Equipamentos começam a funcionar em janeiro de 2013
Câmeras vão ajudar o BPTrans (Batalhão de Trânsito)
da Polícia Militar nas abordagens dos motoristas que dirigem depois de
beber.
As seis câmeras vão ser usadas pelos policiais a partir da segunda
quinzena de janeiro. Elas ficarão em fase de teste por menos de um mês e
serão um recurso a mais para ajudar na comprovação do motorista
embriagado.
Não serão filmagens escondidas. O motorista vai saber que esta sendo
gravado. As câmeras registram imagens em alta resolução e gravam também o
áudio em uma distância de até 50 metros. Esse recurso está incluído no
novo texto da Lei Seca.
Desde que as novas regras da lei entraram em vigor, há uma semana, o
Detran (Departamento de Trânsito) flagrou 27 motoristas dirigindo depois
de beber. O BPTrans registrou outros 32 casos.
Desde 21 de dezembro, quem for pego dirigindo sob efeito do álcool vai
pagar multa de R$ 1.925. Até o relato de testemunhas é suficiente para
comprovar a embriaguez.O BPTrans admite que ainda é cedo pra confirmar
se essas novas regras ajudarão a reduzir os casos.
Utah obriga policiais a carregarem câmeras acopladas ao corpo.
Estamos ficando cada vez mais acostumados a
ver câmeras em supermercados, estacionamentos e aeroportos. Mas uma
unidade policial dos EUA foi além e tornou o uso do aparato obrigatório
nos óculos, capacetes e bonés de seus agentes
A ideia partiu da polícia de Salt Lake
City, no Estado americano do Utah, segundo a qual os policiais poderão, a
partir de agora, gravar qualquer interação com o público quando
estiverem em ação.
Segundo o chefe de polícia local, os
dispositivos são feitos de maneira a impedir os agentes de editar as
imagens e, assim, assegurar a transparência das operações.
Transparência
Conhecidos como Axon Flex, essas
ferramentas tecnológicas pertencem a uma empresa americana e são uma
versão mais avançada dos sistemas de vídeo já utilizados por cerca de
274 departamentos policiais em todo o país.
"Todos os nossos agentes estão usando a
câmera mais avançada diariamente", disse o comandante Scott Schubert, da
Polícia de Pittsburgh.
Ao contrário das câmeras posicionadas na
frente do carro, as câmeras instaladas nos capacetes e nos óculos
acompanham o agente a todo instante e registram tudo o que ele vê.
"Eu acho que é um ótimo recurso, pois
fornece transparência e ajuda a garantir a responsabilidade dos agentes e
do público durante uma operação de rotina", disse Schubert.
"O dispositivo também fornece informações
valiosas que podem contribuir para a solução de um crime, proteger
oficiais de acusações falsas e ajudar a lidar com queixas envolvendo
policiais", acrescentou.
Busca da verdade
Outra vantagem desses dispositivos, diz o
capitão Erik Gieseke, da polícia de Burnsville, no Estado americano de
Minnesota, é a conveniência.
Segundo Gieseke, sua unidade usa duas versões das câmeras desde 2010.
Ele explica que a mais antiga pode ser
usada em uma faixa na cabeça ou nos bonés dos policiais, como um broche
magnético. Já a mais avançada, acrescenta o capitão, também pode ser
adaptada aos óculos.
"As câmeras permitem aos oficiais
registrar os incidentes em que estão envolvidos, a fim de garantir a
verdade, e também dar-lhes uma ferramenta para apoiar suas ações, para
mostrar a série de dificuldades e desafios que enfrentamos", disse ele à
BBC.
"É também uma ótima ferramenta para
documentar provas na cena do crime, exatamente como vimos quando
chegamos ao local.", acrescentou.
Como outros dados recolhidos pela polícia, a população também pode acessar as imagens, se necessário.
Segundo o fabricante, as mesmas câmeras também estão sendo testadas na Austrália e na Nova Zelândia.
No Reino Unido, a polícia também vem testando tecnologias similares.
Desde 2010, a polícia de Grampian, em
Aberdeen, na Escócia, usa as chamadas "câmeras de corpo", instaladas em
capacetes e coletes dos agentes.
Eles explicaram que, em uma determinada ocasião, houve um incidente em
que a tecnologia foi usada para convencer uma mulher de que seu amigo
não tinha sido agredido pela polícia.
Ameaça à Privacidade
A Associação dos Delegados de Polícia no
Reino Unido (ACPO, na sigla em inglês) não sabe dizer quantas câmeras
desse tipo estão instaladas no Reino Unido, mas Nick Pickles, diretor do
grupo ativista Big Brother Watch, demonstra preocupação com a
proliferação de tais aparatos tecnológicos.
"Estamos vendo a guarda de trânsito e as
autoridades da cidade usando cada vez tais tecnologia. É triste que hoje
praticamente todo o mundo seja visto como um suspeito em potencial",
disse ele.
"Esta é uma ferramenta unilateral. Como os agentes da polícia reagiriam se fosse rotineiramente filmados?", questionou.
http://noticias.r7.com/distrito-federal/noticias/cameras-ajudarao-a-fiscalizar-a-nova-lei-seca-no-df-20121228.html