urbano, vice-presidente de Habitação da Caixa] foi fazer a entrevista. No momento em que estamos vivendo uma crise, o único pensamento que a Caixa tinha era esclarecer as pessoas. Tivemos uma informação equivocada com relação à data que se abriu o sistema e isso gerou uma informação imprecisa da Caixa”, disse Hereda.

“Essa imprecisão só se justifica pelo momento que a gente estava vivendo, e eu peço desculpa a todos por essa manifestação da gente. Só quem viveu uma crise sabe é o que ter, naquele momento, todas as informações necessárias e ser preciso nas informações”, afirmou.
Jorge Hereda negou que a antecipação dos pagamentos tenha contribuído para a propagação dos boatos e disse que não houve “colapso” no sistema da Caixa. “Não existe a possibilidade de o sistema da Caixa ter provocado uma coisa desse tamanho”, disse.

O presidente explicou que houve antecipação dos saques fora da data prevista no calendário individual devido a alterações no Cadastro de Informações Sociais do governo, sistema pelo qual são pagos diversos benefícios sociais, entre eles o Bolsa Família.

Uma atualização do sistema feita entre março e abril deste ano, de acordo com Hereda, identificou 700 mil a 1 milhão de beneficiários portadores de mais de um Número de Identificação Social (NIS). Com a atualização, essas pessoas passaram a ter apenas o número mais antigo do NIS, o que poderia gerar confusão na hora do pagamento, segundo o presidente.

“Se esse cidadão que teve seu NIS alterado chegasse no dia do pagamento dele e não recebesse, ele não ia entender que ele estaria em outro dia. Para evitar que o cidadão chegasse à Caixa e ficasse sem essa informação, nós abrimos o pagamento”, justificou Hereda.

A decisão de liberar o pagamento a partir do início da manhã de sexta-feira (17) foi “operacional” e não passou pela diretoria do banco, segundo o presidente.

A antecipação, porém, não foi informada aos beneficiários e ficou restrita à área técnica da Caixa. O próprio vice-presidente de Habitação, quando prestou os esclarecimentos iniciais, não sabia que os saques estavam liberados desde sexta-feira.

“No meio da crise, essa informação circulou com imprecisão dentro da Caixa. Essa não é uma decisão que passa pela diretoria. É uma decisão específica de uma área da Caixa que paga o Bolsa Família há dez ano. Essa área não pede autorização da diretoria para fazer o seu trabalho”, disse Hereda.

À noite, o banco divulgou nota buscando esclarecer a mudança no cronograma normal de pagamentos. Leia a íntegra:

NOTA DA CAIXA
A Caixa Econômica Federal afirma que não há qualquer relação entre a movimentação verificada a partir das 13 horas de sábado (18), em alguns estados (13 estados no total), e a flexibilização do saque do benefício do Bolsa Família fora da data prevista no calendário de pagamentos do Programa. Ao contrário, o fato de o calendário estar liberado evitou um problema maior caso as famílias não tivessem acesso ao seu benefício.

Diante dos acontecimentos do fim de semana, a preocupação do banco naquele momento era transmitir segurança e tranquilidade aos beneficiários de que os pagamentos estavam assegurados, além de evitar quaisquer outros fatos que provocassem o surgimento de novos tumultos, principalmente em razão das consequências danosas dos boatos. A partir de segunda-feira (20), o pagamento foi normalizado em todos os estados.

A CAIXA faz a gestão do programa Bolsa Família há dez anos. Em 2012, o banco realizou 156,1 milhões de pagamentos de benefícios do Programa, no valor de R$ 20,2 bilhões. No primeiro quadrimestre de 2013, foram pagos 52,2 milhões de benefícios, no valor de R$ 7,6 bilhões.

Em março deste ano, foi implantado o novo Cadastro de Informações Sociais, que conta com cerca de 200 milhões de número de inscrições, com o objetivo de aprimorar o sistema e controles.

Nesse processo, aproximadamente 700 mil beneficiários tiveram seu NIS (Número de Inscrição) unificado, fazendo com que aqueles que tivessem mais de um número de inscrição passassem a ter apenas um, valendo o NIS mais antigo.

Para garantir que esses beneficiários não estivessem impedidos de buscar os seus benefícios nas datas que usualmente tinham por referência, considerando o número que prevaleceu,  foram adotas medidas operacionais de atendimento e acompanhamento dos saques.

As medidas adotadas visaram  assegurar o pagamento aos beneficiários por meio dos cartões que já possuem, garantindo a facilidade do acesso do benefício às famílias.  O comportamento das famílias observado ao longo de dez anos de gestão do Programa é de busca do pagamento do benefício na data do calendário.

Assim, foi implementada a flexibilização, provisória e temporária, para o início do calendário da folha do mês de maio, tendo como determinante o comportamento histórico da procura pelo saque dos benefícios e, principalmente, a premissa de sempre e necessariamente assegurar o acesso ao Bolsa Família,  já que o Programa tem entre suas finalidades a transferência de renda para promoção do alívio imediato da pobreza.

Considerando que as condições de saque do programa são conhecidas pelos beneficiários, inclusive quanto à validade de 90 dias das parcelas mensais do Programa e que existe um comportamento habitual de procura mensal pelo benefício, no qual 20% a 30% das famílias não buscam o benefício na data prevista, não houve divulgação das medidas adotadas.

Tanto é assim, que não houve alteração da quantidade histórica de pagamento. Na sexta-feira (17), o volume de saques foi inclusive inferior ao mesmo período do mês anterior, com um total de 649 mil saques. Em abril de 2013, foram realizados 852 mil saques no primeiro dia do calendário. Portanto, os dados atestam a normalidade dos pagamentos realizados durante toda a sexta-feira (17) e também na manhã do sábado (18) em todos estados do país.

Somente em torno das 13 horas do sábado (18) é que se verifica o início da anormalidade de saques particularmente em alguns estados, quando também começaram a circular notícias sobre os boatos em relação ao Bolsa Família. Os demais estados mantiveram a normalidade dos pagamentos.

Os dados reforçam que não foi a flexibilização dos pagamentos que causou corrida às agências e canais de atendimento da CAIXA.

Para garantir o acesso aos benefícios e a integridade física das pessoas, o banco manteve o procedimento de disponibilizar os pagamentos durante o fim de semana, independente da data prevista no calendário de pagamentos.

O banco tem total interesse na apuração dos fatos e reafirma que aguarda as investigações da Polícia Federal em relação a origem dos boatos.

 http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/05/caixa-pede-desculpas-por-informar-errado-sobre-bolsa-familia.html

Anvisa decide manter venda de emagrecedor a base de sibutramina

Decisão colegiada ocorre após agência analisar remédio por um ano.
Diretor defendeu suspensão imediata da venda do medicamento.

A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta segunda-feira (27), por dois votos a um, manter no Brasil o comércio de medicamentos emagrecedores a base de sibutramina.

A decisão ocorre depois de a área técnica da agência realizar ao longo de um ano estudos sobre os riscos do medicamento para a saúde humana.

Desenvolvida como antidepressivo, a sibutramina é uma substância aplicada no tratamento de obesidade, vendida mediante prescrição médica. Em 2011, a agência impôs regras mais rigorosas para o comércio.

A validade da receita médica, por exemplo, foi reduzida de 60 dias para 30 dias. A medida foi tomada em virtude de um dos principais estudos científicos já feitos sobre a sibutramina, chamado de Scout, que apontou que o medicamento aumentaria em 16% o risco de doenças cardiovasculares em pacientes com histórico prévio.

A pesquisa Scout (Sibutramine Cardiovascular Outcome Trial) fez a agência reguladora europeia banir a sibutramina. Estados Unidos, Canadá e Austrália também baniram o produto. O estudo contou com 9 mil pacientes obesos, monitorados durante cinco anos. Parte deles recebeu sibutramina e outra parte tomou uma medicação sem efeito (placebo).

Debate
Nesta segunda, a reunião do colegiado da Anvisa discutiu a implementação das normas de 2011 que restringem a venda de sibutramina.

O membro do colegiado, José Agenor Silva, que havia pedido mais tempo para analisar o processo, foi o único dos atuais três integrantes da diretoria a votar pela suspensão imediata da venda de produtos com a substância no país -- o colegiado é formado por cinco membros, mas, atualmente, duas cadeiras que compõem a diretoria estão desocupadas.

Segundo Silva, que é diretor de controle e monitoramento sanitário da Anvisa, os estudos já realizados sobre a sibutramina ainda não permitem especificar todas as reações adversas que o produto pode causar. “Não sendo possível especificar quais são as principais reações observadas, não é possível avaliar a correspondência entre a gravidade dessas reações e as medidas que foram adotadas pelas empresas”, disse o diretor.

De acordo com Silva, outros países que se basearam no mesmo estudo internacional que a Anvisa sobre a sibutramina acabaram banindo o comércio com a substância.

“Na literatura internacional sobre o tema e em eventuais manifestações das agências reguladoras internacionais não foram identificadas nenhuma mudança no perfil de eficácia e segurança do medicamento em relação ao que foi considerado à época da proibição de uso dos países regulados. Por esse motivo, o medicamento segue proscrito (proibido) para sua utilidade em todos aqueles países e na União Europeia”, afirmou.

O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, defendeu a manutenção da venda do produto considerando o relatório que a Anvisa apresentou em 2011. Segundo ele, o documento tem conclusão diferente da apresentada no estudo internacional. “Esse texto [que estava sendo discutido] não se refere ao estudo Scout, se refere às conclusões que nós chegamos quando nós decidimos pela manutenção do produto no mercado. E nós decidimos manter a venda com restrições”, afirmou Barbano.

Decisão válida por dois anos
De acordo com o Barbano, a decisão desta segunda vale por pelo menos dois anos, quando um novo relatório deverá ser divulgado pela Anvisa apontando a manutenção ou proibição da venda do produto.

“A sibutramina fica no mercado com as mesmas regras de hoje, os mesmos limites de quantidade para prescrição, a obrigatoriedade do termo de responsabilidade por parte do médico. Somente aqueles pacientes cujos riscos não foram identificados no estudo Scout estão usando a sibutramina”, disse o diretor da Anvisa.

 http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/05/anvisa-decide-manter-venda-de-emagrecedor-base-de-sibutramina.html

Enfermeiro se declara culpado pela morte de 11 idosos na Austrália

Roger Dean, de 37 anos, confessou ter colocado fogo no asilo em que trabalhava

Imagem feita após o incêndio mostra o enfermeiro recebendo oxigênio. Os parentes das vítimas choraram ao ouvir a confissão AFP PHOTO / FILES / Torsten BLACKWOOD
 
Um enfermeiro se declarou nesta segunda-feira (27) culpado pela morte de 11 idosos que morreram em um incêndio provocado em uma casa de repouso na cidade de Sydney em 2011, informa a imprensa local.

Roger Dean, de 37 anos, trabalhava como auxiliar médico no asilo quando provocou um incêndio no qual cinco deles morreram carbonizados e outros seis por causa das queimaduras.

Dean admitiu sua culpa nas 11 acusações de assassinato durante a primeira audiência do julgamento que se desenvolve na Corte Suprema do estado de Nova Gales do Sul.

O ex-enfermeiro também aceitou a acusação de causar graves danos físicos a outros oito idosos atingidos no incêndio do centro do subúrbio de Quakers Hill, onde estavam hospedados cerca de 80 residentes quando o incêndio começou no começo da manhã do dia 18 de novembro de 2011.

Os parentes das vítimas, cujas idades oscilavam entre 73 e 97 anos, choraram ao escutar a admissão de culpabilidade por assassinato de Dean.

http://noticias.r7.com/internacional/enfermeiro-se-declara-culpado-pela-morte-de-11-idosos-na-australia-27052013

Jornalista de televisão da Síria é morta durante reportagem

Yara Abbas tinha 26 anos e foi atingida por um atirador


Uma jornalista síria morreu enquanto fazia uma reportagem para a televisão  Al-Ikhbariya. De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), ONG ligada aos rebeldes sediada em Londres, Yara Abbas, de 26 anos, teria sido atingida por um atirador.

Outro integrante da equipe também foi ferido. Segundo o G1, a matéria iria mostrar o conflito entre as tropas do regime e os rebeldes pelo controle da cidade de Qousseir.

A emissora, que é pró-governo, emitiu uma nota sobre o acontecimento. "O ministério da Informação anuncia que a companheira Yara Abbas entrou para o grupo dos mártires mortos por terroristas perto do aeroporto de Dabaa".  

http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-2/artigo/jornalista-de-televisao-da-siria-e-morta-durante-reportagem/