segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Egito: 26 homens são julgados por 'depravação'

Egípcios acusados de 'praticar depravação com homens' esperam por julgamento, em tribunal no Cairo, em 19 de setembro de 2001 Egípcios acusados de 'praticar depravação com homens' esperam por julgamento, em tribunal no Cairo, em 19 de setembro de 2001 
 
Um grupo de 26 homens acusados de terem organizado ou participado de "orgias homossexuais" no Egito foi apresentado neste domingo à Justiça, sob acusação de "depravação", após serem presos em um "hammam" (sauna) do Cairo.

Os detidos, alguns deles chorando, tentavam esconder o rosto, enquanto a polícia os fazia entrar, um a um, na cela que servia de banco dos réus.

"Sou inocente. Juro que estava no 'hammam' para um tratamento", disse um dos acusados a um jornalista da AFP.

"Eles nos agridem todos os dias", relatou outro detido.
Os 26 homens foram presos em 7 de dezembro em uma sauna pública do bairro de Azbakeya, no centro do Cairo. Entre os detidos, estava o proprietário e quatro funcionários do estabelecimento, julgados por "administração de lugar de depravação" e de "incitar e facilitar a depravação". Os demais são acusados de "depravação e atentado ao pudor".

O processo, que durou apenas alguns minutos neste domingo, foi adiado até 4 de janeiro.
A sauna foi acusada publicamente de ser um lugar de encontro de gays pela estrela da televisão egípcia Mona Iraqi.

A lei egípcia não proíbe formalmente a homossexualidade, mas várias pessoas foram condenadas por "depravação" nos últimos anos.

 http://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo/egito-26-homens-s%C3%A3o-julgados-por-deprava%C3%A7%C3%A3o/ar-BBh4EjX

Justiça nega acesso à delação de ex-gerente da Petrobrás

A defesa de cinco executivos da OAS, entre eles o presidente da empreiteira, José Aldemário Pinheiro Filho, o Leo Pinheiro, queria conhecer as revelações de Barusco, que fechou acordo de delação com a força tarefa do Ministério Público Federal.

A OAS está sob suspeita de ter integrado cartel de empreiteiras que se apossou de contratos bilionários da estatal petrolífera. A OAS pediu acesso aos relatos de Barusco, mas em vão.O juiz Sérgio Moro argumentou que "por ora, ainda se faz necessário o sigilo para fins de investigação e corroboração do por ele declarado".

O magistrado assinalou que os depoimentos de Barusco não serviram de base às denúncias propostas - cinco denúncias ao todo - contra as cúpulas das maiores empreiteiras do País, entre elas a OAS. Os executivos das empreiteiras são acusados de formação de organização criminosa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e corrupção ativa.

O acordo de delação premiada de Barusco foi homologado há duas semanas pela Justiça Federal.Na avaliação dos investigadores da Lava Jato, os depoimentos de Barusco são "estarrecedores" porque apontam com detalhes como operava o esquema na área da Diretoria de Serviços, sob comando de Renato Duque.

Em uma cláusula do contrato que firmou com a força tarefa do MPF o ex-gerente comprometeu-se a devolver ao Tesouro US$ 97 milhões que mantêm no exterior e mais R$ 6 milhões no Brasil. Ele confessou que essa fortuna teve origem em atos "ilícitos".

O grau de colaboração do ex-gerente impressiona os investigadores. Ele demonstrou grande senso de organização e disciplina ao fazer uma metódica contabilidade dos repasses de propinas, apontando todos os negócios onde correu dinheiro por fora. Tudo ele registrava em um arquivo pessoal.

Barusco passou números de contas bancárias e nomes de beneficiários de comissões. Afirmou que ele e Renato Duque, ex-diretor de Serviços da estatal petrolífera, dividiram propinas em "mais de 70 contratos" da Petrobrás entre 2005 e 2010.

Ele declarou que fornecedores e empreiteiros não desembolsavam recursos por "exigência", mas porque o pagamento de propinas na Petrobrás era "algo endêmico, institucionalizado".
 
Antes de atuar na gerência, subordinado a Duque, ele ocupou os cargos de gerente de tecnologia na Diretoria de Exploração e Produção e de diretor de Operações da empresa Sete Brasil, que tem na Petrobrás um de seus investidores.

Pedro Barusco afirmou que "na divisão de propinas" Duque ficava "com a maior parte", na margem de 60% para o ex-diretor de Serviços e de 40% para ele. Duque nega taxativamente a prática de atos ilícitos.Barusco entregou uma planilha de contratos onde teria corrido suborno e os valores que o esquema girou. Os contratos são de praticamente todas as áreas estratégicas da Petrobrás. Ele citou Gás e Energia, Exploração e Produção e Serviços. Revelou outros operadores da trama de corrupção na Petrobrás.

Ao rejeitar o pedido da OAS, o juiz Sérgio Moro destacou que as defesas de todos os investigados por cartel na Petrobrás já tiveram acesso a todos os depoimentos e provas que embasaram as seis denúncias da Procuradoria da República, recentemente propostas à Justiça - cinco delas especificamente contra as cúpulas das maiores empreiteiras do País, entre elas a OAS; a sexta denúncia foi apresentada contra o ex-diretor de área Internacional da Petrobrás, Nestor Cerveró, e o lobista Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano.

Todas as seis denúncias foram recebidas pela Justiça Federal, que abriu processo contra os executivos e também contra Fernando Baiano e Nestor Cerveró.Moro assinalou que os advogados das construtoras também já tiveram acesso aos termos de outras duas delações premiadas, de Augusto Ribeiro Mendonça Neto e Julio Gerin de Almeida Camargo - com suas revelações, Mendonça e Camargo implodiram o pacto do cartel de empreiteiras que agiram na Petrobrás durante longa jornada, segundo o Ministério Público Federal.
 
 http://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/justi%C3%A7a-nega-acesso-%C3%A0-dela%C3%A7%C3%A3o-de-ex-gerente-da-petrobr%C3%A1s/ar-BBh5dZT
 
 

Brasil não vive crise de corrupção, afirma Dilma em entrevista a jornal do exterior

A presidente Dilma Rousseff afirmou em entrevista ao jornal chileno El Mercurio que o Brasil não vive uma crise de corrupção. A declaração foi feita quando Dilma respondia a uma pergunta sobre os eventuais efeitos políticos das denúncias de corrupção na Petrobras, investigadas pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. Segundo ela, “não há intocáveis” no País.

“Minha indignação com as denúncias que envolvem a Petrobras é a mesma que sentem os brasileiros. E quero, como todos eles, que os culpados sejam punidos”, afirmou Dilma ao jornal. “O Brasil não vive uma crise de corrupção, como afirmam alguns. Nos últimos anos começamos a pôr fim a um largo período de impunidade. É um grande avanço para a democracia brasileira”, disse.

“No Brasil não há intocáveis. Qualquer um que não trate o dinheiro público com seriedade e honestidade deve pagar por isso. É um compromisso do meu governo”, salientou a presidente.

Questionada sobre como é liderar uma campanha “séria” anticorrupção se o próprio partido é protagonista do escândalo da Petrobras, Dilma afirmou que é sob seu governo que a Polícia Federal trabalha para desmantelar um esquema que opera antes das gestões do PT na Presidência.

“Essas investigações têm levado ao desmantelamento de um esquema que é suspeito de ter décadas de existência, antes dos governos do PT”, disse a presidente ao voltar a destacar que sua gestão tem liderado o processo contra a impunidade no País.

“Eu mesma despedi, três anos antes das investigações, o diretor que confessou para a Justiça a existência de um esquema de desvio de dinheiro na Petrobras”.

Dilma foi questionada sobre o anúncio da reaproximação de EUA e Cuba depois de 53 anos e afirmou que a aproximação terá impacto “forte e positivo” em toda a América Latina. “É uma expressão de que isso já poderá se constatar na Cúpula das Américas, em abril, no Panamá. O encontro e o aperto de mãos de Castro e Obama será o símbolo de que algo novo está ocorrendo no nosso continente”, disse

Estadão Conteúdo

'Avisei Graça Foster pessoalmente', afirma ex-gerente da Petrobras

Em uma entrevista de 20 minutos ao "Fantástico", da Rede Globo, neste domingo (21), a ex-gerente de Abastecimento da Petrobras Venina Velosa da Fonseca disse que alertou pessoalmente a presidente da empresa, Graça Foster, sobre irregularidades de que teve conhecimento.

Venina disse que fez o aviso quando Graça, alçada à presidência em 2012, era diretora de Gás e Energia, cargo que ocupou desde 2007. Ela não exibiu prova do aviso.

Na terça (16), a Petrobras negou ter sido omissa e disse que os relatos foram genéricos e que, só neste ano, Fonseca citou irregularidades.

Em outras ocasiões, Graça negou que tenha recebido denúncias de desvios e associou as acusações ao fato de a ex-gerente ter sido responsabilizada por irregularidades.

Venina foi subordinada de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento e hoje delator da Operação Lava Jato.

Ela prestou depoimento ao Ministério Público Federal na sexta (19). Na ocasião, segundo seu advogado, exibiu documentos que confirmam que presidente e diretores da estatal sabiam de irregularidades.

"Do imenso orgulho que tinha da empresa, passei a sentir vergonha", disse a ex-gerente na entrevista.

Ela afirmou ainda que seu objetivo é que a Petrobras deixe de ser motivo de piada. "Eu não queria mais ouvir o que a gente ouve quando pega um táxi até o prédio [que sedia a estatal] e o taxista pergunta se a gente está indo lá pegar nossos trocados. O corpo técnico não merece isso", afirmou.

Venina convocou outros funcionários da empresa para que denunciem os crimes: "Tenho certeza de que não fui só eu que presenciei. Espero que os empregados da Petrobras criem coragem e comecem a reagir."

Emocionada, a ex-gerente citou a família, chorou e afirmou que não cogita recuar. "Eu tenho medo? Tenho medo. Mas não vou parar."

 De A Tribuna On-line