Por Arnaldo Rodrigues
O Natal é uma festa cristã do mundo Ocidental, onde se comemora o nascimento do menino Jesus, sempre no mês de dezembro de cada ano. É comum as famílias e amigos se confraternizarem, onde o consumo em geral aumenta.
Outra prática marcante do período natalino, é embelezar os lares, com luzes, árvores de natal. As cidades também recebem uma nova iluminação, um verdadeiro festival de luzes.
Tradicionalmente obedecendo, o calendário da Igreja Católica. Sempre se faz o desmonte das árvores de Natal e de todos os adereços natalinos. No dia 6 de janeiro, dia de Santo Reis.
Em Caxias do Maranhão, o circo do famigerado Natal Iluminado, começa a ser desmontado. As luzes que outrora, já encantou os caxienses e turistas, hoje vêm servindo para ofuscar os cidadãos caxienses e esconder os seus problemas que são muitos. Cabe citar aqui, toda parafernália do circo, onde fica guardada em um prédio alugado na Av. Volta Redonda, consumindo vultosas quantias dos recursos públicos. Como nesse governo falta transparência, não se sabe o valor do tal aluguel.
O Natal Iluminado em Caxias-Maranhão, teve apenas o poder de criar, manipular as mentes com ilusões, fazendo alterar a percepção dos indivíduos como seu grande alvo, ou seja, eles se debruçaram buscando ver, ouvirem, tocarem e provarem de suas ilusões, levando-as a perceberem coisas, miragens, acreditando em formas falsas e irreais.
Suas luzes não iluminaram pelo a razão, mas fizeram o povo emergir no obscurantismo, na escuridão mental e débil, totalmente privados da verdadeira luz que é a percepção real, racional fazendo fugirem da ignorância e da deficiência mental.
Essa é a nossa Caxias, sucateada, mergulhada em total abandono e precarização, sem rumo, fora do prumo, sem projetos para seu desenvolvimento. Do jeito que a coisa vai, talvez, nem princesa do Sertão, não somos mais, pois, segundo o novo ranking do PIB per capita dos municípios brasileiros, Caxias - Ma só perde posição em relação a outros municípios maranhenses.
Segundo o pesquisador Edmilson Sanches, embasados em dados do IBGE, Caxias - Ma figura entre as dez maiores economias do Maranhão. Estamos cada vez mais descendo ladeira abaixo: com R$ 1,814 bilhão, a economia de Caxias mantém-se como uma das dez maiores do Maranhão e a de número 503 do Brasil, entre 5570 municípios. No Maranhão, as dez maiores economias são:
1) São Luís, com R$ 33,6 bilhões;
2) Imperatriz, com R$ 7,1 bilhões;
3) Balsas, com R$ 3,4 bilhões;
4) Açailândia, com R$ 2,6 bilhões;
5) São José de Ribamar, com R$ 2,1 bilhões;
6) Santo Antônio dos Lopes, com R$ 1,9 bilhão;
7) Timon, com R$ 1 bilhão e 867 milhões;
8) CAXIAS, com R$ 1 bilhão e 814 milhões;
9) Santa Inês, com R$ 1,2 bilhão; e
10) Tasso Fragoso, com R$ 1,1 bilhão.
Hoje amargamos a 8° colocação. Em 2021 com o apagar das luzes encontraremos uma Caxias com os mesmos personagens no comando do executivo municipal, onde suas práticas são bastantes conhecidas. Um legislativo com algumas caras novas, mas com alguns vícios da coisa pública, uma oposição branca, com rabo de palha.
Uma Câmara Municipal, sem autonomia legislativa, subordinado aos devaneios do executivo municipal. Comandada por um consanguíneo do prefeito. Isso não cheira nada bem, pois já não bastasse o nepotismo. Agora assistimos calados de braços cruzados o levante de um sobrenome, que usa as estruturas da máquina pública, para promover toda família em um projeto político.
Ainda é cedo para cobrar dos nobres, pois terão quatro anos para defender o povo. Os mais experientes, já não são mais passado na casca do alho. São passados no alho e óleo de peroba. Janeiro chegou, com prefeito e vereadores empossados, mas sem nenhuma novidade, mas algumas aresta, por conta da eleição da presidência da Câmara Municipal.
Temos uma Caxias, que por onde se andam o lixo toma de conta das ruas, cheia de buracos, um comércio cambaleando. Os servidores contratados amargando o pão que o diabo amassou, aflitos e depressivos, na esperança de terem seus contratos renovados.
Uma educação acéfala, que durante os quatro primeiros anos não avançou em nada, onde vêm perdendo posições no IDEB, ocupando 74° lugar no Maranhão. À saúde, passou a dá choque elétrico. Nossa atenção básica vai de mal a pior. Desse jeito fica difícil melhorar nosso IDH.
No apagar das luzes do Natal Iluminado precisamos urgentemente de plano que leve a cidade de Caxias-Ma, ao caminho do desenvolvimento e não de um projeto político de poder familiar.
Arnaldo Rodrigues, é professor de formação em licenciatura em Geografia, pelo CESC-UEMA Especialista em Educação Ambiental, pelo IESF., membro da Comissão de Criação da UEMALESTE e filiado ao Partido Socialismo e Liberdade