Jovens do Senegal foram agredidos em escola do Bronx.
Segundo associação, imigrantes temem entrar em hospitais.
O medo do ebola provocou um aumento da discriminação contra a
comunidade africana em Nova York, onde estudantes agrediram colegas de
turma pela suspeita de que poderiam estar contagiados, denunciaram
organizações civis.
Na semana passada, dois jovens senegaleses foram agredidos em uma
escola do Bronx e um deles teve que ser hospitalizado porque os colegas
acreditavam que eles poderiam estar infectados com o vírus, denunciou o
Conselho de Assuntos Africanos (CAA).
Os jovens chegaram a Nova York há três semanas para encontrar o pai, um taxista que mora nos Estados Unidos há quase 20 anos.
Moussa Kourouma, presidente de uma Associação da Comunidade de Guiné e
que também é taxista, destacou que os imigrantes procedentes dos países
da África Ocidental afetados pela epidemia (Serra Leoa, Libéria e Guiné)
temem entrar em um hospital quando estão doentes e, inclusive, muitos
escondem sua origem para evitar discriminação.
Um passageiro deixou o táxi ao saber que ele era de Guiné, contou Kourouma.
Stephanie Arthur, outro líder do CAA, disse à AFP que não tem como
divulgar o número de incidentes, mas destacou que o medo do ebola
aumentou a discriminação contra os africanos e que os casos não
acontecem apenas em Nova York, mas também em outras áreas do país, como o
Texas.
Integrantes
do Conselho de Assuntos Africanos (CAA) falam sobre os problemas
causados pelo ebola em Nova York (Foto: Don Emmert/AFP)
http://g1.globo.com/bemestar/ebola/noticia/2014/10/africanos-em-ny-denunciam-discriminacao-provocada-pelo-ebola.html
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