Depois de suspender o aumento em 2013, o governo paulista deve anunciar
um reajuste de até 6,5% nas tarifas de pedágio no final deste mês. O
aumento, válido para os 6,4 mil quilômetros da malha paulista concedida à
iniciativa privada, entra em vigor no dia 1º de julho. No ano passado,
em meio às manifestações de rua que ocorriam em todo o País, o
governador Geraldo Alckmin (PSDB) barrou o reajuste, mas permitiu, entre
outras medidas compensatórias, que as concessionárias passassem a
cobrar tarifa pelo eixo suspenso dos caminhões. Antes, o eixo com pneus
que não tocavam a pista não entrava no cálculo da tarifa.
De acordo com a Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp),
o reajuste está previsto nos contratos assinados pelo governo com as
concessionárias de rodovias estaduais. A elevação das tarifas segue o
índice da inflação anual medida pelo IPC-A acumulado entre junho de 2013
e maio de 2014, calculado pelo IBGE, e que chegava a 6,46% nesta
segunda-feira, 16. As concessionárias pretendiam um reajuste maior para
compensar alegadas perdas com a suspensão do reajuste no ano passado.
Alegando que as medidas compensatórias foram suficientes para manter o
equilíbrio dos contratos, o governo já descartou aumento acima da
inflação.
No domingo, em Santos, o Alckmin disse ao Estado que o porcentual do
reajuste de 2014 ainda não está definido. Deputados da oposição tentam
aprovar na Assembleia Legislativa requerimento sugerindo ao governo que
mantenha inalterada a tarifa atual por mais um ano. A alegação é de que
as concessionárias obtiveram ganhos indevidos de até R$ 2 bilhões com
aditivos assinados em 2006 e que prorrogam os contratos atuais, que
venceriam a partir de 2018. A Artesp entrou com ações para anular os
aditivos, mas os processos estão em fase inicial.
http://www.atribuna.com.br/atualidades/governo-de-sp-prepara-aumento-de-at%C3%A9-6-5-no-valor-do-ped%C3%A1gio-1.386242
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