domingo, 26 de outubro de 2014

Denúncia da Veja é um processo golpista, afirma Dilma

(Foto: AP)(Foto: AP)
 
A presidente da República, Dilma Rousseff (PT), voltou a classificar a reportagem da revista Veja - segundo a qual ela e o ex-presidente Lula tinham conhecimento das irregularidades ocorridas na Petrobras - de "processo golpista" . De acordo com Dilma, a denúncia não coaduna com uma situação democrática.

Perguntada, em entrevista em Porto Alegre, sobre a possibilidade de vencer a eleição mas não poder governar em um eventual processo de impeachment, a presidente afirmou que a denúncia em si é absurda. "Tenho uma vida inteira que demonstra meu repúdio à corrupção. Não compactuo com a corrupção, nunca compactuei. Quero que provem que compactuo, e não esse tipo de situação que insinua sem provas", disse em coletiva na capital gaúcha, antes de participar de caminhada com militantes no centro da cidade.

Dilma disse que investigará "a fundo" tanto o caso da Petrobras como outros casos de corrupção do Brasil, "doa a quem doer". Segundo ela, o Brasil sempre engavetou ou deixou prescrever esse tipo de processo. "Comigo não vai acontecer isso", falou.

Visivelmente indignada, a presidente também disse que os responsáveis por injúrias e calúnias devem ser punidos. "Vou informar à nação, não dessa forma seletiva que permite que bandidos que tentam salvar a sua própria pele façam acordos políticos e digam coisas sem fundamento", afirmou, referindo-se ao doleiro Alberto Youssef, que assinou um acordo de delação premiada e teria feito acusações contra Dilma e Lula, segundo a revista Veja.

"Não se pode tratar uma presidente da República assim a três dias da eleição. Por que isso não apareceu antes, que história é essa?", questionou Dilma. "Minha indignação é proporcional à injustiça que estão cometendo e ao uso político que estão fazendo disso."

Dilma aproveitou para lamentar os atos de vandalismo na noite de ontem na sede da Editora Abril que publica a revista. "Não concordo, repudio todas as formas de violência como resposta e discussão política. Isso é uma barbárie, não deve ocorrer, deve ser coibido. Ou seja, nós só podemos aceitar um padrão de discussão que seja pacífico, com argumentos, e que defenda posições e não ataque uns aos outros", revelou.

Antes de responder às perguntas de jornalistas, Dilma fez uma "conclamação" para que haja participação massiva na votação de amanhã. "Do mais rico ao mais pobre, todos têm o mesmo poder diante das urnas", disse.

Após conversar com a imprensa, Dilma seguiu para uma caminhada pelo centro de Porto Alegre em um carro de som, acompanhada do governador Tarso Genro (PT), candidato à reeleição, e de militantes. Depois, ela segue para a casa da família na capital gaúcha.

 https://br.noticias.yahoo.com/den%C3%BAncia-veja-%C3%A9-processo-golpista-afirma-dilma-153900865.html

Mulher é enforcada no Irã por assassinato


Uma jovem iraniana de 26 anos, Reyhaneh Jabbari, condenada à morte pelo assassinato de um homem, foi enforcada na manhã deste sábado, apesar dos apelos internacionais para poupá-la, informou a agência de notícias oficial Irna.

A Anistia Internacional, que havia afirmado em um comunicado na sexta-feira que a mulher seria executada, condenou o enforcamento da jovem, considerando o ato "uma nova mancha nos direitos humanos do Irã e uma afronta à justiça".

Na página no Facebook criada para apoiar Reynhaneh Jabbari aparece agora a mensagem "Descanse em Paz".

Reyhaneh Jabbari foi condenada à morte pelo assassinato, em julho de 2007, de Morteza Abdolali Sarbandi, um cirurgião e ex-funcionário do ministério da Inteligência, em um julgamento considerado como "parcial" pela Anistia Internacional.

Desde então, artistas e membros da sociedade civil reclamavam clemência, assim como organizações internacionais de direitos humanos.

Um perito especial da ONU sobre o Irã fez um apelo em abril a Teerã para que suspendesse a execução, alegando que o tribunal não havia considerado todas as evidências e que as confissões da decoradora tinham sido obtidas por meio de coação.

De acordo com "fontes confiáveis" citadas pelo especialista, Morteza Abdolali Sarbandi teria agredido fisicamente e sexualmente a jovem que, tentando se defender, esfaqueou o homem antes de fugir e chamar uma ambulância.


Mas a justiça iraniana rejeitou as críticas, afirmando que o assassinato foi premeditado,
Reyhaneh Jabbari "comprou uma faca de cozinha (...) dois dias antes da morte", e a utilizou para cometer o crime, segundo um comunicado do procurador federal.

Enfim, ela teria "enviado um SMS a um amigo, no qual diz que iria matá-lo, o que comprova a premeditação e que a afirmação da defesa sobre um estupro é sem fundamento", acrescenta o texto.
A Justiça iraniana havia dado várias oportunidades para a família da vítima perdoa-la, o que, de acordo com a sharia (lei islâmica) em vigor no Irã, permite que uma sentença de morte por assassinato seja anulada em troca de uma sentença de prisão.

Mas a família de Sarbandi se recusou, exigindo, segundo a imprensa, que Reyhaneh Jabbari falasse "a verdade".

"Em sua confissão, ela disse que um homem estava em seu apartamento quando meu pai foi esfaqueado, mas ela se recusa a dar a sua identidade", indicou Jalal, o filho de Morteza Abdolali Sarbandi, à imprensa em abril.

"Se ela disser a verdade, ela será perdoada, se não ela sofrerá retaliação" e, portanto, o enforcamento.
Sob a lei islâmica, assassinato, estupro, assalto à mão armada, tráfico de drogas e adultério são punidos com a pena de morte.

Em 2013, pelo menos 500 pessoas foram executadas no Irã, principalmente por delitos relacionados a drogas, segundo a ONU.

 https://br.noticias.yahoo.com/mulher-%C3%A9-enforcada-ir%C3%A3-assassinato-110707087.html