quinta-feira, 30 de outubro de 2014

WhatsApp, que foi comprado por US$ 19 bilhões pelo Facebook, acumula prejuizos milionários.


Quando o Facebook comprou o WhatsApp, ano passado, muita gente estranhou o valor. Dezenove bilhões de dólares, ou 46 bilhões de reais, é muito, muito dinheiro. Em empresas de tecnologia as cifras são tão altas que nem paramos para pensar, mas o preço anunciado do Whats é o dobro do valor de mercado do Grupo Pão de Açúcar, que emprega 154 mil pessoas (contra menos de 100 no WhatsApp). Como muito do valor pago foi em ações do próprio Facebook, que aumentaram o seu preço, na verdade a montanha de dinheiro é ainda maior – alguns analistas calculam em 21 bilhões de dólares.
Ontem, com a divulgação do faturamento do Facebook em 2013, mais gente ficou desconfiada se aquele foi um “grande negócio” do estrategista Mark Zuckerberg. Porque o WhatsApp, com seus mais de 600 milhões de usuários ativos, arrecadou pouco mais de 10 milhões de dólares. Considerando todos os seus custos – distribuição de bônus a seus funcionários, desenvolvimento e infra-estrutura –, isso dá um prejuízo de 138 milhões de dólares. Em outras palavras, o Facebook pagou mais de 2 mil vezes o faturamento anual da empresa para sua compra. Aparentemente um recorde de supervalorização.

O problema, para o futuro, é que pelos próximos anos não há muita chance de o Facebook ganhar muito dinheiro com o WhatsApp. Os fundadores já afirmaram que ele nunca terá publicidade. E o valor da assinatura – 1 dólar por ano, após o primeiro ano – não só não é pago por todos os usuários, como há formas de não pagá-la nunca (“dica” seguida por uma quantidade imensa de gente sovina). 

Essa perspectiva de prejuízo parece ok para Zuckerberg. De acordo com documentos apresentados ontem, a rede social diz ter dividido o investimento pago assim: 2 bilhões de dólares para a base de usuários do WhatsApp, 488 milhões para o “valor da marca”, 288 milhões pela tecnologia e 15,3 bilhões em valor de “goodwill”, ou o tal custo intangível.

Na prática, na minha (não muito original) opinião, o Facebook apenas pagou essa grana toda para não ter um concorrente fortíssimo no futuro. Você deve conhecer bastante gente que usa mais o WhatsApp que o Facebook hoje. E nada impediria que, mais pra frente, a rede que originalmente apenas substituiu os SMS fizesse algumas coisas mais complexas, tomando de fato espaço do Facebook. O Snapchat, que começou apenas como um sistema de chat rudimentar, um pra um, rapidamente construiu uma espécie de rede social com “timeline” e fotos permanentes. Com sua base gigantesca de usuários, funcionando nos mais diversos aparelhos (o grande trunfo), o WhatsApp poderia ir além. O que custaria caro para Zuckerberg. 
A revelação do prejuízo do WhatsApp pegou mal na bolsa americana, com as ações caindo ontem e hoje. É verdade que o faturamento do Facebook continua crescendo – já é o dobro do que era em 2012. Com 806 milhões de dólares de lucro no primeiro trimestre de 2014, a rede social deverá ter dinheiro para comprar vários concorrentes nos próximos anos. O problema é que o teto parece estar chegando, ao menos dentro do modelo atual de negócios (a venda de publicidade no feed de notícias). Já são 1,3 bilhão de terráqueos acessando a rede todo dia. Sem o grande (e quase impenetrável) mercado chinês, ele não terá muito mais para onde crescer. E, por isso mesmo, ele está treinando o seu mandarim para continuar tendo os bilhões de dólares que garantem o monopólio.

 https://br.noticias.yahoo.com/blogs/pedro-burgos/whatsapp-que-foi-comprado-por-us-19-bilhoes-pelo-170751956.html

Suécia reconhece o Estado da Palestina, que comemora

A Suécia foi o primeiro país ocidental a tomar a decisão; Autoridade Nacional Palestina aplaudiu e pediu para que outros países façam o mesmo pela paz

A ministra de Relações Exteriores da Suécia, Markku Ulander, confirmou nesta quinta-feira que o país reconhecerá a Palestina
Foto: Markku Ulander / Reuters






O governo sueco reconheceu nesta quinta-feira por decreto o Estado da Palestina, o primeiro país ocidental da União Europeia (UE) a tomar esta decisão.

"Hoje, o governo toma a decisão de reconhecer o Estado da Palestina. É um passo importante que confirma o direito dos palestinos à autodeterminação", afirma a ministra das Relações Exteriores da Suécia, Margot Wallström, em um artigo publicado no jornal Dagens Nyheter.

"O governo considera que estão reunidos os critérios do direito internacional para um reconhecimento do Estado da Palestina: um território, mesmo sem fronteiras fixas, uma população e um governo", destaca o texto.

"Esperamos que isto mostre o caminho a outros", completa a ministra.
O presidente palestino, Mahmud Abbas, "comemora a decisão da Suécia" e pede a outros países que sigam o exemplo, afirmou o porta-voz Nabil Abu Rudeina.

De acordo com uma contagem da AFP, pelo menos 112 países reconhecem o Estado da Palestina.
A Autoridade Palestina afirma que são 134, incluindo sete membros da União Europeia que teriam feito o reconhecimento antes de entrar para o bloco: República Tcheca, Hungria, Polônia, Bulgária, Romênia, Malta e Chipre.

No início de outubro, o primeiro-ministro Stefan Löfven anunciou que a Suécia reconheceria o Estado da Palestina, o que provocou muitas críticas de Israel e dos Estados Unidos.

Palestinos comemoram reconhecimento da Suécia
A Autoridade Nacional Palestina (ANP) aplaudiu a decisão da Suécia de reconhecer nesta quinta-feira o Estado da Palestina e encorajou outros países da Europa e do mundo a fazer o mesmo como "única maneira de assegurar a paz na região".

"Apreciamos este passo e consideramos que é uma importante mídia que encoraja outros países a abordar o mesmo enfoque. Esta é a única maneira de apostar em uma paz séria na região", declarou à Agência Efe o destacado dirigente da ANP, Yasser Abed Rabbo.
Yasser, assessor do presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse que "se o mundo não der passos valentes e reconhecer a Palestina, a coalizão de extrema direita em Israel continuará sua política de solapar a possibilidade de um Estado palestino mediante diferentes pretextos e desculpas".

Erekat, membro do Comitê Central da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), comemorou o que considera "um passo concreto" no espinhoso caminho rumo à solução dos dois Estados.

"A Suécia deu um passo concreto em apoio à solução de dois Estados e pelo respeito ao direito à autodeterminação do povo palestino, esperamos que seu exemplo seja seguido por todos aqueles que assinalam que querem uma paz justa na região", disse à Efe seu assessor de imprensa, Xavier Abu Eid.

Israel considera deplorável reconhecimento
Israel classificou nesta quinta-feira de deplorável o reconhecimento do Estado da Palestina por parte da Suécia, afirmando que esta decisão apenas reforçará os extremistas.

"É uma decisão deplorável, que reforça os extremistas e a política de rejeição dos palestinos", afirmou em um comunicado o ministro das Relações Exteriores israelense, Avigdor Lieberman.
A iniciativa sueca causa "muitos danos e não têm utilidade alguma", insistiu.

 http://noticias.terra.com.br/mundo/oriente-medio/suecia-reconhece-o-estado-da-palestina-que-comemora,34f65458e2f59410VgnCLD200000b1bf46d0RCRD.html

Africanos em NY denunciam discriminação provocada pelo ebola

Jovens do Senegal foram agredidos em escola do Bronx.

Segundo associação, imigrantes temem entrar em hospitais.

O medo do ebola provocou um aumento da discriminação contra a comunidade africana em Nova York, onde estudantes agrediram colegas de turma pela suspeita de que poderiam estar contagiados, denunciaram organizações civis.

Na semana passada, dois jovens senegaleses foram agredidos em uma escola do Bronx e um deles teve que ser hospitalizado porque os colegas acreditavam que eles poderiam estar infectados com o vírus, denunciou o Conselho de Assuntos Africanos (CAA).

Os jovens chegaram a Nova York há três semanas para encontrar o pai, um taxista que mora nos Estados Unidos há quase 20 anos.

Moussa Kourouma, presidente de uma Associação da Comunidade de Guiné e que também é taxista, destacou que os imigrantes procedentes dos países da África Ocidental afetados pela epidemia (Serra Leoa, Libéria e Guiné) temem entrar em um hospital quando estão doentes e, inclusive, muitos escondem sua origem para evitar discriminação.

Um passageiro deixou o táxi ao saber que ele era de Guiné, contou Kourouma.
Stephanie Arthur, outro líder do CAA, disse à AFP que não tem como divulgar o número de incidentes, mas destacou que o medo do ebola aumentou a discriminação contra os africanos e que os casos não acontecem apenas em Nova York, mas também em outras áreas do país, como o Texas.

Integrantes do Conselho de Assuntos Africanos (CAA) falam sobre os problemas causados pelo ebola em Nova York (Foto: Don Emmert/AFP)Integrantes do Conselho de Assuntos Africanos (CAA) falam sobre os problemas causados pelo ebola em Nova York (Foto: Don Emmert/AFP)
 
 http://g1.globo.com/bemestar/ebola/noticia/2014/10/africanos-em-ny-denunciam-discriminacao-provocada-pelo-ebola.html

Após reeleição de Dilma, movimentos pedem independência de São Paulo do Brasil




Eleitores rejeitam o título de brasileiros e defendem criação de um novo país nas redes sociais: "República de São Paulo" 

O resultado do 2º turno das eleições dominou as redes sociais com novos ataques a nordestinos, mas também deu força a movimentos separatistas, que rejeitam a reeleição de Dilma Rousseff (PT) e lutam por uma nova divisão geográfica do Brasil. O mais forte discurso foi observado em São Paulo, onde o deputado eleito Coronel Telhada (PSDB) declarou apoio ao processo de independência do Sul e Sudeste, exceto Minas Gerais e Rio de Janeiro, que tiveram maioria de votos ao PT. “Devemos nos submeter a esse governo escolhido pelo Norte e Nordeste? Eles que paguem o preço sozinhos”, disse o político em seu perfil do Facebook.

Reprodução
Reprodução da postagem do deputado eleito Coronel Telhada (PSDB) que gerou polêmica

Ao iG, o deputado faz um recuo em seu discurso e cita um “mal-entendido” entre os seguidores, dizendo agora que não quer separar as regiões brasileiras, mas dar autonomia política aos Estados do Brasil, possibilitando que eles criem sua próprias leis, num sistema federativo similar ao dos Estados Unidos.  
“Foi um mal-entendido. Não era para ter uma repercussão tão negativa, apenas defendi a autonomia estadual. Sou totalmente contra a separação física e geográfica [de São Paulo]. Demoramos tantos anos para conseguir montar uma democracia, um Brasil unido, que separação não é a resposta”, justifica Telhada, sobre a fala que foi compartilhada 15 mil vezes na rede social.
Na última terça-feira (28) pela manhã, o post já não era encontrado no perfil do coronel, “possivelmente foi apagado pelo número de reclamações que o Facebook recebeu”, sugere. “Precisamos tomar muito cuidado com o que a gente escreve. Às vezes, a gente escreve uma besteira”. A repercussão da fala de Telhada foi instantânea. Entre palavras de opoio e acusações de racismo contra o deputado, seguidores divulgavam a existência da página Movimento São Paulo Independente (MSPI), que apoia a fundação de um novo país, a República de São Paulo.

“Não somos brasileiros, somos paulistas”
A eleição presidencial ficou marcada por uma campanha dura, além de protagonizar a disputa mais acirrada da história e ser responsável pela divisão do País. Os movimentos que defendem uma nova definição do Brasil passaram ainda a rejeitar a nacionalidade brasileira. “Não seríamos mais chamados de brasileiros, pois esse rótulo está desgastado e vergonhoso. É motivo de aversão no exterior. O nosso gentílico seria paulista”, defende um seguidor da página do MSPI.

Para Alessandro Chiarottino, vice-presidente do movimento MSPI, que começou nos anos 1980, as eleições 2014 mostraram um Brasil dividido em dois pelos eleitores de Aécio Neves (PSDB) e de Dilma Rousseff – “um de São Paulo para baixo e outro representado principalmente pelo Nordeste”. O líder do grupo, que também atua como advogado e professor de direito constitucional, explica que a nova divisão geográfica é “importante e natural” no momento em que o resultado do pleito é questionado.
Veja as principais manifestações de revolta nas redes sociais após as eleições:
Reeleição de Dilma Rousseff gerou revolta nas redes; movimentos defendem a independência de SãoPaulo e impeachment da petista. Foto: Reprodução


“Como o meu Estado vota de uma forma tão diferente das outras partes do País? Talvez temos valores diferentes, uma visão diferente de como posso crescer na vida”, indaga Chiarottino, ressaltando que o Brasil foi dividido por “termos sociais”, principalmente pela região que mais se beneficia pelo programa social Bolsa Família. Em poucas horas, após o final da apuração das urnas, a página MSPI saltou de 8 mil para 20 mil seguidores. E os três administradores estão confiantes de que o caso “não se trata de fogo de palha”.
Inspirado pela revolução constitucionalista de 1932 e por movimentos separatistas europeus, como Liga do Norte (Itália) e Identitário Catalão (Espanha), o grupo espera colocar a separação de São Paulo em debate na população. O advogado explica as motivações do movimento: “São Paulo contribui com R$ 220 bilhões por ano para a União e recebe de volta menos de 10%. Além disso, sofremos com uma sub-representação política. Deveríamos ter o dobro dos parlamentares no Congresso Nacional”.
 
 http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2014-10-29/apos-reeleicao-de-dilma-movimentos-pedem-independencia-de-sao-paulo-do-brasil.html
 
 
 

'Sinto que o Estado quer me enterrar viva', diz professora readaptada


Professores readaptados relatam o sentimento de inutilidade e contam casos de assédio moral e de preconceito na escola 

Desde dezembro de 2013, professores readaptados da rede estadual se reúnem pela internet para compartilhar experiências, dificuldades e informações sobre sua categoria. Readaptados são professores que deixaram a escola por problemas como depressão ou doenças ortopédicas e, por não terem condições de voltar à sala de aula, são recolocados na escola para outros trabalhos.

Na rede estadual de São Paulo, 14.340 professores estavam fora das salas de aula em maio de 2013. O número de docentes readaptados após licença médica cresceu 25% em 2 anos: eram 11.872 em 2011. O problema se repete em redes municipais e também em outras redes estaduais do país. No caso da cidade de São Paulo, 5.647 docentes – o que corresponde a 9,7% da rede – estavam readaptados em março de 2012, segundo o Atlas Municipal de Gestão de Pessoas da Prefeitura de São Paulo 2013. 

Sem função clara dentro da escola, os docentes relatam cumprir serviços de telefonista e de secretária, sofrerem preconceito e até assédio moral. O iG conversou com algumas das professoras para saber quais os principais problemas que enfrentam. Confira abaixo.
'Me sentia deslocada, como um peixe fora d'água'
Rosi Tomura (à esq.) e Grizélia Gonçalves fazem parte do grupo de readaptados
A professora Glizélia Gonçalves, 34, está readaptada em escola estadual da capital paulista desde 2012 por problemas na coluna que a obrigam a usar bengala. Trabalhando em uma escola cheia de escadas, a professora conta que só restou a ela ficar na secretaria da escola.

"Eu me sentia deslocada, como um peixe fora d'água. Nunca tive pretensão de fazer trabalho burocrático. Sem falar que o problema na coluna me deixa muito limitada quanto a fazer esforços físicos, isso passa a impressão para os gestores da escola de que não quero trabalhar."

Nesse período, Glizélia conta ter sido vítima de assédio moral. "Pegava dois ônibus para ir trabalhar, machucando a coluna no trajeto, para chegar lá e ouvir que eu não servia para nada. Ouvir a vice-diretora gritar comigo, como se eu tivesse culpa por ter ficado doente. Eu superei muitas coisas na minha vida, mas não sobrevivi à readaptação. Às vezes, eu sinto que o Estado quer me enterrar viva."

Após isso, a professora diz que desenvolveu síndrome do pânico. "[A vice-diretora] não aceitava minhas limitações físicas. Às vezes, fazia até piadinhas pelo fato de eu não ser tão ágil quanto elas. Dava a impressão que ela odiava conviver com uma pessoa doente ou limitada. Comecei a passar muito mal no horário de ir trabalhar, tinha crise de falta de ar, palpitações etc."

Hoje, Glizélia está afastada após perder a visão de um dos olhos e aguarda cirurgia no Sistema Único de Saúde.

'Perdemos nossa identidade, não sabemos mais quem nós somos'
Acervo pessoal
A professora Maria do Socorro Silva foi readapta por problemas ortopédicos
Professora em Santo André, Maria do Socorro Silva, 50, teve que se afastar da sala de aula por causa de problemas ortopédicos. Desde 2006 faz parte da categoria de readaptados. Ao longo de oito anos, a professora conta que desempenhou diversas atividades ligadas aos alunos: "trabalhei na biblioteca, na sala de informática, organizava as festas dos alunos".

Após um desentendimento com o diretor da escola em dezembro de 2013, a professora conta que ficou sem função dentro da escola. "Sofri assédio moral. Sofri perseguição. E cada dia que eu ia para a escola e não me era atribuída uma função, eu registrava", conta.

"Quando eu estava trabalhando com a parte pedagógica, eu tinha estímulo para estar lá, eu ia trabalhar feliz. Nesse período desde dezembro, eu lutei diariamente para não entrar em depressão." O que Maria do Socorro quer é uma função na área pedagógica para que possa aproveitar seus conhecimentos no ensino. "O limbo é exatamente onde estamos. Nós perdemos nossa identidade, não sabemos mais quem nós somos."

'Sinceramente, não sei o que faço na escola'
Acervo pessoal
Professora K. Silva, readaptada na rede estadual de São Paulo
Com problemas ortopédicos por conta de obesidade mórbida, diabetes e tomando antidepressivos, a professora K. Silva, 53, tem experiências bastante diferentes entre dois momentos em que foi readaptada na rede estadual de São Paulo.

"Na primeira readaptação, ajudava na secretaria, na biblioteca, junto à direção e à coordenação. Elaborava excursões, festas e passeios, e ajudava a fazer, por exemplo, o Plano de Gestão da Escola. Me sentia bem útil. Quando voltei desta vez a ser readaptada, me sinto inútil, pois não tenho uma função estipulada. Hoje sinceramente não sei o que faço na escola. Procuro atividades que possam auxiliar minhas colegas em sala de aula. Ligo e desligo datashow, abro a biblioteca pela manhã", afirma.

K. diz que gostaria de voltar a ajudar professoras, mas é impedida pela equipe gestora da unidade. "A pior coisa é levantar cedo e não ter nada para fazer ao certo." "Poderia auxiliar mais as professoras na parte pedagógica, pesquisando temas que elas necessitassem em suas aulas. Sei da grande dificuldade que é estarmos lecionando e ainda termos tempo para pesquisar novas atividades, recursos para melhorarmos nossas aulas", sugere.

 http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2014-10-30/sinto-que-o-estado-quer-me-enterrar-viva-diz-professora-readaptada.html

Penas mais duras não diminuem uso de drogas, diz governo britânico

Relatório do governo indica que não existe relação óbvia entre leis mais duras e a diminuição dos níveis de consumo de drogas

BBC
Um relatório do governo da Grã-Bretanha indica que não existe "nenhuma relação óbvia" entre leis mais duras e níveis de consumo de drogas.
Relatório defende abordagem focada no tratamento; governo, no entanto, descarta descriminalização
A pesquisa comparou a legislação do Reino Unido com 13 países, como Portugal, Uruguai e alguns Estados americanos.

O documento afirma que, em Portugal, onde a posse de pequenas quantidades de drogas não resulta em sanções penais, a descriminalização combinada com outras políticas conseguiu reduzir o uso de todas as drogas e de casos de doenças relacionadas a elas, como a infecção pelo HIV.

O secretário do Interior britânico, o liberal democrata Norman Baker, disse que os resultados devem alertar para o fim da "retórica sem sentido" sobre drogas e mudar o foco para o tratamento.

O documento chamou atenção porque há 40 anos o governo britânico defende que apenas punições mais duras podem diminuir o problema do consumo de drogas.

'Histórico'
Depois de examinar uma série de abordagens, da tolerância zero à descriminalização, a pesquisa concluiu que o uso de drogas é influenciado por fatores "mais complexos e cheios de nuances do que somente legislação e sua aplicação."

No entanto, o relatório constatou que houve uma melhora considerável na saúde dos usuários de drogas em Portugal desde que o país passou a lidar com a posse de drogas como uma questão de saúde e não de polícia, em 2001.

As experiências do Uruguai e de Estados americanos como Washington e Colorado foram mencionados, mas segundo o documento ainda é cedo para precisar seus efeitos.

O Ministério do Interior disse que estes resultados não podem ser atribuídos a descriminalização por si só e que o governo do Reino Unido não tem "absolutamente nenhuma intenção de descriminalizar as drogas."

Baker disse que o tratamento do uso de drogas como uma questão de saúde seria muito mais eficaz na minimização de danos.

"Vamos olhar para o que funciona, em vez de presumir que prender as pessoas seja a resposta."
"As pessoas são tratadas como um número, recebem uma multa, recebem uma advertência, são colocadas na prisão e nada disso muda o seu vício em drogas", acrescentou.

"Se estamos interessados em mudar o comportamento das pessoas, então temos de olhar para isso do ponto de vista da saúde", concluiu Baker.

O correspondente de assuntos internos da BBC Danny Shaw afirmou, no entanto, que a visão de Baker estava em desacordo com a posição oficial do Ministério do Interior, que diz que a estratégia de drogas atual está funcionando.

Descriminalização
Danny Kushlick, o fundador do grupo Transform, que tem feito campanha para a regulamentação legal de drogas no Reino Unido por quase 20 anos, disse que o relatório foi um passo importante.

"Pela primeira vez em mais de 40 anos o Ministério do Interior admitiu que a aplicação das leis de drogas duras não significa necessariamente reduzir os níveis de consumo de drogas. Descriminalizar a posse de drogas não aumenta os níveis de uso", afirmou.

No início deste ano o vice-primeiro-ministro britânico Nick Clegg prometeu abolir as penas de prisão para a posse de drogas para uso pessoal.

Clegg desafiou o primeiro-ministro David Cameron a olhar para questões como a descriminalização, apesar de Cameron ter rejeitado anteriormente pedidos de uma comissão que analisasse a questão.

Drogas legais
Um outro relatório do Ministério do Interior pedirá a proibição geral de todas as drogas psicoativas, em uma tentativa de combater algumas drogas legais sintéticas - as chamadas "legal highs".

Atualmente, quando um composto legal passa a ser considerado ilegal, os fabricantes evitam a lei ajustando o composto químico e criando uma nova substância.

Essas drogas sintéticas usam substâncias que produzem efeitos semelhantes ao de drogas proibidas.
O governo vai considerar a legislação adotada na Irlanda há quatro anos, que proíbe a venda de todas as substâncias psicoativas, mas isenta algumas como o álcool e o tabaco.

"A partir de hoje vamos começar a olhar para a possibilidade de uma proibição geral de novas substâncias psicoativas em todo o território do Reino Unido, reprimindo os fornecedores em vez de os usuários", disse Baker.

"Esta abordagem teve um forte impacto sobre a disponibilidade de drogas legais sintéticas quando introduzida na Irlanda, mas temos de saber se ele iria funcionar aqui também."

Brasil
A discussão sobre descriminalização das drogas também causa polêmica no Brasil. Em 2006, entrou em vigor uma nova lei que tinha como objetivo punir os grandes traficantes e acabar com a pena de prisão para usuários. Pela legislação atual, quem é flagrado com drogas para uso pessoal pode ser advertido, ter de prestar serviços comunitários ou cumprir medida sócio-educativa.

A lei, no entanto, não determina a quantidade que caracteriza uso pessoal - quem decide isso é o juiz. Críticos apontam que, com isso, abriu-se um precedente para que usuários fossem condenados por tráfico, o que acabou aumentando a superlotação nas prisões brasileiras.

 http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2014-10-30/penas-mais-duras-nao-diminuem-uso-de-drogas-diz-governo-britanico.html

PRF aguarda aval para seleção com 1.500 vagas em 2015

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) é um dos órgãos que já se programam para realizar concursos públicos no decorrer de 2015. A intenção é oferecer 1.500 vagas para o cargo de policial rodoviário federal. O pedido para autorização do certame já tramita no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) desde 30 de maio e atualmente está no departamento de modelos organizacionais e força de trabalho nos setores de infraestrutura e de articulação governamental.

Como a seleção costuma ser bastante acirrada, quem pretende ingressar na carreira não deve aguardar a autorização governamental para dar início aos estudos. O ideal é se programar com bastante antecedência, uma vez que o conteúdo costuma ser extenso.

Para concorrer é necessário possuir curso de nível superior completo em qualquer área de formação e carteira de habilitação a partir da categoria “B”. A remuneração inicial é de R$ 6.418,25, com jornada de trabalho de 40 horas semanais

http://www.atribuna.com.br/cidades/prf-aguarda-aval-para-sele%C3%A7%C3%A3o-com-1-500-vagas-em-2015-1.411943