O presidente da República
interino, Michel Temer (PMDB), voltou a recorrer à religiosidade nesta
terça-feira para tentar contornar a primeira baixa de seu ministério e
convencer deputados e senadores da base aliada de que é preciso um
esforço para aprovar medidas de ajuste fiscal - como a revisão da meta -
no Congresso.
"Se eu ficar
presidente durante um período, eu quero cumprir uma missão. Se me
permitem, acho que Deus colocou na minha frente, para que eu cumpra essa
missão, ou agora num breve período, ou em dois anos e meio, para que eu
ajude a tirar o país da crise", disse durante reunião no Palácio do
Planalto. "Quero enfatizar que não será num prazo de 12 dias, de um mês
ou de três meses, que vamos tirar o país da crise. Nós vamos levar
tempo. Mas se chegarmos todos nós, nesse governo conjunto, a 2018, se
formos até lá e pudermos entregar o país para uma eleição tranquila,
teremos feito nosso trabalho muito adequadamente."
Não
é a primeira vez que Temer cita Deus. Ele fez o mesmo ao empossar os
ministros no dia 12 de maio, horas depois de assumir a Presidência, e em
seguida realizou um culto ecumênico como primeiro ato no gabinete presidencial.
Temer
afirmou que tem "consciência da interinidade" de seu governo, mas
afirmou que está respaldado legalmente e rebateu a pecha de golpista.
"Eu sou uma consequência da Constituição. Não eu pessoalmente, mas o
vice-presidente da República é uma consequência do texto constitucional.
Quero refutar aqueles que a todo instante pretendem dizer que houve uma
ruptura da constituição. Isso na verdade, data venia, é coisa de quem
não lê a Constituição."
http://www.msn.com/pt-br/noticias/crise-politica/temer-diz-que-recebeu-de-deus-miss%C3%A3o-de-tirar-pa%C3%ADs-da-crise/ar-BBtqyBh?li=AAggV10
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