O julgamento do processo de impeachment da presidente afastada Dilma
Rousseff começa nesta quinta-feira (25) às 9h com o depoimento de
testemunhas. Serão ouvidas inicialmente as duas testemunhas arroladas
pela acusação: o procurador do Ministério Público no Tribunal de Contas
da União (TCU), Júlio Marcelo de Oliveira, e o auditor do TCU Antônio
Carlos Costa D'Ávila.
Em seguida, a previsão é de que sejam ouvidas duas das seis testemunhas
arroladas pela defesa. Os advogados de Dilma Rousseff convocaram o
ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, o economista Luiz Gonzaga
Belluzzo, a ex-secretária de Orçamento Federal Esther Dweck, o
ex-secretário executivo do Ministério da Educação Luiz Cláudio Costa, o
professor de direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj)
Ricardo Lodi Ribeiro e o professor de direito da Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ) Geraldo Prado.
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Amanhã (26) deverão ser ouvidas as quatro últimas testemunhas. Se não
houver tempo de ouvir as quatro primeiras até a noite de hoje, os
depoimentos de uma parte delas podem ser transferidos para esta sexta,
fazendo com que a primeira fase do julgamento seja concluída somente no
fim de semana.
Os senadores poderão fazer perguntas à vontade, mas os líderes da base
aliada do presidente interino Michel Temer já orientaram os demais
parlamentares a evitar perguntas repetidas e a dar preferência para as
lideranças partidárias, de modo a tentar agilizar os depoimentos.
Na segunda-feira (29), às 9h, começará o depoimento da
presidente afastada Dilma Rousseff. Ela poderá falar livremente por 30
minutos e depois ficará à disposição para responder às perguntas dos
senadores.
Após o depoimento de Dilma, começará o debate entre a defesa e a
acusação. Os advogados da acusação começarão falando por uma hora e 30
minutos. Depois será a vez de a defesa falar por igual período. Pode
haver ainda réplica e tréplica de uma hora cada.
Na terça-feira (30), os senadores devem começar a discutir se Dilma
praticou crime de responsabilidade. Cada um dos inscritos terá 10
minutos para falar, sem direito a prorrogação.
Ao final, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo
Lewandowski, questionará os parlamentares se eles consideram que a
presidenta afastada cometeu crime de responsabilidade por editar
decretos de suplementação orçamentária e por tomar empréstimo de
instituição comandada pela União. Dois senadores favoráveis e dois
contrários farão encaminhamentos por cinco minutos cada e o painel será
aberto para a votação.
A votação será aberta e nominal. A expectativa é de que o resultado
seja divulgado na noite de terça, mas o julgamento pode se prolongar até
quarta-feira.
https://noticias.terra.com.br/brasil/politica/impeachment/senado-comeca-a-julgar-hoje-processo-de-impeachment-de-dilma,b333a3d8662290d5f671911c4ece000bnvmo5z51.html
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