terça-feira, 10 de maio de 2016

Michel Temer prevê primeiro pronunciamento já na quinta-feira

Michel Temer (à esq.) ao lado de Henrique Meirelles, provável ministro da Fazenda de seu eventual governo
Michel Temer (à esq.) ao lado de Henrique Meirelles, provável ministro da Fazenda de seu eventual governo
O vice-presidente Michel Temer deve fazer seu primeiro pronunciamento na quinta-feira (12), caso o Senado aprove o afastamento da presidente da República, Dilma Rousseff. Mas o anúncio da equipe dos ministros do seu provável governo está sendo pensado para o domingo (15).

Aos convidados para assumir o cargo de ministro, Temer tem dito que o trabalho vai começar provavelmente no dia 15. A perspectiva é de uma transição difícil dentro do Palácio do Planalto, dada a alta presença de funcionários simpatizantes do PT.

O pronunciamento previsto para quinta está sendo finalizado com um dos marqueteiros do PMDB. A previsão é que o vice fale por quatro minutos e defenda, de forma genérica, o ajuste fiscal como condição para a retomada da confiança da economia e da geração de emprego. Temer vai pedir unidade nacional e pacificação para governar.

No fim de semana, o vice discutiu medidas a serem anunciadas com Henrique Meirelles, provável ministro da Fazenda.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2016/05/10/michel-temer-preve-primeiro-pronunciamento-ja-na-quinta-feira.htm

Waldir Maranhão a Temer: 'O Brasil precisa da gente, conte comigo'


Na conversa por telefone que tiveram para agendar um encontro no Palácio do Jaburu neste domingo, o presidente em exercício da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), saudou o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-RJ), com a seguinte frase, assim que ouviu a voz do outro lado da linha: "Presidente! O Brasil precisa da gente, e o senhor pode contar comigo". 

A promessa não durou dois dias. Apesar de Maranhão e Temer terem retornado a Brasília (DF), respectivamente, de São Luís (MA) e de São Paulo (SP) em voos da Força Aérea Brasileira, a reunião não ocorreu. 

Maranhão furou e acabou por jantar na companhia do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo (PT), e do governador de seu Estado, Flávio Dino (PCdoB). Temer foi surpreendido com a anulação da sessão de debates e votação do impeachment na Câmara nesta segunda. 

http://www.msn.com/pt-br/noticias/crise-politica/waldir-maranh%C3%A3o-a-temer-o-brasil-precisa-da-gente-conte-comigo/ar-BBsQnsB?li=AAggXC1

Suíça diz que devolverá dinheiro de Cunha se ele for condenado

O Supremo Tribunal Federal o afastou Cunha de suas funções 
 
O Ministério Público da Suíça informou na manhã desta terça-feira (10) que poderá devolver ao Brasil o dinheiro do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), bloqueados desde 2015. Mas, para isso, Cunha terá de ser condenado nos processos que correm no Brasil, com o confisco definitivo do dinheiro.

Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal o afastou de suas funções, atendendo a um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Cunha é ainda réu em uma ação penal no Supremo, além de responder a uma denúncia e a três outros inquéritos em investigações relacionadas com a Operação Lava Jato.

Segundo o Ministério Público (MP) em Berna, o Brasil "solicitou assistência legal para congelar as contas de Cunha". Apesar de não especificar quando o pedido foi feito, a procuradoria indica que o pedido realizado por Brasília foi atendido. "Os ativos foram congelados", afirmou a procuradoria, por meio de sua assessoria de imprensa.

"Agora, os ativos continuam bloqueados até que haja uma decisão das autoridades brasileiras ou sua liberação por uma corte brasileira", explicou. "Apenas depois de uma sentença definitiva de confisco é que os ativos poderão ser enviados ao Brasil".

US$ 120 milhões já foram devolvidos

Mais de US$ 120 milhões em ativos suspeitos encontrados em contas na Suíça foram já devolvidos. No final de outubro de 2015, o ministro Teori Zavascki determinou a transferência do dinheiro da Suíça para o Brasil, num volume de cerca de 2,5 milhões de francos suíços (R$ 8,6 milhões).

Também no final do ano passado, o MP da Suíça afirmou que transferiu ao Brasil, "de forma definitiva", todos os documentos e detalhes de contas bancárias encontradas em nome de Cunha.

Ele chegou a abrir um processo na Justiça suíça para impedir o envio da documentação. Mas, em duas instâncias diferentes, foi derrotado. "Uma queixa contra a transferência do processo criminal ao Brasil foi rejeitada pelo Tribunal Penal Federação e pela Suprema Corte Federal", indicou o MP.

"Portanto, a investigação criminal foi transferida de forma definitiva às autoridades brasileiras", apontou a Procuradoria. "Nenhuma outra relação bancária de E. Cunha na Suíça é conhecida pelo escritório do procurador-geral", completou. Na Suíça, papéis revelaram que Cunha mantinha contas, com a mulher e a filha também como beneficiárias dos ativos.

Cunha nega e aponta que era apenas usufrutuário dos valores. Em 36 depósitos, o presidente afastado da Câmara ainda teria recebido R$ 52 milhões em bancos na Suíça e em Israel.

A informação não foi comentada pelo MP em Berna. Os suíços, ainda assim, confirmaram que abriram "um processo criminal contra Eduardo Cunha, com base em suspeitas de lavagem de dinheiro, em sequência ampliada para corrupção passiva".

Os suíços voltaram a confirmar que, "em abril de 2015, a Procuradoria recebeu um informe de lavagem de dinheiro de um banco suíço".

"Após a abertura do processo, os ativos de Eduardo Cunha foram congelados", indicou o MP. A Procuradoria também explicou o motivo pelo qual optou por transferir o caso ao Brasil. "Como Eduardo Cunha é um cidadão brasileiro, ele não pode ser extraditado para a Suíça", afirmou.

"Por esse motivo, a Procuradoria enviou um pedido de transferência do processo contra E. Cunha ao Brasil com o objetivo de assegurar que a questão seja investigada e julgada pelas autoridades judiciais brasileiras", afirmou o MP do país.

http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/brasil/2016/05/10/suica-diz-que-devolvera-dinheiro-de-cunha-se-ele-for-condenado.htm

Manifestantes bloqueiam avenidas de SP contra o impeachment

Manifestantes ocuparam na manhã desta terça-feira (10) a marginal Tietê, nas imediações da ponte do Tatuapé, como parte de uma série de protestos contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Mais cedo, os integrantes de movimentos sociais haviam interrompido o trânsito nos dois sentidos da avenida 23 de Maio, próximo ao Terminal Bandeira, na marginal Pinheiros, perto da ponte do Brooklin, e na rodovia Hélio Schmidt, que dá acesso ao Aeroporto Internacional de Guarulhos. 

Manifestantes ocuparam na manhã desta terça-feira (10) a marginal Tietê, nas imediações da ponte do Tatuapé, como parte de uma série de protestos contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Mais cedo, os integrantes de movimentos sociais haviam interrompido o trânsito nos dois sentidos da avenida 23 de Maio, próximo ao Terminal Bandeira, na marginal Pinheiros, perto da ponte do Brooklin, e na rodovia Hélio Schmidt, que dá acesso ao Aeroporto Internacional de Guarulhos.  

Manifestantes atearam fogo a pneus em ato contra o impeachment ao lado da praça da Bandeira
Manifestantes atearam fogo a pneus em ato contra o impeachment ao lado da praça da Bandeira
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Os atos começaram simultaneamente por volta das 6h30 da manhã. No entanto, às 7h30 a rodovia Hélio Schmidt e a marginal Pinheiros, na região do Morumbi, permaneciam parcialmente ocupadas por manifestantes.
O coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim, contestou a argumentação usada para o processo de destituição de Dilma. “Eles podem dizer que é uma violência fechar uma avenida como a 23 de Maio e outros pontos na cidade de São Paulo. Mas não é uma violência em comparação com o que eles estão fazendo com a Constituição brasileira. Está tendo um processo de impeachment que não tem embasamento jurídico, essa é a maior violência”, ressaltou em entrevista logo após o fim do bloqueio próximo ao Terminal Bandeira.
Manifestante é preso durante protesto na marginal Tietê, próximo à Ponte do Tatuapé, em São Paulo (SP)
Manifestante é preso durante protesto na marginal Tietê, próximo à Ponte do Tatuapé, em São Paulo (SP)
Foto: Florio E./Futura Press
As principais preocupações dos movimentos são em relação aos direitos trabalhistas e aos programas sociais. “Um eventual governo Temer já sinalizou que será um governo de ataque às conquistas dos trabalhadores, no sentido das leis trabalhistas e previdenciária, dos programas sociais e da própria soberania do nosso país”, disse Bonfim.
Para o coordenador, a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, de anular a sessão que aprovou a continuidade do impeachment e as repercussões do fato explicitam os problemas do sistema político.
“É uma situação que demonstra a fragilidade, fragmentação e falta de autoridade do Congresso Nacional, tanto da Câmara dos Deputados, quanto do Senado”, disse, ao defender a necessidade de uma reforma no sistema político.
Maranhão decidiu ontem acatar um recurso da Advocacia-Geral da União e anular a sessão que votou pela abertura de processo de impedimento contra Dilma. A decisão foi, entretanto, ignorada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, que determinou que fosse lido o parecer favorável à admissibilidade do processo no plenário da Casa. Com isso, começou a contar o prazo de 48 horas para que os senadores votem a admissibilidade e o afastamento da presidenta por 180 dias, o que deve ocorrer nesta quarta-feira (11).
Manifestantes interditam a marginal Tietê, próximo à Ponte do Tatuapé, em São Paulo (SP)
Manifestantes interditam a marginal Tietê, próximo à Ponte do Tatuapé, em São Paulo (SP) 
 
http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/trabalhadores-bloqueiam-avenidas-de-sao-paulo-em-protestos-contra-o-impeachment,e2760ecfc6c747b83bfb2a8f766a58aejr7gcjo8.html

Maranhão revoga sua decisão de anular votação do impeachment

Presidente interino da Câmara volta atrás quanto a cancelamento das sessões em que foi votado processo contra Dilma.

Pouco depois de anular as sessões em que foi aprovado o processo de impeachment na Câmara dos Deputados, o presidente interino da Casa, Waldir Maranhão, voltou atrás ainda na segunda-feira (9).  


Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Maranhão assinou dois ofícios – um com a revogação da decisão de anular as sessões do Plenário da Câmara dos dias 15,16 e 17 de abril e outro endereçado ao presidente do Senado, Renan Calheiros, em que comunica a nova deliberação, sem justificá-la. Foi nessas três sessões que os deputados deliberaram sobre a denúncia por crime de responsabilidade contra a presidente Dilma Rousseff. 

Maranhão voltou atrás após ser criticado por juristas e sofrer pressão do próprio partido, o PP, que ameaçava expulsá-lo, e na Câmara. A maioria dos partidos decidiu convocar uma sessão à sua revelia para revogar a decisão do presidente interino de anular a votação do impeachment, segundo a Folha de S.Paulo . O partido PHS chegou até a protocolar um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Corte derrubasse a medida de Maranhão. 

Calheiros também havia ignorado a deliberação de Maranhão, chamando-a de "brincadeira com a democracia", e anunciado que daria continuidade ao processo de impeachment de Dilma. A votação no Senado sobre a admissibilidade do impeachment da presidente deve ser realizada nesta quarta-feira. 

http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/impeachment/maranhao-revoga-decisao-de-anular-votacao-do-impeachment,50c5a77a065f3cf9a62428999e02edf9no1ndgyu.html

Renan rejeita anulação e mantém processo de impeachment

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou há pouco a decisão de manter o trâmite do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff no Senado. Renan decidiu ignorar a decisão do presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), que anulou a sessão da Câmara que aprovou a continuidade do processo.

Foto: Charles Sholl / Futura Press
Renan Calheiros disse que não procede a argumentação de Waldir Maranhão sobre a forma que a decisão da Câmara deveria ter sido comunicada ao Senado. "Aceitar essa brincadeira com a democracia seria ficar pessoalmente comprometido com o atraso do processo. Ao fim e ao cabo, não cabe ao presidente do Senado Federal dizer se o processo é justo ou injusto", disse o presidente do Senado. 

Com isso, Renan Calheiros determinou que o relator do processo na Comissão Especial do Impeachment do Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG), faça a leitura do seu relatório pela admissibilidade do processo no plenário da Casa. Após a leitura, começará a contar o prazo de 48 horas para que os senadores votem a admissibilidade e o afastamento imediato da presidenta, o que deve ocorrer na quarta-feira (11).
Foto: Charles Sholl / Futura Press
Vícios no processo
O presidente interino da Câmara dos Deputados, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), anulou hoje (9) as sessões do dias 15, 16 e 17 de abril, quando os deputados federais aprovaram a continuidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Ele acatou pedido feito pela Advocacia-Geral da União (AGU).  A informação é da presidência da Câmara. 

Com a aprovação na Câmara, o processo seguiu para o Senado. Waldir Maranhão solicitou ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a devolução dos autos do processo. O presidente interino da Câmara determinou nova sessão para votação do processo de impeachment na Casa, a contar de cinco sessões a partir de hoje (9). 

Waldir Maranhão, que assumiu a presidência após afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acolheu os argumentos do advogado-geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, por entender que ocorreram vícios no processo de votação, tornando-a nula. 

Ele considerou que os partidos políticos não poderiam ter fechado questão ou orientado as bancadas a votarem de um jeito ou de outro sobre o processo de impeachment. “Uma vez que, no caso, [os deputados] deveriam votar de acordo com suas convicções pessoais e livremente”, diz nota do presidente interino divulgada à imprensa. 

Maranhão também considera que os deputados não poderiam ter anunciado publicamente os votos antes da votação em plenário em declarações dadas à imprensa. Considerou ainda que o resultado da votação deveria ter sido formalizado por resolução, como define o Regimento Interno da Casa. 

Considerado aliado de Cunha na composição da Mesa Diretora, Waldir Maranhão votou contra o prosseguimento do processo de impeachment de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Waldir Maranhão mudou de voto em cima da hora, contrariando a orientação nacional do PP, seu partido. Devido à atitude, o deputado foi destituído da presidência do diretório estadual do partido no Maranhão. Maranhão também investigada na Operação Lava Jato. 

http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/impeachment/renan-nao-acata-decisao-de-maranhao-e-da-continuidade-ao-processo-de-impeachment,e8c2ae55f222a97f271d054deda57550ioqash75.html