A consultoria PSR estima que, se o volume
de chuvas de novembro a abril ficar em 80% da média, o risco de
racionamento subirá para 35%
Redes de transmissão: consultorias apostam em aumentos médios de 20% a 25% na conta de luz no próximo ano |
O
risco de racionamento, hoje em 12%, pode quase triplicar caso as chuvas
no chamado período úmido voltem a decepcionar. E esse é só um dos
desafios que o setor elétrico enfrentará em 2015. Ao contrário do que
afirmou o ministro Guido Mantega, em entrevista ao Correio, o impacto do
desarranjo energético nas contas de luz será expressivo. Para
especialistas reunidos ontem no 2º Encontro Nacional de Consumidores
Livres, em Brasília, o quadro segue preocupante no ano que vem, com
problemas de abastecimento, institucionais, financeiros e de eficiência.
A consultoria PSR estima que, se o volume de chuvas de novembro a abril ficar em 80% da média, o risco de racionamento subirá para 35%. “Se vier mais úmido, a gente supera o risco de o racionamento ser decretado. Mas isso não quer dizer que os problemas estejam resolvidos porque os reservatórios precisarão de tempo para se recuperar”, lembrou Priscila Lino, sócia da PSR. A consultoria reviu a alta no custo médio da eletricidade este ano de 25% para 28% após a decisão do governo de congelar o repasse de R$ 4 bilhões à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), usada para socorrer o setor. “A energia sofrerá acréscimo médio de R$ 50 por megawatt/hora (MWh) em 2015”, afirmou ela.
Para o diretor executivo da Safira Energia, Mikio Kawai Júnior, as tarifas precisariam ser reajustadas de 20% a 25% no próximo ano para reduzir o rombo do setor, avaliado em R$ 60 bilhões. “A geração termelétrica de 2013 e 2014 ainda não foi paga. A liquidação do despacho térmico será feita em 2015, assim como parte do pagamento dos empréstimos às distribuidoras”, calculou. Mikio ressaltou que esse montante será pago pelos brasileiros, direta ou indiretamente, com aumento da carga de impostos.
A consultoria PSR estima que, se o volume de chuvas de novembro a abril ficar em 80% da média, o risco de racionamento subirá para 35%. “Se vier mais úmido, a gente supera o risco de o racionamento ser decretado. Mas isso não quer dizer que os problemas estejam resolvidos porque os reservatórios precisarão de tempo para se recuperar”, lembrou Priscila Lino, sócia da PSR. A consultoria reviu a alta no custo médio da eletricidade este ano de 25% para 28% após a decisão do governo de congelar o repasse de R$ 4 bilhões à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), usada para socorrer o setor. “A energia sofrerá acréscimo médio de R$ 50 por megawatt/hora (MWh) em 2015”, afirmou ela.
Para o diretor executivo da Safira Energia, Mikio Kawai Júnior, as tarifas precisariam ser reajustadas de 20% a 25% no próximo ano para reduzir o rombo do setor, avaliado em R$ 60 bilhões. “A geração termelétrica de 2013 e 2014 ainda não foi paga. A liquidação do despacho térmico será feita em 2015, assim como parte do pagamento dos empréstimos às distribuidoras”, calculou. Mikio ressaltou que esse montante será pago pelos brasileiros, direta ou indiretamente, com aumento da carga de impostos.
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2014/09/30/internas_economia,449623/seca-pode-triplicar-o-risco-de-racionamento-e-pesara-no-bolso-em-2015.shtml