segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Sete meses após tragédia, homem tenta incendiar boate em Santa Maria (RS)

A Polícia Civil em Santa Maria (RS) investiga uma tentativa de incêndio registrada na manhã deste domingo (11) contra uma boate da cidade –a Muzeo Pub. O caso aconteceu quase sete meses depois de um incêndio em outra casa noturna local, a Kiss --no qual 242 pessoas, a maioria jovens, morreram.

De acordo com o sargento Marcos Brondani, da Brigada Militar, imagens de câmeras de segurança do estabelecimento mostram o momento em que um homem em uma moto, às 8h16, lança um coquetel molotov contra uma das janelas, de madeira, do estabelecimento.

Segundo o policial, a partir das informações registradas no boletim de ocorrência, no horário do ataque não havia mais público na casa –e sim, um segurança e outros três funcionários. O segurança conseguiu conter as chamas com um extintor.

Vingança pode ter motivado ataque, diz delegado

As imagens do circuito de câmeras da boate foram entregues pelo proprietário à polícia, que investiga o caso pelo 3º DP (Distrito Policial). Segundo o delegado titular da unidade, André Diefenbach, o material será analisado juntamente com os depoimentos, que começam a ser colhidos nesta segunda (12).

Especial Santa Maria (RS)

"Vamos tentar identificar o sujeito que fez isso e ouvir as pessoas que tiverem que ser ouvidas --entre as quais o dono do estabelecimento e os quatro funcionários que estavam lá no momento do ataque", disse o delegado.

Indagado sobre uma hipótese inicial das investigações, Diefenbach afirmou que não se descarta, por exemplo, vingança.

"Provavelmente, em uma primeira análise, pode se tratar de alguém que tenha sido posto para fora da boate", declarou.

Instalada em um casarão restaurado na região central de Santa Maria, o Muzeo Pub fica na rua Doutor Bozano, paralela à rua dos Andradas, onde funcionava, a poucos quarteirões dali, a Kiss.

A reportagem tentou contato hoje à tarde com o proprietário da Muzeo Pub, Marcelo Guidolin, mas ele não foi localizado. Ninguém atendeu também os telefonemas na casa noturna.

http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/brasil/2013/08/11/sete-meses-apos-tragedia-homem-tenta-incendiar-boate-em-santa-maria-rs.htm

Assassinato de PMs por filho intriga especialistas

Uma criança matar mais de um parente e em seguida se suicidar é incomum na criminologia, afirmam especialistas. A discussão está em foco após um casal de policiais militares, o filho de 13 anos e mais dois parentes serem achados mortos a tiros na noite de segunda-feira, 5 de agosto, na zona norte de São Paulo. Para a polícia, o menino é o principal suspeito. A família, no entanto, contesta essa versão.
Segundo pesquisadores em segurança e em comportamento psicótico, é raro em todo o mundo ver casos de pessoas que promovem um massacre na família, principalmente quando se trata de crianças. No Brasil, não há dados estatísticos sobre crimes resultantes de um quadro psicótico cometidos por menores de idade. Mas nos locais onde existe literatura sobre casos assim, os índices são baixíssimos. "Nos EUA, as estatísticas de quem mata pelo menos um dos pais correspondem a 2% dos homicídios, e quem mata vários membros da família é muito menos. Criança dessa idade que comete suicídio após o crime é mais difícil ainda. Quando isso acontece, há um histórico de grandes conflitos domésticos, abuso sexual, interesse financeiro", explica a criminóloga Ilana Casoy. 

Já o psiquiatra forense Talvane de Moraes, da Associação Brasileira de Psiquiatria, afirma que, pela literatura internacional, ocorrências com as características apontadas pela polícia de São Paulo no caso do estudante Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini tem um porcentual abaixo de 1% da população. "O que surpreende é a idade. A maior frequência desses casos é em adolescentes de 16 a 18 anos. É importante ressaltar que, se aconteceu, é uma exceção mesmo entre os casos de doentes mentais", afirma. "Normalmente, um doente é vítima de um crime, e não criminoso."

No entanto, para Moraes, é possível uma criança premeditar um crime quando tem esquizofrenia ou está sob um surto. Os sinais de uma doença psiquiátrica podem aparecer lentamente ou a crise pode ser até momentânea. "Às vezes, os pais não percebem os sinais, que podem ocorrer de tal maneira insidiosa. O adolescente é rebelde por natureza, é inquieto, e isso pode ocasionar mascaramento dos sintomas. Mas é preciso ter cautela: não quer dizer que todo garoto rebelde esteja vivendo um quadro como esse." 

Em casos de surtos, ele explica, a criança não sabe distinguir as relações de afeto e quem são os parentes mais próximos. "Os sentimentos de amor, solidariedade e compaixão pelos pais e familiares podem cair por terra. Há atitude pragmática no crime comum, que visa a algum resultado. Em casos de surtos, não existe nenhum pragmatismo."

Ele diz que, de acordo com alguns indícios, o menino poderia ter sofrido um quadro assim. "Todas as pessoas que ouvem o caso têm uma sensação de estranheza por uma criança ter matado os pais. Nós raciocinamos com um pensamento de quem não está doente. A ocorrência por hipótese de um surto se manifesta exatamente pelo irracional. O surto foge da regra."

Já o tenente-coronel da reserva da PM Ricardo Jacob, vice-presidente da Associação dos Oficiais Militares do Estado de São Paulo, contesta essa versão. "Um caso desse jeito, como a polícia acredita, é a primeira vez no mundo que acontece. Em 39 anos de Polícia Militar, nunca vi coisa semelhante."
Jacob cita elementos que ainda não estão esclarecidos e colocam em dúvida a autoria do crime pelo garoto. "Não acredito que tenha sido a criança ainda, por uma série de fatores. Pelo que acompanhei na imprensa, o local do crime estava muito arrumado, com tiros certeiros na vítima. A arma calibre .40 (que o garoto teria disparado) é uma munição policial e tem um 'stock power', ou seja, um poder de parada. A pessoa que atira recebe um impacto grande, um tranco e vai para trás. A criança deu um tiro na cabeça e a mão não desviou? A arma ficou embaixo do corpo?" As informações são do jornal 
O Estado de S. Paulo.

Filho de PMs sabia atirar e dirigir, diz testemunha

 

SP - CHACINA/PMS/SP/ENTERRO - GERAL - Sepultamento no Cemitério Parque das Palmeiras, em Rio Claro, no interior …

O estudante Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, de 13 anos, principal suspeito de ter matado os pais, que eram policiais militares, avó e tia e depois se suicidado, sabia atirar e dirigir carros. A informação foi dada nessa quinta-feira, 8, pelo soldado Neto, amigo da família, que trabalhava com a mãe de Marcelo, a cabo Andréia Regina, no 18.º Batalhão da PM.

Além de Neto, na manhã de ontem, também foi ouvido o tenente-coronel Wagner Dimas, que era chefe de Andréia no 18º BPM. Na quarta-feira, 7, em entrevista à Rádio Bandeirantes, o oficial disse que Andréia havia contribuído nas investigações sobre o envolvimento de policiais do 18.º BPM com roubo a caixas eletrônicos. Dimas recuou no depoimento, alegando que foi “mal interpretado” ou “que não soube se expressar”.

Sobre as lições de tiro e direção, o policial amigo da família disse no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) que o pai de Marcelo, o sargento da Rota Luiz Marcelo Pesseghini, ensinava o filho a atirar. A mãe o ensinou a dirigir. Uma vizinha da família informou ainda em uma rede de televisão que o garoto retirava diariamente o carro da garagem. 

O soldado Neto disse também que as fotos de Marcelo publicadas na imprensa são antigas. Aos 13 anos, o jovem já tinha mais de 1,60 metro. “É mais uma informação que confirma a principal linha de investigação. Marcelo matou a família, pegou o carro da mãe, foi à escola e se matou ao voltar para casa”, afirmou o delegado Itagiba Franco.

O delegado que comanda as investigações afirmou ainda que está aberto a pistas que mostrem outras versões para o crime. “Se alguém tiver, vamos investigar. Mas elas não chegam.” Segundo ele, as informações que chegam contribuem para a hipótese de que o menino praticou o crime. Ele contou que o melhor amigo de Marcelo, que também tem 13 anos, disse que o estudante sempre dizia que “seria o último dia que ele iria à escola”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com ciúmes da mulher, homem tenta esfaquear vizinho em Guarujá

O ajudante Marcos Nestor da Silva, de 50 anos, foi preso por esfaquear um vizinho, no início da deste domingo, na Favela do Cantagalo, em Guarujá. Suposto assédio da vítima à mulher do acusado motivou o crime.

O operador de máquinas Celso Belarmino da Silva, de 48 anos, foi atingido no lado esquerdo do peito, próximo ao ombro. Levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Enseada, ele precisou ser removido ao Hospital Santo Amaro, onde permanece internado.

Enquanto recebia os primeiros socorros na UPA, a vítima apontou o vizinho Marcos como o autor da facada, alegando ignorar o motivo da violência. Com base nessa informação, policiais militares foram até a residência do acusado, na Rua São Jorge, e o detiveram.

Indagado sobre o crime, Marcos o confessou, relatando que a sua mulher fora anteriormente cortejada por diversas vezes pelo operador de máquinas. Ainda conforme o ajudante, nesta madrugada era realizada em sua casa a festa de aniversário de seu neto e Belarmino surgiu no portão da casa.

Convidado a se retirar em razão dos supostos assédios, o operador de máquinas continuou no local e ainda menosprezou a “condição de homem” de Marcos, de acordo com o ajudante.

Tal conduta da vítima motivou o acusado a se armar com uma faca de cozinha e golpear o vizinho. A arma usada no crime foi entregue aos policiais militares por Marcos, que recebeu voz de prisão e foi conduzido à Delegacia de Guarujá.

Após ser informado sobre os fatos, o delegado Wagner Camargo Gouveia autuou o ajudante em flagrante por tentativa de homicídio, determinando sua remoção à cadeia. O operador não pôde ser questionado sobre a versão apresentada por Marcos, porque foi submetido à cirurgia. 

 http://www.atribuna.com.br/noticias.asp?idnoticia=199747&idDepartamento=11&idCategoria=0

Rio de Janeiro é o Estado com maior casos de tuberculose no Brasil

Em 2012, foram registrados 14.039 casos da doença no Estado
Principal sintoma da tuberculose é a tosse prolongada Getty Images
 
O Rio de Janeiro é o Estado com maior incidência de tuberculose, doença causada por uma bactéria (bacilo de Koch), que atinge em grande parte a faixa etária entre 20 a 29 anos. De acordo com dados preliminares da Secretaria de Estado de Saúde, em 2012, foram registrados 14.039 casos da doença no estado, que representam cerca de 15% do total do País. Mais da metade (52,94%) foram na capital fluminense, onde 7.433 pessoas contraíram tuberculose. A região metropolitana 1, que inclui também 11 municípios da Baixada Fluminense foi a que anotou mais números de casos (10.964) representando 78,09% do total do Estado.

O superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da secretaria, Alexandre Chieppe, explicou que a tuberculose é uma doença muito relacionada à alta densidade populacional e afeta grandes centros urbanos do País. Ele disse que o Rio de Janeiro é um Estado que tem adensamento populacional na região metropolitana, com uma grande quantidade de pessoas morando em pequeno espaço.

— Isso facilita muito a ocorrência de doenças respiratórias, entre elas a tuberculose, um grande desafio de saúde pública. Aqui, na cidade do Rio de Janeiro, é onde temos a maior incidência no Estado. Este é um desafio que tem que ser enfrentado agora e é urgente, tendo em vista estes números alarmantes.

Entenda o tipo de tuberculose que levou o cantor Thiaguinho a ser internado
Embora os números sejam preocupantes, o superintendente acrescentou que a incidência da doença vem apresentando queda significativa nos últimos dez anos. Apesar disso, é preciso acelerar a redução da tuberculose no Estado.

— A incidência de tuberculose vem caindo, a mortalidade também, mas entendemos ser preciso um esforço conjunto: unir secretarias como a de habitação, unir outros setores da máquina pública, chamar a sociedade para um debate. É preciso aumentar a velocidade das quedas desses indicadores. Há muita gente ainda contraindo tuberculose, o número de óbitos ainda é elevado. É preciso um esforço adicional neste momento.

Para o superintendente, o preconceito é uma grande barreira no tratamento da doença. Ele explicou que ainda há desinformação sobre o diagnóstico e muita gente não entende que a tuberculose tem cura, desde que o tratamento seja feito até o fim.

— As pessoas ainda acham que a tuberculose não existe mais ou que existe para poucas pessoas, o que não é verdade. E também existe preconceito com relação às pessoas que já tiveram tuberculose. Há desconhecimento das formas de transmissão. A pessoa depois que inicia o tratamento, também para de transmitir a doença. É importantíssimo combater o estigma da doença com informação. Este é um grande desafio. Outro desafio é que a tuberculose ainda afeta populações socialmente vulneráveis, o que faz com que a adesão ao tratamento seja complicada. Várias frentes precisam ser enfrentadas para que tenhamos a doença sob controle.

Tuberculose mata quase 5.000 brasileiros por ano
Chieppe destacou que às vezes é difícil diagnosticar a doença porque ela tem sintomas parecidos com resfriados ou com pneumonia, mas ele chamou a atenção para um fato que pode, imediatamente, identificar a tuberculose: a tosse prolongada.

— A tuberculose é uma doença que costuma apresentar sintomas muito específicos como febre baixa, geralmente, ao final do dia, mas a tosse persistente, que dura mais de 30 dias, é o principal alerta de sinal. Além disso, o cansaço que não é possível explicar por outras causas e emagrecimento sem causa aparente. Isso pode fazer a pessoa suspeitar de tuberculose.

O superintendente recomendou que ao suspeitar de sinais da doença a pessoa deve procurar qualquer serviço de saúde básico próximo à residência.

— O tratamento e diagnóstico de tuberculose está descentralizado nas unidades de Saúde e não é preciso nem um hospital especializado para que seja feito o diagnóstico e o tratamento. Qualquer pessoa com tosse por mais de 30 dias deve procurar um serviço de saúde.

 http://noticias.r7.com/saude/rio-de-janeiro-e-o-estado-com-maior-casos-de-tuberculose-no-brasil-11082013