segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Coronel acusado de cinco mortes no Carandiru morre em São Paulo


O coronel da reserva Luiz Nakaharada, acusado por cinco das 78 mortes ocorridas no terceiro pavimento do Pavilhão 9 da Casa de Detenção de São Paulo, no episódio do Massacre do Carandiru, morreu na noite deste sábado, em São Paulo, vítima de infarto. À época, ele era comandante do 3º Batalhão do Choque.

O julgamento de Nakaharada estava previsto para o próximo ano, após o julgamento dos policiais que atuaram no quarto e quinto pavimento do prédio, previstos, respectivamente para fevereiro e março de 2014.  No dia do massacre, ele comandou  a operação de varredura nas celas, com o uso de cães. Ele era acusado individualmente pela morte de cinco presos que se encontravam dentro de uma cela.

O enterrro ocorreu neste domingo, no Cemitério Gethsêmani, onde está sendo velado. A advogada do coronel, Ieda Ribeiro de Souza, afirmou que ele teve um infarto fulminante na noite de ontem, em sua residência.

Além de Ubiratan Guimarães - absolvido pela Justiça em 2006 -, Nakaharada foi um dos oficiais denunciados. Por conta de sua origem oriental, ele foi reconhecido por várias testemunhas como o policial que entrou na cela 339-E (do 3º pavimento) e matou, com metralhadora, os cinco presos que lá estavam.

Massacre do Carandiru

Em 2 de outubro de 1992, uma briga entre presos da Casa de Detenção de São Paulo - o Carandiru - deu início a um tumulto no Pavilhão 9, que culminou com a invasão da Polícia Militar e a morte de 111 detentos. Os policiais são acusados de disparar contra presos que estariam desarmados. A perícia constatou que vários deles receberam tiros pelas costas e na cabeça.

Entre as versões para o início da briga, está a disputa por um varal ou pelo controle de drogas no presídio por dois grupos rivais. Ex-funcionários da Casa de Detenção afirmam que a situação ficou incontrolável e por isso a presença da PM se tornou imprescindível.

A defesa afirma que os policiais militares foram hostilizados e que os presos estavam armados. Já os detentos garantem que atiraram todas as armas brancas pela janela das celas assim que perceberam a invasão. Do total de mortos, 102 presos foram baleados e outros nove morreram em decorrência de ferimentos provocados por armas brancas. De acordo com o relatório da Polícia Militar, 22 policiais ficaram feridos.
 
Estadão Conteúdo

Ministério da Fazenda trabalha no modo 'espera'


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse, na semana passada, que a economia brasileira cresce com “duas pernas mancas”, mas o que está com dificuldades para andar é a própria equipe dele. O poderoso ministério da Esplanada entra no último ano do governo Dilma Rousseff com “baixas” de atores importantes e ainda sem reposição à vista.

A Pasta está praticamente funcionando no stand-by, termo usado para designar o modo de espera. Em consequência, projetos de reformas importantes foram parar na geladeira no momento em que a política econômica vive o seu momento mais difícil no governo Dilma.

Mantega perdeu alguns colaboradores-chave ao longo deste ano: o secretário executivo Nelson Barbosa deixou o cargo em maio por desavenças internas; o de Acompanhamento Econômico, Antônio Henrique Silveira, virou ministro dos Portos. Em seu entorno mais próximo, está previsto o desfalque esta semana do assessor econômico Gilberto Scandiucci, que se muda para Washington. Ele acompanhava o ministro em viagens e diversas audiências, de empresários a jornalistas.

Além disso, o corpo técnico do Tesouro pressiona o secretário Arno Augustin por mudanças na política fiscal e a Receita Federal está sem prestígio e com o quadro de servidores descontente pela ingerência externa nas decisões de política tributária.

Para complementar a má fase, o chefe de gabinete do ministro e seu braço gestor, Marcelo Fiche, foi exonerado, na semana passada, depois de denúncias de que teria recebido propina de uma empresa contratada do ministério. A Polícia Federal e a corregedoria da Fazenda investigam o caso.

O sinal mais evidente de letargia na equipe tem sido a demora na escolha do substituto de Nelson Barbosa, um dos principais formuladores da política econômica desde o governo Lula. Há sete meses a vaga do “número do 2” da pasta - uma espécie de vice-ministro - está aberta.

Interino
O secretário executivo adjunto, Dyogo Oliveira, ocupa interinamente o cargo sem muito espaço de ação na longa interinidade. Embora o ministro tenha indicado internamente que pode efetivar Oliveira no cargo, a morosidade em fazê-lo tem ampliado o desconforto na equipe e esvaziado discussões importantes de projetos que estavam em andamento, como a proposta de reforma do ICMS e o aperfeiçoamento da política fiscal. Outro debate em ponto morto é a simplificação do PIS e da Cofins, anunciada pelo secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, há dois anos.

Com a política econômica sob fogo cruzado e por causa do baixo crescimento e da deterioração da política fiscal, Mantega tentou sem sucesso encontrar um nome do setor privado para ocupar o lugar de Barbosa. Pesa contra a “solução de mercado” o pouco espaço para tocar projetos importantes em 2014, ano de eleições.

Sem pressa
Assessores do ministro alegam que o seu estilo é mesmo esse: demorar para escolher. Mas essa regra não foi aplicada na substituição de Antônio Henrique, ex-secretário de Acompanhamento Econômico. Pouco depois da sua indicação pela presidente Dilma para a Secretaria dos Portos, o ministro nomeou o economista Pablo Fonseca, no governo desde 2001 e detentor de título de mestre em Columbia.

No jogo de troca de cadeiras, Fonseca deixou para trás o cargo de secretário adjunto de Política Econômica e a gestão de uma agenda de medidas microeconômicas, principalmente voltadas para o mercado financeiro, que hoje está praticamente paralisada. O seu antigo cargo também permanece com a vaga aberta. Além de desfalcado, o time do secretário Márcio Holland também perdeu prestígio depois que a presidente divulgou uma previsão errada de revisão da alta do Produto Interno Bruto para o jornal espanhol El País feita pela equipe dele.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, na quinta-feira, 12, Mantega rebateu a visão de vazio no ministério. “A Fazenda está sólida. O Tesouro está muito bem, basta ver o resultado do trabalho dele, e não as fofocas. A Receita também está bem, ainda que de vez em quando alguém sai, o que é normal. Tudo funciona muito bem.”

 Estadão Conteúdo

Receita abre hoje consulta ao último lote de restituições do IR

A Receita Federal abre nesta segunda-feira, às 9h, a consulta ao sétimo e último lote regular de restituições do Imposto de Renda do exercício de 2013. O contribuinte que ainda não recebeu a restituição e não está neste lote caiu na malha fina. Segundo o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, pela primeira vez, a consulta e o pagamento ocorrerão no mesmo dia.
 
Barreto atribuiu o atraso na liberação deste lote ao fato de a Receita ter procurado consolidar o maior número possível de restituições na última relação de contribuintes.
 
O crédito bancário aos contribuintes será realizado em duas datas. Nesta segunda, será realizado o pagamento da restituição para 467.825 contribuintes e no dia 20 de dezembro, sexta-feira, o pagamento beneficiará 1.714.083 contribuintes, com créditos totais de R$ 500 milhões e R$ 2.167.696.962,95, respectivamente. Na Baixada Santista e no Vale do Ribeira, quase 7 mil contribuintes foram contemplados. No montante, o valor restituído ultrapassa os R$ 6 milhões.
 
Hoje serão também liberados da malha fina lotes residuais referentes aos exercícios de 2008 a 2012. De acordo com a Receita, 711.309 declarações com expectativa de imposto a restituir ficaram na malha fina deste ano. Barreto disse que o número é normal e está dentro das expectativas.

Para fazer a consulta, o contribuinte pode acessar o endereço da Receita, ligar para o Receitafone, no número 146, ou verificar se o dinheiro entrou na sua conta.
 
Relativamente ao exercício de 2013, serão creditadas restituições para um total de 2.071.785 contribuintes, totalizando R$ 2.457.130.268,53 já acrescidos da taxa selic de 5,88% (maio de 2013 a dezembro de 2013). As restituições de lotes residuais de exercícios anteriores, conforme discriminado na tabela abaixo, beneficiam 110.123 contribuintes e totalizam R$ 210.566.694,42, valor atualizado até dezembro de 2013.
 
 De A Tribuna On-line

Governador permite que policiais atuem durante horas de folga

Santos reforçou a lista dos municípios paulistas que contam com a Atividade Delegada. O convênio para reforço do policiamento nas ruas foi assinado na noite deste domingo pelo governador Geraldo Alckmin.

A Atividade Delegada permite que policiais militares auxiliem o município no patrulhamento durante suas horas de folga. O objetivo do reforço será combater o comércio ambulante irregular na cidade. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, a estimativa inicial é que 40 PMs atuem semanalmente no programa. Esse número, porém, poderá ser ampliado.
 
Alckmin falou dos benefícios da operação tanto para os policiais quanto para a população. "A Atividade Delegada é um benefício duplo. O policial que ganha mais ou menos R$ 3.200 vai ganhar mais R$ 1.600, R$ 1.700, vai para quase R$ 5.000. E aí ganha também a sociedade, com mais polícia na rua, preventiva, ostensiva, dando mais segurança", afirmou.
 
Implantada pioneiramente na capital, em 2009, a Atividade Delegada já é desenvolvida em outras 28 cidades - quatro delas na Grande São Paulo. Santos é a primeira cidade da Baixada a aderir ao programa. Os policiais podem trabalhar até oito horas por dia, dez dias por mês.
 
Alckmin também falou sobre o início da Operação Verão na Baixada Santista. "A operação que começa no dia 26, conta com 2.200 homens. No dia 19, já começam antecipadamente 120 nas rodovias Anchieta e Imigrantes", informou.

Carreta Via Rápida
 
O governador também apresentou a Carreta do Via Rápida que vai ficar até o final do mês em Santos. A unidade móvel  vai atender até o dia 31 pelo menos 60 trabalhadores com oferta de qualificação profissional gratuita na área de petróleo e gás natural. 
 
No interior do veículo, instalado no Centro Cultural da Zona Noroeste, na Avenida Afonso Schmidt s/nº,  são oferecidos três cursos: Válvulas de Controle (das 8h às 12h30); Instrumentação Básica (das 13h30 às 18h) e Calibração Básica (das 19h às 22h). As aulas são ministradas de segunda a sexta para turmas de até 20 alunos.
 
"Estamos começando novos cursos. Quem tiver desempregado vai ganhar R$ 460 no mês para poder se manter e pagar o transporte. A carreta ficará aqui o mês inteiro", afirmou o governador.

Protestos
Moradores dos bairros do Macuco e do Estuário protestaram com faixas, apitos e buzinas
Moradores dos bairros do Macuco e do Estuário protestaram com faixas, apitos e buzinas
Em meio a muito tumulto, o governador falou também sobre as obras do VLT, que vai interligar Santos, São Vicente, Praia Grande e Guarujá. Ele citou o túnel que vai ligar Santos a Guarujá, motivo de protesto dos moradores dos bairros do Macuco e do Estuário.

“Quero tranquilizar as famílias dizendo que nós vamos ouvir todos vocês para que possam participar desse projeto. Vamos fazer o possível para ter as menores desapropriações. Todas as pessoas serão indenizadas”, garantiu Alckmin.
O prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) comentou o protesto. “A gente está aqui para ouvir as reivindicações, para ouvir a população, mas, acima de tudo, para trabalhar pelas pessoas que mais precisam. Essa obra vai mudar a história da nossa cidade, da nossa região. O túnel é uma obra muito importante, desejada há muitos anos pela população. É um sonho antigo que hoje o Governo do Estado torna realidade”. 
 
 De A Tribuna On-line

Estudos apontam País com arenas mais caras do mundo


Cadeiras
Itaquerão seria o 12º mais caro do mundo
Com o prazo da Fifa se esgotando para a entrega dos estádios para a Copa do Mundo de 2014, um recorde já está garantido para o Brasil: o País ergueu os estádios mais caros do mundo. Um estudo da consultoria KPMG levantou o custo de cada assento nos estádios construídos pelo mundo. Uma comparação com os valores oficiais dos estádios brasileiros revela que um dos legados do Mundial será a coleção dos estádios mais caros do planeta.

Dos 20 mais caros, dez deles estão no Brasil. Já  pelos cálculos de institutos europeus, a Copa de 2014 consumiu mais que tudo o que a Alemanha gastou em estádios para a Copa de 2006 e a África do Sul, em 2010.

Seja qual for o ranking utilizado e a comparação feita, a constatação é de que nunca se gastou tanto em estádios como no Brasil nesses últimos anos. A KPMG, por exemplo, prefere avaliar os custos dos estádios levando em conta o número de assentos, e não o valor total. Isso porque, segundo os especialistas, não faria sentido comparar uma arena de 35 mil lugares com outra de 70 mil.

Com essa metodologia, os dados da KPMG revelam que o estádio mais caro do mundo é o renovado Wembley, na Inglaterra, onde cada um dos assentos saiu por 10,1 mil euros (R$ 32,4 mil). O segundo estádio mais caro também fica em Londres. Trata-se do Emirates Stadium, do Arsenal, onde cada lugar custou 7,2 mil euros (R$ 23,3 mil). Mas a terceira posição é do Estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Com custo avaliado em R$ 1,43 bilhão, o estádio tem um gasto por assento de R$ 20,7 mil, ou 6,2 mil euros. Na classificação, o Maracanã aparece na sétima posição, mais caro que a Allianz Arena de Munique. Manaus vem na 10ª colocação, com praticamente o mesmo preço por assento do estádio do Basel, situado em um dos países com os maiores custos de mão de obra do mundo, a Suíça.

O estádio do Corinthians, em Itaquera, seria o 12º mais caro do mundo, seguido pelas Arenas Pantanal, Pernambuco, Fonte Nova e Mineirão. Todos esses seriam mais caros do que estádios como o da Juventus, em Turim, considerada a arena mais moderna da Itália e usada como exemplo de gestão. O Castelão e o estádio de Natal também estão entre os 20 mais caros do mundo. Se o ranking fosse realizado considerando os custos totais dos estádios, o Mané Garrincha seria o segundo mais caro do mundo, com o Maracanã aparecendo na quarta posição.

Para o prestigiado Instituto Braudel, na Europa, os custos dos estádios no Brasil também surpreenderam. Em colaboração com a ONG dinamarquesa Play the Game, a entidade publicou nesta semana levantamento que revela que, em média, cada assento nos doze estádios brasileiros custaria US$ 5,8 mil (R$ 13,5 mil). O valor é superior ao das três últimas Copas. Na África do Sul, em 2010, a média foi de US$ 5,2 mil (R$ 12,1 mil). Na Alemanha, em 2006, US$ 3,4 mil (R$ 7,9 mil). Já no Japão, em 2002, chegou a US$ 5 mil (R$ 11,6 mil).

Em termos absolutos, o gasto total com os estádios bate todos os recordes. Se todo o gasto de sul-africanos em 2010 e alemães em 2006 for adicionado, não se chega ao total que foi pago no Brasil para 2014, mais de R$ 8 bilhões. Em apenas nove meses, o valor aumentou em quase R$ 1 bilhão, segundo dados oficiais do Comitê Organizador Local (COL), em sua quinta edição do balanço geral do andamento das obras da Matriz de Responsabilidade.

Sem explicação
Jens Alm, analista do Instituto Dinamarquês para o Estudo dos Esportes e autor do levantamento dos dados sobre estádios da Copa, insiste que a inflação e os custos dos estádios no Brasil não têm explicação. "Quando um país quer receber uma Copa, é normal que queira mostrar estádios bonitos. Mas nada explica os preços tão elevados no Brasil e porque são tão mais elevados do que na Alemanha e na África do Sul", disse.

Henrick Brandt, diretor do Departamento de Esportes da Universidade de Aarhus, também aponta para os custos elevados das obras no Brasil. "Os dados são surpreendentes", indicou. "Um dos debates agora é o que será feito para tornar esses locais rentáveis, principalmente os estádios públicos", alertou.

http://www.atribuna.com.br/esportes/estudos-apontam-pa%C3%ADs-com-arenas-mais-caras-do-mundo-1.355839