O coronel da reserva Luiz Nakaharada,
acusado por cinco das 78 mortes ocorridas no terceiro pavimento do
Pavilhão 9 da Casa de Detenção de São Paulo, no episódio do Massacre do
Carandiru, morreu na noite deste sábado, em São Paulo, vítima de
infarto. À época, ele era comandante do 3º Batalhão do Choque.
O julgamento de Nakaharada estava previsto para o próximo ano, após o julgamento dos policiais que atuaram no quarto e quinto pavimento do prédio, previstos, respectivamente para fevereiro e março de 2014. No dia do massacre, ele comandou a operação de varredura nas celas, com o uso de cães. Ele era acusado individualmente pela morte de cinco presos que se encontravam dentro de uma cela.
O enterrro ocorreu neste domingo, no Cemitério Gethsêmani, onde está sendo velado. A advogada do coronel, Ieda Ribeiro de Souza, afirmou que ele teve um infarto fulminante na noite de ontem, em sua residência.
Além de Ubiratan Guimarães - absolvido pela Justiça em 2006 -, Nakaharada foi um dos oficiais denunciados. Por conta de sua origem oriental, ele foi reconhecido por várias testemunhas como o policial que entrou na cela 339-E (do 3º pavimento) e matou, com metralhadora, os cinco presos que lá estavam.
Massacre do Carandiru
Em 2 de outubro de 1992, uma briga entre presos da Casa de Detenção de São Paulo - o Carandiru - deu início a um tumulto no Pavilhão 9, que culminou com a invasão da Polícia Militar e a morte de 111 detentos. Os policiais são acusados de disparar contra presos que estariam desarmados. A perícia constatou que vários deles receberam tiros pelas costas e na cabeça.
Entre as versões para o início da briga, está a disputa por um varal ou pelo controle de drogas no presídio por dois grupos rivais. Ex-funcionários da Casa de Detenção afirmam que a situação ficou incontrolável e por isso a presença da PM se tornou imprescindível.
A defesa afirma que os policiais militares foram hostilizados e que os presos estavam armados. Já os detentos garantem que atiraram todas as armas brancas pela janela das celas assim que perceberam a invasão. Do total de mortos, 102 presos foram baleados e outros nove morreram em decorrência de ferimentos provocados por armas brancas. De acordo com o relatório da Polícia Militar, 22 policiais ficaram feridos.
O julgamento de Nakaharada estava previsto para o próximo ano, após o julgamento dos policiais que atuaram no quarto e quinto pavimento do prédio, previstos, respectivamente para fevereiro e março de 2014. No dia do massacre, ele comandou a operação de varredura nas celas, com o uso de cães. Ele era acusado individualmente pela morte de cinco presos que se encontravam dentro de uma cela.
O enterrro ocorreu neste domingo, no Cemitério Gethsêmani, onde está sendo velado. A advogada do coronel, Ieda Ribeiro de Souza, afirmou que ele teve um infarto fulminante na noite de ontem, em sua residência.
Além de Ubiratan Guimarães - absolvido pela Justiça em 2006 -, Nakaharada foi um dos oficiais denunciados. Por conta de sua origem oriental, ele foi reconhecido por várias testemunhas como o policial que entrou na cela 339-E (do 3º pavimento) e matou, com metralhadora, os cinco presos que lá estavam.
Massacre do Carandiru
Em 2 de outubro de 1992, uma briga entre presos da Casa de Detenção de São Paulo - o Carandiru - deu início a um tumulto no Pavilhão 9, que culminou com a invasão da Polícia Militar e a morte de 111 detentos. Os policiais são acusados de disparar contra presos que estariam desarmados. A perícia constatou que vários deles receberam tiros pelas costas e na cabeça.
Entre as versões para o início da briga, está a disputa por um varal ou pelo controle de drogas no presídio por dois grupos rivais. Ex-funcionários da Casa de Detenção afirmam que a situação ficou incontrolável e por isso a presença da PM se tornou imprescindível.
A defesa afirma que os policiais militares foram hostilizados e que os presos estavam armados. Já os detentos garantem que atiraram todas as armas brancas pela janela das celas assim que perceberam a invasão. Do total de mortos, 102 presos foram baleados e outros nove morreram em decorrência de ferimentos provocados por armas brancas. De acordo com o relatório da Polícia Militar, 22 policiais ficaram feridos.
Estadão Conteúdo